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Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 1 Ferramentas de Gestão da Qualidade e de Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA FIEMG SENAI Minas Gerais Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 2 Apresentação “Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento”. Peter Drucker Objetivos gerais do curso O Treinamento em “PDCA/MASP” – Ferramentas para Gestão de Processos e Melhoria Contínua MASP/PDCA apresenta uma metodologia poderosa e eficaz de resolução participativa de problemas que tem os seguintes objetivos: 1. Proporcionar uma forma prática capaz de integrar conceitos já conhecidos, mas raramente utilizados por falta de eficácia dos resultados. 2. Reafirmar junto dos treinandos do potencial da resolução participativa dos problemas como alternativa à resolução isolada. 3. Identificar uma metodologia de resolução de problemas – MASP - através da utilização das Ferramentas da Qualidade e Processos na perspectiva do ciclo de Melhoria Contínua de Deming – PDCA na empresa. 4. Identificar que é possível chegar à causa de raiz de um problema e simultaneamente proteger os clientes dos efeitos do problema. 5. Proporcionar aos participantes condições de melhoria das Relações Interpessoais como fator de desenvolvimento pessoal. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 3 Sumário Item Conteúdo PRIMEIRA PARTE: Melhoria da Qualidade e Processos MASP/PDCA 01 MASP/PDCA – Ferramentas da Qualidade e Processos: conceitos 02 Melhoria Contínua: Identificação dos problemas 03 Requisitos para solução de problemas 04 Barreiras à solução de problemas 05 Etapas da Solução de Problemas 06 Solução de Problemas: Um exemplo prático SEGUNDA PARTE: Ferramentas para solução de problemas Ferramentas da qualidade e Processos: conceitos • Brainstorming • Estratificação • Fluxograma • Lista de verificação • 5W 1H • GUT • Diagrama de Causa e Efeito • Matriz de Preferência • Matriz de Decisão • Gráfico da Pareto • Histograma • Carta de Tendência • Ferramentas/ Estágios no MASP Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 4 MASP/PDCA– Ferramentas da Qualidade e de Processos 1. O que é MASP/PDCA– Ferramentas da Qualidade e Processos? Em todos os processos de fabricação podem ocorrer problemas. Umas vezes esses problemas são detectados internamente; outros, infelizmente, apenas são detectados no cliente. Com o desenvolvimento da gestão moderna são desenvolvidas técnicas de análise e resolução de problemas em equipe – a chamada Resolução Participativa: quando são utilizadas as ferramentas da qualidade tais como o diagrama “causa- efeito”, os “5 Porquês”, o Brainstorming, etc. O problema é que, quando utilizadas, tendem a ser aplicadas de forma avulsa e sem ligação entre si, o que limita o âmbito e eficácia dos resultados. O MASP é uma metodologia complementar e simultaneamente integradora de todos os métodos que se têm revelado mais eficazes. Adicionalmente introduz duas vertentes fundamentais em caso de problemas de produção: procuram meios de assegurar o fluxo de produtos ao mesmo tempo em que proporcionam ações de proteção do cliente. Hoje as empresas trabalham em um verdadeiro ritmo de servidão ao cliente, pois é ele a razão de sua existência e, mais ainda, de sua sobrevivência. A busca da melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços vem da exigência do mercado globalizado e dentro dele o cliente é considerado estratégia, ou melhor dizendo ferramenta do marketing das empresas. Sendo assim, os conceitos descritos abaixo são de extrema importância para o bom desempenho e entendimento da gestão atual de qualidade: 2. QUALIDADE: Conceito: Satisfazer (as necessidades) (d)os clientes. É totalidade das características do produto ou serviço com a finalidade de satisfazer as necessidades e anseios (expectativas) do consumidor final. São características/Indicadores da qualidade: Q - Qualidade/ propriedades do produto para o fim que se destina C - Custo: preço acessível ao cliente A - Atendimento/prazo de entrega/prazo de pagamento M - Moral/Motivação S - Segurança Princípio básico: Descobrir as necessidades dos clientes e satisfazê-las. (Atender as especificações solicitadas pelos clientes) Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 5 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 6 3. O que é um problema? Problema "As falhas são o combustível do sucesso." Ishikawa 1. É o resultado indesejável de um trabalho ou de um processo. Reflete a insatisfação do cliente com o produto ou serviço. 2. É o desvio entre o planejado e o realizado. 3. É o diferencial entre o nível operacional praticado e o melhor nível operacional desenvolvido pelo concorrente. 4. É um indicador de desempenho com qual não estamos satisfeitos. 5. É uma não-conformidade. 4. Solução de Problemas É o esforço feito para eliminar, ou reduzir ao mínimo, a diferença entre o desejável e o real. O que soluciona os problemas não são as ferramentas, mas sim o método. As ferramentas são simplesmente instrumentos que facilitam a solução do problema. } DesvioProblema Planejado Realizado Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 7 Identificação dos problemas para Melhoria Contínua 1. Princípios: Assim, a melhoria contínua é obtida através da melhoria dos processos. Qualquer atividade ou parte de um trabalho, dentro de uma organização, inclui um ou mais processos. Para a Qualidade Total, a palavra melhoria significa subir alguns níveis de avaliação no processo. Pode se dar tanto na qualidade do produto, serviço ou processo utilizado (eficácia), quanto na produtividade do processo (eficiência). Melhoria se contrapõe à rotina, que significa estabilizar e dar confiabilidade ao processo. A fase de melhoria começa na geração de alternativas para solucionar o problema. Ocorre após identificar as causas e destacar; entre estas, as causas fundamentais e procedimentos que correspondem à fase de análise. A fase de melhoria exige ações que eliminem ou bloqueiem as causas do O princípio básico para a Melhoria da Contínua dos produtos é determinado pela satisfação dos clientes que os utilizam e resulta da eficiência e da eficácia dos processos que os criam e os mantém. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 8 problema: a) Ações corretivas eliminam as causas b) Ações adaptativas apenas atenuam ou bloqueiam c) Ações provisórias, adotadas enquanto não se consegue uma ação definitiva. São essenciais quando os efeitos interferem em outros processos, causando prejuízos. Exemplo: faltou dinheiro para pagar os salários. Causas identificadas: um cliente não pagou fatura expressiva e há falta de capital de giro para bancá-la. Ação corretiva: gerar mais recursos de maior número de clientes e evitar que issovolte a ocorrer Ação adaptativa: pedir empréstimo. Ação provisória: pagar parte dos salários até sair o empréstimo. Esforços para a melhoria devem ser direcionados no sentido de buscar, constantemente, as oportunidades de melhoria, em vez de aguardar que um problema venha a revelar tais oportunidades. Corrigir as saídas do processo reduz ou elimina um problema já ocorrido. Ações preventivas e corretivas eliminam ou reduzem as causas de um problema e, portanto, de alguma ocorrência futura. Consequentemente, ações preventivas e corretivas aperfeiçoam os processos de uma organização e são essenciais para a melhoria da qualidade. 2. Identificação dos projetos de melhoria Os projetos de melhoria contínua devem identificados em todas as áreas da empresa. As fontes mais usuais para identificação de projetos de melhoria são: 1. Sistemas de dados Os sistemas de dados, retratando o histórico do processo ou problema, produzem condições especificas para a análise dos dados para que se identifiquem os tipos de problemas. Alguns exemplos desses sistemas de dados são: a) Relatórios sobre e insatisfação dos clientes (por exemplo: despesas com garantia, reclamações e devoluções); b) relatórios do pessoal de assistência técnica; c) dados sobre custos da má qualidade. d) relatórios do pessoal de vendas; e) analise das falhas de campo; Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 9 2. Pesquisa de mercado A pesquisa de mercado visa manter a empresa atualizada sobre as novas percepções do cliente advindas do uso do produto e da descoberta de outras características competitivas na concorrência. Destacamos que clientes insatisfeitos com produto são frequentemente insistentes e as divulgam a vários outros clientes reais ou potenciais. Por outro lado, clientes que encontram características de produto que não sejam competitivas normalmente tornam-se não-clientes de forma silenciosa. 