UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - RELATORIO LICENCIATURA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ELOÁ ROBERTA NASCIMENTO CORREA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Petrópolis, 08/12/2017.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESAPetrópolis, 08/12/17.
LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Relatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado de Prática de Ensino em Ciências, do Curso de Licenciatura de Ciências Biológicas da Universidade Estácio de Sá, para a obtenção de nota para AV2.
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Petrópolis, 08/12/2017.
Relatório apresentado a Universidade Estácio de Sá, como exigência do estágio supervisionado em ensino I, do curso de Ciências Biológicas.
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 Valesca Barros Barcelos Fernandes
Professor-orientador de Estágio Supervisionado de Prática de Ensino
‘’As famílias confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família’’
Mário Cortella , 2011
 AGRADECIMENTOS
Agradeço a dedicação e empenho da professora Valesca, uma mulher maravilhosa como ser humano, e uma professora sem igual, inteligente, e comprometida com seu trabalho. Está sendo um grande prazer participar dessa habilitação na graduação de Ciências Biológicas.
RESUMO
O atual relatório de estágio supervisionado tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas e observadas como estagiária da disciplina de Ciências e Biologia, junto ao Centro de Educação Integrada Petrópolis - CEIP, no 7° ano do Ensino Fundamental e 1º,2º e 3º anos do Ensino Médio. O Centro Educacional onde foi realizado o estágio supervisionado I, localiza-se em Petrópolis RJ, na Rua Santos Dumont, 701, é uma instituição particular de ensino, possuem os níveis Fundamentais I e II de ensino e também o Ensino Médio, possui um total de 1 turma por série, possui 3 professores no fundamental I , 5 professores no fundamental II, e 6 professores no Ensino Médio, possui 1 diretora,1 coordenadora pedagógica, 1 secretária escolar, 2 cozinheiras, 1 inspetor escolar. Este estágio de observação iniciou-se em 04 de setembro de 2017 e terminou 08 de dezembro de 2017, constando mínimo de 132 hora/ aula. Com orientação e supervisão da professora e diretora Darinka Senna, nas turmas 701 do 7º ano, na disciplina de Ciências e nas turmas 1001,2001 e 3001 nas turmas de Ensino Médio na disciplina de Biologia. Foram realizadas observações sobre a metodologia de ensino da professora e a escola, comportamento dos alunos e aceitação ao conteúdo apresentado. Na Universidade, junto a professora Valesca fizemos atividades assistindo a um filme, fizemos observações e fichamentos sobre o tema e alguns artigos como nota para AV1.
Palavras-chave: Educação, Ensino, Professores, Estágio.
 
 
INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado vai muito além de um simples cumprimento de exigências acadêmicas. Ele é uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Também relata a importância da experiência prática com os conhecimentos teóricos na nossa vida como estudantes graduandos e como futuros professores.
‘’É necessário assegurar uma formação de professores que possibilite ao profissional docente saber lidar com o processo formativo dos alunos em suas várias dimensões, além de cognitiva, englobando a dimesão afetiva, a das diversas linguagens, da estética, da ética e dos valores universais’’(GIROUX,1997,pág.32)
No Ensino de Ciências e Biologia, os professores abordam muitas situações e temas, nessa disciplina, devemos abordar todos os leques que nos é permitido, assim podemos chegar em questões de saúde pública em sala de aula,o que faz o aluno ter noções de prevenção e cuidado, além de conscientização em diversos aspectos.
 ‘’Quatro grandes dimensões constituem importantes focos de trabalho no ensino de Biologia. São elas: ambiental, médica, ética e filosófica, cultural e histórica. Tais dimensões se harmonizam, em alguma medida, com as perspectivas para o ensino desta área, tais como enfoque naturalístico, da Biologia aplicada, da bioética e do multiculturalismo’’ (KRASILCHIK,2008 pág.2)
Neste relatório, venho trazer as informações e observações feita na Instituição de Ensino Petrópolis (CEIP) desde a estrutura predial até a níveis econômicos e faixa etária dos alunos e desenvolvimento em sala de aula. 
O Colégio possui cerca de 360 alunos matriculados, entre Ensino Fundamental e Ensino Médio, é uma instituição particular de ensino e nas turmas em que estagiei há cerca de 20 alunos no fundamental e 24 alunos no ensino médio em cada sala de aula.
