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Quem são nossos alunos? Dentro de uma sala de musculação, encontramos indivíduos dos mais variados perfis: faixas etárias, terapêutica, profilaxia, estética, saúde, sexo, recomendação médica, alto rendimento, lazer, etc. Outro ponto que não podemos deixar de mencionar é o fato de vivermos em um momento de horários irregulares de trabalho, trânsito bem congestionado (principalmente nas médias e grandes cidades) e outras funções laborais que faz com que o ser humano tenha uma diminuição de seu tempo para o lazer e prática de exercício físico. Posição anatômica de referência É a posição ereta (ortostática) com as partes corporais voltadas para frente. Considerada o ponto de partida para os movimentos dos segmentos corporais. Termos direcionais Superior: próximo a cabeça. Inferior: afastado da cabeça Anterior: a frente do corpo Posterior: para a parte de trás do corpo Medial: para linha média do corpo Lateral: afastando da linha média Proximal: próximo ao tronco Distal: afastando do tronco Profundo: dentro do corpo Cadeia Cinemática Aberta e Cadeia Cinemática Fechada Quando a extremidade distal, livre do corpo humano, se movimenta este movimento é denominado cadeia cinemática aberta. Muitos movimentos funcionais envolvendo a elevação de objetos e movimentos realizados na vida diária são movimentos de cadeia cinemática aberta. Por exemplo: o antebraço flexiona em direção ao braço através de uma flexão do cotovelo em cadeia cinemática aberta, e o braço flexiona em relação ao tronco pela flexão do ombro, também em cadeia cinemática aberta. Nestes movimentos, a origem fica fixa e a inserção se movimenta. No movimento de flexão de braço, por exemplo, as mãos ficam fixas e o tronco se movimenta em relação ao membro superior, caracterizando um movimento de cadeia fechada. A característica que distingue movimentos de cadeia fechada e de cadeia aberta é a função da extremidade distal da cadeia. Em cadeias abertas, os músculos se contraem para movimentar segmentos com extremidades distais que se movimentam livres no espaço. Os mesmos músculos contraem-se, através das mesmas articulações, para produzirem movimentos de cadeia fechada, quando as extremidades distais estão estáticas. Cadeias cinemáticas: a) aberta; b) Fechada Note que os dois movimentos são de flexão do quadril. Insuficiência Ativa e Passiva dos Músculos Bi-articulares Insuficiência Ativa – Os músculos bi-articulares não podem exercer tensão bastante para encurtarem-se suficientemente e causarem amplitude articular total em ambas articulações ao mesmo tempo. Por exemplo, é muito difícil para o reto femoral realizar força e amplitude para a extensão do joelho e a flexão do quadril ao mesmo tempo. Quando um músculo começa a atingir uma insuficiência ativa, este precisa recrutar um maior número de unidades motoras para continuar produzindo movimento eficientemente. Insuficiência Passiva - É muito difícil para um músculo bi-articular se alongar o bastante para permitir total amplitude articular em ambas as articulações ao mesmo tempo. Por exemplo, os isquiotibiais geralmente não conseguem deixar que a articulação do joelho estenda e a do quadril flexione completamente ao mesmo tempo. Os alongamentos favorecem a elasticidade muscular e, portanto, diminuem a probabilidade de insuficiência passiva precoce durante os movimentos do corpo humano, principalmente aqueles envolvendo músculos bi-articulares. Apesar de serem mais expressivas nos músculos bi-articulares, as insuficiências ativa e passiva também acontecem nos músculos monoarticulares. Um dos atributos do ritmo escapulo-umeral é prevenir o músculo deltóide (que é mono- articular) de uma insuficiência ativa durante a abdução do ombro, por exemplo. Vantagem Mecânica É a eficiência de uma alavanca para mover uma resistência, permitindo que uma resistência seja vencida com menor esforço. VM = braço de força / braço de resistência VM >> vantagem mecânica; Braço de força >> distância do eixo até o ponto de aplicação da força; Braço de resistência >> distância do eixo até a resistência; VM = 1 >> a força necessária para movimentar uma resistência é exatamente igual à resistência; VM > 1 >> a força necessária para movimentar uma resistência é menor que a resistência; VM < 1 >> a força necessária