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Filósofos da Corporeidade e Motricidade

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Unidade I 
 
 
 
CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA 
 
 
 
 
 
 
Prof. Gil Oliveira 
Introdução 
 O corpo como objeto de estudo em diversas áreas da 
Educação Física. 
 Aspectos Biológicos, Psicológicos e Sociais. 
 O corpo deve ser estudado e entendido em sua totalidade de 
aspectos. 
 O corpo reflete uma cultura! 
 A interação com esta cultura se dá pelo Movimento. 
 
 Como se deu a transformação do corpo durante os anos? 
 Como é o entendimento do corpo atualmente? 
A corporeidade na história da humanidade 
 O corpo durante a história era utilizado de diversas formas, 
dentro de determinado contexto social. 
 Movimentos de atividades diárias, como correr, saltar, pular... 
 Movimentos corporais expressivos, que são formas não 
verbais de comunicação. Ex.: gestos, posturas e expressões 
faciais. 
 A ética corporal, sobre a aparência do próprio corpo. Ex.: 
pudor e ideal de beleza. 
 O controle de impulsos e necessidades. 
 Em cada sociedade, o corpo é visto, concebido e tratado de 
diversas formas, dependendo de diversos fatores. 
 
A corporeidade na história da humanidade 
 Os primeiros filósofos tinham uma visão integral do corpo – 
um ser único, indivisível e visível. 
 
 O corpo para o grego era formado pela Soma (corpo) e pela 
Psique (alma/mente), e ambas se completavam. 
 
A corporeidade na história da humanidade 
 Para o filósofo Platão: separação do mundo. 
 Mundo sensível – captada pelos sentidos, composta por 
matéria – dado à corrupção. Cópia do mundo inteligível. 
 Mundo inteligível – mundo ideal, onde somente o intelecto 
vive, sendo um verdade absoluta e perfeito. 
 
Ser Humano 
Soma - Corpo 
Pertencente 
ao Mundo 
Sensível 
Psique - Alma 
Pertencente 
ao Mundo 
Inteligível 
A corporeidade na história da humanidade 
Tipos de alma: 
 Alma superior: ligada à racionalidade, localizada na cabeça. 
 Leva a um caráter racional. 
 Alma inferior: ligada aos bens materiais e à luxúria, localizada 
na região abaixo do abdome. 
 Leva a um caráter concupiscível. 
 Alma irascível: ligada às emoções e paixões, localizada no 
peito do ser humano. 
 Leva a um caráter irascível. 
 
A corporeidade na história da humanidade 
Es
ta
do
 Id
ea
l –
 S
eg
un
do
 
Pl
at
ão
 
O Estado assume o papel 
da Educação 
1º: 20 anos – Pessoas 
com caráter concupiscível 
– Trabalhos de artesão 
Educação para todos até 
os 20 anos de idade 
2º: 30 anos – Pessoas 
com caráter irascíveis – 
Guardiões e guerreiros 
O Estado orientaria a 
Eugenia (reprodução 
humana) 
3º: 50 anos Pessoas com 
caráter racional – 
Governo da cidade 
A corporeidade na história da humanidade 
O corpo para o filósofo Aristóteles: 
 Não considera o corpo e alma como dois seres distintos – 
helimorfismo (não separação do corpo/alma). 
 Considera que a alma é a vida do corpo; o corpo era a 
extensão da alma – extensão física. 
 A alma era responsável pelas faculdades de nutrição, 
reprodução e anímica. 
 Sendo que tanto a alma como o corpo se completavam. 
 É inconcebível a separação de corpo e alma – como se pode 
ter o pensamento sem o corpo? 
 Importante um corpo ativo. 
A corporeidade na história da humanidade 
 Na Idade Média (séc. V ao XV), o corpo sofre um processo de 
descorporalização. Crescente importância a racionalização. 
 Corpo como instrumento de trabalho, sustento e comunicação 
da sociedade. Sistemas de castas (Feudal). 
 Descorporalização – questões religiosas: a igreja tinha forte 
influência no sistema social, comercial e político. 
 Santo Agostinho: definiu o corpo como cárcere da alma, e que 
o corpo físico é uma punição para alma. 
 Pessimismo com relação às sensações que o corpo 
provoca. 
 A alma deve manter a vigilância sobre o corpo e os sentidos 
para que eles não impeçam de conhecer a verdade 
divina, colocando o corpo no caminho divino. 
A corporeidade na história da humanidade 
 Já no renascimento, após a Idade Média, diversos avanços 
tecnológicos, com a valorização do trabalho e, principalmente, 
do intelecto, capacidade de criação e transformação do 
mundo!!! 
 Esquema mecanicista – o homem como um animal racional. 
 
