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9 - Estudo de Caso - Corporeidade e Movimento

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Estudo de Caso 
Leia atentamente o texto 
abaixo: 
“... numa sala de aula, usando uma dessa reproduções de corpo humano onde se 
vêem, artérias, veias, vasos, etc.; o professor explica [...] a circulação do sangue. No 
esquema a visão é fria, científica. Num corpo estático, o sangue é uma linha de tinta 
fixa. O professor diz que ele circula e no entanto está tão parado... e os alunos tão 
agitados...na lousa a vida é um homem circulação parado... na sala os alunos são 
homens... sangue e corpo fluem...agitam seus desejos, ódios, vontades políticas. O 
professor quer que os alunos prestem atenção ao corpo parado, o professor exige 
para o entendimento do corpo no desenho exposto, que as pessoas tenham a mesma 
atitude do desenho, paralisem-se numa pose gráfica, escutem palavras lineares.[...] 
O corpo, verdade total é separado em suas partes. A vida não é... a vida dá lugar às 
funções. Você não existe. Você é um corpo que funciona. Tática antiga, dividir para 
dominar. Cada parte do corpo assume a função do todo. A pessoa é composta de 
aparelhos, sistemas. Blocos fechados. [...] O corpo é visto a partir da produtividade. 
Corpo-máquina. (ALMEIDA, 1985, p. 146-7). 
Observe as gravuras 
 
 
Diante da leitura do texto e da observação das gravuras , mencione quais os 
aspectos que deixam de ser desenvolvidos nos alunos quando se tem na Escola 
uma compreensão de corpo e conhecimentos fragmentados? 
 
 
Diante da leitura do texto e das gravuras observa-se a fragmentação do 
conhecimento cientifico a ser ensinado manifesta-se na separação das disciplinas na 
escola e tem sido danosa para educação. 
Até mesmo no contexto de uma dada disciplina o conhecimento é separado em 
diversos conteúdos relativamente estanques , que são apresentados de maneira 
desvinculada e desconexa. O resultado da fragmentação do conhecimento e do 
corpo a serem ensinado é a perda de sentido que se manifesta nos alunos como 
repúdio a determinadas disciplinas demonstrando que eles não conseguem perceber 
as semelhanças e relações entre os diferentes meios de conhecimento. 
Como afirma Santomé " em geral, poucos estudantes são capazes de vislumbrar 
algo que permita unir ou integrir os conteúdos ou o trabalho das diferentes 
disciplinas" (1998.p.25). O modo como o conhecimento científicos é tratado nas 
escolas termina por aumentar o desinteresse dos educadores. 
Constatamos que a fragmentação dos saberes consistem na divisão do 
conhecimento em pequenas parcelas, em uma ação cuja natureza epistemológica 
provem da visão mecanicista do mundo. 
A fragmentação surgem na separação do corpo e do conhecimento a partir de uma 
estrutura baseada em disciplinas e conteúdos estanques e com poucas 
possibilidades de conexão, e a atuação docente também é responsável pela visão 
fragmentada que os alunos tem das ciências. 
Muitos autores defendem a hipótese de que tal separação do conhecimento 
prejudica a educação científica gerando um ensino desconexo da realidade, sem 
sentido para o aluno. Dessa forma o aluno deixa de ser capaz de perceber as 
semelhanças e relações entre as diferentes áreas do conhecimento, o que acaba 
provocando um profundo desinteresse pela ciência.

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