3. Empregados A mão-de-obra é potencialmente uma fonte útil de indicações para projetos. Os operários têm muito contato com o local de trabalho. Com relação a alguns sintomas e problemas, ninguém os conhece melhor do que a mão-de-obra. 4. Chefia Sua visão mais ampla do negócio, pode auxiliar na identificação de problemas. Os projetos de melhoria são geralmente iniciados porque um gerente ou um grupo de gerentes decide que deve haver alguma mudança. Normalmente os projetos que não contam com a iniciativa ou apoio da gerência geralmente estão fadados ao descaso e acabam sendo preteridos por outras atividades. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 10 Requisitos para solução de um problema 2. Ter a determinação de que o problema pode ser solucionado Mesmo quando s problemas parecem difíceis, não quer dizer que são realmente insolúveis. A diferença entre o sucesso e o fracasso pode ser de um passo. Para dar este último passo é preciso ter coragem, determinação, persistência, etc. 3. Ter modéstia e humildade Se há algum problema evidente, a pessoa envolvida precisa reconhecê-lo humildemente e ao mesmo tempo refletir e admitir sua própria responsabilidade. 4. Ser organizado e disciplinado Se não houver organização e autodisciplina, as medidas para a solução dos problemas serão ineficazes e as condições melhoradas reverterão ao seu estado original insatisfatório. 5. Buscar um equilíbrio com o custo A questão do custo precisa sempre ser levada em consideração. Não há erro nenhum em tentar sempre o maior efeito com o menor custo. Os melhores planos 1. Ter Vontade Sentir-se motivado para participar das atividades de solução de um problema já que: a) Problema está diretamente ligado a sua área de responsabilidade ou atuação. b) Problema requer urgentemente urna solução, pois, avaliado em termos financeiros, está ocorrendo perdas danosas para o processo. c) Os superiores na organização estão interessados na solução do problema; d) Os resultados esperados serão positivos e os funcionários terão orgulho deles. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 11 têm normalmente um bom efeito com custos mínimos ou irracionais e isto se aplica a um número surpreendente de problemas. 6. Enfatizar o local de trabalho e os objetivos reais Não deixar de ir ao local do problema com presteza para examinar objetos reais. Imediatamente implementar a ação corretiva, no momento adequado, quando os problemas ocorrem e forem detectados. 7. Acumular experiências Uma pessoa não consegue, de imediato, dominar “toda a metodologia para solução de problemas. Somente se iniciará o domínio da metodologia após duas ou mais experiências. O significado da solução de problemas é mais bem compreendido quando praticado repetidamente. E depois de cada exercício, mais estará apto para o próximo. 8. Raciocinar em grupo O grupo aumenta sua capacidade para ponderar e refletir quando discute as ideias entre si. Não será um simples somatório das capacidades das partes. A sinergia (1+1>2) usada poderá mostrar muito mais. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 12 Barreiras à solução de problemas 1. Os principais obstáculos para uma análise de falhas bem-sucedida são: a) Falta de uma metodologia adequada (processo lógico e disciplinado). b) Descrição incompleta do problema (falta de informações). c) Pressão da gerência e precipitação na solução da falha. d) Causa raiz (causa básica) mal identificada. e) Falta de capacidade técnica para resolver o problema, ou seja, falta de domínio tecnológico. O método MASP ajuda a remover estes obstáculos, principalmente os primeiros, porque é uma técnica que nos permite abordar os problemas de forma ordenada, disciplinada, racional e até mesmo científica. ATENÇÃO: Na solução de problemas deve-se estar sempre alerta para: a) coletar os dados certos; b) ter sempre claros os objetivos da coleta de dados e certificar-se de que a amostragem utilizada é capaz de revelar os dados. c) estratificar os dados coletados; d) não confundir problema com causa de problema; e) considerar como falsos os dados sem dispersão; f) certificar-se de que o método estatístico utilizado é capaz de revelar os fatos; comparar sempre os dados coletados com um outro instrumento que mostre a situação como um todo (um histograma ou uma folha de verificação, por exemplo); g) ser seletivo na identificação das causas que compensem bloquear; h) não tentar atacar todas simultaneamente. Dar preferência aos poucos vitais. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 13 2. Esta Metodologia deve ser usada quando: a) a não-conformidade apresenta causas crônicas (causas comuns), não sendo imediata a identificação da causa fundamental. Esse fato pode ser observado quando de Fichas de Ação Corretiva (FACs) encerradas como não eficazes, b) não-conformidades cujas causas envolvem mais de um órgão da Empresa; c) se desejar introduzir melhorias em um processo já estabilizado, ou seja, quando d) se alterar a meta de um indicador de desempenho de forma que os valores atuais estejam fora da meta, e) a gerência decidir melhorar um processo qualquer, até então com bom desempenho. Esta Metodologia NÃO deve ser usada quando acausa de uma não- conformidade é conhecida (causa assinalável). Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 14 Etapas da Melhoria Contínua Um método muito eficaz a ser utilizado na melhoria contínua de processos é MASP - Metodologia de Análise e Solução de Problemas que tem por objetivo modificar uma situação para melhor, seguindo o Ciclo PDCA. Cada vez que se trabalham as etapas do método, é necessário verificar se o problema foi eliminado. Caso isto tenha ocorrido, deve-se continuar o MASP até que todos os outros problemas levantados na etapa n0 1 tenham sido solucionados. Caso o problema persista, todo o processo de análise e melhoria deverá ser recomeçado. Uma vez analisados e solucionados os problemas, é necessário atuar no gerenciamento das melhorias que consiste em determinar novas metas (qualidade, custo, quantidade, atendimento) para os processos da empresa. Como recurso para desenvolvimento e aplicação da metodologia são utilizadas as chamadas ferramentas da qualidade e de processos. Etapas básicas do Método para Análise e Melhoria Contínua dos Processos. PDCA Item Etapa Procedimento P 1. Formação do grupo de trabalho Formar o grupo de trabalho responsável para o estudo dos problemas 2. Identificação do Problema Definir claramente o problema e reconhecer seu significado e importância no processo. 3. Observação Investigar as características especificas do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista 4. Análise das Causas Descobrir as causas fundamentais 5. Plano de Ação Elaborar o plano para bloquear as causas fundamentais D 6. Ação Bloquear as causas fundamentais C 7. Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo. Caso não tenha sido efetivo, retornar à etapa 3 – Observação. Caso tenha sido positivo, prosseguir. A 8. Padronização Estabelecer padrões para prevenir o reaparecimento do problema 9. Conclusão Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalhos futuros. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 15 ETAPAS DO MASP RELACIONADAS AO CICLO PDCA ETAPA 1 - IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA Definir claramente o problema e reconhecer sua importância e formar uma equipe multifuncional para que se chegar mais rapidamente a solução desejada. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Escolha do problema 1. Brainstorming 2. Carta de Tendência 3. Diagrama de Pareto 4. Fluxograma 5. GUT 2. Histórico do problema 1. Brainstorming 2. Estratificação 3. Lista de Verificação 3. Perdas e ganhos viáveis Carta de Tendência 4. Análise de Pareto 1. Estratificação 2. Lista de Verificação 3. Diagrama de Pareto 5. Nomear responsáveis Nomear a pessoa ou o grupo responsável pela solução do problema. Não esquecer de nomear formalmente o líder. MASP P (PLAN) D (DO) C (CHECK) A (ACTION) Id en tif ic aç ão do P ro bl em a O bs er va çã o An áli se Plano de Ação AçãoVerificação Conclusão Padronização Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 16 1. ESCOLHA DO PROBLEMA: A. A escolha dos problemas pode ser inicialmente realizada da seguinte maneira: PASSOS 1. Reúna com os colaboradores da área e conduza um Brainstorming sobre o tema "Quais os problemas da área?". 