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DIREITO CIVIL PROPRIEDADE

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DIREITO CIVIL V
		O art. 1.228 do Código Civil não oferece uma definição de propriedade, limitando-se a enunciar os poderes do proprietário, nestes termos: 
“O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha”. 
	É o direito que a pessoa tem, dentro dos limites legais, de usar, gozar e dispor da coisa, corpórea ou incorpórea, assim como de reivindicar de quem injustamente a detém.
LIMITAÇÃO: Função Social da propriedade.
2.1. USO: Faculdade de o dono servir-se da coisa e de utilizá-la da maneira que entender mais conveniente, sem no entanto alterar-lhe a substância, podendo excluir terceiros de igual uso.
OBS: A utilização deve ser feita dentro dos limites legais e de acordo com a função social da propriedade.
2.2. GOZO, FRUIÇÃO: Compreende o poder de perceber os frutos naturais, civis e industriais da coisa e de aproveitar economicamente os seus produtos. 
2.3. DISPOSIÇÃO: Consiste no poder de transferir a coisa, de gravá-la de ônus e de aliená-la a outrem a qualquer título. Vender, dar, locar, alocar.
2.4. REVINDICAÇÃO: Buscar a coisa em qualquer lugar.
	Quando todos os aludidos elementos constitutivos estiverem reunidos em uma só pessoa, será ela titular da propriedade plena. 
	Se, entretanto, ocorrer o fenômeno do desmembramento, passando um ou alguns deles a ser exercidos por outra pessoa, diz-se que a propriedade é limitada. É o que sucede no caso do direito real de usufruto, em que os direitos de usar e gozar da coisa passam para o usufrutuário, permanecendo o nuproprietário somente com os de dispor e de reivindicá-la. 
	Preceitua o art. 1.231 do Código Civil: 
“A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário”. 
3.1. CARÁTER ABSOLUTO: No sentido de ser oponível erga omnes. Todos devem respeito à propriedade.
3.2. EXCLUSIVIDADE: A mesma coisa não pode pertencer com exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. O direito de um sobre determinada coisa exclui o direito de outro sobre essa mesma coisa. O termo é empregado no sentido de poder o seu titular afastar da coisa quem quer que dela queira utilizar-se.
OBS: Tal noção não se choca com a de condomínio, pois cada condômino é proprietário, com exclusividade, de sua parte ideal (fração ideal). Os condôminos são, conjuntamente, titulares do direito; o condomínio implica divisão abstrata da propriedade 
3.3. PERPETUALIDADE: Não se extingue pelo não uso, mas apenas por causa volitiva (vontade do proprietário). Não estará perdida enquanto o proprietário não a alienar ou enquanto não ocorrer nenhum dos modos de perda previstos em lei, como a desapropriação, o perecimento, a usucapião etc.
4.1 BENS CORPÓREOS: Podem ser móveis ou imóveis.
(a) COISA MÓVEL: Exercício da propriedade acontece dentro do limite físico da coisa.
(b) COISA IMÓVEL: Tridimensionalidade envolvendo o solo, subsolo e espaço aéreo.
OBS: No subsolo, toda riqueza natural, mineral, histórica, etc será de propriedade da UNIÃO.
“Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.”
“Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.”
PODE: Impedir que o vizinho construa em seu terreno, ou coloque postes para passagem de fios eletrônicos ou condutores de energia elétrica que lhe causem dano ou perigo.
NÃO PODE: Avião, canos aéreos de energia elétrica, etc.
4.2 BENS INCORPÓREOS:
	Marcas e patentes (Lei 9.279/96) → IMPI registra marcas e patentes 
	Criação artística, literária e científica → Polêmica sobre ser ou não propriedade, ou ser direito da personalidade. Aqui se destaca a Lei 9.610, que vai dizer que só é dono por 70 anos; depois disso torna-se domínio público.
OBS: Possui fundamento financeiro! Pode ceder o direito e ganhar sobre isso; logo há propriedade.
1. Quanto à EXTENSÃO do direito titular:
(a) PLENA: Todos os elementos constitutivos da propriedade acham-se reunidos na pessoa do proprietário (ius utendi; ius fruendi; ius abutendi);
(b) LIMITADA: Os elementos constitutivos da propriedade desmembram ou alguns passam a ser de outrem (usufruto; hipoteca). O titular não tem todos os poderes inerentes á propriedade, sobre ela pesa um ônus real;
2. Quanto à PERPETUIDADE do domínio:
(a) PERPÉTUA: A propriedade tem duração ilimitada no tempo (enfiteuse).
(b) RESOLÚVEL ou REVOGÁVEL: A propriedade tem no seu próprio título a sua extinção, logo que se realize a condição resolutória (doação com cláusula de reversão, ou seja, que relaciona com evento futuro e incerto). No próprio título coloca-se cláusula resolúvel. 
	Se houver nexo de causalidade entre o sano causado pela coisa e a sua conduta, responde objetiva e subjetivamente.
OBS: Quanto aos animais, responde subjetivamente por danos causados por estes – presunção juris tantum de guardá-los ou fiscalizá-los.
	POSSE
	PROPRIEDADE
	Juízo Possessório
Ações Possessórias
	Juízo Petitório
Ação Reivindicatória: Perseguir a coisa onde quer que ela esteja;
Ações Demarcatórias: Delimitar/marcar o perímetro da extensão do direito de propriedade.
	Quanto aos imóveis, mencionam os arts. 1.227 e 1.245 que são eles adquiridos pela transferência da propriedade entre vivos, mediante o registro do título translativo no registro de imóveis; e, quanto aos móveis, que “só se adquirem com a tradição” (art. 1.226). 
	Assim, só o contrato não basta para ter a propriedade do imóvel, mas é preciso ainda do REGISTRO IMOBILIÁRIO (princípio da Publicidade).
	
