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NUTRIÇÃO ENTERAL
Professora Rocilda Sabóia
Mestre em alimentos e Nutrição
Esp. Distúrbios Metabólicos e Nutrição clínica
CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA LTDA- CEUT
FACULDADE DE CIÊNCIAS HAMANAS. SAÚDE E JURÍDICAS DE TERESINA
CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
DEFINIÇÕES BÁSICAS
• Nutrientes: São as substâncias químicas de que se
constituem os alimentos , cada um apresentando
suas funções: proteínas, carboidratos, lipídios,
vitaminas, minerais e água.
• Valor calórico: Quantidade e qualidade de
nutrientes contidos nos alimentos. Cada
nutriente fornece diferentes quantidades de
caloria
(SANTOS,2000)
DEFINIÇÕES BÁSICAS
• Terapia Nutricional (TN): conjunto de
procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente
por meio da nutrição enteral ou parenteral.
• Terapia Nutricional Enteral (TNE): conjunto de
procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional por meio da
nutrição enteral ou parenteral
(SANTOS,2000)
DEFINIÇÕES BÁSICAS
• Nutrição Enteral: alimento para fins especiais, com
ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada,
especialmente formulada e elaborada para uso por
sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada
exclusiva ou parcialmente para substituir ou
complementar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades
nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas
(ANVISA, Portaria nº 337, 2000).
DEFINIÇÕES BÁSICAS:
• Fórmula: mistura de alimentos (pronta para ser
administrada)
• Nutrição Enteral em sistema aberto: Nutrição
enteral que requer qualquer tipo de manipulação
antes da sua administração
• NE sistema fechado: NE industrializada, estéril,
acondicionada em recipiente hermeticamente
fechado e apropriado para conexão ao equipo de
administração.
(SANTOS,2000)
DEFINIÇÕES BÁSICAS
• Insumos: matérias primas alimentares e
produtos alimentícios utilizados para a
manipulação de Nutrição Enteral.
(SANTOS,2000)
INDICAÇÕES
• Pacientes impossibilitados de ingestão oral, seja
por patologias do trato gastro-intestinal alto, por
intubação oro-traqueal, por distúrbios
neurológicos com comprometimento do nível de
consciência ou dos movimentos mastigatórios.
• Indicado também nos casos em que o paciente
vem com ingestão oral baixa, por anorexia de
diversas etiologias.
• A administração de dieta por sonda nasoenteral
não contraindica a alimentação oral, se esta não
implicar em riscos para o paciente.
BENEFÍCIOS DA NE
• Manter a integridade do trato gastrintestinal ;
• Menor custo , quando comparada a Nutrição Parenteral;
• Recuperação do estado nutricional mais rápida:
o Prevenção de complicações
o Redução do tempo de hospitalização (maior
rotatividade de leitos)
o Melhora do estado clínico geral
o Redução de custos ( medicamentos, curativos, uso e
manutenção de aparelhos, atenção médica,trabalho
de enfermagem, etc.)
ALGORÍTMO DA NUTRIÇÃO ENTERAL
ALGORÍTMO DA NE
INDICAÇÕES DA TNE EM ADULTOS
Pacientes que não podem se alimentar •Inconsciência
• Anorexia nervosa
• Lesões orais
• AVC
• Neoplasias
Pacientes com ingestão oral insuficiente •Trauma
• Septicemia
• Alcoolismo crônico
• Depressão grave
• Queimaduras
Pacientes nos quais a alimentação comum produz 
dor e/ou desconforto
• Doença de Crohn
• Colite ulcerativa
• Carcinoma do TGI
• Pancreatite
• Quimioterapia
• Radioterapia
Pacientes com disfunção do TGI
WAITZBERG, 2000
• Síndrome de má absorção
• Fístula
• Síndrome do intestino curto
CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
• Densidade calórica: quantidade de calorias
por volume total da dieta (ex: 1000 Kcal/1000
ml. DC= 1,0 cal /ml.
Densidade calórica das fórmulas Enterais
Fonte: BAXTER, Y. C., 1997
DENSIDADE CALÓRICA VALOR (Kcal/ml)
Hipocalórica 0,6 – 0,8
Normocalórica 0,9 – 1,2
Hipercalórica 1,3 – 1,5
Acentuadamente hipercalórica Maior que 1,5
CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
• Osmolaridade ou osmolalidade: número de
miliosmoles por litro e por quilo de água
respectivamente. Demonstram as partículas
osmoticamente ativas da solução. Seus valores estão
associados com a tolerância digestiva.