2. Faça uma triagem das respostas selecionando aqueles que são "resultados indesejáveis" (efeito) daqueles que são causas de problemas. 3. Classifique os problemas ("resultados indesejáveis") em: Controláveis - aqueles nos quais é possível "exercer o controle" dentro da própria área; Não-controláveis. 4. Selecione o problema para aplicação do MASP, na 1a vez que se utiliza o MASP na área 5. Deve-se lidar com um problema crônico - um que espera ser solucionado há muito tempo; 6. O problema deve ser factível, isto é, com boas possibilidades de se chegar a uma conclusão bem-sucedida dentro de alguns meses; 7. O problema deve ser significativo. O resultado final deve ser suficientemente útil para merecer a atenção e reconhecimento; 8. Os resultados devem ser mensuráveis tanto em dinheiro quanto em termos tecnológicos. 9. Na escolha dos demais problemas deve-se levar em conta 1. Retorno sobre o investimento Esse fator tem um peso grande e é decisivo. A prioridade de projetos que não tragam um retorno sobre o investimento dependerá do julgamento gerência (por exemplo, projetos envolvendo segurança dos empregados, de terceiros e do meio ambiente). 2. A quantidade de melhoramentos potenciais Um grande projeto terá prioridade sobre vários menores uma vez que a abrangência das melhorias extrapola o projeto em si. 3. Facilidade de solução Projetos para os quais a tecnologia está bem desenvolvida irão preceder os projetos que requerer pesquisa para descobrir a tecnologia necessária. 4. Saúde da linha de produto Projetos que envolvem linhas prósperas de produto terão precedência sobre os projetos envolvendo linhas de produtos que num futuro sairão da linha de Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 17 fabricação. 5. Provável resistência a mudanças Projetos que encontram uma boa acolhida precederão os projetos que possam encontrar uma resistência forte, como do sindicato dos trabalhadores ou de um gerente que não quer alterar suas ideias. B. Outra forma de selecionar o problema é priorizar os problemas efetuando a seleção através: 1. DA ANALISE OS INDICADORES, FACs (FICHAS DE AÇÃO CORRETIVA) encerradas: Indicadores com resultados fora de meta ou longe dos níveis de referência conhecidos; FACs encerradas como não eficazes; FACs com reincidência de reclamações; 2. DO HISTÓRICO DO PROBLEMA, analisando os dados históricos existentes sobre o problema procurando identificar: Qual a frequência do problema? Como o problema ocorre? 3. DAS PERDAS ATUAIS E GANHOS VIÁVEIS, Identificando as perdas atuais devidas à ocorrência do problema e o que é possível ganhar com sua eliminação ou redução a níveis aceitáveis. 4. DA ANÁLISE DE PARETO, estratificando os dados históricos e construindo os gráficos de Pareto que indicam de que modo ocorre o problema. A partir daí defina de forma clara o problema a ser analisado, estabelecendo inclusive as metas numéricas que sejam viáveis. B1 B2 B3 B4 B5 A1e Err os A B C D E Err o A A1 A2 A3 A4 A5 Err o B Err o A 1 A1a A1b A1c A1d Err o A 2 Err o B 1 Err o B 2 A2eA2a A2b A2c A2d B1eB1a B1b B1c B1d B2eB2a B2b B2c B2d Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 18 ETAPA 2 - OBSERVAÇÃO Investigar as características específicas do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Coleta de dados 1. Brainstorming 2. Estratificação 3. Lista de Verificação 4. Diagrama de Pareto 2. Observação no local 3. Estimativa de cronograma, orçamento e meta 5W 1H (2H) 1. PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS 1. Identifique as características (e não as causas) do problema através de: 2. coleta de dados históricos; 3. coleta de novos dados 4. Nota: quanto mais tempo gastar nesta etapa mais fácil será para resolver o problema. 5. Efetue a análisede Pareto seguindo a seguinte sequência: 6. Construa vários tipos de gráficos de Pareto conforme os grupos definidos na estratificação 7. Repita a sequência acima enquanto for necessário Estratificação Folha de Verificação (Coleta de Dados) Gráfico de Pareto Priorização dos temas mais importantes • tempo • local • tipo • sintoma • indivíduo • outros aspectos • histórico • novos dados Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 19 2. OBSERVAÇÃO NO LOCAL 1. Colete informações adicionais no próprio local da ocorrência através de: 2. observação da execução das atividades e das condições do local; 3. entrevistas com as pessoas envolvidas. 3. ESTIMATIVA DE CRONOGRAMA, ORÇAMENTO E META, mediante discussão e aprovação da chefia. 2. Estimar um cronograma para a realização das demais etapas do MASP; 3. Estimar os recursos (financeiros, humanos, tempo, tecnológicos) que serão necessários; 4. Confirmar ou redefinir a meta a ser atingida; 5. Obter aprovação dos itens a, b e c junto à chefia da área. ETAPA 3 - ANÁLISE Descobrir as causas fundamentais do problema. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Identificação das possíveis causas 1. Brainstorming 2. Diagrama de Causa e Efeito 2. Análise das causas 1. Carta de Tendência 2. Estratificação 3. Lista de Verificação 4. Diagrama de Pareto 3. Teste de consistência das causas 1. Brainstorming 2. 5W 1H 1. PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS POSSÍVEIS CAUSAS 1. Reúna todas as pessoas que possam contribuir na identificação das causas; 2. Conduza um Brainstorming com a pergunta: "Por que ocorre o problema?" 3. repita a pergunta para cada item importante identificado. 4. OBSERVAÇÃO: O importante é identificar o máximo de causas (possíveis e reais) que influenciam o problema. 5. Estabeleça a relação de causa e efeito entre as causas identificadas, ou seja, uma causa pode ser o efeito de outra causa como indicado abaixo: Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 20 Na figura acima, A é a causa do efeito de B, que é considerado causa para o efeito C, que por sua vez é causa do problema D. Assim, se atuarmos na causa A estaremos contribuindo para reduzir seu impacto no problema. 6. Construa o diagrama de causa e efeito; 7. Analise o diagrama e acrescente outras causas porventura identificadas. 2. ANÁLISE DAS CAUSAS 1. Analise cada causa classificando-a como: a) descartada - não afetam o problema em questão, sendo considerada uma causa potencial b) pouco provável - não há dados ou informações que evidenciam que a causa contribuiu significativamente para o problema. c) muito provável - causa que contribui significativamente para a ocorrência do problema. 2. Indique a justificativa para cada escolha, com base em: a) dados levantados na etapa de observação; b) experiência do grupo; c) dados adicionais coletados nesta etapa para comprovar o resultado da análise. Nota: Se necessário, teste as hipóteses através de experiências. 3. Registre a análise em um quadro conforme modelo abaixo: 3. TESTE DE CONSISTÊNCIA DA CAUSA 1. Verificar se é possível bloquear as causas muito prováveis com o mínimo de efeitos indesejáveis (sucateamento, alto custo, retrabalho, complexidade, etc.) 2. Caso não seja possível deve-se reavaliar se a causa determinada é a causa fundamental ou um efeito dela. Neste último caso, transforme a causa em um novo problema e volte à identificação de novas causas possíveis. Causa EfeitoCausa Causa PROBLEMAEfeito A B C D Causa Análise Justificativa Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 21 ETAPA 4 - PLANO DE AÇÃO Conceber um plano par bloquear as causas fundamentais do problema. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Definição das ações a implementar Brainstorming 2. Elaboração do Plano de Ação 5W 1H (2H) 1. DEFINIÇÃO DAS AÇÕES A IMPLEMENTAR 1. Defina ações corretivas que atuem sobre as causas fundamentais; 2. Avalie os efeitos colaterais que poderão ser ocasionados pela implantação da ação corretiva; 3. Defina ações preventivas para minimizar ou eliminar os efeitos colaterais; 4. Avalie a eficácia e custo de cada proposta segundo critérios estabelecidos, todas as alternativas de solução apresentadas, selecionando aquela que melhor atende aos referidos critérios. Exemplos de critérios Evidência Existem informações suficientes que provem ser esta a solução mais adequada? Tempo Quanto tempo é necessário implantar a solução? Dinheiro Quanto dinheiro é necessário (despesas de custeio e de capital)? Qualidade Que benefícios serão conseguidos? Quantidade Quais os impactos positivos (pessoas, produtos, atendimento etc.)