Fonte: http://cache1.asset-
cache.net/gc/519190164-man-followed-by-
ideasgettyimages.jpg?v=1&c=IWSAsset&k=
2&d=OAp0Tb4KR597iKW9NN%2funF5E36jv
oAieZlD564ByvHQ%3d&b=MA== 
A corporeidade na história da humanidade 
 René Descartes: desenvolvimento do Método para a 
construção do conhecimento. 
 
Evidência 
• Não aceitar uma verdade, que não se 
conheça a evidência da verdade. 
Análise 
• Dividir as possibilidades em quantas 
partes for possível. 
Síntese 
• Conduzir por ordem os pensamentos, por 
etapas, do simples para o composto. 
Exaustivo 
• Fazer enumerações completas e revisões 
para não se omitir nada. 
A corporeidade na história da humanidade 
 Descartes estabelece a divisão entre o sujeito objeto (corpo) e 
espírito da matéria (mente). 
 Tendo uma visão separatista e redutora, pensamento 
semelhante à Platão, porém, com uma concepção cartesiana. 
 O corpo é a extensão da alma e a alma não depende dele!!! 
 A mente controla o corpo. 
 Descartes não considerava as sensações obtidas pelo corpo, 
em que o corpo somente obedecia a comandos e vontades da 
mente. 
 Mente = Pensamento → única forma de adquirir conhecimento. 
 Nesta época, o corpo passa a ser objeto de estudo → perde-se 
a proibição da Igreja → avanço nos estudos. 
A corporeidade na história da humanidade 
 O corpo passa a ser encarado como um objeto científico. 
 Porém, surge Friedrich Nietzcshe, contrapondo as 
concepções de dicotomia de Descartes. 
 Início da concepção de corpo vivo: o corpo dentro de um 
contexto social. 
 Experiências de um homem vivo e não um mero objeto. 
 A mente não sobrepõe mais o corpo, interage com ele por 
meio dos sentidos e das emoções. 
 Necessidade de conhecer a linguagem que o corpo transmite. 
 “Pelo corpo que se conhece a alma e não o inverso!” 
A corporeidade na história da humanidade 
 Karl Marx também tinha o mesmo pensamento de Nietzcshe, 
que o corpo faz parte do meio e interage com ele. 
 Esta relação é desenvolvida através dos movimentos e estes 
movimentos geram o trabalho → Trabalho com objetivo de 
alteração do meio. 
 Porém, como os ideais capitalistas eram muito fortes, em 
relação à produção em massa e linhas de montagens, Marx 
critica que o ser humano perde a relação da matéria produzida 
com o corpo que a produz. 
 Em que o corpo que era responsável pela criação e 
construção, passa a ser somente uma mercadoria de mão de 
obra, principalmente após a Revolução Industrial. 
Interatividade 
Como que Descartes compreende a relação do corpo e da alma 
para desenvolver este modelo? 
 
a) Corpo e alma vivem em harmonia, habitando o mesmo corpo. 
b) Pensamento semelhante a Aristóteles, colocando uma 
separação entre corpo e mente. 
c) O corpo é capaz de se movimentar, de sentir, de pensar, mas 
é movido pelas sensações. 
d) Pensamento semelhante à Platão, colocando uma separação 
entre corpo e mente. 
e) Confere ao corpo e à alma uma relação de dependência. 
Resposta 
Como que Descartes compreende a relação do corpo e da alma 
para desenvolver este modelo? 
 
