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Direito Processual Trabalho I RESUMÃO

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Direito Processual Trabalho I 
Revisão AV1.
1. Competência e Dissídio Individual:
DOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
 Podemos dizer que dissídio significa conflito, discórdia decorrente da relação de trabalho, inclusive a de emprego, onde, por meio da ação, as partes buscam a Justiça do Trabalho para dirimir estes conflitos.
 
No direito processual do trabalho há duas espécies de dissídios:
Individuais: que se caracteriza pela prevalência de interesses pessoais; e
Coletivos: que se caracteriza pela prevalência de interesses de toda uma coletividade profissional.
Nos dissídios individuais trabalhistas o legislador adotou as expressões Reclamantes (como sinônimo de autor) e Reclamadas (como sinônimo de réu).
 
Embora sempre associamos o reclamante (autor) como sendo o empregado, nada impede que a empresa também possa ser considerada como autora de um processo trabalhista. Assim dispõe o art. 651 da CLT ao mencionar a expressão “reclamante ou reclamada”, em referência ao local de propositura da ação.
COMPETÊNCIA
Todo o magistrado é detentor da atividade jurisdicional, mas resolveu-se, em razão de um critério racional, fazer uma distribuição dessa atividade jurisdicional. Então, essa distribuição passou a ter uma delimitação da atividade jurisdicional limitada, entendido como competência.
Por fim, o professor Leonardo explica que a competência se subdivide em dois grupos, a absoluta e a relativa.
Competência absoluta: É aquela em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão funcional. “A competência absoluta é inderrogável, pode ser declarada de ofício, a qualquer tempo e grau de jurisdição. E causa de nulidade dos atos decisórios e de ação rescisória. Pode ser alegada por terceiros estranhos ao processo que tenha interesse jurídico”, explica Leonardo.
Competência relativa: “Se uma das partes não arguir a competência relativa, ela se prorroga. E se ela se prorroga está correta a doutrina que diz que ela pode ser objeto de convenção processual”, finaliza Leonardo.
2. Atos Processuais e Despesas Processuais: 
ATOS E TERMOS.
O art. 770 da Consolidação das Leis Trabalhistas inicia o assunto dizendo que os atos processuais são públicos, salvo quando o interesse social permitir o contrário. Destaca-se que o conceito de "interesse social", embora subjetivo, pode ser ilustrado com o assédio sexual e moral, por exemplo. São situações que demandam a preservação das parte.
O mesmo dispositivo diz, ainda, que os atos deverão ser praticados entre as 6 e as 20 horas, em dias úteis. Portanto, LEMBRE-SE: para a prática de ATOS PROCESSUAIS, SÁBADO É DIA ÚTIL. Lado outro, PARA A CONTAGEM DE PRAZOS, SÁBADO NÃO É CONSIDERADO DIA ÚTIL.
O parágrafo único do art. 770 ressalva a hipótese de penhora em dia domingo ou feriado quando expressamente autorizado pelo juiz. O termo "expressamente" deve ser lembrado sempre! O servidor não poderá praticar a penhora em domingo ou dia feriado "de ofício". O juiz precisa tê-lo autorizado para tanto.
Os arts. 771 a 773 da CLT tratará sobre os termos.
A saber, atos diferem-se de termos, pois O TERMO É A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM ATO.
Valor das custas processuais
De acordo com o caput do artigo 789 da CLT, c/c com os incisos I a V do mesmo dispositivo consolidado, o cálculo das custas deverá ser feito progressivamente, à base de 2% (dois por cento), considerando-se, além da alíquota prevista em cada um dos incisos em tela, o indexador escolhido pelo legislador o valor de referência (Leis nº.s 6.205/75 e 8.178/91), observado o mínimo de R$ 10,64.
A primeira peculiaridade das custas processuais trabalhistas frente às custas processuais previstas no Direito Comum é justamente a sua previsão legal estar contida na própria CLT e, de forma subsidiária, no que couber, na legislação federal ordinária extravagante, nos casos específicos.
Importa lembrar que o valor das custas determinado na sentença, na hipótese de não ser possível apurar imediatamente o montante da condenação, tem por objetivo fixar requisito a ser preenchido para fins de interposição de recurso.
Responsável pelo pagamento das custas processuais
Na esteira do magistério do eminente professor e juiz Sérgio Pinto Martins no Direito do Trabalho existe vencido, no singular.
