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Prof. Antônio Palmeira UNIDADE III Compras e Negociação/ Sistemas de Precificação Gestão de fornecedores e contratos Gestão de fornecedores Gestão de contratos Preço Conceitos e objetivos Política de preços Conteúdo da Unidade III Evolução na gestão de compras observada na década de 1990 e sua grande importância no meio acadêmico e empresarial. Relacionamento com os fornecedores integra os processos de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Relacionamento com os fornecedores é estratégico. Relacionamento com fornecedores Características do relacionamento com os fornecedores Fornecedor Gestão de relacionamento com o cliente (CRM) Prioridades estratégicas Capacidades Comprador Gestão de relacionamento com o fornecedor (SRM) Prioridades estratégicas Capacidades Características do relacionamento Reciprocidade Particularidade Cooperação Conflito Intensidade Inconsistência interpessoal Dependência – poder Confiança Fonte: adaptado do livro-texto Forças de Porter Poder de barganha dos clientes. Poder de barganha dos fornecedores. Ameaça de novos entrantes. Ameaça de produtos substitutos. Concorrentes. Estratégia tradicional se baseia no preço. Estratégia moderna se baseia na parceria e na proposição de valor. Relacionamento com fornecedores e as estratégias empresariais Planos e métodos de avaliação acordados e aprovados. Fluxo de informação essencial entre as partes. Comprometimento e responsabilidade do fornecedor com os seus prazos de entrega. Cooperação e respeito mútuo. Condições mínimas para o estabelecimento de parcerias Na gestão de riscos de fornecedores é necessário medir a probabilidade de ocorrência dos eventos e também os impactos gerados. Deve se encontrar as quantidades de fornecedores e as alternativas disponíveis de fornecimento. Para cada fornecedor encontrado pesquisam-se informações financeiras, estratégicas e operacionais; classificando-os com a seguinte probabilidade: Não há com o que se preocupar. Primeiros sinais de preocupação. Situação preocupante. Cenário muito ruim. Falência declarada. Gestão de riscos de fornecedores Negociação com os fornecedores Fonte: adaptado do livro-texto Comprador Interesses diversos do comprador! Vendedor Interesses diversos do vendedor! Processos de negociação Estratégia competitiva ganha-perde (um ganha mais que o outro) Estratégia competitiva ganha-ganha (um ajuda o outro a ganhar juntos) PoderComunicação Interdependência Objeto do conflito Valor estratégico – não se refere imediatamente ao preço, mas à importância daquela aquisição para a empresa. Tempo – prazo para que ocorra o fechamento da compra. Fatores a serem considerados na estratégia de negociação com fornecedores Valor estratégico das compras muito baixo e sem quaisquer pressões por tempo. Valor estratégico baixo, mas uma grande urgência na resolução do problema. Valor estratégico mediano e um prazo também considerado mediano. Valor estratégico alto e uma necessidade de curto prazo. Valor estratégico alto e prazo grande. Contextos na negociação entre fornecedores e compradores O quê – clareza sobre o objetivo da negociação. Por que – enxergar além das especificações. Quem – trazer outros participantes (negociador, observador, estrategista, tomador de decisões). Como – detalhes da estratégia devem ser consistentes. Quando – linha do tempo considerando a importância de sua extensão. Onde – deve se dispensar atenção ao ambiente de negociação. Quanto – conhecimento do alvo e do limite financeiro é fundamental. Preparação da proposta de valor Quais são os fatores a serem considerados na estratégia de negociação com fornecedores? a) Tempo e escopo. b) Pessoas e tecnologia. c) Valor estratégico e tempo. d) Valor estratégico e tecnologia. e) Pessoas e processos. Interatividade Após a definição da proposição de valor é necessário definir preços, limites e a Zona de Possíveis Acordos, também conhecida como Zopa. Assim, trabalha-se com um preço-alvo, um preço-limite e um valor inicial para tentar ancorar a negociação com o fornecedor. É importante considerar que o fornecedor também tem o seu preço-alvo e o seu limite. ZOPA (Zona de Possíveis Acordos) Nesse