a) Corpo e alma vivem em harmonia, habitando o mesmo corpo. 
b) Pensamento semelhante a Aristóteles, colocando uma 
separação entre corpo e mente. 
c) O corpo é capaz de se movimentar, de sentir, de pensar, mas 
é movido pelas sensações. 
d) Pensamento semelhante à Platão, colocando uma separação 
entre corpo e mente. 
e) Confere ao corpo e à alma uma relação de dependência. 
A corporeidade contemporânea 
 A visão dualista proposta por Platão e Descartes permanecem 
até hoje → Valorização do Pesar em detrimento do 
Corpo/Movimento. 
 Porém Nietzsche e Marx são precursores dos pensadores 
contemporâneos, com a visão de um corpo único e 
representativo. 
 Porém, o pensamento contemporâneo apresenta uma visão 
mais complexa, tendo como baseo ser humano e sua relação 
com o mundo. 
Os principais pensadores sobre o corpo são: 
 Maurice Merleau-Ponty; 
 Michel Foucault. 
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty 
 O corpo é a ligação entre o indivíduo e história, e este corpo 
sofrerá as decisões teóricas e práticas do conhecimento. 
 Exclusão da ideia cartesiana de separação de Descartes. 
Fonte: 
http://www.estudoprati
co.com.br/filosofia-de-
merleau-ponty/ 
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty 
 Ele trata as sensações do corpo como algo fundamental para 
percepção do mundo, e esta sensação se dá através do 
movimento; este movimento gera interação com o mundo. 
 Tem como objetivo compreender o homem de uma forma 
integral → O homem é o ser no mundo. 
 A experiência que o corpo gera a respeito de e com o mundo e 
com outros corpos. 
 O movimento irá gerar a Intensionalidade. 
 Permite o corpo sentir e perceber o mundo, os objetos e 
outros corpos. 
 Esta interação irá gerar sonhos, imaginação e desejos. 
 
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty 
 Esta ideia é chamada de Subjetividade de Merleau Ponty. 
A Subjetividade irá gerar a noção de Liberdade: 
 O mundo existe independente do homem, porém, ele não está 
totalmente constituído e construído, dependendo assim das 
ações individuais e coletivas. 
 A liberdade é resultante da interação entre o interior e exterior 
do ser humano (estruturas psicológicas e históricas). 
 Também é considerado o contexto histórico, as relações 
sociais e a afetividade, sendo isso uma experiência corporal e 
não intelectual → Conquistado pelo movimento e pela 
percepção. 
 
 
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty 
 Para Ponty, o ser humano desaprendeu a viver com seu corpo. 
O corpo do ser humano deve olhar, observar e sentir: 
 Isso irá gerar uma experiência em que o corpo reconhece o 
espaço como expressivo e simbólico. 
 Desenvolvendo, assim, o potencial criativo do ser humano. 
 O corpo se torna sensível ao mundo, manifestando, assim, a 
sua Corporeidade. 
 Motricidade = intencionalidade do corpo pelo movimento 
 Superação da separação sujeito-objeto. 
 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
 Estudos da relação de poder, o saber e o corpo. 
Para Foucault, o corpo irá refletir uma cultura em que ele está 
inserido, tendo três conceitos: 
 o sujeito produtivo; 
 o modo como o sujeito se constitui ao longo da vida, por 
questões internas e externas; 
 a forma na qual o ser humano torna-se sujeito. 
Fonte: http://www.universor 
acionalista.org/michel-foucault-2/ 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
 O corpo sofre efeitos do poder → A forma como o poder 
manifesta sobre este corpo. 
 
 O poder interfere na corporeidade do sujeito, refletindo em 
seus hábitos, sentimentos, emoções e ações. 
 
 Refletindo também na realidade concreta do indivíduo. O seu 
corpo, o corpo social e adentrando na sua vida cotidiana. 
 