(a) ORIGINÁRIA: Quando não há transmissão de um proprietário para outro, como ocorre na acessão natural e na usucapião. O indivíduo, em dado momento, torna-se dono de uma coisa por fazê-la sua, sem que lhe tenha sido transmitida por alguém, ou porque jamais esteve sob o domínio de outrem. Não há relação causal entre a propriedade adquirida e o estado jurídico anterior da própria coisa. 
(b) DERIVADA: Quando resulta de uma relação negocial entre o anterior proprietário e o adquirente, havendo, pois, uma transmissão do domínio em razão da manifestação de vontade, como no registro do título translativo e na tradição. 
OBS: A transmissão pode ser por força de vontade ou lei (Ex; compra/venda; transmissão hereditária).
(a) SINGULAR: Quando tem por objeto bens individualizados, particularizados. Verifica-se, ordinariamente, por negócios inter vivos. Nessa, o adquirente sucede nos direitos, mas não se torna responsável pelas obrigações pessoais contraídas pelo alienante.
(b) UNIVERSAL: Quando a transmissão da propriedade recai num patrimônio. O único modo de aquisição por essa forma admitido pelo nosso direito é a sucessão hereditária. Nessa espécie “o adquirente sucede em todos os direitos reais e processuais do transmitente, e nas obrigações dele para com terceiros, visto que o sucessor continua a pessoa de quem o adquirente recebe a coisa. 
1. REGISTRO de TÍTULO: Derivado
2. USUCAPIÃO: Originário
3. ACESSÃO: Originário
	Para a aquisição da propriedade imóvel, no direito brasileiro, não basta o contrato, ainda que perfeito e acabado, sendo, então, o registro de título um ATO COMPLEXO: 
	Pelo contrato criam-se apenas obrigações e direitos, segundo estatui o art. 481 do Código Civil, verbis: “Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, apagar-lhe certo preço em dinheiro”. 
	Para a transferência do domínio, o acordo de vontades completa-se pelo registro, como prevê o art. 1.245: 
“Art. 1.245 Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. 
§ 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel”. 
	A propriedade considera-se adquirida na data da apresentação do título a registro (art. 1.246), ainda que entre a prenotação e o registro haja decorrido bastante tempo. 
“Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo”.
	Poderá ser feita a ratificação ou anulação do registro, nos casos em que houver inexatidão nos lançamentos. Há, então, a necessidade de o registro exprimir fielmente a realidade.
“Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.”
1. PUBLICIDADE: O registro confere publicidade às transações imobiliárias, valendo contra terceiros; qualquer pessoa poderá requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido.
 		O registro, assim, salvo exceções relativas a direitos alusivos à família e à filiação, torna público o que nele se contém, criando a presunção de seu conhecimento ou de sua cognoscibilidade. 
2. PRINCÍPIO DA FORÇA PROBANTE (FÉ PÚBLICA) OU PRESUNÇÃO: Os registros têm força probante, pois gozam da presunção de veracidade. Presume-se pertencer o direito real à pessoa em cujo nome se encontra registrado. É o que estatui os arts. 1.247 e 1.245, § 2º do Código Civil.
	3. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Incumbe ao oficial do cartório, por dever de ofício, examinar a legalidade e a validade dos títulos que lhe são apresentados para registro, nos seus aspectos intrínsecos e extrínsecos. 
			“Tão logo o título seja protocolizado, faz-se a prenotação, devendo o oficial examiná-lo. Se estiver em ordem, será registrado.”
4. PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: Exige o registro na circunscrição imobiliária da situação do imóvel.
		“A escritura pública pode ser lavrada no Cartório de Notas de qualquer localidade, mas o registro só pode ser efetuado no Registro de Imóveis da situação do imóvel, o que, sem dúvida, facilita a pesquisa em torno dos imóveis.”
5. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: Somente se admite o registro de um título se a pessoa que nele aparece como alienante é a mesma que figura no registro como o seu proprietário.
6. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE: Protege quem primeiro registra o seu título. Se mais de um título for apresentado a registro no mesmo dia, será registrado aquele prenotado em primeiro lugar no protocolo.
7. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE: Exige a minuciosa individualização, no título, do bem a ser registrado. É o que trata dos dados geográficos do imóvel, especialmente os relativos às suas metragens e confrontações. Objetiva proteger o registro de erros que possam confundir as propriedades e causar prejuízos aos seus titulares. Significa tal princípio que todo registro deve recair sobre um objeto precisamente individuado.
8. PRINCÍPIO DA INSTÂNCIA: Não permite que o oficial proceda a registros de ofício, mas somente a requerimento do interessado, ainda que verbal. Sem solicitação ou instância da parte ou da autoridade, o registrador não pratica os atos do seu ofício.
	