Em 04 de setembro de 2017 iniciei o estágio que terminou em 08 de dezembro de 2017,com as horas exigidas cumpridas. Fui orientada e supervisionada pela professora e diretora Darinka Senna, onde estagiei nas turmas de 7º ano e 1º, 2º e 3º anos do ensino médio.
Ao assistir o filme Pro dia nascer feliz, tive uma visão mais ampla sobre a educação no Brasil, e pude perceber que na escola em que estagiei a realidade é bem compatível com o filme, tratando-se de ser uma pesquisa e avaliação nas escolas públicas e particulares do Brasil. O que me leva a ter um certo tipo de preocupação com o avanço da educação no país, começando pela diferença na estrutura do colégio até a forma como o professor aborda em específico o ensino de ciências e biologia em sala de aula. 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
A Escola
O Colégio Petrópolis foi fundado em 1956, e seu endereço é na Rua Santos Dumont, 701 – centro, atende a alunos da área urbana, e é da rede particular de ensino.
O colégio tem uma base tradicional de ensino, inclusive com ensino de línguas estrangeiras de inglês e espanhol, distribuição de livros para os alunos feito por módulos, jogos internos entre as turmas com nomes de bandeiras.
Aspecto Físico, Humano e Material da Escola
O aspecto físico da escola é de uma casa antiga, possui dois andares onde logo na entrada, no primeiro andar possui uma sala ampla, com uma lareira inativa, que é usada para depósito de livros e material sem uso, nesse mesmo local possui a sala da diretoria bem pequena, e ao lado a saleta da secretária escolar, também bem pequena, contém uma cantina, onde os alunos compram lanches no horário de recreio, uma sala da turma de 7º ano, e próximo a essa sala um bebedouro,1 sala de vídeo com TV e DVD. Já no segundo andar, existem 7 salas de aula distribuídas com 3 salas para o 1º,2º e 3º anos do ensino médio, e as outras para o 5º, 6º 8º e 9º anos, todas as salas em geral pequenas e apertadas. Há apenas 1 banheiro na escola para uso dos alunos, onde se trata de ser um banheiro de casa antiga, com 1 banheira de banho e 1 sanitário inclusive. Possui 1 saleta para os professores, com 1 cozinha inclusa e 1 banheiro para uso dos docentes. Possui aparentemente 1 quarto usado como biblioteca e 1 sala de informática. 
O colégio possui área externa com 1 quadra, 1 parquinho com uma casinha de madeira com escorrega, a área externa é ampla e gramada, onde os alunos ficam na maior parte do recreio. A entrada dos alunos são às 7:30 h e a saída são as 12:50h.
Sobre os aspectos humanos relato que a direção do colégio é exercida pela diretora geral Darinka Senna, onde junto com os docentes, tem o objetivo contribuir para a formação de crianças e adolescentes através da educação de qualidade. Respeito, responsabilidade, disciplina e consciência são os principais valores transmitidos pela escola cujo compromisso é fazer com que os docentes sejam capazes de conviver em sociedade, cumprindo seus deveres e garantindoseus direitos. Os profissionais são devidamente qualificados e preparados para o desenvolvimento do trabalho com os alunos. Onde além dos professores, a escola também possui 1 coordenadora pedagógica,1 inspetor, 1 secretária, e 2 cozinheiras que também fazem a limpeza da escola. Em caso de alunos que não colaboram com as boas maneiras dentro de sala de aula, os mesmos são direcionados para a recepção do colégio, onde fica aguardando o último horário para então ser liberada a sua saída.
Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Petrópolis caracteriza-se por propor uma educação de qualidade, abrangente, coerente e compartilhada, contribuindo para o desenvolvimento integral e harmonioso do aluno.
 Por este motivo são baseadas nos seguintes aspectos:
Valores: presente na vida escolar, servirá como base para a aprendizagem numa perspectiva de trabalho de formação de atitudes para a vida em comunidade. 
Consciência Social:  a escola, por ser um local de diálogo, oportuniza aos alunos experimentos nos quais eles possam observar, descrever, questionar e refletir sobre tudo o que acontece em sua volta e, ao mesmo tempo, a viver experiências culturais que lhes ensinam o respeito às diferenças e a igualdade essencial do homem e da mulher. 