exemplo, o preço que o fornecedor está disposto a receber é 30 e o máximo que o comprador poderá pagar é 60. Nesse caso, tem-se um Zopa positiva igual a 30, ou seja, há um bom espaço para negociação. Exemplo de Zopa Fonte: adaptado do livro-texto ZOPA Máximo que o comprador paga é 60! Mínimo que o vendedor aceita é 30! Quando se encontra um Zopa negativa, a tendência é que as negociações não prossigam ou os dois lados (compradores e fornecedores) procurem contemplar uma outra forma para a continuidade das negociações. Essa outra forma pode ser uma senda gerada por três elementos que formam o círculo de valor: interesses, opções e legitimidade. O novo caminho para a reabertura das negociações está em compreender os interesses do outro, identificando ou criando opções, com toda a legitimidade necessária para atender ambos os lados. Círculo de valor na negociação com fornecedores Fonte: adaptado do livro-texto INTERESSES OPÇÕES LEGITIMIDADE À medida que surgem relações de compra e venda, é natural que existam dispositivos que auxiliem na formalização das aquisições. Percebem-se diversas maneiras de contratação, utilizando desde acordos verbais até o estabelecimento de um documento com um conjunto de cláusulas regendo todo processo de contratação. Esse documento é denominado contrato. O contrato formalizado é fundamental para o fornecimento adequado, instrumento de controle e de desempenho nas relações entre compradores e fornecedores, definindo de modo transparente os papéis e as responsabilidades dos envolvidos no processo. Gestão de contratos O contrato Fonte: adaptado do livro-texto Compras/Suprimentos Contratações formalizadas Fornecedores Contrato de mercado – também chamado de contrato clássico ou discreto, encontrado em mercados com muitos compradores e muitos vendedores. Nele, a identidade de negociadores e a frequência de transações não têm tanta importância, devido à padronização de produtos e simetria informacional. Contrato de negociação – também chamado de contrato neoclássico ou obrigacional, encontrado em mercados com poucos compradores e poucos vendedores. Nele, o preço é fortemente estabelecido pelo processo de negociação entre compradores e vendedores. Contrato de relacionamento – também chamado de contrato de firma ou troca fechada, encontrado em firmas integradas verticalmente. Tipos de contrato A compreensão sobre o ciclo de vida dos contratos se dá de forma melhor quando se compreende o ciclo de vida das compras. Ciclo de vida de compras e ciclo de vida dos contratos CICLO DE COMPRAS Identificar necessidades Desenvolver business case Definir abordagem de compras Avaliar fornecedor Negociação e escolha Fechamento da compra Gerir a implementação da contratação Fonte: adaptado do livro-texto Ciclo de vida de compras e ciclo de vida dos contratos DEFINIÇÕES Pré- contratação Contratação Pré- execução Execução Encerramento Fonte: adaptado do livro-texto Na fase de gerir, a implementação da contratação inicia o ciclo de vida dos contratos, compreendido como uma complementação do ciclo de vida das compras.Ciclo de vida de compras CICLO DE COMPRAS Identificar necessidades Desenvolver business case Definir abordagem de compras Avaliar fornecedor Negociação e escolha Fechamento da compra Gerir a implementação da contratação Fechamento/ revisão da necessidade Fonte: adaptado do livro-texto O ciclo de vida do contrato tem o seu início numa fase de definições, que consiste na definição de políticas e procedimentos responsáveis pela contratação, estabelecendo elementos influenciadores na geração dos contratos em compradores e fornecedores. Ciclo de vida dos contratos DEFINIÇÕES Pré- contratação Contratação Pré- execução Execução Encerramento Fonte: adaptado do livro-texto A etapa de pré-contratação é caracterizada pelas tratativas iniciais do contrato, incluindo a requisição do produto/serviço, pesquisas de mercado e seleção de contrato adequado. Na etapa de contratação encontram-se atividades ligadas à negociação que antecedem a assinatura de contrato. Ciclo de vida dos contratos DEFINIÇÕES Pré- contra- tação Contra- tação Pré- execução Execução Encerra- mento Fonte: adaptado do livro-texto Na pré-execução, o