 O poder não está relacionado ao poder governamental, mas, 
sim, em todas as esferas do indivíduo. 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
 Estabelecendo, assim, diversas esferas de poder. 
 A forma deste poder ser utilizado é por meio da Disciplina. 
 
Fonte: http://cache3.asset-
cache.net/gc/182929067-yellow-card-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAsset&k=2
&d=KwzJ8MD4r6kAKp52YSYNW32x3nY
Ogw%2fqeT07uSzoUaI%3d&b=MjU= 
 A disciplina é instaurada por uma série de 
intervenções e controles regulatórios, 
sendo isso uma Biopolítica. 
 Biopolítica: Controle da massa e não 
individual. 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
Práticas disciplinadoras atuais: 
 imposições de gestos, atividades, uso, repartição espaciais; 
 cálculo de tempo; 
 prisões, hospitais e escolas. 
Fonte: 
cdn.morguefile.com/imageDa
ta/public/files/h/HB28/05/l/143
1023733ug0e2.jpg 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
 Um corpo disciplinado o mantêm introjetado → Sem 
consciência de questionamento pelo indivíduo. 
 Levando para um autocontrole não necessitando de controle 
externo produzindo um corpo dócil. 
Desenvolvendo um controle da energia de trabalho, que se 
baseia em quatro elementos: 
 a distribuição de corpos em funções determinadas; 
 controle da atividade individual; 
 organização da formação, pela internalização e aprendizagem 
de funções; 
 composição das forças pela articulação funcional das forças 
corporais em aparelhos eficientes. 
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault 
Sendo assim, a disciplina é observada no nosso corpo de três 
formas: 
 vigilância hierárquica; 
 sanções normalizadoras; 
 exames. 
 
 O corpo se tornando um objeto de submissão 
 Formando corpos para o exercício de tarefas específicas e, 
assim, aumentando a força dos corpos, em questões 
econômicas de utilidade. 
 
 O corpo é um confronto bélico!! Sem liberdade!! 
Interatividade 
O filósofo francês Merleau-Ponty traz uma concepção 
diferenciada de como perceber e conceber o corpo perante a 
mente. Com isso, como que o corpo é tratado segundo a ótica 
de Merleau-Ponty? 
a) Noção de liberdade, em que o mundo não existe sem o 
homem. 
b) Objetivo de buscar a compreensão do homem de uma forma 
segregada. 
c) Uma visão diferente a respeito da mente, que encara as 
sensações como algo distinto dos sentidos. 
d) O corpo é tratado como um campo criador de sentidos. 
e) O corpo é uma matéria intelectual. 
Resposta 
O filósofo francês Merleau-Ponty traz uma concepção 
diferenciada de como perceber e conceber o corpo perante a 
mente. Com isso, como que o corpo é tratado segundo a ótica 
de Merleau-Ponty? 
a) Noção de liberdade, em que o mundo não existe sem o 
homem. 
b) Objetivo de buscar a compreensão do homem de uma forma 
segregada. 
c) Uma visão diferente a respeito da mente, que encara as 
sensações como algo distinto dos sentidos. 
d) O corpo é tratado como um campo criador de sentidos. 
e) O corpo é uma matéria intelectual. 
A motricidade humana na Educação Física 
 O corpo em movimento sempre foi um dos encantos da 
Educação Física, seja em um ambiente escolar, em um jogo 
recreativo ou em um contexto de alto rendimento. 
 
 Será que este encanto se dá pela compreensão completa do 
movimento? 
 Se a compreensão for realizada de uma maneira segregada... 
 
 Em muitos casos, a Educação Física acaba tendo uma visão 
reducionista do movimento, excluindo a complexidade das 
interações entre as diversas esferas do ser humano. 
A motricidade humana na Educação Física 
 A motricidade surge como sinal da corporeidade que está no 
mundo para alguma objetivo. 
 
 O movimento está relacionado a um entendimento e interação 
com o mundo e o sujeito. Respeitando a complexidade do ser 
humano. 
 