	A atual Lei dos Registros Públicos, pretendendo melhor individualizar os imóveis, instituiu a matrícula, exigindo a sua realização antes do registro, quando o imóvel sofrer a primeira alteração na titularidade após a sua vigência (arts. 176, § 1º, e 228). 
	As alienações posteriores serão registradas na mesma matrícula. Esta é feita somente por ocasião do primeiro registro. Não é a matrícula que produz a transferência da propriedade, mas sim o registro.
	A Lei dos Registros Públicos adotou, assim, o PRINCÍPIO DA UNICIDADE (OU CONCENTRAÇÃO) da matrícula: cada imóvel terá matrícula própria, de maneira que nenhum poderá ser matriculado mais de uma vez, nem duas matrículas poderão ter por objeto o mesmo imóvel, em sua integridade ou partes ideais (frações ideais) do mesmo imóvel.
	Se parte de um imóvel for alienada, caracterizando um DESMEMBRAMENTO, constituirá ela um novo imóvel, que deverá, então, ser matriculado, recebendo número próprio. Pode dar-se, também, o fenômeno inverso, que é a FUSÃO, ou seja, a unificação de matrículas de imóveis pertencentes ao mesmo titular do direito real. Admite-se, com efeito, a fusão de dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo proprietário, em uma só matrícula, de novo número, encerrando-se as primitivas 
	
	O registro sucede a matrícula e é o ato que efetivamente acarreta a transferência da propriedade. O número inicial da matrícula é mantido, mas os subsequentes registros receberão numerações diferentes, em ordem cronológica, vinculados ao número da matrícula-base. 
	