contrato é assinado, seguido de uma comunicação para todos os interessados. Na execução ocorrem a administração e a gestão do contrato propriamente dita, com eventuais modificações e encaminhamento de problemas. No encerramento ocorre todo o trâmite de finalização do contrato. Ciclo de vida dos contratos DEFINIÇÕES Pré- contra- tação Contra- tação Pré- execução Execução Encerra- mento Fonte: adaptado do livro-texto Em qual das etapas do ciclo de vida de compras inicia o ciclo de vida dos contratos? a) Identificar necessidades. b) Desenvolver o business case. c) Avaliar fornecedor. d) Fechamento da compra. e) Gerir a implementação da contratação. Interatividade Fase do ciclo de vida dos contratos Pré- contratação Contratação Pré- execução Execução Encerra- mento Planejamento da demanda Planejamento da aquisição Orçamentação Definição de requisitos Requisição Seleção de fornecedores Negociação e escolha Formalização (nova relação ou mudança) Cadastro e documenta- ção Planeja- mento do controle Recebimento de produto/serviço Validação da documentação Registro de ocorrências e penalidades Controle de mudanças Encerramento das atividades Cadastro e documentação Fonte: adaptado do livro-texto Grupo de processos de iniciação. Grupo de processos de planejamento. Grupo de processos de execução. Grupo de processos de monitoramento e controle. Grupo de processos de encerramento. Gerenciando contratos como projetos Uma empresa é uma organização e pode ser compreendida como um sistema que se relaciona com vários elementos. A empresa Fonte: adaptado do livro-texto Insumos Produtos ou serviços EMPRESA Capital Trabalho Energia Efeitos sobre o meio ambiente Subprodutos Inevitavelmente nesses relacionamentos há a troca de produtos e serviços, com relações de compra e venda, envolvendo negociações e abordando questões voltadas para os preços de venda. A empresa e suas relações EMPRESA Fonte: adaptado do livro-texto Mercado financeiro Mercado consumidor Mercado de mão de obra Fornecedor ClienteGoverno Acionistas Crises econômicas. Alta competitividade. Aumento dos custos. Redução dos lucros. Formação de preços. O contexto financeiro das empresas É a área que tem a responsabilidade de gerir os recursos financeiros de uma corporação. Esses recursos financeiros representam o capital das empresas que existe sob a forma de quantias em dinheiro disponíveis no caixa da empresa ou dos valores aplicados em investimentos no mercado financeiro. Divide-se em: Tesouraria – administra os créditos e o caixa da empresa. Controladoria – administra a contabilidade de custos, pagamentos de impostos e sistemas de informações gerenciais. Área financeira das empresas À luz da teoria econômica, a produção é a combinação dos fatores de produção que são adquiridos pela empresa e transformados em produtos para a comercialização no mercado. Os gastos com a aquisição dos fatores de produção são denominados como custos. Custos sob a ótica econômica (Teoria da Produção) Custos Totais de Produção (CT) – é o somatório das despesas com a utilização da combinação de fatores, para obtenção de uma determinada quantidade de produto. Compostos por: Custos Variáveis (CV) – dependentes da produção e varia com o seu volume, sendo diretamente ligados aos fatores de produção. Custos Fixos (CF) – independem da produção e decorrem dos gastos com fatores fixos de produção. Custos sob a ótica econômica (tipos de custos) Gasto é o valor do sacrifício financeiro na aquisição de um bem ou serviço. Custo é o gasto associado ao somatório dos gastos com bens e serviços utilizados no processo produtivo de novos bens ou serviços. Despesa é o gasto que ocorre sem relação direta com a produção de um bem ou serviço. Perda é o somatório de gastos ocorridos de forma involuntária ou com um padrão de anormalidade e sem intenção de gerar receitas. Doação é o somatório de gastos ocorridos de forma voluntária sem intenção de gerar receita. Investimento é o gasto com bens ou serviços ativado em razão de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Conceitos de custos sob a ótica contábil Custo fixo – é aquele que não varia com o volume de atividade da empresa. Custo variável – tem o seu