? Cultura O pessoal está pronto para aceitar mudança? Faz parte da cultura da empresa? Há necessidade de treinamento? É preciso contratar pessoas de fora para a implantação? Tecnologia É preciso mudar o processo de produção ou equipamento? A empresa domina a nova tecnologia ou é preciso buscar fora? Outros fatores Existem outros impactos não-mensuráveis ou difusos, mas que são importantes e devem ser levados em conta? 2. ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO 1. Para as ações escolhidas em elabore o plano de implementação; 2. Determine a meta a ser atingida, revisando o valor inicial estabelecido e especifique os indicadores necessários; 3. Revise o cronograma e orçamento necessário. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 22 ETAPA 5 - AÇÃO Bloquear as causas fundamentais do problema. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Treinamento 2. Execução da Ação 5W 1H (2H) 1. TREINAMENTO 1. Divulgue o plano a todos os envolvidos através de reuniões, correspondências ou outro meio eficaz, apresentando claramente as tarefas e a razão delas; 2. Dê especial atenção às ações que necessitam da ativa cooperação de todos; 3. Certifique-se de que todos entendem e concordam com as ações propostas. 2. EXECUÇÃO DA AÇÃO Acompanhe a execução das ações junto aos envolvidos e registre todos os resultados obtidos (bons e ruins) e dificuldades encontradas. ETAPA 6 - VERIFICAÇÃO Verificar se o bloqueio foi efetivo. Caso negativo retorne à Etapa 2 - Observação, senão prossiga. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Comparação dos resultados Carta de Tendência Diagrama de Pareto 2. Listagem dos efeitos secundários Brainstorming 3. Avaliação da eficácia da solução Carta de Tendência 1. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS 1. Colete novos dados após a implementação das ações e compare-os com os dados anteriores para verificar a eficácia das ações: corretivas redução do nível de ocorrência do problema; preventiva não ocorrência dos efeitos colaterais indesejáveis. 2. As bases utilizadas para a comparação devem ser as mesmas. 3. Avalie a eficácia da solução em valores monetários. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 23 2. LISTAGEM DOS EFEITOS SECUNDÁRIOS Relacione todos os efeitos secundários verificados, positivos ou negativos. 3. AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SOLUÇÃO 1. Verifique se os resultados alcançados estão dentro da meta prevista, caso não esteja: certifique-se de que todas as ações foram implementadasconforme o plano; reavalie as bases utilizadas para o estabelecimento da meta. 2. Caso seja constatado que o problema continue a ocorrer em nível considerado não aceitável, isto significa que a solução apresentada foi ineficaz. Neste caso registre tal fato e retorne à Etapa 2 - Observação. ETAPA 7 - PADRONIZAÇÃO Prevenir contra o reaparecimento do problema. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Elaboração ou alteração do procedimento 5W 1H 2. Comunicação 3. Educação e treinamento 4. Acompanhamento da utilização do procedimento Carta de Tendência Lista de Verificação 1. ELABORAÇÃO OU ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO 1. Analise se as instruções e procedimentos implantados na Etapa 5 necessitam de alterações em função dos resultados obtidos na Etapa 6; 2. Elabore novo procedimento ou altere o existente para incluir as atividades realmente necessárias para garantir o não reaparecimento do problema ou a sua manutenção em níveis considerados aceitáveis; 3. Sempre que possível, incorpore um mecanismo "`a prova de bobeira" de modo que o trabalho possa ser realizado sem erro por qualquer colaborador. 2. COMUNICAÇÃO Divulgue o novo procedimento a todos os envolvidos através de comunicados, circulares, reuniões, etc., estabelecendo: data de início da nova sistemática; áreas que serão afetadas. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 24 3. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO "O treinamento aumenta as habilidades e a competência e ensina aos empregados o 'como' de um trabalho. A educação aumenta sua percepção e compreensão e ensina o “por que”. Hammer & Champy 1. Identifique todas as pessoas que precisam se qualificadas e treinadas para a execução das novas atividades; 2. Planeje e execute os treinamentos necessários certificando-se que todos os envolvidos: 3. entendam a razão da mudança, os aspectos importantes da nova atividade e o que mudou em relação à sistemática anterior; 4. estejam aptos a executar as novas atividades. 5. Providencie para que cópias controladas do novo procedimento estejam disponíveis em todos os locais onde são executadas as novas atividades. 4. ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO Estabeleça uma metodologia de verificação do cumprimento do novo procedimento que evite que o problema reapareça devido à degeneração no cumprimento dos procedimentos, através do estabelecimento de: indicadores de desempenho; acompanhamento pelo chefe da área; auditorias internas no processo. ETAPA 8 - CONCLUSÃO Recapitular todo o processo de solução do problema para aprimorar trabalhos futuros. Passo Atividade Ferramentas que podem ser utilizadas 1. Relação dos problemas remanescentes Brainstorming Carta de Tendência Diagrama de Pareto 2. Proposta futura GUT 5W 1H 3. Reflexão Brainstorming 1. RELAÇÃO DOS PROBLEMAS REMANESCENTES 1. Analise os resultados obtidos e relacione: o que e quando não foi realizado; pontos problemáticos ocorridos na aplicação da nova sistemática; Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 25 resultados além do esperado. 2. Utilize gráficos sempre que possível. 2. PROPOSTA FUTURA Reavalie os itens pendentes: os itens simples devem ser tratados diretamente no CDP; os itens importantes devem ser tratados através de FAC (para causa conhecida) ou MASP (para causa desconhecida). 3. REFLEXÃO 1. Realize uma reflexão cuidadosa da execução de cada Etapa do MASP e indique ações necessárias para aperfeiçoamento da aplicação futura do MASP. 2. O objetivo é melhorar a aplicação do MASP com as lições aprendidas. 3. Alguns aspectos que devem ser analisados: 4. Os prazos estabelecidos foram apertados ou folgados? Quais motivos? 5. O tempo gasto na Etapa de Observação foi adequado? 6. O diagrama de causa e efeito está bem detalhado? 7. Os participantes eram os mais adequados? 8. As reuniões foram produtivas e ocorreram sem problemas? 9. O grupo ganhou conhecimentos? Inter-relacionamento das Ferramentas com as Etapas de MASP FERRAMENTAS ETAPAS DO MASP 1 2 3 4 5 6 7 8 9 01. Fluxograma 02. Brainstorming 03. Lista de verificação 04. Gráfico de Pareto 05. Estratificação 06. Histograma 07. Diagrama de Causa e feito 08. 5W 1H 09. GUT 10. Filtro É/Não É 11. Carta de Tendência, gráfico sequencial 12. Carta de controle, gráfico de controle 13. Diagrama de arvore Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 26 Exemplo Prático da utilização do MASP A empresa de transportes "Ping - Pong Ltda.", localizada no interior do Estado é especializada no transporte entre a sua região e a capital. Recentemente, os donos da empresa estabeleceram para a mesma, uma meta arrojada: Ser a melhor empresa de entrega de encomendas da região. Para tanto, decidiram trabalhar duro. Reuniram um grupo de funcionários da empresa e passaram a analisar e melhorar o processo de entrega. O primeiro passo foi o conhecimento do processo, que resultou no seguinte: 01. Solicitação do serviço pelo cliente via telefone ou fax 02. Busca da encomenda no endereço do cliente. 03. Viagem para a capital. 04. Entrega da encomenda no endereço indicado. 05. Encaminhamento da nota fiscal para o cliente Depois foi realizado um Brainstorming para levantar todos os problemas normalmente apontados pelos clientes; Sujeira na embalagem • danificação da embalagem; • atraso na entrega; • erro na nota fiscal; • preço acima do mercado; A direção da empresa, após ouvir os funcionários, pediu a José Luiz, que tinha muito contato com clientes, que, durante 10 dias, anotasse as ocorrências em uma lista de verificação, para certificar se aqueles eram realmente 5 problemas apontados com major frequência pelos clientes, e medir o índice de ocorrência destes defeitos. Lista de Verificação Processo: Entrega das encomendas Responsável: José Luiz Período: 13.02.2002 a 22.02.2002 PROBLEMAS DIAS DO MÊS 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Total Sujeira na embalagem / // // // / // // // / 15 Danificação na embalagem / / 02 Atraso na entrega /// // // /// // /// / / // // 21 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 27 Erro na nota fiscal / / / 03 Preço acima do mercado / / / / / 05 Outros / / / / 04 Total 5 6 6 6 4 4 6 4 5 4 50 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 28 As reclamações que não se enquadravam em nenhum dos itens, José Luiz anotou em outros. Como não era possível para resolver todos os problemas todos de uma só vez, a equipe resolveu utilizar a Matriz de Preferência. Matriz de Preferência Sujeira na embalagem Danificação na embalagem 2 Atraso na entrega 3 3 Erro na nota fiscal 4 4 3 Preço acima do mercado 5 2 3 4 Problemas 1 2 3 4 5 Frequência 0 2 4 3 1 Priorização/Peso 5 3 1 2 2 O item 3 (atraso na entrega) apareceu com maisfrequência na Matriz de Preferência. Portanto, este foi o primeiro problema a ser resolvido. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 29 Priorizado o problema, o próximo passo foi identificar as causas do problema através da “Espinha de Peixe”. Medida Método Mão de obra Máquina Meio Ambiente Através da "Espinha de Peixe", e com base nos fatos e dados coletados, o grupo concluiu que as principais causas do problema estavam relacionadas à máquina, ou seja, a principal causa do atraso nas entregas era defeito mecânico dos caminhões. A equipe se reuniu novamente, esta vez para encontrar a solução do problema. Através do Brainstorming, levantaram-se as seguintes soluções possíveis: 1 Alugar veículo na cidade mais próxima e seguir viagem 2 Realizar manutenção preventiva periodicamente. 3 Renovar a frota. Porém, qual destas três soluções seria a melhor solução? Utilizou-se, então, a "Matriz de Decisão", onde as três alternativas foram analisadas sob os seguintes aspectos: • Rapidez e facilidade de implantação. • Boa reIação Custo/benefício. • Reação à mudança administrável. Mau tempo Estrada ruim Duração da viagem mal calculada Falta de referencia Atraso na partida Endereço errado Dificuldade em encontrar o endereço Motorista lento Paradas excessivas Correia arrebentada Vazamento de óleo Radiador furado Defeito mecânico Atraso na entrega Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 30 • Existência de know-how. ("Saber como" Requisito de como realizar alguma coisa). Matriz de decisão Critérios Alugar veículo Manutenção preventiva Renovar frota Descrição Peso Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação Rapidez e facilidade de implantação 3 3 9 3 9 2 6 Boa relação Custo-benefício 5 1 5 4 20 2 10 Existência de Know-how 2 3 6 3 6 3 6 Reação à mudança administrável 1 3 3 2 2 3 3 Totais Pontos 23 37 25 Com esta ferramenta, chegou-se à conclusão que a alternativa número dois “realizar manutenção preventiva periodicamente” era a mais viável. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 31 Conhecendo a melhor solução, elaborou-se um plano de ação com a utilização do 5W 1H. PLANEJAMENTO WHAT? O QUE FAZER? WHY? POR QUÊ? (Qual necessidade) HOW? COMO? (Método) WHERE? ONDE? (Local) WHO? QUEM? Responsável WHEN? QUANDO? (Tempo) Elaborar programa de manutenção preventiva (Segue fluxograma) Para garantir que os caminhões não quebrarão durante as viagens Com o apoio de um profissional especializado em manutenção de caminhões. (Segue descrição de como os passos do fluxograma serão operacionaliza dos). Na própria empresa Encarregado da frota Até dia 22.09.2000 Conclusão: Solucionado este primeiro problema, a empresa partiu para a solução dos outros problemas levantados, caminhando sempre em busca da Melhoria do Processo, ou seja, do Controle da Qualidade Total, prevenindo e isolando a ocorrência de erros ou desvios que fogem às especificações do planejamento Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 32 Ferramentas para Solução de problemas Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 33 Ferramentas da qualidade e de processos Cada uma das ferramentas da qualidade e de processos tem uma finalidade específica, como veremos ao longo desta apostila. O gráfico de Pareto, por exemplo, hierarquiza as possíveis causas de um problema, das mais para as menos significativas. O diagrama de causa-e-efeito (Ishikawa) é usado para ajudar a identificar as causas de um problema. As ferramentas, dessa forma se completam e nenhuma delas, individualmente, é suficiente para a solução de um problema. O domínio de todas elas, portanto, é indispensável para a monitoração e correção dos processos de trabalho. No entanto, mais importante do que o conhecimento de cada técnica individual é o desenvolvimento do pensamento estatístico. Hitoshi Kume destaca as seguintes 4 “máximas do modo de pensar estatístico”. Máximas do Pensamento Estatístico Hitoshi Kume 1. Dê mais importância aos fatos do que às opiniões. 2. Discuta os problemas com base em dados. Use os números retirados dos resultados específicos da observação. 3. Ache o todo invisível por trás dos números. 4. Respeite a regularidade revelada por um grande número de resultados da observação. Considere essa regularidade uma informação confiável Kaoru Ishikawa resume as principais características do pensamento estatístico da seguinte forma: Habitue-se a discutir os problemas com base nos dados e respeite os fatos que eles revelam. O pensamento estatístico é um tipo de sensibilidade, de comportamento que as pessoas precisam desenvolver para se tornarem “solucionadores de problemas “cada vez mais competentes. Isso implica estar alerta para: 1. coletar dos dados certos; Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 34 2. ter sempre claros os objetivos da coleta de dados e certificar-se de que a amostragem utilizada é capaz de revelar os dados; 3. estratificar os dados coletados; 4. não confundir problema com causa de problema; 5. considerar como falsos os dados sem dispersão; 6. certificar-se de que o método estatístico utilizado é capaz de revelar os fatos; 7. comparar sempre os dados coletados com um outro instrumento que mostre a situação como um todo (um histograma ou uma folha de verificação, por exemplo); 8. ser seletivo na identificação das causas que compensem bloquear; 9. não tentar atacar todas simultaneamente. Dar preferência aos poucos vitais Ferramentas - Conceito e aplicação FERRAMENTA O QUE É APLICAÇÃO FLUXOGRAMA É uma representação gráfica mostrando todos os passos de um processo. ▪ Identificação de problemas através da comparação entre o fluxograma de como o processo acontece e o fluxograma de como o processo deveria operar se tudo corresse bem. ▪ Verificar como os vários passos do processo estão relacionados entre si. BRAINSTORMING É uma técnica utilizada para auxiliar um grupo a criar tantas ideias quanto possíveis, no menor espaço de tempo possível. ▪ Identificação dos problemas da área ▪ Identificação das possíveis causas do problema ▪ Desenvolvimento de uma soluçãoefetiva e aplicável LISTA DE VERIFICAÇÃO É um formulário estruturado para coleta dados que torna fácil o registro e a análise de dados Coleta de dados pertinentes a um determinado problema GRÁFICO DA PARETO É uma série de barras dispostas em ordem crescente de altura, da esquerda para a direita cujas alturas refletem a frequência ou impacto dos problemas. ▪ Selecionar projetos de melhoria ▪ Priorizar temas importantes na observação de um problema ▪ Delimitar as causas do problema a serem atacadas em primeiro lugar Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 35 ESTRATIFICAÇÃO É um modo de separar os dados em categorias ou classes mais significativas de modo a expor padrões latentes. . Analisar dados para pesquisar oportunidades de melhoramento ou ajudar na identificação características e causas de um problema HISTOGRAMA É um diagrama de barras que representa a distribuição de frequência de uma população Para verificar o comportamento de um processo relação à especificação DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO É uma forma de representar a relação entre o efeito e todas as possibilidades de causas que podem contribuir para este efeito para É essencialmente uma apresentação gráfica de uma lista. Também chamado de diagrama espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa. Identificam e organizam possíveis causas de problemas ou fatores necessários garantir o êxito de algum esforço. 