	A averbação é qualquer anotação feita à margem de um registro, para indicar as alterações ocorridas no imóvel, seja quanto à sua situação física (edificação de uma casa, mudança de nome de rua), seja quanto à situação jurídica do seu proprietário (mudança de solteiro para casado, p. ex.). 
	Averbam-se fatos posteriores à matrícula e ao registro que não alteram a essência desses atos, modificando apenas as características do imóvel ou do sujeito. 
	É admissível a retificação do registro do imóvel quando há inexatidão nos lançamentos, isto é, “se o teor do registro não exprimir a verdade” (CC, art. 1.247; LRP, art. 212). 
	Há, atualmente, quatro espécies de retificação: 
a) a exigida por lei; 
b) a realizada por vontade da parte; 
c) a cumprida pelo registrador como ato de ofício; e
d) a efetuada em cumprimento de decisão judicial, de natureza administrativa ou contenciosa. 
IMPOSTO 
ESCRITURA → aproximadamente 1%
REGISTRO DE IMÓVEIS → 0,5%
É o modo originário de aquisição da propriedade por meio de posse mansa e pacífica, exercida durante um certo período de tempo.
Se adquire originariamente, porque não existia – naquele momento – um proprietário anterior;
Todos os aspectos do anterior proprietário são apagados.
Os podem requisitos ser 
PESSOAIS
A lei prevê quem NÃO pode usucapir.
A usucapião é uma prescrição aquisitiva (na medida em que se vale das regras da prescrição) e está a serviço de quem a adquire.
REAIS 	
FORMAIS
1º COMUNS
2º PARTICULARES
OBS: Ainda que possua cláusula de inalienabilidade, o bem pode ser usucapido (em virtude da posse ser originária, não havendo transmissão).
A usucapião extraordinária é disciplinada no art. 1.238 do Código Civil e seus requisitos são: 
A lei prestigiou a FUNÇÃO SOCIAL da posse, no parágrafo único do artigo em epígrafe, na medida em que autorizou a redução do tempo em 5 anos, caso o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
 
A usucapião extraordinária é disciplinada no art. 1.242 do Código Civil e seus requisitos são: 
A lei prestigiou a FUNÇÃO SOCIAL da posse, no parágrafo único do artigo em epígrafe, na medida em que autorizou a redução do tempo em 5 anos, caso o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentosde interesse social e econômico.
Adquiriu onerosamente a propriedade +
Alguém cancelou o registro +
Fiquei por 5 anos
Além das duas espécies mencionadas, o nosso ordenamento prevê ainda a usucapião especial, também chamada de constitucional por ter sido introduzida pela Constituição Federal sob duas formas: usucapião especial rural, também denominada pro labore, e usucapião especial urbana, também conhecida como pro-moradia.
Tal espécie não se aplica à posse de terreno urbano sem construção, pois é requisito a sua utilização para moradia do possuidor ou de sua família.
A usucapião especial rural não se contenta com a simples posse. O seu objetivo é a fixação do homem no campo, exigindo ocupação produtiva do imóvel, devendo neste morar e trabalhar o usucapiente. 
Constitui a consagração do princípio ruralista de que deve ser dono da terra rural quem a tiver frutificado com o seu suor, tendo nela a sua morada e a de sua família. Tais requisitos impedem que a pessoa jurídica requeira usucapião com base no dispositivo legal em apreço porque ela não tem família nem morada. 
Tal modalidade não exige, todavia, justo título nem boa-fé.
É relevante que se perceba que para se configurar o abandono de lar é necessário que se avalie um elemento subjetivo, relativo à intenção daquele que abandonou o lar, no sentido de deserção familiar, de dolosamente evadir-se deixando a família ao desamparo.
	
O Estatuto da Cidade prevê, no art. 10, a usucapião coletiva, de grande alcance social, de áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia por cinco anos, onde NÃO FOR POSSÍVEL IDENTIFICAR OS TERRENOS OCUPADOS INDIVIDUALMENTE.
JUDICIAL: Em juízo
EXTRAJUDUCIAL: Lei 6.015/73
	
A) JUDICIAL: Em juízo
B) EXTRAJUDUCIAL: Lei 6.015/73
	Acessão é o modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário. Ou, segundo a lição de Beviláqua, “é o modo originário de adquirir, em virtude do qual fica pertencendo ao proprietário tudo quanto se une ou incorpora ao seu bem.”
	Em todas as suas formas, a acessão depende do concurso de dois requisitos: 
a) a conjunção entre duas coisas, até então separadas; 
b) o caráter acessório de uma dessas coisas, em confronto com a outra. 
	Na acessão predomina, com efeito, o princípio segundo o qual A COISA ACESSÓRIA SEGUE A PRINCIPAL.
	Com relação às suas consequências, aplica-se também o princípio que VEDA O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. 
	O legislador entendeu mais conveniente atribuir o domínio da coisa acessória também ao dono da principal, para evitar o estabelecimento de um condomínio forçado e indesejado, porém, ao mesmo tempo, procurou evitar o locupletamento indevido, possibilitando ao proprietário desfalcado o percebimento de uma indenização.
	A acessão pode dar-se por:
1. Formação de ilhas;
2. Aluvião;
3. Avulsão;
4. Abandono de álveo e
5. Plantações ou construções
NATURAIS: 
ARTIFICIAIS: 5. Plantações ou construções
 