para movimentar uma resistência é maior que a resistência; Componentes e propriedades do Músculo Irritabilidade: Quando ativado por um estímulo o músculo responde desenvolvendo tensão; Elasticidade: capacidade de a fibra muscular retornar ao seu comprimento de repouso após um alongamento; Extensibilidade: capacidade de o músculo alongar-se além do comprimento de repouso; Contratilidade: capacidade de o músculo encurtar-se quando estimulado; Papéis que os músculos desempenham Agonistas: são os que desenvolvem movimentos articulares; Antagonistas: que se opõem ao agonista; Estabilizadores: estabilizam uma região para um movimento articular; Neutralizadores: músculos desenvolvem tensão para evitar um movimento indesejável; Relação comprimento X tensão O músculo consegue produzir mais força quando está próximo a sua posição de repouso; quando o comprimento aumenta ou diminui, em relação a sua posição de repouso, a capacidade de produção de força é diminuída; Tipos e características das fibras musculares Reduzida Moderada Elevada Capilaridade Alta Moderada Baixa Enzimas glicolíticas Baixa Moderada Alta Enzimas oxidativas Pequena Moderada Grande Volume de mitocôndrias Alta Moderada Moderada Estoque de glicogênio Alta Moderada Baixa Ritmo de fadiga Baixa Moderada Alta Capacidade oxidativa Alta Moderada Baixa Capacidade anaeróbia Rápida Rápida Lenta Velocidade de contração Tipo IIx contração rápida glicolítica (força). Tipo IIa contração rápida glicolítica oxidativa (intermediária) Tipo I contração lenta(resistência). Característica Unidades motoras É formada por um nervo motor e todas as fibras por ele inervada; Recrutamento de fibras musculares A contração do músculo envolve um recrutamento progressivo de unidades motoras do tipo I e, em seguida, do tipo II; Treinamento de musculação e ganhos no condicionamento muscular Em intervalos de 3 a 6 meses (INICIANTES), pode-se perceber melhora de 25% a 100% na força. Em alguns casos o ganho pode ser maior; Grande parte desses ganhos se devem as adaptações ao movimento; Força não é propriedade exclusiva dos músculos, ela também é propriedade do sistema nervoso; Coativação dos agonistas e antagonistas; minimizar Coativação; Hipertrofia temporária: acúmulo de líquido intersticial e intracelular, proveniente do plasma sanguíneo; Hipertrofia crônica: mudanças estruturais nos músculos; Engrama motor Sequência de ativação neuromuscular que torna o movimento automático; Fatores neurais e musculares A curva de resposta generalizada para mostrar os aumentos na força muscular com o treinamento de força que são divididos a fatores neurais versus musculares. Durante um período típico de treinamento de oito semanas, aproximadamente 90% da força muscular adquirida durante as duas primeiras semanas resultam de fatores neurais. Nas duas semanas subsequentes, entre 40 e 50% do aprimoramento da força ainda estão relacionados a uma adaptação dentro do sistema nervoso. Daí em diante as adaptações dentro das fibras musculares tornam-se progressivamente mais importantes para o aprimoramentoda força. A maneira mais correta de expressar esta situação seria que, em relação aos ganhos neurais ocorridos nos estágios iniciais do treinamento, a hipertrofia das fibras tem um papel reduzido nos aumentos de força, o que não significa que ela não ocorra (CAMPUS e col, 2002). MECANISMOS FISIOLÓGICOS RELACIONADOS À HIPERTROFIA Hipertrofia muscular é o aumento volumétrico de um músculo, devido ao aumento volumétrico das fibras que o constituem (Gentil, 2005). Treinamento pesado com poucas repetições produz uma diminuição do número de capilares por fibra (Tesch, 1990). Treinamento menos pesados (70%) com séries mais longas, promove um ligeiro aumento do número de capilares por fibra (Tesch, 1990). HIPERTROFIA SARCOPLASMÁTICA X MIOFIBRILAR Diversos autores afirmam a existência de dois tipos de hipertrofia morfologicamente diferenciados (BOMPA e CORNACCHIA, 1998; ZATSIORSKY, 1999). Hipertrofia miofibrilar: vista em levantadores de peso, com repetições abaixo de 6 RM e se manifesta pelo aumento do volume das miofibrilas. Hipertrofia sarcoplasmática: vista em culturistas e nos que treinam com mais de 10 RM e se manifesta com o aumento do líquido e demais organelas. MÉTODOS DE TREINAMENTO PARA MAXIMIZAR A HIPERTROFIA Tendo em vista os diferentes