Consciência Ambiental: a escola envolve os alunos em atividades que permitam a formação da consciência ambiental e como cuidar do meio ambiente, mantendo a limpeza e conservando-o.
No Ensino Fundamental I do Colégio Petrópolis, os alunos ampliam suas relações interpessoais e aprimoram suas experiências através de atividades e jogos educativos. A Escola ajuda na formação do aluno estimulando a compreensão da realidade, colaborando com a autonomia e responsabilidade na vida escolar e social.
No Ensino Fundamental II do Colégio Petrópolis, os alunos são acompanhados em seu crescimento e amadurecimento humano, intelectual, emocional e social por se tratar de uma fase de transformação.
As propostas pedagógicas são baseadas nas relações interpessoais, desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas, sociais e éticas. A proposta curricular trata de diferentes áreas do conhecimento que contemplam uma formação plena dos alunos. 
Última fase do ensino básico e época em que o aluno é preparado para entrar na faculdade/universidade, o ensino médio aprofunda os conhecimentos adquiridos durante toda a vida escolar e forma o jovem para o mercado profissional e para o exercício da cidadania. Com aulas teóricas e práticas em cada disciplina, os alunos desenvolvem o pensamento crítico e a autonomia intelectual durante essa fase que dura, no mínimo, três anos. Isso porque compreende também as escolas de educação profissional, científica e tecnológica. 
No Colégio Petrópolis as avaliações são feitas da seguinte forma:
Divididos em 4 bimestres, as avaliações são feitas através de trabalhos, leituras em sala de aula, simulado, e a prova. As provas tem valor total de 10,0 pontos, divididos com exercícios e atividades feitas em sala de aula. É feita a observação dos alunos, como comportamento, cumprimento de tarefas, capricho e organização, 2 provas são feitas em cada bimestre, o simulado com pontuação de 0 à 40 acertos e a prova como avaliação principal do bimestre. A média mínima é de 5,0, e o aluno deverá ter frequência de 75% para ser aprovado no ano letivo. O dias letivos são cerca de 210 dias no ano. Os alunos tem certa dificuldade em ‘’memorizar’’ segundo eles as nomenclaturas, métodos e características dos grupos nas aulas de ciências. Infelizmente não pude participar do conselho de classe.
A Escola Como Grupo Social
O colégio visa o respeito e os bons costumes, valores e a consciência social.
Os alunos do ensino médio em sua maioria são tranquilos, porém muito desinteressados. Alguns em minoria participam da aula fazendo perguntas, citando casos conhecidos por eles, quando os professores estão explicando a matéria a maioria prestam atenção e se mostram interessados com o assunto levando a aula a render. O 1º ano atualmente está aprendendo sobre o grupo dos Nematelmintos, Anelídeos e equinodermos em Invertebrados. O 2º ano está aprendendo Ecologia Geral, reprodução, seres bióticos e abióticos, e ciclo do fósforo. Já o 3º ano está aprendendo sobre as plantas, primitivas e atuais. A turma de 3º ano é a mais desinteressada, com adolescentes que não respeitam o professor em sala, com conversas, muita brincadeira entre eles inclusive xingamentos, a sala é muito pequena e apertada, o que causa um desconforto maior.
Na turma de 7º ano, há uma total falta de controle da professora, levando os alunos a ficarem muito alvoroçados, em algumas ocasiões onde estive presente, houve desrespeito por parte dos alunos, por simplesmente parecer que não há professora na sala, e da parte da professora também, pois ‘’rebate’’ as brincadeiras dos alunos para tentar chamar a atenção, causando um grande falatório dentro de sala, por ser também a diretora geral do colégio, a professora por várias vezes precisa deixar a sala de aula, o que para os alunos é prejudicial, pois tem a aula interrompida, e o raciocínio dispersado. Desde quando comecei o estágio, fiquei sozinha com a turma, no início tive dificuldade para controlá-los, já que não respeitavam a professora e me viram da mesma forma, apliquei uma aula sobre aves para a turma, na qual objetive sucesso, consegui fazer com que eles participassem da aula fazendo leituras e dinâmicas do assunto. Também apliquei as duas avaliações do bimestre, onde organizei os lugares, os alunos e as orientações antes da aplicação. A turma está em desenvolvimento, possui um aluno em especial que tem muita dificuldade de aprendizagem, fica muito disperso e tem dificuldade de atenção, esse aluno foi expulso da sala durante as três aulas que antecediam as avaliações, e no dia da prova em si, ele não conseguiu responder as questões da prova, entregando-a em branco, onde ficou variando e desenhando na folha de prova, precisei chamar a professora que estava na direção resolvendo problemas do colégio em geral, que decidiu liberá-lo sem paciência alguma. Atualmente os alunos estão aprendendo sobre as plantas, caule e raíz, a turma está bem dispersa ainda, porém houve uma pequena melhora, mas a ausência da professora é o maior motivo para o descontrole.