Desta maneira, se o empregado for integralmente vencido na Reclamatória Trabalhista deverá arcar com as custas. Caso a empresa-reclamada seja declarada vencida ao final da Lide, ainda que parcialmente, será ela a única responsável pelo pagamento das custas processuais reconhecidas judicialmente. Tal fato se constitui, ao meu ver, na segunda principal peculiaridade das custas processuais em sede trabalhista.
A imperatividade legal determinando que o obreiro pague as custas processuais caso o seu pedido seja totalmente rejeitado decorre do Princípio de Proteção ao Hipossuficiente.
O professor Amauri Mascaro Nascimento preleciona que "nos processos de dissídios coletivos, as partes respondem solidariamente pelo pagamento, calculadas sobre o valor arbitrado pelo presidente do tribunal." (3)
À guisa de conclusão deste tópico, entendo que os entes públicos estrangeiros que litigam na Justiça do Trabalho não estão isentos do pagamento das custas processuais.
Custas processuais na fase recursal
Uma vez fixado o valor da causa e transitada em julgada a decisão judicial de mérito que decide a Reclamatória Trabalhista, as custas deverão ser calculadas no quantum fixado pelo decisum, e a parte recorrente deve ser notificada para efetuar o preparo do recurso correspondente.
A guia de recolhimento das custas processuais deve estar corretamente preenchida. Entretanto, o Pleno do egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. Região decidiu, por unanimidade, que "a simples troca do código, na guia de recolhimento das custas processuais, não impede o encaminhamento do recurso ordinário. Tanto mais quando os valores do depósito recursal e das custas estão corretos e foram efetuados dentro do prazo legal." (4)
Importa destacar que a mera troca do código de recolhimento das custas processuais não se confunde em absoluto com a ausência da indicação do referido código de recolhimento. A ausência do código de recolhimento das custas implica na deserção do Recurso, vez que a finalidade do recolhimento das custas processuais não foi atingida.
3. Procedimento Sumaríssimo: 
Procedimento Sumário
Na previsão da Consolidação das Leis Trabalhistas encontra-se o Procedimento Sumário. Em síntese, é o procedimento que cabe em causas de valor até 2 salários mínimos, mais célere, no qual só cabe recurso quando versar sobre matéria constitucional, percorrendo o recurso neste caso todas as instâncias trabalhistas.
Diante dos problemas que a impossibilidade de recurso implica, aliado ao surgimento do procedimento sumaríssimo (o qual abarca também as causas nos valores supra), o rito sumário deixou de ser utilizado na prática, não obstante subsista a previsão legal.
Os juízes normalmente têm fixado o valor da causa acima desse limite, evitando assim possíveis recursos por cerceamento de defesa, já que o procedimento sumário em regra não admite recurso, e isto sempre será desfavorável a uma das partes.
PROCESSO SUMARÍSSIMO.
Em seqüência, tratar-se-á do procedimento sumaríssimo, criado pela Lei 9957/2000, que veio para aumentar ainda mais a celeridade e simplicidade do processo trabalhista. É aplicável em causas cujo valor não exceda 40 salários mínimos, tendo como base o valor do mínimo na data do ajuizamento da ação.
Tal inovação legislativa foi de suma importância para abarcar boa parte dos procedimentos correntes na Justiça do Trabalho, notadamente os de menor vulto, atendendo assim a camada mais carente da população.
Ademais, vale ressaltar que tal procedimento não se aplica aos dissídios coletivos, nem quanto à Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. A inovação busca realmente atingir as camadas mais necessitadas, funcionando como um verdadeiro “Juizado Especial” no ramo trabalhista.
Procedimento:
O procedimentosumaríssimo tem início com a petição inicial, a qual possui algumas peculiaridades, além dos requisitos já trazidos quando se tratou do procedimento ordinário. O primeiro diz respeito ao pedido, que deve ser certo e quantitativamente determinado, indicando-se o valor da causa, opinião corroborada pela maioria da doutrina. Tal é o entendimento de Sérgio Pinto Martins, que assim diz: “A indicação do correto valor da causa é essencial”.
Outro requisito diz respeito à indicação correta do nome e endereço do reclamado, pois o Art. 852-B, II, da CLT, dispõe que não se fará citação por edital. Destarte, só há citação pessoal ou por oficial de justiça, mesmo nos casos em que a parte contrária obstar o livre prosseguimento do ato. Tal fato se justifica pela celeridade do procedimento, aliado ao fato de que não há omissão da lei trabalhista nesse tema, não se aplicando o Código de Processo Civil, que abre vaza à citação via edital.