estímulos para hipertrofia, propõe-se a divisão de estímulos, conforme a via principal a ser seguida: tensionais e metabólicos. Os métodos tensionais podem ser definidos como os que promovem hipertrofia por meio de estímulos mecânicos. Caracterizam-se basicamente pela utilização de cargas e amplitudes de movimento altas durante o treino. Os métodos metabólicos induzem a hipertrofia por meio de alterações nas condições metabólicas locais. Este tipo de treino se deve aproveitar melhor as fases isométrica e concêntrica, por promoverem maior acúmulo de metabólitos. Interações básicas dos sistemas de transferências de energia Equipamentos de Musculação Como os pesos livres, a gravidade é a fonte de resistência para os equipamentos de musculação. Entretanto, por meio de roldanas, polias de raio variado, cabos e engrenagens, esses equipamentos fornecem um maior controle sobre a direção e o padrão de resistência. Tanto os pesos livres como os equipamentos de musculação têm vantagens e desvantagens. Vantagens dos equipamentos de musculação: Segurança: a probabilidade de lesão por bater, tropeçar ou ficar sob um peso é reduzida. Eles requerem menor habilidade para manter o controle da carga deslocada do que um peso livre; Flexibilidade de projeção: os equipamentos podem ser projetados para fornecer resistência aos movimentos corporais que são difíceis com pesos livre; Facilidade de uso: muitas pessoas que temem sua falta de coordenação ou técnica para levantar pesos livre seguramente se sentem confiantes quando usam equipamentos. Além disso é mais rápido e fácil de selecionar uma carga pela inserção de um pino em uma pilha do que colocar anilhas em uma barra. Vantagens dos pesos livres: Treinamento do corpo todo. Exercícios com pesos livres são frequentemente realizados em posição em pé com os pesos suportados pelo corpo inteiro, sobrecarregando uma porção maior da musculatura do corpo do que faria um equipamento de musculação. Cada exercício que tenha relação com pesos promove a mineralização óssea, auxiliando na prevenção de osteoporose em idades mais avançadas. Além disso, um movimento em um peso livre requer mais força do indivíduo, solicitando o trabalho de músculos estabilizadores e de sustentação; Simulação de atividades da vida diária: o levantamento e a aceleração de objetos representam a maior parte dos esportes e de outras atividades de demanda física. Os equipamentos tendem a isolar grupos musculares específicos; o levantamento de pesos livres envolve maior coordenação neural de diversos grupos musculares. Efeitos do Treinamento de Musculação Aumento da: Massa muscular; Força máxima; Potência; Tônus muscular; Desempenho esportivo; Desempenho motor; Mudança da composição corporal. Musculação A musculação corresponde à conjugação sistemática de várias formas de trabalho muscular contra-resistivo, realizada através da enorme gama de dispositivos e equipamentos para tal fim (Bagrichevsky e Garcia, 2001). Em evidências levantadas por Rodrigues (2001) afirma que o treinamento contra resistência é uma das atividades físicas que mais se desenvolve em todo o mundo. É utilizada para aprimorar vários aspectos da aptidão física. O treinamento contra resistência inclui além dos pesos, hidráulica, elástica, molas e isometria. Existem duas modalidades para o desenvolvimento da musculação: treinamento isométrico e treinamento contra resistência dinâmica. Treinamento isométrico – o termo isométrico significa “mesmo comprimento”. Esse tipo de contração muscular produz aumento de tensão, porém não há alteração no comprimento do músculo. Os aumentos específicos do ângulo articular exigido. Quando se deseja aumento da força em toda amplitude, o treinamento deverá ser feito em vários ângulos diferentes (Rodrigues, 2001). Treinamento contra resistência dinâmica – compreende a contração concêntrica, excêntricas ou ambas. Stone e Wilson (1985), citado por Rodrigues (2001), afirma que o uso de uma contração concêntrica seguida imediatamente por uma excêntrica é denominada pliometria. A energia desenvolvida nas contrações excêntricas forçadas (movimentos contrários) constitui uma contribuição importante para uma contração concêntrica mais poderosa. Os treinamentos contra resistência dinâmica, realizados na sala de musculação, se utilizam geralmente de aparelhos (máquinas) e pesos livres, cada um deles apresenta vantagens e desvantagens próprias (Rodrigues, 2001). Princípios Científicos do Treinamento Desportivo Princípio da Individualidade Biológica A associação do genótipo ao fenótipo produz pessoas totalmente diferentes. O indivíduo deverá sempre considerado como junção do genótipo e do fenótipo, dando origem ao somatório das especificidades que o caracterizarão. Mesmo que duas pessoas venham a nascer com o mesmo genótipo, como por exemplo gêmeos univitelinos, terão experiências diferentes ao longo de suas vidas que os tornaram formações diferentes. Os potenciais são determinados pelo genótipo e as capacidades habilidades são decorrentes do fenótipo. Princípio da Adaptação Para entendermos melhor este princípio, devemos entender o que é homeostase, que é: o estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre ele e o meio ambiente. Altura do Indivíduo Consumo Máximo de O2 Potencialidades Esperadas Habilidades Esportivas FENÓTIPO Predominância dos Tipos de Fibras Força Máxima Altura Máxima Esperada Biotipo Composição Corporal GENÓTIPO INDIVÍDUO Sempre que a homeostase é perturbada, o organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o equilíbrio. O princípio da Adaptação está intimamente ligado a capacidade do indivíduo de receber um estímulo e como resposta uma nova estabilização corporal. O treinamento Desportivo é a ciência de provocar adaptação no organismo de uma pessoa para torná-la mais apta a realizar uma determinada performance. Hans Seyle (1956) concentra seus estudos nos estímulos fortes e muitos fortes, denominando-os stresses, que seriam os estímulos capazes de provocar adaptaçõesou danos ao organismo desencadeando uma síndrome de adaptação geral (SAG). Os tipos de stress foram estudados por Von E6uler (1969) que os classificou em: Stresses físicos que é causado por um aumento da atividade física em vários níveis: Intensidade do Estímulo Respostas Débil Não acarretam conseqüências Média Apenas excitam Forte Provocam adaptações Muito Forte Provocam danos Stress bioquímicos é provocado pela introdução no organismo de substâncias químicas: - Insulina – provocando a hipoglicemia; - Bases – provocando alcalose; - Hormônios – efeitos específicos; - Ácidos – provocando acidose; - Álcool – vasodilatação geral; - Fumo – efeitos prejudiciais sobre os sistemas circulatórios, respiratórios e digestivo. Stress mentais é provocado pela ansiedade, pela angústia ou outro fator estressante observando um aumento na produção de adrenalina. Princípio da sobrecarga Compreende a demanda de estímulos que correspondam à aceitação individual e as necessidades do atleta. Uma mesma sobrecarga pode consistir para um atleta eficaz e muito reduzido para outro. Imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase. O tempo necessário para a recuperação é proporcional à intensidade do trabalho realizado. Se a carga não for demasiadamente forte, o organismo será capaz de compensá-la quase que totalmente em um tempo menor. A aplicação de cargas deve ser crescente, pois caso contrário, ou seja, sem o aumento do estímulo não haverá adaptação e o atleta estará se descondicionando apesar de estar realizando um exercício físico. O equilíbrio entre a carga aplicada e o tempo de recuperação é o que garantirá uma melhora da performance. Dois problemas podem surgir nessa área: 1º - Fase de recuperação excessiva para a compensação da carga aplicada, acarreta um aumento da capacidade de trabalho inferior ao possível desperdiçando uma parcela do treino anterior. 2º - fase de recuperação insuficiente para a compensação da carga aplicada não proporcionará ao organismo condições de recuperação antes da aplicação de nova carga. Princípio da Interdependência Volume – Intensidade Um organismo não agüenta trabalhar por muito tempo um alto volume (grande quilometragem, muitas repetições na musculação, horas de treinamento) com uma alta intensidade (grande velocidade, grande carga na musculação, redução dos intervalos de descanso). Em geral, a menos de características bastante específicas da modalidade esportiva, utiliza-se grande volume e pequena intensidade no início da preparação básica, invertendo-se esta situação mais adiante, na fase de preparação específica. É claro que estes valores são bastante relativos, afinal