Existe pouca interação entre alunos, professores e funcionários. Os funcionários da escola são pouco atenciosos. Em certa ocasião um aluno quebrou uma parte da cerca em volta de algumas plantas, o inspetor que é filho da diretora, gritou com o aluno o chamando de ‘’vacilão’’, mandou o aluno consertar porém sem sucesso, pois o aluno não conseguiu fazer. Em seguida o inspetor começou a gritar com esse aluno, dizendo que isso era coisa de marginal e que na próxima vez iria cobrar o dinheiro do conserto aos pais do aluno. Houve um constrangimento pois estava no horário do recreio, muitos alunos assim como eu, ficaram assustados com a ocasião, finalizando com a cerca quebrada e o inspetor gritando com os alunos dizendo que quem quebrasse algo teria que pagar.Em sala de aula as broncas são frequentes, e o aluno que não se comporta, faz a turma ficar agitada, geralmente é colocado para fora de sala. Há um desinteresse com as atividades propostas em sala de aula e com a presença da professora que não se preocupa em realizar aulas interessantes que prendam o aluno e sua atenção.
Atividades docentes e discentes
A escola oferece aulas de dança e competição de jogos internos, visita a câmara municipal de Petrópolis, onde os professores, alunos e demais participam, os eventos promovidos pela escola tem o interesse de integrar e criar vínculos com os alunos, professores e colegas. Há comemorações como Festa Junina e 7 de setembro por exemplo.
A Sala de Aula
Nos dias atuais quando falamos no ensino fundamental e médio, seja na escola pública ou particular, temos uma realidade, resultante de uma série de descasos por parte dos pais dos alunos,que em sua grande parte não tem interesse ou não demonstra importância pelo desempenho do aluno na escola, e infelizmente isso pode ocorrer por diversos fatores entre alguns destaco a família mal estruturada ou pais que trabalham e não tem tempo disponível para seus filhos. Nesses casos a sala de aula passa a ser a sala de casa do aluno, hoje a sala de aula se tornou um lugar de busca de atenção, carinho e ás vezes paz. A função do professor hoje em sala de aula vai além de ensinar uma disciplina.
 ‘’Existe um lugar, que não faz parte de nenhum dos cômodos de nossa casa, mas que desde criança é um lugar que se torna necessário a todo ser humano, pois é lá onde iniciamos os primeiros contatos com outros colegas, longe dos olhos guardiões de nossos pais, nos apaixonamos pela primeira vez, e aprendemos a ter o primeiro contato com a sociedade que vivemos, é lá também onde adquirimos os primeiros contatos com as ciências, que mais tarde utilizaremos como meio de sobrevivência na busca de uma vida melhor para toda a sociedade que fazemos parte. Conhecemos os números as letras as formas, dentro de um ambiente preparado cheio de sonhos harmonia e beleza’’(LUCENA, 2015, pág. 13)
No colégio onde estagiei, pude perceber que não há diálogo entre aluno e professor na sala de aula, não há comunicação, o aluno não tem a noção de que pode conversar, mas na hora da explicação precisa focar, e o professor não tem paciência com o aluno que é desinteressado, não pensa que seria a partir dele que esse aluno pode voltar a ter interesse pelo assunto na sala de aula e toma medidas que ao meu ver não irão resolver a situação, expulsar da sala é prejudicial para o aluno e muito mais para o professor, que não tem controle pedagógico, e não trás assuntos com atrações, ou algo diferente que pode atrair esse aluno e tornar a aula leve e eficaz. 