5W 1H É um quadro que contém as colunas What (o que fazer), Where (onde fazer), Why (por que fazer), Who (quem deve fazer), When (quando fazer) e How (como fazer) referentes a uma atividade ou planos. Elaboração de planos de ação para execução de qualquer projeto ou tarefa GUT É uma forma de priorizar problemas ou opções possíveis tendo como critério a Gravidade (impacto causado pelo problema), Urgência (pressão do tempo) e Tendência (qual o comportamento se nada for feito). ▪ Selecionar projetos de melhoria ▪ Selecionar opções de ataque a um problema Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 36 CARTA DE TENDÊNCIA/GRÁFICO SEQÜENCIAL É um gráfico cronológico que consiste nos dados plotados em ordem cronológica ▪ Permitir pesquisar nos dados tendências ou outros padrões que ocorrem ao longo do tempo. ▪ Monitorar um sistema a fim de se observar ao longo do tempo a existência de alterações na média esperada. CARTA DE CONTROLE/GRÁFICO DE CONTROLE É um gráfico cronológico com limites de controle que permitem o monitoramento dos processos. ▪ Para identificar o aparecimento de causas especiais nos processos ▪ Para monitorar o processo para ver se ele está sob controle estatístico DIAGRAMA DE ÁRVORE É uma forma estruturada de quebrar uma meta primária em detalhes cada vez maiores. Tem o formato de um organograma na horizontal. No contexto japonês descreve os métodos pelos quais cada objetivo será atingido ▪ Preparação de planos em que as consequências de esquecer tarefas essenciais tais como segurança e aspectos legais são desastrosas. ▪ Preparação de planos em que se sabe (ou suspeita) que a implementação será complexa Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 37 1. Brainstorming – Tempestade cerebral (Tempestade de ideias ou "toró de palpites") Baseia-se na criatividade dos participantes e ausência de qualquer censura. Desenvolve-se em três fases: 1. Fase de Geração de Ideias: O líder do grupo revê as regras do Brainstorming e os participantes vão dizendo em voz alta as ideias e sugestões que surgirem na imaginação criadora de cada um. O objetivo é a quantidade e não qualidade das ideias. 2. Fase da clarificação: O grupo repassa toda a lista para ter certeza de que todos entendem todos os itens. A discussão será feita depois. 3. Fase de avaliação: O grupo revê a lista para combinar dos itens semelhantes, eliminar a duplicidade ou opiniões que estejam completamente fora do assunto. Regras do Brainstorming: 1. Definir e esclarecer o assunto ou tema a ser abordado. 2. Cada um tem a sua vez. 3. Apenas uma ideia por vez. 4. Não é permitido discutir, questionar ou criticar as ideias alheias, sendo permitido apenas perguntar para esclarecer o sentido. 5. Deixar as pessoas "pegarem carona", isto é, desenvolverem outras ideias a partir das ideias dos outros 6. Escrever todas as ideias num local de modo que possam ser vistas por todos do grupo e facilmente examinadas. Quando usar o Brainstorming? 1. Na identificação de problemas 2. Na identificação de possíveis causas de um problema. 3. Na geração de ideias para desenvolver urna solução efetiva de um problema. Técnica destinada a estimular a criatividade do grupo, para rapidamente, obter, esclarecer e avaliar o maior número possível de ideias, problemas, questões, etc. em curto espaço de tempo. IDÉIA Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 38 2. Estratificação Definição Consiste na divisão de um grupo de dados em diversos subgrupos com base em fatores apropriados, os quais são conhecidos como fatores de estratificação. As principais causas de variação que atuam nos processos constituem possíveis fatores de estratificação de um conjunto de dados. Finalidade Classificar um grupo de dados em subgrupos com base em características ou categorias apropriadas A técnica da estratificação é muito importante para a descoberta de problemas e para a identificação e o direcionamento das ações da melhoria e das medidas corretivas a serem adotadas em várias situações. A estratificação quebra uma representação em categoria ou classes mais significativas a fim de direcionar nossa ação corretiva. Como fazer Observe o problema sob vários pontos de vista (estratificação): 1. tempo - os resultados são diferentes de manhã, à tarde, à noite, às segundas-feiras, vésperas de feriados, após fim de semana, etc.? 2. local - os resultados são diferentes em partes diferentes de uma peça (defeitos no topo, na base, na periferia)? Em locais diferentes (acidentes em esquinas, no meio da rua, calçadas), etc.? 3. tipo - os resultados são diferentes dependendo do produto, matéria- prima, do material usado. Se é caixa eletrônico ou caixa convencional? 4. sintoma - os resultados são diferentes se os defeitos são cavidades ou porosidade, se o absenteísmo é por falta ou licença médica, se a parada é por queima de um motor ou falha mecânica, etc.? 5. indivíduo - Que turma? Que operador? Que caixa? Poderá também ser necessário investigar alguns aspectos específicos, como por exemplo: umidade relativa do ar ou temperatura ambiente, condições dos instrumentos de medição, confiabilidade dos padrões, treinamento, quais as condições climáticas, etc. (ver exemplos nas páginas 18 e 60 da apostila) Exercício: Indique de quais maneiras podemos estratificar peças refugadas por um equipamento. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 39 3. Construindo Fluxogramas Regras que nos auxiliam na elaboração de um fluxograma: Regra 1 – Todos os membros do grupo (pessoas certas) envolvidos no processo em estudo tem que participarna elaboração do fluxograma. Isso inclui: 1. Aqueles que realmente executam trabalho no processo 2. Fornecedores do processo clientes do processo 3. Supervisor da área na qual o processo funciona 4. Um facilitador independente. Observação: O facilitador independente será de grande benefício pois: 1. Haverá menor chance de um membro do grupo exercer influência indevida sobre o resultado 2. É treinado a perguntar as questões corretas, a solicitar "entradas" de qualquer um e resolver conflitos surgidos. 3. Auxilia os membros do grupo a escrever todas as informações por mais enfadonhas que elas sejam. O tempo deles é mais bem aproveitado discutindo e fluxogramando o processo. Regra 2 - Todos os dados devem ser visíveis para todas as pessoas todo o tempo. O uso de papel jornal e fita adesiva são imperativos para uma boa sessão de fluxogramas. Assim que uma folha é completada, ela é pregada na parede sequencialmente ao trabalho anterior. Raramente uma sessão é completada sem ocorrer no mínimo um retrabalho das partes anteriores do fluxograma, uma vez que os membros do grupo refletem sobre as informações em frente a eles. O uso de quadro de giz ou de quadro magnético limita o espaço disponível e ainda obriga que alguém mantenha um registro do fluxograma, em papel, à medida que ele é feito. Regra 3 – Dispor de tempo suficiente A experiência mostra que é necessário muito mais tempo para se fazer um fluxograma do que se espera. Mais de uma sessão pode ser necessária. Isto é desejável uma vez que os membros do grupo terão mais tempo para obter mais informações sobre o Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 40 funcionamento do processo. Regra 4 - Quanto mais perguntas, Perguntas são a chave da fluxogramação de processo. Existem mais questões que podem ser perguntadas por ambos, facilitador e membros do grupo. Qual a primeira coisa que ocorre? Qual a próxima coisa que ocorre? Questionamentos devem continuar ao longo do processo. Questões que podem auxiliar em certas ocasiões durante o processo incluem: 1. De onde vem o serviço/material? 2. Como o serviço/material entra no processo? 3. Quem decide? (quando for necessário?) 4. O que acontece quando a decisão é sim? 5. O que acontece quando a decisão é não? 6. Há alguma coisa mais que deve ser feita nesse ponto? Para onde vai o produto/servi9o dessa operação? 7. Quais testes são executados em cada etapa do processo? 8. Quais testes são executados no processo? O que ocorre se o teste estiver fora da tolerância? Aplicações Existem muitas maneiras de usar fluxograma no "chão de fábrica" como por exemplo para diagramas de equipamento, diagramas de tabulações etc. Os empregados devem ser acostumados a trabalhar com fluxogramas. Os fluxogramas podem ser mais proveitosos se os empregados fizerem as perguntas já listadas, particularmente aquelas sobre o que poderia ser medido. Enquanto que os fluxogramas são importantes em fabricação, os avanços mais substanciais serão obtidos usando-os nas funções administrativas e de staff. Benefícios dos Fluxogramas a) Permite uma melhor compreensão do conjunto. Os componentes da equipe de elaboração do fluxograma têm pleno conhecimento do seu setor no processo, mas nem sempre do processo como um todo. O fluxograma supre essa falta de conhecimento a níveis sem precedentes. As pessoas que trabalham no processo, o entendem. Eles começam a controlá-lo ao invés de serem vítimas dele. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 41 b) Fornece explicações mais claras. O fluxograma torna mais fácil explicar o processo aos gerentes que não fizeram parte da equipe, além de serem ferramentas valiosas em programas de treinamento para novos empregados. c) Identifica clientes anteriormente negligenciados. Tem sido amplamente aceita a ideia de que "todos sabem" quem são os clientes. Porém, percebeu-se que sem a disciplina de preparar um fluxograma, alguns clientes essenciais estavam sendo negligenciados ou até mesmo menosprezados. d) Identifica oportunidades para melhoramentos. Uma vez que o processo pode ser visto objetivamente no fluxograma, melhorias podem ser facilmente identificadas. A maioria dos fluxogramas apresenta subprocessos ou "retornos", que são necessários para lidar com eventos não padronizados. Por exemplo, o produto da etapa A deve ser inspecionado antes de ser enviado a etapa B. Quaisquer erros encontrados durante a inspeção são enviados de volta ao estágio A para serem corrigidos. A existência do retorno prova a existência de uma oportunidade. Se pudéssemos eliminar a causa das falhas evitaríamos todo esse serviço adicional. e) Facilita a fixação de limites. Ao planejar ou replanejar algum processo, logo percebemos que é necessário estabelecer limites a nossa missão. Isto se deve ao fato de que qualquer processo interage com outros processos da empresa: internos ou externos. O fluxograma fornece um recurso gráfico que auxilia na determinação desse limite. Os funcionários compreenderão como eles estão incluídos no processo total, compreenderão o processo nos mesmos termos e visualizarão seus fornecedores e clientes como pane do processo total. Isto proporcionará melhor comunicação entre os departamentos e as áreas de trabalho. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 42 4. Lista ou Folha de verificação É uma ferramenta usada para responder à pergunta: Com que frequência certos eventos acontecem? Ela transforma opiniões em FATOS. Ë um roteiro para coleta de dados, um plano de trabalho onde são listados todos os itens selecionados. Ao estudar dados de um determinado problema é necessário planejar a coleta de dados. Os procedimentos são os seguintes: 1. Determinar exatamente o que se quer observar. 2. Estabelecer o período ou o momento em que os dados devem ser coletados. 3. Fazer uma folha de verificação, ou seja, uma lista para anotar os dados. 4. Método usado na coleta. Exemplo: Verificação de jogadas entre time A e B, durante a partida de futebol do campeonato brasileiro. Partida: Vasco X Fluminense Data: 03.03.2002 Jogadas Time Total Método Responsável Vasco Fluminense Chutes a gol Escanteios a favor Passes errados Impedimentos Outros Total Observações: 1. Ter certeza que a quantidade de dados para a verificação será suficiente para a análise 2. Deixar claro para o responsável pela coleta o que ele deve fazer e como deve ser feito (método). 3. A não definição do método fará com que cada um faça a coleta a seu modo, o que tornará coleta inconfiável. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 43 5. 5W1H (2H) É uma ferramenta simples, porém, poderosa para auxiliar a análise e os conhecimentos sobre determinando processo, problema ou ação a ser efetuada. A técnica consiste em se realizar, sistematicamente, 6 perguntas sobre o assunto em estudo: O que? What Quando? When Quem? Who Por quê? Why Como? How Onde? Where 1. No Planejamento da Solução. É uma ferramenta que pode ser utilizada na elaboração de planos de ação para execução de qualquer projeto ou tarefa para garantir que a operação seja conduzida sem dúvidas por parte das chefias e subordinados. As perguntasseriam: 1. O que deve ser feito? 2. Por que foi definida esta solução? (resultado esperado) 3. Como vai ser implantada a ação? (Etapas com sua descrição) 4. Quem será responsável pela sua implantação? (Onde a solução será implantada?) 5. Onde a solução será implantada? (abrangências) 6. Quando será feito? (Cronograma das ações) PLANEJAMENTO WHAT? O QUE? (Assunto ou Tema) WHY? POR QUÊ? (Qual necessidade) HOW? COMO? (Método) WHO? QUEM? (Responsável) WHERE? ONDE? (Local) WHEN? QUAND O? (Tempo) 2. Descrição de Problemas Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 44 Consiste em estudar o problema, descrevendo-o por escrito. A descrição mostra como o problema é sentido naquele momento particular: como afeta o processo, as pessoas, que situação desagradável o problema causa. 1. Que é o problema? 2. Quando (desde quando, em que situação) ocorre? 3. Quem está sentido o problema? 4. Por que o problema ocorre? 5. Onde o problema ocorre? 6. Como o problema surgiu? 6. Método GUT Método participativo para definir as prioridades entre vários problemas. A equipe, por meio do consenso, deve atribuir notas de 1 a 5 para cada problema em relação aos três parâmetros do GUT Consiste em classificar cada problema quanto a: Gravidade: Impacto causado pelo problema Urgência: Pressão do tempo para se resolver o problema. • Requer ação imediata • Pode espera? • Não tem pressa? Tendência: Como problema se comportará se não for feito nada: • Aumentará • Permanecerá como está? • Diminuirá? Problemas Gravidade Urgência Tendência Prioridade O prejuízo que poderá ocorrer A solução do problema dever ser Se não for feita nada a situação pode: G x U x T Gravíssimo Imediata Piorar muito Permanecer como está Mínimo Quando puder Desaparecer Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 45 7. Diagrama de Causa e Efeito (Diagrama de Ishikawa) São diagramas que mostram a relação entre uma característica da qualidade e de processo e seus fatores representando a relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa que podem contribuir para esse efeito. Também chamado de “Diagrama de Espinha de Peixe”, foi aplicado pela primeira vez no Japão em 1952. Kaoru Ishikawa, professor da Universidade de Tóquio utilizou o digrama para sintetizar as opiniões de engenheiros de uma fábrica, quando discutiam problemas de qualidade e de processo. Diagrama de Causa e Efeito também é chamado de Diagrama dos 6 M’s ou “Diagrama de Espinha de Peixe” porque se parece com o Esqueleto de um peixe. A. Construção do Diagrama de Causa e Efeito 1. Escreva a característica da qualidade e de processo ou problema (efeito) no lado direito de uma folha. Trace a espinha dorsal direcionada da esquerda para a direita até o problema (efeito) em questão. EFEITO 2. Relacione, como espinhas grandes, as causas primárias que afetam as características da qualidade e de processo ou problema definido no item anterior. Medida Mão de Obra Material Máquinas Método Meio-Ambiente EFEITO CAUSAS Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 46 3. Relacione, como espinhas médias, as causas secundárias que afetam as causas primárias. 4. Relacione, com espinhas eqquenas, as causuas terciarioas que afetam as causas secundarias. 5. Identifique no diagrama as causas que parecem exercer um efeito mais significativo sobre a característica da qualidade e de processo ou problema. Neste momento o conhecimento disponível sobre o processo e dados previamente coletados, ou colete novos dados. 6. Registre outras informações que devem constar no diagrama, como por exemplo, título, data de elaboração do diagrama, responsáveis pela elaboração, etc. Observação: Medida Mão de Obra Material Máquinas Método Meio-Ambiente EFEITO CAUSAS Medida Mão de Obra Material Máquinas Método Meio-Ambiente EFEITO CAUSAS Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 47 No caso haja número excessivo de níveis e o diagrama se tornar muito complexo, devemos desmembrá-lo e analisar o item separadamente. Uma técnica que auxilia a obtenção do diagrama com a configuração de esqueleto é os 5 porquês. 1. Porque ocorre o efeito “A”? Por causa de “B”. 2. Porque ocorre “B”? Por causa de” C”. 3. Porque ocorre “C”? Por causa de “D”. 4. Porque ocorre “D”? Por causa de “E”. 5. Porque ocorre “É”? Por causa de “F” B. Tipos de Diagrama de Causa e Efeito 1. Geral Tem como único critério, a anotação nas entradas principais, os grandes itens envolvidos no sistema, sem uma sequência lógica, podendo ser anotados conforme forem surgindo as ideias ou sugestões. 