“A motricidade representa a vocação da abertura do homem aos 
outros e ao mundo, funcionando, em certo sentido, como 
provocação que liberta da solidão, para inseri-lo no plano da 
convivência.” (TOJAL, 2011) 
A motricidade humana na Educação Física 
 Com isso, existe uma linha complexa entre os componentes 
internos. Ex.: sistema nervoso e componentes externos. Ex.: 
cultura. 
 Os componentes externos são captados a partir das 
experiências de interação com o meio externo, 
representando, assim, uma Intensionalidade. 
 
 Com isso, a Motricidade revela a intencionalidade operante do 
homem em se movimentar com sentido e conteúdo. 
 Com objetivo de sempre se superar, e não apenas uma 
máquina reprodutora de movimentos preestabelecidos. 
A motricidade humana na Educação Física 
 Motricidade → busca pela superação de algo que seja 
interessante para o sujeito, que é particular de cada indivíduo, 
tendo como foco o seu máximo. 
 
 A Educação Física deve se preocupar com o sujeito que 
produz o movimento e não somente com as estruturas que o 
produz – músculos, articulações e ossos. 
 
 A partir do corpo, a motricidade representa um significado 
para o corpo, pois este significado representa uma 
intencionalidade. 
A motricidadehumana na Educação Física 
 Intencionalidade que é manifestada na intenção do corpo, 
aumentando, assim, o entendimento da percepção, que é a 
ligação entre o corpo e o mundo. 
 
 Motricidade é muito mais que somente o organismo... 
 
 O homem é integral em movimento, sendo assim a expressão 
da corporeidade em belos movimentos corporais, com 
intencionalidade, em consonância com mundo, se 
relacionando com as coisas e inserido o homem em processo 
construtivo. 
A motricidade humana na Educação Física 
 Pela motricidade, o homem tem suas primeiras experiências 
de exploração do mundo pelo movimento. 
 Constituindo, assim, um processo de humanização, pois a 
aprendizagem de cada indivíduo ocorre em sua relação com o 
meio social. 
Fonte: 
https://cdn.morguefile.co
m/imageData/public/files/j/
Jogonesoft/01/l/145396923
3bx5mq.jpg 
A motricidade humana na educação física 
 A motricidade humana é um fenômeno complexo. 
 
 A motricidade não nasce pronta, não apresenta uma ordem 
cronológica, nem acontece em estágio. 
 
 A motricidade é um constructo social, dependendo de uma 
interação. 
 
 Com isso, são apresentadas infinitas possibilidades de 
construção de uma motricidade do indivíduo. 
Interatividade 
O que é a motricidade humana? 
 
a) É a expressão de uma intencionalidade segregada do ser 
humano. 
b) É o ser humano visto de uma maneira integral, porém, sem 
objetivos e intenções definidos. 
c) É a expressão da corporeidade, através da intencionalidade 
dos movimentos. 
d) Expressão da corporeidade, sem a relação entre o homem e 
a cultura que ele percebe. 
e) É uma compreensão do movimento. 
 
 
Resposta 
O que é a motricidade humana? 
 
a) É a expressão de uma intencionalidade segregada do ser 
humano. 
b) É o ser humano visto de uma maneira integral, porém, sem 
objetivos e intenções definidos. 
c) É a expressão da corporeidade, através da intencionalidade 
dos movimentos. 
d) Expressão da corporeidade, sem a relação entre o homem e 
a cultura que ele percebe. 
e) É uma compreensão do movimento. 
 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 Qual o objetivo ou alvo de estudos da Educação Física? 
 Um corpo dividido e segregado: Anatomia; Fisiologia; 
Psicologia. Uma visão Dualista. 
 Essa separação é ruim para a compreensão do ser humano? 
 Depende... 
“(...) É fundamental que os especialistas não percam de vista a 
totalidade do ser humano... as diferentes áreas do saber são 
apenas perspectivas, parcialização do homem, embora 
cooperem para o conhecimento, não desvelem seu ser total, 
mascarando sua essência.” (GONÇALVES, 2012) 
 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 A Educação Física se relaciona com a corporeidade e a 
motricidade humana, abrangendo diversas formas de 
atividades físicas. 
 