valor diretamente associado à função de variação de volume de atividade. Classificação dos custos (quanto à variabilidade de seu volume) Custo direto – pode ser diretamente incluído no cálculo do bem ou serviço, sendo muitas vezes associado aos materiais diretos usados na mão de obra. Custo indireto – não é diretamente atribuído ao tipo de bem ou serviço. Classificação dos custos (quanto à apuração) O gasto que ocorre sem relação direta com a produção de um bem ou serviço é conhecido como: a) Custo. b) Despesa. c) Investimento. d) Desembolso. e) Doação. Interatividade Despesa comercial: destinada à obtenção da receita. Salários e comissões mais encargos, viagens, publicidade e outras. Despesa administrativa: reservada à manutenção, à melhoria e à aplicação dos resultados. Despesas financeiras: dispêndios com manutenção do capital circulante líquido e capital de giro. Despesas gerais: são todas aquelas que não poderão ser atribuídas diretamente aos produtos fabricados e comercializados, portanto, incidirão sobre os produtos por meio de rateios e/ou alocações por critérios particulares para cada tipo de despesas. Elas poderão incidir simultânea e/ou individualmente em cada área da empresa. Classificação das despesas Corriqueiramente quando se deseja comprar algum produto, seja em uma loja ou quaisquer outras unidades comerciais, o consumidor faz aquela tradicional pergunta: quanto custa? A pergunta “quanto custa?” – que, na verdade, quer dizer “qual é o preço?” – inevitavelmente associa os conceitos de preço de venda e de custo a partir da perspectiva do consumidor, que logo imagina que o gasto com esse determinado produto é um custo. “Qual é o preço?” ou “Quanto custa?” Entendimento do bem ou do serviço: essa etapa consiste no entendimento e na compreensão dos produtos ou serviços que serão comercializados. Identificação das variáveis de análise: essa etapa está relacionada à compreensão das principais características de produtos e serviços mencionadas na etapa anterior. Análise das variáveis do bem ou serviço: o principal objetivo dessa etapa é a utilização de um método para analisar e estabelecer os preços que serão praticados. Formação do preço de venda: como o próprio nome sugere, nessa etapa forma-se o preço de venda do produto ou serviço. Fluxo da formação de preços Variáveis que influenciam na formação do preço Fonte: adaptado do livro-texto Preço Variáveis de custos (VC) Variáveis econômicas (VE) Variáveis mercadológicas (VM) Variáveis societárias e tributárias (VST) A fim de garantir a gestão e o controle adequado do preço de venda dos produtos, é fundamental que as organizações estabeleçam uma política adequada para a gestão e o controle dos preços. A ideia é criar no consumidor a percepção de que o preço a ser pago tem uma forte relação com o valor que pode ser agregado ou entregue ao cliente. Gestão estratégica de preços É o meio de se controlar e gerenciar os preços. A política de preços deve ser ancorada em dois grandes pilares: Estratégia mercadológica. Coordenação sistêmica/integrada. Política de preços Estratégia mercadológica – gera dentro da política de preços uma mensagem clara relacionada à filosofia da organização, no que tange ao oferecimento de produtos e serviços. Coordenação sistêmica – determina o objetivo e as áreas envolvidas na formação do preço e o equilíbrio entre visão, cultura, estrutura, recursos e estratégia de preços. Pilares da política de preços Há uma constância ou diminuição das vendas quando os preços caem? É possível detectar, por meio de evidências, quando os preços estão altos? Encontra-se estabelecido um padrão de reação diante da concorrência no que tange a preços? Existe algum método que especifica mudanças na gestão estratégica dos preços? É possível traçar ou descrever as estratégias de preços dos concorrentes? Resposta por meio da política de preços A despesa que se refere à manutenção, à melhoria e à aplicação dos resultados é conhecida como: a) Despesa administrativa. b) Despesas tecnológicas. c) Despesa comercial. d) Despesa de produção. e) Despesa financeira. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!
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