o que um velocista chama de média intensidade pode ser considerado como altíssima intensidade por um fundista. Um organismo submetido a trabalho muito intenso só poderá executá-lo por curto espaço de tempo. Por outro lado, se há necessidade de realizar um esforço de longa duração a carga será, necessariamente moderada. A escolha da incidência de sobrecarga na intensidade, ou no volume respeitará dois critérios: a qualidade física visada e o período de treinamento. Durante a fase básica do período preparatório, a curva de volume de treinamento tem uma grande preponderância sobre a intensidade. Volume Intensidade Na prática, a sobrecarga sobre o volume ou intensidade se faz das seguintes formas: Volume: - Quilometragem percorrida; - Número de repetições; - Duração do trabalho (tempo); - Número de séries; - Horas de treinamento, etc. Intensidade: - Quilagem utilizada; - Velocidade; - Ritmo; - Redução dos intervalos; - Amplitude de movimento, etc. Princípio da continuidade Como já vimos, no exato período em que acontece a atividade física, seja um treino ou competição, o organismo não está executando nada de bom para ele. Muito pelo contrário! Há um estresse físico que, dependendo do nível do par volume- intensidade, pode resultar em cansaço, fadiga, sobretreinamento ou exaustão. Os dois primeiros são esperados e desejados em um programa de condicionamento físico. Os outros dois são indesejáveis e podem colocar todo o planejamento do treinamento a perder. O estresse provocado pela sessão de treinamento leva o organismo ao “buraco” em termos energéticos e, em seguida, recupera-se para um patamar acima dos valores iniciais. Porém, esta permanência não é eterna. Se não acontecer o treino seguinte enquanto o metabolismo encontra-se neste ponto, chamado de “supercompensação”, a tendência é a volta aos valores iniciais, perdendo-se a chance deste treino levar a uma melhora da performance. O treinamento desportivo baseia-se nas crescentes aplicações de cargas que serão assimiladas pelo organismo, esse é um dos fatores da necessidade de continuidade do treinamento. Princípio da Especificidade A fisiologia do esforço diz e a prática desportiva de alto nível corrobora que o treinamento deve chegar o mais perto possível do gesto esportivo da modalidade em questão. E isto é verdade tanto em relação à coordenação motora quanto à fonte energética usada. Desta maneira, deve-se treinar um corredor de resistência (um maratonista, por exemplo) com mais volume e menos intensidade. Um corredor velocista (cem metros rasos, por exemplo) deve ser treinado de maneira inversa, com alta intensidade e menos volume. Nos treinos de musculação para estes mesmos dois atletas devemos pensar em Força de Resistência (baixa carga e muitas repetições) para o primeiro e Força Máxima (carga altíssima e poucas repetições) e Força Explosiva para o segundo. O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva Qualidade Física Característica Sistema de transporte de Energia Via energética Velocidade Altíssima duração, curtíssima intensidade Anaeróbico alático ATP – PC Resistência Anaeróbica Alta intensidade, Curta duração Anaeróbico lático Ácido Lático Resistência Aeróbica Baixa intensidade Alta duração Aeróbico Oxidativa Overtraining Variáveis Fisiológicas Diminuição do rendimento com o treinamento contínuo; Diminuição da eficiência do esforço ou do nível de trabalho no limiar anaeróbico; Fadiga persistente; Alterações cardiovasculares, como aumento da FC no período da manhã ou da PA no repouso; Alterações hematológicas, como diminuição da produção de catecolaminas ou alterações do nível de testosterona e cortisol livres; Enfermidades frequentes e cansaço muscular frequente; Perda de peso. VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS Alterações de humor; Apatia e falta de motivação; Perda de apetite; Distúrbios do sono; Alto nível de estresse; Irritabilidade. Treinamento concorrente Síntese proteica x síntese mitocondrial Fontes de energia Periodização Planejamento Teste de 1 RM (Carga x número de repetições x 0,033) + carga = Preparação; ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Ápice; ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Transição; ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
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