Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA CARDIOVASCULAR E EXERCÍCIOEXERCÍCIO Prof. Gerson LeiteProf. Gerson Leite UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO -- UNINOVEUNINOVE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA CIRCULATÓRIOORGANIZAÇÃO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO � É um circuito fechado que leva o sangue a todos os tecidos do organismo; � A circulação do sangue exige a ação de uma bomba muscular (CORAÇÃO), que cria a “pressão hidrostática” necessária para tal; � O sangue sai do CORAÇÃO → ARTÉRIAS → ARTERÍOLAS → CAPILARES; � Sai dos TECIDOS → VÊNULAS → VEIAS → CORAÇÃO “SISTEMA FECHADO” O MÚSCULO CARDÍACO � O coração constitui DUAS BOMBAS DISTINTAS: o coração DIREITO, que bombeia sangue para os PULMÕES, e o coração ESQUERDO, que bombeia sangue para os ÓRGÃOS PERIFÉRICOS. � Cada um destes corações é uma bomba pulsátil composta por ÁTRIO e VENTRÍCULO. � O átrio funciona como uma fraca bomba para o ventrículo, ajudando A MOVIMENTAR O SANGUE PARA O VENTRÍCULO. � O VENTRÍCULO fornece a FORÇA PRINCIPAL que propele o sangue para a circulação pulmonar, pelo ventrículo direito, ou para a circulação periférica, pelo ventrículo esquerdo. 1 2 3 3 3 4 4 5 6 6 7 1 1 7 SISTEMA CARDIOVASCULARSISTEMA CARDIOVASCULAR � Os objetivos do Sistema Cardiovascular são: 1) Transporte de O2 aos tecidos e remoção dos produtos de degradação; 2) Transporte de nutrientes aos tecidos e; 3) Regulação da temperatura � O coração é constituído por duas bombas em uma, que enviam o sangue para a circulação pulmonar e para a circulação sistêmica. CICLO CARDÍACO � Os eventos cardíacos que ocorrem no início de cada batimento cardíaco até o do próximo são chamados de ciclo cardíaco. � Cada ciclo inicia-se pela geração espontânea de um potencial de ação no nódulo sinusal. � Consiste em um período de relaxamento, denominado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido de um período de contração denominado sístole. CICLO CARDÍACO � O potencial de ação propaga-se rapidamente pelos átrios e, depois, pelo feixe A-V, para os ventrículos. � Existe um atraso da condução dos átrios para os ventrículos, permitindo que os átrios contraiam-se antes dos ventrículos. Sistema de Condução � Nódulo Sinusal ou Sinoatrial (SA): rede especializada de células no sistema de condução; � Nódulo átrioventricular (AV): conexão elétrica das partes superior e inferior do coração. � Sistema His-Purkinge: fibras com alta velocidade de condução. Funcionamento dos átrios � O sangue flui de forma contínua das grandes veias para os átrios; � Cerca de 75% do sangue flui diretamente dos átrios para os ventrículos; � A contração atrial causa 25% de enchimento adicional dos ventrículos. Funcionamento dos ventrículos Enchimento dos ventrículos: � Após a sístole ventricular, ocorre a abertura das válvulas Átrio Ventricular (A-V), permitindo o fluxo de sangue para os ventrículos, no início da diástole; � A contração dos átrios fornece o impulso adicional ao sangue para os ventrículos. Funcionamento dos ventrículos � Volume diastólico final: o volume de cada ventrículo após o enchimento ventricular (cerca de 110 a 120 ml); � Débito sistólico: o volume que os ventrículos esvaziam durante a sístole, cerca de 70 ml; � Volume sistólico final: volume restante em cada ventrículo, cerca de 40 a 50 ml; � No exercício vigoroso, o volume sistólico final é reduzido e o volume diastólico final é aumentado, de modo que o débito sistólico aumenta muito. Volume Sistólico � O volume de sangue ejetado pelo coração na circulação arterial em cada batimento. � O volume sistólico do atleta de “endurance” é maior que do indivíduo sedentário. Freqüência Cardíaca (FC) � Número de contrações (batimentos) por unidade de tempo (bpm). � A FC é proporcional à carga de trabalho; � Geralmente, a FC repouso dos atletas de “endurance” é menor que dos indivíduos sedentários; � FC max prevista = 220 - idade (anos); � FC max prevista = 208 – (0,7 X idade em anos). Regulação da Freqüência Cardíaca (FC) � Intrínseca - nódulo sinusal ou sinoatrial, marca-passo que espontaneamente gera estímulo para contração do miocárdio. � Extrínseca - sistema regulador no tronco cerebral, que origina influências neurais ao miocárdio, por meio dos componentes simpático e parassimpático (vago) do sistema nervoso autônomo. Sistema Nervoso Autônomo � Simpático - libera catecolaminas, que agem no nódulo sinoatrial (sinusal) acelerando a FC (taquicardia) e também aumentam a contratilidade miocárdica. � Parassimpático - libera acetilcolina, que retarda o ritmo da descarga sinusal e torna o coração mais lento (bradicardia). DÉBITO CARDÍACO (Q) Volume de sangue bombeado pelo coração (ventrículo esquerdo) em um minuto. Q = VS x FC volume de ejeção sistólico freqüência cardíaca � O débito cardíaco de repouso do atleta de “endurance” é semelhante ao do indivíduo sedentário do mesmo sexo, idade, peso e altura. � O débito cardíaco no exercício máximo do atleta é muito maior que o do indivíduo sedentário. AJUSTES CARDIOVASCULARES � Ocorrem para aumentar o fluxo sangüíneo aos músculos em atividade; � Em função do aumento da demanda metabólica com conseqüente aumento do consumo de oxigênio (VO2); � Acarretando em aumento do débito cardíaco (Q) e da diferença artério-venosa de oxigênio [(a-v)O2]. VO2 = Q X (a-v)O2 Desvio do Fluxo sanguíneo Exercícios Dinâmicos O aumento do débito cardíaco deve ser direcionado aos territórios com maior atividade metabólica durante o exercício, devido: � Vasodilatação nos músculos esqueléticos em atividade, principalmente por alterações metabólicas locais, como redução do O2, aumentos do CO2, da temperatura, da acidez etc; � Vasoconstrição em outros órgãos (rins, fígado, baço etc) pela descarga simpática difusa. Exercício Dinâmico � Aumento do débito cardíaco e do VO2; � Aumento importante da freqüência cardíaca; � Aumento moderado da PA sistólica; � Redução, manutenção ou aumento discreto da PA diastólica. Hipertrofia Cardíaca em Resposta ao Treinamento � Pode ocorrer um aumento moderado no tamanho do coração em resposta ao treinamento com exercícios, sendo uma adaptação biológica fundamental do músculo a uma maior carga de trabalho. � Ocorre uma maior síntese de proteínas celulares, com uma redução concomitante no fracionamento das proteínas. � As miofibrilas tornam-se mais espessas e aumenta o número dos filamentos contráteis. � O coração hipertrofiado tem menor capacidade de desenvolver força; � Aumenta a rigidez miocárdica, por aumento da quantidade de colágeno (fibrose).
Compartilhar