	As construções e plantações são chamadas de acessões industriais ou artificiais, porque derivam de um comportamento ativo do homem. 
	A regra básica está consubstanciada na presunção de que toda construção ou plantação existente em um terreno foi feita pelo proprietário e à sua custa. Trata-se, entretanto, de presunção vencível, admitindo prova contrária.
Terreno PRÓPRIO
Planta/Material ALHEIO
Indeniza plantação alheia
Má-fé: Indenização + Perdas e Danos
Boa-fé: Indeniza o material ou a semente
Terreno ALHEIO
Planta/Material PRÓPRIO
Perde em proveito do proprietário
Má-fé: Sem indenização
	Boa-fé: Indenização
	
EXCEÇÃO na previsão do § ÚNICO → Quando a construção ou plantação EXCEDE o valor do terreno consideravelmente, quem planta adquire a propriedade, no caso de BOA-FÉ, INDENIZA o proprietário.
AMBOS de MÁ-FÉ
	O direito de propriedade, sendo perpétuo, só poderá ser perdido pela vontade do dono (alienação, renúncia, abandono) ou por alguma outra causa legal, como o perecimento, a usucapião, a desapropriação etc. 
	O simples não uso, sem as características do abandono, não determina a sua perda, se não foi usucapido por outrem, ainda que se passem mais de quinze anos. 
	
	Dá-se a alienação por meio de contrato, ou seja, de negócio jurídico bilateral, pelo qual o titular transfere a propriedade a outra pessoa. Pode ser a título oneroso, como na compra e venda, ou a título gratuito, como na doação. Pode ainda ser voluntária, como a dação em pagamento, e compulsória, como a arrematação, bem como decorrer de um ato potestativo, que independe da vontade do proprietário, como se dá com o exercício do direito de retrovenda (CC, art. 505). 
	Em qualquer caso, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo (CC, art. 1.275, parágrafo único). 
	
	A renúncia é ato unilateral pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa, de forma expressa. 
	O ato renunciativo de imóvel deve também ser registrado no Registro de Imóveis competente (CC, art. 1.275, parágrafo único). Exige-se a escritura pública para a “renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País” (CC, art. 108). 
	O abandono também é ato unilateral, pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa. Neste caso, não há manifestação expressa. Pode ocorrer, por exemplo, quando o proprietário não tem meios de pagar os impostos que oneram o imóvel. 
	A conduta do proprietário caracteriza-se, neste caso, pela intenção (animus) de não mais ter a coisa para si. Simples negligência não configura abandono, que não se presume. Malgrado se dispense declaração expressa, como na renúncia, é necessária a intenção de abandonar. 
	
REQUISITOS: a Derrelição da coisa + o Propósito de não a ter mais para si.
	Presumir-se-á de modo absoluto a intenção de não mais conservar o imóvel em seu patrimônio “quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais” (CC, art. 1.276, § 2º). 
	A perda pelo perecimento da coisa decorre da perda do objeto. Se, por exemplo, um incêndio destrói uma edificação ou fortes chuvas provocam o deslizamento de um morro, fazendo-o desaparecer, os seus respectivos proprietários perdem o poder que tinham sobre eles. 
	O art. 1.275, IV, retrotranscrito, nada mais faz do que aplicar, no campo específico da propriedade imobiliária, o preceito genérico que determina perecer o direito se perecer seu objeto. 
	O perecimento da coisa decorre, em regra, de ato involuntário, de fenômenos naturais, como incêndio, terremoto, raio e outras catástrofes, mas pode resultar também de ato voluntário, com a destruição da coisa. 
	Trata-se de modo involuntário de perda do domínio. A desapropriação é instituto de direito público, fundado no direito constitucional e regulado pelo direito administrativo, mas com reflexo no direito civil, por determinara perda de propriedade do imóvel, de modo unilateral, com a ressalva da PRÉVIA E JUSTA INDENIZAÇÃO. 
	No art. 1.228, § 3º, assinala o aludido diploma que “o proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente”. 
	E, no § 4º, criou o novo Código uma outra espécie de desapropriação, determinada pelo Poder Judiciário na hipótese de “o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante”. Nesse caso, “o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário” (§ 5º). 
	