Fórmulas Enterais segundo valores de osmolalidade da solução
(Mosm/Kg água)
Fonte: BAXTER, Y. C., 1997
hipotônica Menor que 300
Isotônica 300 - 350
Levemente hipertônica 350 - 550
Hipertônica 550 - 750
Acentuadamente hipertônica Maior que 750
POSICIONAMENTO DA SONDA
Fonte: BAXTER, Y. C., 1997 (ADAPTADO)
Posicionamento
sonda volune osmolalidade vantagens Desvantagens
GÁSTRICO Volumes
maiores são
permitidos,
dependendo
da capacidade
digestiva
Dietas
hipertônicas
são mais bem
toleradas pelo
estômago
Facilidade de
acesso para
sonda/ tolera
melhor dietas
poliméricas /
permite
maiores
volumes
Ocorrência
maior de
deslocamento
acidental da
sonda /
aumenta o
risco de
aspiração
SONDA NASOGÁSTRICA
POSICIONAMENTO DA SONDA
Posicionamento
sonda volume osmolalidade vantagens Desvantagens
DUODENAL 
JEJUNAL
Administração
Intermitente
exige controle
mais rigoroso
do volume a
ser
administrado
Dietas
isotônicas e
levemente
hipertônicas
são melhor
toleradas em
posição pós-
pilórica
Permite
alimentar o
paciente
quando não é
possível uso da
sonda em
posição
gástrica
Exigência maior
quanto a
composição da
fórmula
Fonte: BAXTER, Y. C., 1997 (ADAPTADO)
SONDA NASOENTÉRICA
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Tipo de 
administração Características Vantagens Desvantagens
INTERMITENTE A dieta é
administrada em
horários
fracionados:
• Gravitacional
•Em bolo
Por ser fracionada é
semelhante à
alimentação oral /
pode ser usada em
domicílio / permite
quando possível
locomoção do
paciente / tem
baixo custo
Maior número de
complicações
gastrointestinais
(náuseas, vômitos,
diarréia, distensão
abdominal)
Fonte: Waitzberg, D. L., 1995 (adaptado)
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Fonte: Waitzberg, D. L., 1995 (adaptado)
Tipo de 
administração Características Vantagens Desvantagens
CONTÍNUA A dieta é
administrada em
períodos de até
24h:
•Gotejamento
gravitacional
•Bomba de infusão
Melhora a
tolerância para
dietas
hiperosmolares no
estômago / diminui
a incidência de
complicações
gastrointestinais /
pode ser feita no
estômago, duodeno
e jejuno
Dificulta a
locomoção do
paciente por haver
necessidade deste
estar conectado à
bomba de infusão /
tem alto custo.
(CUPPARI, 2002).
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
• Quanto ao preparo:
– Artesanal
– Industrializada ( em pó / líquida “semi- pronta”
prá uso / líquida pronta prá uso
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
• Quanto ao valor nutricional:
– Nutricionalmente completa
– Suplemento nutricional
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
• Quanto à indicação:
– Dieta padrão
– Dieta especializada
Presença ou não de elementos específicos:
• Dietas lácteas ou sem lactose
• Dietas com ou sem fibras
• Dietas com ou sem sacarose
• Outras.
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
• Quanto à complexidade dos nutrientes:
– Polimérica (HC, PTN, LIP)
– Oligomérica
– Dieta elementar (glicose, AA, TCM)
MONITORAMENTO DOS PACIENTES
• Avaliação Nutricional (antropometria, exame físico,
consumo alimentar,ANSG)
• Parâmetros bioquímicos
• Importante para o diagnóstico da desnutrição
• Detecção do risco de complicações
• Instituição da TN mais adequada e do monitoramento
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL
• QUAIS OS BENEFÍCIOS?
• ENVOLVE: protocolos, Equipe Multi -
Profissional, rotinas, monitoramento…
PRESCRIÇÃO DA DIETA ENTERAL• O nutricionista é responsável pela prescrição
dietética da NE.
• A prescrição dietética deve contemplar o tipo
e a quantidade dos nutrientes requeridos
pelo paciente, considerando seu estado
mórbido, estado nutricional e necessidades
nutricionais e condições do trato digestivo
(Resolução No 063/00, parágrafos 5.2.2 e
5.2.3).
COMPLICAÇÕES COMUNS
• GASTROINTESTINAIS:
- Náuseas e vômitos
- Diarréias
- Constipação
• METABÓLICAS:
- Desidratação
- Concentração elevada em eletrólitos ao nível plasmático
- Baixa concentração em eletrólitos ao nível plasmático
- Hipoglicemia
• MECÂNICAS:
- Oclusão ou entupimento da sonda
- Irritações nasais
- Aspiração
CONTRA-INDICAÇÕES
• Obstrução mecânica do TGI;
• Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso
intestinal;
• Vômitos e diarréia grave;
• Refluxo gastro-esofágico intenso;
• Instabilidade hemodinâmica;
• Fístulas entero-cutâneas de alto débito;
• Hemorragia GI severa;
• Enterocolite severa;
• Pancreatite aguda grave;
• Doença terminal.
(WAITZBERG, 2000).
EQUIPE MULTI-DISCIPLINAR
CHECK-LIST DIÁRIO
• A cabeceira está entre 30º e 45º?
• A TN já foi iniciada?
• Existe contra-indicação para utilização do trato GI?
• Ausência de síndromes disabsortivas, pancreatite
aguda ou jejum prolongado?
• A fórmula escolhida atende as necessidades do
paciente?
• Qual o volume necessário para tal?
(RODRIGUES, 2006)
CHECK-LIST DIÁRIO
• Quantas quilocalorias e gramas de proteínas foram
prescritas?
• Quantas quilocalorias e gramas de proteínas foram
recebidas nas últimas 24h?
• O paciente apresentou alguma intercorrência? O
exame clínico do abdômen é normal?
• As necessidade nutricionais já foram atingidas com
o volume prescrito? Se não, é possível aumentar o
volume prescrito?
(RODRIGUES, 2006)

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