3.1. A Comunicação na Escola
 ‘’Sim, os meios de comunicação educam. Todavia é preciso que estejamos alertas quanto ao significado da palavra “educa”, que é frequentemente entendida com um sentido positivo, nobre, construtivo’’(PONTES,2009,pág.216)
A comunicação começa desde cedo, é a nossa primeira forma de aprender, através dela, aprendemos a interagir com outras pessoas, aprendemos a saber falar que é o principal papel da comunicação, e conforme vamos crescendo passamos a ter diversos tipos de comunicação, e a mais importante acontece na escola.
As relações entre professores e alunos devem levar em consideração as regras básicas estabelecidas pela escola ou pelo professor. A indisciplina dos alunos é uma resposta à autoridade do professor, já que ele só contesta porque não está de acordo com as exigências estabelecidas, com os valores que se impõem, com os critérios de avaliação, ou a parcialidade. Existe nesses confrontos um desequilíbrio causado pela não aceitação do aluno em relação à disciplina imposta pelo professor e, em contrapartida, outro desequilíbrio causado pelo professor que não consegue motivar o aluno ou despertá-lo ou cativá-lo.
São variados os motivos da indisciplina dos alunos e podem ser bem aparentes na sala de aula: problemas familiares, alguma adição social ou escolar, excessiva proteção dos pais, influência de ídolos violentos, entre muitas outras coisas fora do limite dos pais, contra as quais os professores pouco podem fazer. Mas também podem haver outras causas que resultam de problemas entre os alunos e os professores. 
Por muitas vezes é notado que o próprio professor está desmotivado ou desanimado com determinada turma, e isso leva a falta de diálogo entre alunos e professor na sala de aula. Por outro lado o aluno por já apresentar problemas característicos e perceptíveis do grupo familiar, descarrega na escola, muitas vezes com o professor que não sabe lidar com aquela situação e não compreende que aquele aluno necessita de uma atenção especial.
Como uma futura professora, nas experiências que obtive, pude perceber que o professor precisa se qualificar ainda mais para lidar com essa geração de alunos , que ao meu ver parece que estudar se torna um sacríficio para esses alunos e o professor acaba deixando isso dominar o assunto e a sala de aula. Mas há algumas medidas da parte do professor que podem ser tomadas para derrubar essa barreira da comunicação na sala de aula com os alunos, mas para isso o professor deve conquistar a confiança dos alunos por intermédio de um comportamento exemplar, evitando ofendê-los verbal ou fisicamente, ou desprezá-los de forma alguma.
Dialogar com os alunos fortalece a relação entre o professor e o aluno. O uso adequado da palavra reveste o professor de credibilidade e autoridade perante os alunos e à família. O professor deve ser o dinamizador da aula, impulsionando a ação e promovendo a aquisição do conhecimento, procurando atingir os objetivos por meio da utilização de um tom de voz equilibrado, seguro, confiante e emotivo, sempre acompanhadas de expressões que reforçam a mensagem e o diálogo. A fim de promover encontros em que o professor demonstre respeito e faça respeitar os alunos.
Ignorar acontecimentos indesejáveis, para não provocar repulsa por parte do aluno. Posteriormente chamá-lo á atenção. Mudar de lugar alguns alunos, tendo em consideração o seu aproveitamento e grau de concentração. Avaliar, tendo em consideração os objetivos gerais e de disciplina, fazendo autoavaliação e coavaliação.
O professor pode ter algumas atitudes positivas que podem ajuda-lo a ter um bom convívio com os alunos em sala de aula, tornando uma relação amigável e de respeito, podendo assim, ter sucesso nos resultados das suas avaliações.
Conhecer o aluno, analisando-o física e emocionalmente, verificando o seu percurso escolar, o seu meio familiar, a sua relação com os outros alunos, professores, funcionários, e a comunidade escolar como um todo.
Diferenciar a aula, indo ao encontro das necessidades dos alunos.
 Gratificar o aluno quando ele assume boas atitudes.
É fundamental tratar o aluno como pessoa, contribuindo, sempre que possível, para a formação da auto estima. 
Ter boa postura e transmitir segurança para a turma através do seu modo de agir.
Com algumas dessas boas atitudes acima, o professor conseguirá sucesso em sala de aula com as suas turmas.
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Mas a comunicação não é apenas de professor com aluno, mas também do corpo pedagógico com o professor, e com os pais ou familiares dos alunos, em reuniões antecipadas com seu corpo docente, incitar os professores a assumirem algumas atitudes dentro de sala de aula, a fim de estabelecer compromissos de cumprimento de regras que, ao longo do ano letivo, podem ir se tornando mais ou menos flexíveis, acordadas entre todos.