	Em realidade, a desapropriação constitui um modo de TRANSFERÊNCIA COMPULSÓRIA, FORÇADA, da propriedade, do domínio particular ou do domínio de outra entidade pública de grau inferior, PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU SEUS CONCESSIONÁRIOS. Representa, sem dúvida, uma limitação ao direito de propriedade, baseada porém na ideia da prevalência do interesse social sobre o individual.
	A desapropriação é, portanto, MODO ORIGINÁRIO DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE. 
Seção I
Dos Bens Imóveis
 Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
 Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
 I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
 II - o direito à sucessão aberta.
 Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
 I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
 II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem
Seção II
Dos Bens Móveis
 Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
 Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
 I - as energias que tenham valor econômico;
 II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
 III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
 Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
1. CLASSIFICAÇÃO dos MODOS de AQUISIÇÃO
CONSEQUÊNCIAS DO MODO DERIVADO
 1. O domínio do sucessor vem com as mesmas características, defetos limitações que existiam nas mãos do antecessor, pois ninguém transmite mais direitos do que tem.
 2. Para provar o domínio, o titular deve comprovar a legitimidade do domínio do antecessor em razão do princípio da continuidade → gera uma cadeia dominal (de domínios).
1.1 QUANTO ao MODO (quanto à procedência ou causa da aquisição):
1.2 QUANTO à MANEIRA como se PROCESSA a aquisição (ao OBJETO):
2. MODOS de AQUISIÇÃO
PRINCÍPIOS
MATRÍCULA
REGISTRO
AVERBAÇÃO
CONTRATO + REGISTRO
RETIFICAÇÃO DO REGISTRO 
CUSTOS
ITBI → 3% para município
ITCD → 2% a 8% (doação)
2.2 USUCAPIÃO
CONCEITO
POSSE + TEMPO
REQUISITOS
PESSOAIS
REAIS
FORMAIS
- Posse ad usucapione
- Tempo que a lei exigir
- Sentença com trânsito em julgado (será o título para aquisição da propriedade)
- Justo título (qualquer instrumento que indique aquisição da posse por uma pessoa)
- Boa-fé
ESPÉCIES
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
POSSE: mansa, pacífica, ininterrupta
TEMPO: 15 anos
SENTENÇA
OBS: Dispensa justo título e boa-fé
Esta é uma espécie que exige MENOS requisitos e MAIS tempo
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
POSSE: mansa, pacífica, ininterrupta
TEMPO: 10 anos
SENTENÇA
JUSTO TÍTULO
BOA-FÉ
Esta é uma espécie que exige MAIS requisitos e MENOS tempo
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
USUCAPIÃO ESPECIAL
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o  O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
REQUISITOS:
POSSE
TEMPO: 5 anos
SENTENÇA
EXTENSÃO URBANA: até 250 m2
USUCAPIENTE NÃO TEM OUTRO IMÓVEL
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
REQUISITOS:
POSSE
TEMPO: 5 anos
SENTENÇA
EXTENSÃO RURAL: até 50 hectares
USUCAPIENTE em ocupação produtiva
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
USUCAPIÃO por ABANDONO DO LAR 
REQUISITOS:
POSSE DIRETA, ininterrupta e sem oposição
POSSE EXCLUSIVA
TEMPO: 2 anos
SENTENÇA
EXTENSÃO URBANA: até 250 m2
USUCAPIENTE em ocupação produtiva
COPROPRIEDADE
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) CUJA PROPRIEDADE DIVIDA COM EX-CÔNJUGE OU EX-COMPANHEIRO QUE ABANDONOU O LAR, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez
USUCAPIÃO COLETIVA
REQUISITOS:
POSSE DIRETA, ininterrupta e sem oposição
TEMPO: + 5 anos
SENTENÇA
EXTENSÃO URBANA: até 250 m2/possuidor
USUCAPIDO COLETIVAMENTE
SEM OPOSIÇÃO
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de títulopara registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.
MODOS DE REQUISIÇÃO
2.3 ACESSÃO
NÃO pode haver usucapião: (artigos 197 e 198 do CC)
1. entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
2. entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela;
3. contra os incapazes de que trata o art. 3o;
4. contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
5. contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
NÃO podem ser objeto de usucapião:
1. Os imóveis públicos (art. 191, CF)
2. Os bens não suscetíveis de apropriação (ex: água do mar)
