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Osteomielite A osteomielite é qualquer infecção óssea que compromete a cortical, a esponjosa e o canal medular. Trata-se de uma infecção com rápida propagação, podendo comprometer a vida do paciente. A destruição óssea causada pela necrose tende à cronificação se não for tratada. CLASSIFICAÇÃO Osteomielite hematogênica aguda – é a forma mais comum de infecção óssea. Em alguns casos, são detectados focos infecciosos a distância, como dentários, respiratórios, cutâneos, ferimentos e escoriações. Em outras situações, não são verificados locais com infecção que possam ser causadores de contaminação a distância e ocasionar osteomielite hematogênica. Osteomielite crônica – ocorre quando a abordagem terapêutica da osteomielite na fase aguda é iniciada com atraso, devido ao estabelecimento tardio do diagnóstico, ou na falta de tratamento da mesma, propiciando, por conseguinte, a cronificação do processo infeccioso, com grande quantidade de tecido necrosado e sequestro ósseo, o qual, por sua vez, pode comprometer todo o osso longo. Abscesso ósseo – é um tipo mais brando de infecção óssea, no qual a virulência da bactéria fica mais contida pelo sistema de defesa do paciente. Existe englobamento de foco inicial, não permitindo sua expansão e formando um verdadeiro abscesso intraósseo, ou abscesso de Brodie. Osteomielite pós-traumática – decorre de contaminação direta com a pele, por ferimentos ou fraturas expostas, previamente infectados ou não, e que, por continuidade ou proximidade, podem ocasionar osteomielite. Osteomielite pós-operatória (ou cirúrgica) – cirurgia de grande porte, com tempo prolongado de exposição tecidual e hemostasia imperfeita que ocasionam hematoma pós-operatório. Os pinos e parafusos dos fixadores externos, os alongadores ósseos e a tração esquelética atuam como acesso direto para o tecido ósseo. Etiologia: Teoricamente, qualquer bactéria pode produzir osteomielite. A maioria é causada por Staphylococcusaureus. Estreptococos do grupo B, enterococos, pneumococos, onococos, salmonela e pseudômonas também se constituem como agentes etiológicos. A cultura do material vai fornecer com exatidão o agente causador, desde que seja colhido com técnicas estéreis e antes de ser administrado antibiótico. Diagnóstico: O surgimento dos dados clínicos da osteomielite hematogênica aguda acompanha a evolução do processo infeccioso e está de acordo com a fisiopatologia. O diagnóstico é clínico e com exames complementares laboratoriais e de imagem. Dor, edema, hiperemia, hipertermia são os sinais e sintomas iniciais, posteriormente acompanha impotência funcional. Exames complementares: hemograma (nos primeiros dias apresenta leucocitose característica de infecção aguda, posteriormente detectam-se anemia e baixa hemoglobina); velocidade de hemossedimentação (VHS) (está elevada desde o início); Proteína C reativa (PCR); hemocultura (positiva na metade dos casos); cultura e antibiograma; radiologia (nos primeiros 7 dias, não são apresentadas alterações); cintilografia óssea; Tomografia computadorizada e RNM. Tratamento: clínico
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