Esses são os dois requisitos básicos da petição inicial; na falta de qualquer um destes, o juiz arquivará a reclamação. Para Pinto Martins, quando o arquivamento for por pedidos ilíquidos, deveria ser adotada a expressão extinção do processo sem julgamento do mérito.
Quanto à apreciação pelo juiz, esta deve se dar em 15 dias. Trata-se de prazo impróprio, pois não impõe nenhuma sanção ao magistrado. Não obstante, tal apreciação pode ser requerida via correição parcial, recurso trabalhista próprio para dirimir questões que não possuam procedimento específico.
4. Contestação e Ônus da Prova:
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA xxª VARA DO TRABALHO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Ref.: RT nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificada nos autos do processo em epígrafe., exxxxxxxxxxxx, brasileiro, casado, comerciante informal, portador da cédula RG Nº. Xxxxxxx MTPSRJ, inscrito no CPF/MF: xxxxxxxxxxxx, com endereço na xxxxxxx, nos autos do processo em epígrafe, ajuizado por xxxxxxxx, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa. Oferecer a sua CONTESTAÇÃO, fazendo-o com supedâneo nas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
DAS NOTIFICAÇÕES
Em cumprimento ao artigo 852-B da CLT, o reclamado requer sejam todas as publicações, intimações e notificações do presente processo destinadas exclusivamente em nome de seu advogado, xxxxxxxxxxxx, advogado inscrito na OAB/RJ sob nº xxxx com escritório profissional localizado à xxxxxxxxxx, sob pena de nulidade, (Súmula nº 427 do TST).
RESUMO DA INICIAL
O reclamante alega que foi contratado pelo reclamado em 02/01/2014, para exercer a função de pintor de autos, sendo demitido sem justa causa em 09/11/2015, quando percebia o salário mensal de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais).
Requer a condenação do reclamado ao pagamento de diversas verbas.
Todavia, certo é que, ao contrário das alegações feitas pelo reclamante, a presente reclamatória deve ser julgada totalmente improcedente, senão vejamos.
DO ÔNUS PROBANDI
As regras do ônus da prova, matéria de ordem processual, não se confundem com a hipossuficiência do empregado. Dessa forma, devem ser aplicados os artigos 818 da CLT e 373 inciso I do CPC no tocante ao ônus da prova, sendo que incumbe a parte que alega o ônus da prova dos fatos constitutivos de seu direito.
5. Reclamação Trabalhista: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA... VARA DO TRABALHO DE...
Nome completo do reclamante, nacionalidade, estado civil, profissão/função, data de nascimento, nome da mãe, RG, CPF, PIS/PASEP/NIT, endereço completo/CEP, vem perante a presença de Vossa Excelência, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo procedimento ordinário, com fulcro no artigo 840, parágrafo 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com art. 282 do Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 da CLT, em face da: Nome completo da reclamada, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, endereço completo/CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir explanados:
I) Dos Fatos
_____ trabalhou na empresa tal ____, no período de ____ a ____, quando foi despedido sem justa causa.
Recebia o salário na quantia de R$ ____ (por extenso) por mês, prestando a função de tal.
Por fim não recebeu nenhum pagamento de verbas rescisórias
II) Dos Fundamentos Jurídicos
O reclamante prestou serviços para a Reclamada entre ____ a _____, data em que foi despedido sem justa causa, sem receber nenhuma verba rescisória.
Diante disso, o Reclamante, faz jus aos haveres trabalhistas daí decorrentes – saldo de salário, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 13º salário proporcional, férias integrais simples acrescidas do terço constitucional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, depósito do FGTS, multa de 40% do FGTS, liberação do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, liberação das guias do seguro-desemprego, multas do artigo 467 e 477, § 8º da CLT.
III) Dos Pedidos
Diante de todo o exposto, o Reclamante requer a procedência dos pedidos veiculados na presente reclamação trabalhista, com a condenação da Reclamada no pagamento dos seguintes valores:
a) Saldo de Salário
b) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço
c) 13º salário proporcional
d) Férias integrais simples acrescidas do terço constitucional
e) Férias proporcionais acrescidas do terço constitucional
f) FGTS sobre verbas rescisórias
g) Multa de 40% sobre saldo do FGTS
h) Liberação das guias do seguro desemprego, sob pena de incidência da indenização substitutiva prevista na Súmula 389 do TST
i) Multa do artigo 477, § 8º, da CLT
j) Multa do artigo 467, da CLT
IV) Requerimentos Finais
Requer, que também, a notificação da Reclamada para que, querendo, compareça em audiência e apresente sua defensa pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, sendo que não comparecimento importará na revelia e confissão ficta quanto a matérias de fato.