 As diversas formas de atividades físicas representam a cultura 
ou fenômenos culturais. 
 Quando ocorre a interação com a cultura, o sujeito se 
apropria dela, acontecendo, assim, um integração com 
sua história. 
 Desenvolvendo, assim, a formação da história da 
humanidade. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 É necessário que a Educação Física trate o corpo como sujeito 
e não objeto → Intensionalidade. 
 
 Corporeidade – uma proposta de superar a visão mecanicista 
ou a dicotomia fragmentadora do ser humano. 
 
 Educação Física acaba por trazer para a sua atuação a ideia 
de um corpo que desenvolve um trabalho por meio de 
movimento, de uma forma mecanizada → corpo-máquina 
e corpo-objeto. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 A ideia de corpo-máquina/objeto, foi trazido por Descartes – 
mente controla o corpo, sem qualquer reflexão ou intenção. 
 
 Na sociedade moderna, são observados conceitos estéticos 
empregados em que se é colocado padrões e referenciais 
corporais para serem seguidos. 
 A manipulação em busca de uma beleza padroniza. 
 
 O corpo-objeto participa de um mundo de trocas, em que seus 
interesses são determinados por um sistema social, 
transformando o corpo em uma mercadoria. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 A Educação Física atua, principalmente, na esfera biológica 
para a manutenção da saúde corporal. 
Com isso, práticas que são realizadas em qualquer tipo de aula 
de Educação Física acabam por utilizar o conceito de corpo-
máquina e o corpo-objeto: 
 correr em volta da quadra; 
 fazer alongamento, sem saber o motivo; 
 realização de movimentos repetitivos até a exaustão; 
 quando chega-se no limite, faz-se a utilização de 
anabolizantes para chegar ao padrão “desejado” ou imposto. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 Corpo-máquina = corpo dócil, passivo perante o mundo real, 
conformista que acaba adotando tudo que a sociedade lhe 
impõe. 
 
 Assim, traz-se a ideia de um corpo que consome, um corpo-
mercadorias. 
 Corpo que pode ser trocado, modificado de acordo com os 
modismos culturais vigentes. 
 Consumo exagerado e desenfreado > Capitalismo. 
 
 Isto afeta a corporeidade dos indivíduos. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
 Isto afeta a corporeidade dos indivíduos, mas como? 
 As questões sociais determinam as normas de relacionamento 
com o corpo, práticas de beleza, manipulação e mutilação, 
apresentando um significado superficial e simbólico. 
 
 Diversas alterações nos padrões de beleza durante o século 
XX, principalmente na busca por um corpo magro e com 
formas definidas. 
 
 Somente este padrão é bem aceito pela sociedade. 
 Acarretando problemas no conceito da autoimagem. 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
A autoimagem é construída a partir de três componentes: 
 perceptivo – aparência física; 
 subjetivo – satisfação da aparência; 
 comportamental – situação de fuga, desconforto. 
 
 A autoimagem é reforçada pela sociedade, mediante 
aprovação e pela modelação, tentando reproduzir ou imitar um 
padrão determinado. 
 
 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
A busca incessante pelo padrão aceito pode levar a uma visão 
deturpada da autoimagem, gerando transtornos alimentares: 
 bulimia; 
 anorexia nervosa (autoinanição). 
 Estes tipos de transtornos têm as mulheres como principais 
vítimas. 
 
 
Fonte: http://cache4.asset-
cache.net/gc/512623523-male-
anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSA
sset&k=2&d=1gc6FjpkWorOFC
421%2bOJZPqcMm9duoTbkED
0sggMa%2fM%3d&b=QjRF 
Fonte: http://cache1.asset-
cache.net/gc/471105594-
anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAss
et&k=2&d=%2bi0TKuZOViIYmuC
QXwo6lzRi1j%2fEpX4Sw7Ajj55glt
s%3d&b=NTI 
A corporeidade na Educação Física e no esporte 
Outro transtorno de autoimagem: 
 Disformia muscular. 
 Transtorno este que pode levar ao desenvolvimento da 
vigorexia, acarretando, principalmente, homens jovens. 
 