2. Sequencial de Processo Também conhecido como ISHIKAWA SEQUENCIAL. Ë uma ordenada, no qual registra-se todas as fases que fazem parte de um sistema ou operação, em uma sequência lógica. Este diagrama pode ser utilizado para a localização do problema dentro do sistema, fazendo-se um levantamento de todos os fatores que eventualmente possam contribuir para as ocorrências do problema, em cada fase, para posterior verificação. A B C D E Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 48 Operação 3 Operação 4 Operação 1 Operação 2 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 49 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 50 8. Matriz de Preferência Vamos imaginar a seguinte situação: Antônio acaba de mudar-se para a cidade onde há diversas agências bancárias e está à procura de uma para abrir sua conta bancária e não sabe qual delas escolher. Antes de visitar as agências, reflete sobre o que espera de uma agência bancária. Chega à conclusão que as características importantes são: a) Serviço on-line b) Vantagens (ex.: Conta Remunerada) c) Proximidade do local de trabalho d) Pouca fila e) Número de agências no país Para estabelecer e importância e a prioridade das características, Antonio compara a primeira característica com cada um das demais, depois a segunda com as demais e assim por diante. 1. Serviço on-line 2. Vantagens (ex.: conta remunerada) 2 3. Proximidade do local de trabalho 1 2 4. Pouca fila 1 2 3 5. Número de agências no país 1 2 3 5 Como resultado de um “BRAINSTROMING” ontem um grande número de ideias. O analista do problema se depara, então, com a questão de organizar as ideias segundo uma certa ordem ou grau de preferência. Para identificar o funcionamento da Matriz de Preferência vamos considerar a seguinte situação. Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 51 O resultado da Matriz de Preferência é anotado, conforme apresentados a seguir. Características 1 2 3 4 5 Frequência 3 4 2 0 1Priorização 2ª 1ª 3ª 5ª 4ª Peso 4 5 3 1 2 Terminada a Matriz de Preferência, sabemos que a prioridade das características para escolher sua agência bancária é: a) Vantagens (ex.: Conta Remunerada) b) Serviço on-line c) Proximidade do local de trabalho d) Número de agências no país e) Pouca fila Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 52 9. Matriz de Decisão Quando uma alternativa deve ser selecionada entre um pequeno número de outras, um ótimo processo é o de ponderar diferentes critérios da avaliação. Formamos, dessa forma, uma Matriz de Decisão que vai revelar os pontos fortes e fracos de cada alternativa. Siga as instruções para formar a matriz de decisão: 1. Escolha critérios para avaliação das alternativas, colocando-os em ordem de importância. Dê pesos a cada um deles. Por exemplo: 1 a 5 (os mais relevantes recebem peso 5 e os de menor importância, peso 1). 2. Construa a matriz, colocando as alternativas e os critérios em eixos deferentes. 3. Compare cada alternativa com cada um dos critérios, dando-lhe uma nota à proporção que atenda bem ou mal a cada critério. 4. Multiplique a nota de cada alternativa pelo peso de cada critério e obtenha a nota ponderada. 5. Some a nota de cada alternativa, todas as notas ponderadas obtidas. 6. Verifique que alternativa obteve o maior número de pontos: esta é a alternativa vencedora. Critérios Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Descrição Peso Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação Rapidez e facilidade de implantação 1 3 3 5 5 2 2 Teste 3 1 3 4 12 1 3 Boa relação Custo-benefício 4 4 16 3 12 5 20 Existência de Know-how 5 5 25 5 25 2 10 Reação à mudança administrável 2 3 6 4 8 2 4 Totais Pontos 53 62 39 Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 53 10. Gráfico de Pareto O gráfico de Pareto é um tipo especial de gráfico de barras verticais utilizado para ressaltar a importância relativa de vários problemas ou situações, com o objetivo de identificar os problemas prioritários que deverão ser solucionados e também de detectar a causa básica de um problema. A apresentação das barras verticais se dá por ordem de tamanho, importância ou prioridade. Ele permite a tomada de decisões pela facilidade com que se reconhece através desse diagrama quais são as causas principais. Esta ferramenta orienta onde concentrar os esforços para melhora da qualidade, bem como, a análise dos resultados obtidos após uma melhoria do processo O Princípio de Pareto foi inicialmente estabelecido por J.M. Juran, que adaptou a teoria aos problemas da qualidade e de processo para modelar a distribuição de renda desenvolvida pelo sociólogo e economista italiano Vilfredo Pareto (1843-1923). Pareto mostrou, em 1897, que a distribuição de renda é muito desigual, com a maior parte riqueza pertencendo a muito poucas pessoas. Juran foi o primeiro a notar que esta mesma ideia se aplicava aos problemas da qualidade e de processo - a distribuição dos problemas e de suas causas é desigual e portanto as melhorias mais significativas poderão ser obtidas se nossa atenção for concentrada, primeiramente, na direção dos poucos problemas vitais e logo a seguir na direção das poucas causas vitais destes problemas. O Princípio de Pareto estabelece que os problemas relacionados à qualidade e de processo, como por exemplo: a) percentual de itens defeituosos b) número de reclamações de clientes c) modos de falhas de máquinas d) perdas de produção e) gastos com reparos de produtos dentro do prazo de garantia f) ocorrências de acidentes de trabalho g) atrasos na entrega de produtos se traduzem sob a forma de perdas e podem ser classificados em duas categorias: 1. OS “POUCOS VITAIS” 2. OS “MUITOS TRIVIAIS” Os “POUCOS VITAIS” representam um pequeno número de problemas, Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 54 mas que, no entanto, resultam em grandes perdas para a empresa. Já os “MUITO TRIVIAIS” são uma extensa lista de problemas, mas que apesar de seu grande número, convertem-se em perdas pouco significativas. Em outras palavras o princípio de Pareto estabelece que se forem identificados, por exemplo, cinquenta problemas relacionados à qualidade e de processo, a solução de apenas cinco ou seis destes problemas já poderá representar uma redução de 80 ou 90% das perdas que a empresa vem sofrendo devido à existência de todos os problemas existentes. Dito de outra forma, o gráfico de Pareto agrupa os dados coletados por uma folha de verificação e mostra as prioridades de ataque ao problema: as poucas ações que trazem o maior volume de melhorias. É como se os elementos de um problema (falhas, causas de erros, custo de trabalho, etc.) fossem colocados num pódio, facilitando a visualização dos lugares pela ordem do impacto que cada um exerce sobre o problema inteiro. Esse ranking dos fatores de um problema pela importância relativa dos "primeiros colocados" é muito importante. Essa objetividade de priorização dos fatores de um problema faz do gráfico de Pareto uma das ferramentas preferidas de controle de qualidade e de processo do pessoal da linha de frente. ATENÇÃO: Pareto é uma importante ferramenta gráfica de transição entre a coleta de dados e a identificação da causa fundamental do problema. Nesse caso, o gráfico faz um eficiente trabalho de triagem: identifica os poucos fatores vitais, que tem preferência de ataque por serem em menor quantidade, mas com efeito maior na reversão do problema. Essa hierarquização das falhas de um processo é de grande utilidade. A solução metodológica de um problema exige que os envolvidos na solução dediquem energia a esse trabalho. A solução do problema pode até não custar caro, mas não está pronta. O Pareto racionaliza o uso do tempo e do esforço das pessoas. "Ao dirigir a atenção de todos para apenas um ou dois dos principais componentes de um problema, fica mais fácil desobstruir as agendas de cada um, individualmente, e realmente fazer algum progresso." Ferramentas de Gestão da Qualidade e Processos para Melhoria Contínua MASP/PDCA 55 A solução de alguns problemas, além disso, pode exigir a aplicação de recursos financeiros e humanos de uma organização. Como esses recursos nunca estão sobrando, a indicação das soluções mais eficientes (melhor resultado com o menor custo) é da maior conveniência. A. Passos para a construção do gráfico de Pareto 1. PASSO: Coletar os dados (por tipo ou classificação) numa folha de controle especificando o período de estudo. PROBLEMA: DEFEITOS DE AUTOMÓVEL PF Data: Estação: Tipos de defeitos Tabulação Frequência total % Classificação Alinhamento 11 6 60 Solda 21 10 40 Parafuso 68 34 10 Junção (juntas) 14 7 50 Poeira 41 20 20 Riscos
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