Protesta alegar por todos os meios de provas em direito admitidos, sendo provas documentais, testemunhal e pericial e todas que fizerem necessárias e que desde já ficam requeridas
Requer, ainda, a concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 790, § 3º da CLT, declarando não estar em condições de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo próprio ou de sua família (Observação, tal pedido somente será realizado, se forem observados os requisitos da concessão da Justiça Gratuita)
Dá se a causa o valor de R$ ___ (valor por extenso)
Nestes Termos
Pede e espera deferimento
Local e data
Advogado
OAB
6. Recurso Ordinário: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _______________.
Processo nº ___________
"EMPRESA", já qualificada nos autos do processo acima descrito, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista proposta por "empregado", inconformado com a respeitável sentença de folhas ___, vem, tempestiva e respeitosamente á presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
com base no artigo 895, alínea "a" da CLT, de acordo com a razões em anexo as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional da ___ Região.
Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Nome e assinatura do advogado
OAB/__ nº ________
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Origem: __ Vara do Trabalho de ___________.
Processo nº ____________
Recorrente: "EMPRESA"
Recorrido: "EMPREGADO"
Egrégio Tribunal Regional da __ ª Região!
Colenda Turma!
Nobres Julgadores!
1 - RESUMO DOS FATOS.
Foi proferida sentença que condenou a recorrente ao pagamento de hora in itinere, sendo que o recorrido se locomovia por transporte público até a recorrente.
2 - DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO.
A decisão proferida na Vara do Trabalho trata-se de uma sentença, dessa forma encerrando a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância.
Neste contexto, o reexame da decisão supra citada só poderá serfeita através de Recurso Ordinário, conforme preceitua o artigo 895, alínea "a" da CLT.
Cumpre ressaltar que segue cópia das custas e depósito recursal devidamente recolhidas, além do presente recurso ter sido interposto no actídio legal.
Dessa forma, preenchido os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso.
3 - DOS MOTIVOS DA REFORMA DA RESPEITÁVEL SENTENÇA DE FOLHAS ______.
3.1 - DO NÃO CABIMENTO DAS HORAS IN ITINERE.
A recorrente foi condenada ao pagamento de horas in itinere, sendo que o recorrido se locomovia por meio de transporte público.
As horas in itinere só serão devidas quando o empregado trabalhar em local de difícil acesso ou não servido por transporte público e o empregador não fornecer condução, conforme preceitua o artigo 58, parágrafo segundo da CLT.
Corroborando com este entendimento a súmula 90 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho disciplina os casos que a referida hora será devida.
Neste sentido o Doutrinador Mauricio Godinho Delgado (Curso de Direito do Trabalho, 6ª Edição, Editora LTr), aduz:
"O segundo requisito pode consumar-se de modo alternativo (ou - e não e - enfatizam tanto a súmula 90, I do TST, como o novo artigo 58, parágrafo segundo da CLT). Ou se exige que o local de trabalho seja de difícil acesso, ou se exige que, pelo menos, o local de trabalho não esteja servido por transporte público regular".
O pedido de horas in itinere é incompatível quando há serviço de transporte público que viabilize o deslocamento do obreiro até seu local de trabalho.
Não há que se falar em obrigação por parte da recorrente em pagar as referidas horas, pois o recorrido possuía condições adequadas para se locomover até o local de trabalho.
Desta forma, requer a reforma da respeitável sentença de folhas __, excluindo o recorrente do pagamento no que tange as horas in itinere.
Por fim, requer que o presente recurso seja conhecido e provido pelos mais puros motivos da JUSTIÇA!
Local e data.
Nome e assinatura do advogado.
OAB/_ nº ______
CASOS CONCRETO 1 
Mévio, juiz do trabalho, indignado com determinadas situações que estão ocorrendo na Empresa Alfa, gostaria de instaurar reclamação trabalhista plúrima (Art. 842 CLT). Pergunta-se: Diante do caso apresentado, o magistrado poderá instaurar o processo de ofício? Fundamente sua resposta com base nos princípios norteadores do Processo do Trabalho. 