3. Os bens que, por razões subjetivas (se pertencem a outra pessoa), não podem ser adquiridos por prescrição aquisitiva. (ex: condomínio)
1. CONCEITO
PROPRIEDADE
2. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS da propriedade
3. CARACTERÍSTICAS da propriedade
4. OBJETO do Direito de Propriedade
5. ESPÉCIES de propriedade
6. RESPONSABILIDADE CIVIL do proprietário
7. TUTELA ESPECÍFICA do Domínio
PROPRIEDADE IMÓVEL
2.1 REGISTRO DE TÍTULO
CONCEITO
ORIGEM
1. Formação de ilhas;
2. Aluvião;
3. Avulsão;
4. Abandono de álveo
ESPÉCIES
FORMAÇÃO DE ILHA
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no MEIO DO RIO consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem ENTRE a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo DESDOBRAMENTO DE UM NOVO BRAÇO DO RIO continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
ALUVIÃO
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes (ALUVIÃO PRÓPRIA), ou pelo desvio das águas destas (ALUVIÃO IMPRÓPRIA), pertencem aos donos dos terrenos marginais, SEM INDENIZAÇÃO.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
AVULSÃO
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste ADQUIRIRÁ A PROPRIEDADE DO ACRÉSCIMO, SE INDENIZAR O DONO DO PRIMEIRO OU, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
ABANDONO DO ALVÉOLO
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno PRÓPRIO com sementes, plantas ou materiais ALHEIOS, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno ALHEIO perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Dono do terreno adquire a propriedade do material.
O dono do TERRENO vai indenizar o dono do MATERIAL.
Dono do material perde o material para dono do terreno.
O dono do TERRENO vai indenizar o dono do MATERIAL.
Dono do material adquire propriedade do terreno, mediante indenização.
O dono do MATERIAL vai indenizar o dono do TERRENO.
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
Dono do TERRENO adquire propriedade do MATERIAL, mediante ressarcimento.
O dono do TERRENO vai indenizar o dono do MATERIAL.
Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.
“Construí, com material que eu achava que era meu, em terreno que eu achava que era meu.”
O dono do MATERIAL pode cobrar indenização do dono do TERRENO, quando não puder cobrar de quem construiu.
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
Construção PARCIALMENTE em solo próprio.
Invade até 5% do solo ALHEIO.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de BOA-FÉ, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de MÁ-FÉ, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
Invade MAIS de 5%
BOA-FÉ
Construtor ADQUIRE a ÁREA INVADIDA
Responde por PERDAS E DANOS que abranjam:
1. O valor que a invasão ACRESCER A CONSTRUÇÃO que já era minha (VALORIZAÇÃOda construção) +
2. O VALOR DA ÁREA INVADIDA +
3. A DESVALORIZAÇÃO DA PARTE DO TERRENO ALHEIO QUE NÃO FOI INVADIDO (DESVALORIZAÇÃO do que sobrou pra ele).
O invasor PAGA: o que eu perdi, o que você ganhou e o que eu deixei de ganhar.
MÁ-FÉ
Construtor é obrigado a DEMOLIR o que nele construiu, pagando as PERDAS E DANOS apurados, que serão devidos em DOBRO.
BOA-FÉ
	Construtor adquire a parte do solo invadida, SE o valor da construção EXCEDE o valor da parte invadida: indeniza o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
MÁ-FÉ
§ ÚNICO → Construiu de MÁ-FÉ: Pagando as PERDAS E DANOS x10, ADQUIRE a propriedade da parte invadida, SE em proporção à 5% da parte invadida e o VALOR da construção EXCEDER consideravelmente o dessa parte e NÃO SE PUDER DEMOLIR A PORÇÃO INVASORA SEM GRAVE PREJUÍZO PARA A CONSTRUÇÃO.
EXEMPLO: Construí um prédio em um pedaço de terreno alheio (até 5%) e o valor do prédio excede consideravelmente o valor do terreno. Já que não posso demolir a porção que invadiu sem trazer prejuízo ao meu prédio, pago PERDAS e DANOS x10 e me torno proprietário do terreno.
3. PERDA DA PROPRIEDADE
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
ALIENAÇÃO
RENÚNCIA
ABANDONO
PERECIMENTO DA COISA
DESAPROPRIAÇÃO DA COISA
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário ABANDONAR, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 10 O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.
§ 20 Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.

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