É essencial que a gestão encontre formas de comunicar os pais sobre as atividades realizadas na escola e a importância delas para o desenvolvimento dos estudantes. É papel da instituição ainda incentivar e promover o acompanhamento dos procedimentos escolares pelos pais dos alunos. Acompanhar de perto a evolução dos filhos através das informações que circulam no ambiente escolar contribui para que os problemas que causam a evasão escolar sejam identificados previamente. Assim, para uma relação de confiança e transparência, a gestão escolar deve comunicar aos pais informações como notas, frequência dos alunos, lembretes e novidades da escola.
3.2. Meios de comunicação
A escola pode e precisa estabelecer pontes com os Meios de Comunicação. Pode utilizá-los como motivação do conteúdo de ensino, como ponto de partida mais dinâmico e interessante diante de um novo assunto a ser estudado. Os meios de comunicação podem apresentar o próprio conteúdo de ensino, bem como ser eles próprios.
 "Os Meios de Comunicação - o jornal, o rádio, a televisão, o cinema - podem ser utilizados como ponto de partida de um novo assunto, como pesquisaprévia para debates, como motivação, como estímulo."(SANTOS,2014,pág: 26) 
Os meios de comunicação podem ser utilizados também como conteúdo de ensino, como informação, como forma de passar conteúdos organizados, claros, e a ferramenta mais usada são os vídeos instrucionais, educativo o qual é útil para o professor, porque lhe dá a chance de completar as informações, de reforçar os dados passados pelo vídeo. Eles não eliminam o papel do professor, ao contrário, ajudam-no a desenvolver sua tarefa principal, que é a de obter uma visão de conjunto, educar para uma visão mais crítica.
A escola precisa, considerar a questão dos meios da comunicação como parte integrante do processo educativo do novo aluno-cidadão, visando construir uma sociedade realmente democrática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como é bom se encontrar profissionalmente!!!
Na experiência que adquiri com o estágio, observei que muitos professores estavam desanimados e sem vontade de fazer crescer o modo e o método de ensinar.O Estágio supervisionado foi um momento onde pude integrar o aprendizado teórico com a prática em sala de aula, no Ensino Fundamental e Médio.
Sei que ficar na posição de observador, só criticando a qualidade do ensino sem conhecer a realidade das escolas, é fácil. Mas, essa oportunidade que tive de vivenciar o ensino colocando-me no lugar dos profissionais que lidam diariamente com essa realidade permitiu que eu identificasse as várias causas que contribuem para a repetência que se presencia nas escolas, além de confirmar a existência de tal problema no Ensino Fundamental e, mesmo, no Ensino Médio.
Além disso, percebi em alguns casos a falta de comprometimento de alguns profissionais da Escola para com a educação, o que nos deixa de certa forma triste e até um pouco revoltados por entendermos que sem uma boa formação intelectual não existe desenvolvimento social ou econômico.
Sei que não podemos nos abater frente às dificuldades. Vejo que ingressar na educação é um desafio enorme e, por isso mesmo, quero estar disposta a fazer a minha parte sem perder o foco para vencer os problemas, e advergências que existem nesse caminho. Vejo que a educação é responsabilidade de todos e que começa dentro de casa, com a orientação dos pais e os ensinamentos sobre os valores para a vida.
Como uma futura professora, vi muitas coisas negativas, mas, por outro lado, senti um prazer imensurável em estar numa sala de aula sendo observada por muitos olhos com sede de conhecimento. Me ver aplicando esse conhecimento me fez ter orgulho de mim, pois estou ajudando a mudar o mundo com ética e trabalho sério.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DI GIORGI, CAG. Et al. Necessidades formativas de professores de redes municipais: contribuições para a formação de professores crítico-reflexivo [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 139 p
GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a pedagogia crítica da sociedade. Porto Alegre, 1997, pág: 32
KRASILCHIK,M. Prática do Ensino de Biologia.4 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. Pág:02
LUCENA. Disciplina Escolar de Biologia: conhecimento e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2015. Pág: 13
PONTES. Comunicação professor e aluno. Rio de Janeiro,2009. pág:216
SANTOS. Os meios de comunicação escolares. São Paulo,2014. pág:26