 O que leva a desenvolver os transtornos de imagem? 
 imposição da mídia, sociedade e meio esportivo; 
 considerar um padrão ideal e que sem ele não se obterá a 
felicidade; 
 o corpo como prisioneiro de um sistema de poder. 
 
 
O profissional de Educação Física e a corporeidade 
O profissional de Educação Física pode ter dificuldade em 
perceber e compreender a corporeidade, devido: 
 às características acadêmicas – processo científico; 
 à divisão pela qual o ser humano em movimento é estudado. 
 
O profissional deve formular uma concepção diferenciada em 
relação ao corpo humano: 
 Não ter ideia de um corpo perfeito, ou a ser melhorada para 
um rendimento, mas, sim, um corpo vivo, que tem uma 
existência, racional e sensível. 
O profissional de Educação Física e a corporeidade 
 A corporeidade considera um ser Biológico e também um ser 
Social → relação com o contexto social. 
 
 O profissional deve ser capaz de compreender o homem em 
sua totalidade e, assim, produzir uma intervenção condizente 
com a realidade deste homem. 
 
Para conseguir aplicar esta concepção: 
 o profissional deve buscar um corpo possível em uma prática 
sistematizada; 
 deixarde lado o corpo idealizado, abandonando o modismo 
sazonal da Educação Física. 
O profissional de Educação Física e a corporeidade 
 O profissional não pode desprezar as experiências do sujeito e 
o sistema social e cultural em que ele está inserido. 
 Procurar contribuir para o desenvolvimento deste corpo real e 
existente, que irá se movimentar em busca de uma superação. 
 
 Saber trabalhar o sujeito racional, criativo, dependente do 
conhecimento de si, dos outros e do mundo. 
 
 Se o profissional entender isso, ele agregará diversos valores 
que darão suporte à sua atuação. 
 
O profissional de Educação Física e a corporeidade 
A corporeidade exigirá um trabalho amplo do profissional: 
 atuará com uma grande variedade de sujeitos; 
 ir contra as mensagens vinculadas por diversos meios de 
comunicação. 
 
 A compreensão de uma corporeidade integral faz com que o 
profissional tenha consciência dos rumos que a área 
apresenta. 
 
 Valorizar o sentido de humanidade e o sujeito-autor de uma 
história e de uma cultura. 
 
Interatividade 
A busca por padrões de beleza e corpos esculturais pode 
desencadear alguns problemas para as pessoas que as seguem. 
Quais são estes problemas? 
 
a) Transtornos de autoimagem, como a bulimia e anorexia. 
b) Transtornos de intencionalidade, como a disformia 
muscular. 
c) Transtorno de autoimagem, como a vigorexia. 
d) Deve-se se seguir os padrões e modas colocados pela área 
fitness e qualidade de vida. 
e) A mídia não tenta impor qualquer tipo de padrão. 
Resposta 
A busca por padrões de beleza e corpos esculturais pode 
desencadear alguns problemas para as pessoas que as seguem. 
Quais são estes problemas? 
 
a) Transtornos de autoimagem, como a bulimia e anorexia. 
b) Transtornos de intencionalidade, como a disformia 
muscular. 
c) Transtorno de autoimagem, como a vigorexia. 
d) Deve-se se seguir os padrões e modas colocados pela área 
fitness e qualidade de vida. 
e) A mídia não tenta impor qualquer tipo de padrão. 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	Introdução
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	A corporeidade na história da humanidade
	Interatividade
	Resposta
	A corporeidade contemporânea
	A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
	A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
	A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
	A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
	Interatividade
	Resposta
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na Educação Física
	A motricidade humana na educação física
	Interatividade
	Resposta
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	A corporeidade na Educação Física e no esporte
	O profissional de Educação Física e a corporeidade
	O profissional de Educação Física e a corporeidade
	O profissional de Educação Física e a corporeidade
	O profissional de Educação Física e a corporeidade
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 55

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