Não poderá o Magistrado instaurar processo de ofício, uma vez que estaria violando o princípio da inércia judicial que aduz que nenhum juiz prestará tutela jurisdicional senão quando a parte ou interessado assim requerer, preceito aplicado no processo trabalhista. Nesses termos o 
artigo 2º do CPC/2015: 
 Art. 2 O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
CASOS CONCRETO 5 -
Américo ajuizou uma reclamação trabalhista em face da empresa Gama, uma autarquia federal, tendo sida rejeitada pela partes a proposta conciliatória feita pelo juízo. Após a instrução processual, na qual as provas foram produzidas, o juiz proferiu sua sentença, julgando improcedentes os pedidos formulados por Américo. O resultado da sentença chegou ao conhecimento de Américo pela via postal, a qual trazia o prazo de 8 dias para apresentar Recurso Ordinário (art. 895 da CLT). Ocorre que, a notificação postal só foi entregue no endereço do Américo 72 horas após a expedição da mesma pela Vara do Trabalho.
A) Como ficará o prazo para Américo apresentar seu recurso? Ele terá menos tempo? A quem cabe o ônus de prova do recebimento após o prazo do artigo 774, da CLT? 
Tendo em vista a presunção relativa de recebimento da notificação postal após o transcurso de 48 horas, conforme o artigo 774 da CLT, Américo teve seu tempo reduzido para a apresentação de defesa, podendo, como se trata de presunção relativa, constituir provas do recebimento após o transcurso do prazo de 48 hora s por demora proveniente dos correios. Tal ônus pertence ao destinatário, no teor da súmula 16 do TST. 
SÚMULA 18.TST. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
B) Se a empresa Gama fosse a recorrente, disporia do mesmo prazo de 8 (oito ) dias contido no art. 895 da CLT? 
Por se tratar de autarquia federal, teria o prazo estipulado em dobro, ou seja, em 16 dias para recorrer, conforme disposição do decreto lei 779/1969, artigo 1º, incisos II e III.
CASO CONCRETO 7.
Em audiência realizada em reclamação trabalhista, o microempresário Moisés enviou como preposto um contador autônomo que não presenciou os fatos que foram objeto do litígio, no entanto, em razão da atividade desenvolvida, tinha pleno conhecimento dos fatos. O advogado do reclamante requereu a aplicação de confissão da reclamada. O juiz a colheu a confissão sob o argumento de que o preposto não presenciou os f atos e, ainda, que deveria ser gerente ou empregado da empresa reclamada. Diante do caso apresentado, diante da lei e do entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho, esclareça se o juiz agiu acertadamente. 
Equivocou-se o nobre Magistrado, haja vista entendimento já muito consolidado pelo tribunal superior do trabalho de que, quando se trata de reclamação contra microempresário, não se torna obrigatório o preposto ser empregado do reclamado, expressão nítida na súmula 377 do referido tribunal. E ainda, conforme inteligência do parágrafo 1º do artigo 843 da CLT, não é necessário que o preposto tenha presenciado os fatos, bastando, por então, o pleno conhecimento.
CASO CONCRETO 8.
Em sede de reclamação trabalhista o empregado pleiteou o recolhimento das contribuições previdenciárias não realizadas pelo empregador no curso do contrato de trabalho. Diante disso, responda: Na qualidade de advogado(a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente em sua defesa, partindo do pressuposto que seu cliente realmente não fez os recolhimentos pretendidos? Fundamente
Alega-se acerca da incompetência absoluta da justiça trabalhista para o julgamento da demanda, tendo em vista de que o teor da matéria versa sobre recolhimento de contribuições previdenciárias, a qual não cabe a justiça laboral julgá-la, nos termos da súmula n º 368 do TST e do artigo 876, parágrafo único da CLT.
CASO CONCRETO 9.
Um empregado ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Analise, em relação a cada um dos pedidos formulado, a distribuição do ônus da prova, diante desse panorama processual apresentado e do entendimento consolidado pelo TST. Fundamente sua resposta.
Em uma acepção inicial, ter-se-ia o pensamento que no tocante aos requisitos indispensáveis a concessão do vale transporte, caberia o ônus probatório ao empregado, visto tratar-se de fato constitutivo ao seu direito, assim é expresso o artigo 373 , I do CPC e 818 da CLT. Assim, restaria ao Reclamante demonstrar de forma clara que tem direito a receber o vale transporte, por morar distante ou algo congênere. No entanto, em recente súmula publicada pelo Tribunal Superior do Trabalho, de número 460, solidificou-se o entendimento que tal ônus pertence ao empregador (sociedade empresária).

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