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Estudo de Caso Leia atentamente o texto abaixo: “... numa sala de aula, usando uma dessa reproduções de corpo humano onde se vêem, artérias, veias, vasos, etc.; o professor explica [...] a circulação do sangue. No esquema a visão é fria, científica. Num corpo estático, o sangue é uma linha de tinta fixa. O professor diz que ele circula e no entanto está tão parado... e os alunos tão agitados...na lousa a vida é um homem circulação parado... na sala os alunos são homens... sangue e corpo fluem...agitam seus desejos, ódios, vontades políticas. O professor quer que os alunos prestem atenção ao corpo parado, o professor exige para o entendimento do corpo no desenho exposto, que as pessoas tenham a mesma atitude do desenho, paralisem-se numa pose gráfica, escutem palavras lineares.[...] O corpo, verdade total é separado em suas partes. A vida não é... a vida dá lugar às funções. Você não existe. Você é um corpo que funciona. Tática antiga, dividir para dominar. Cada parte do corpo assume a função do todo. A pessoa é composta de aparelhos, sistemas. Blocos fechados. [...] O corpo é visto a partir da produtividade. Corpo-máquina. (ALMEIDA, 1985, p. 146-7). Observe as gravuras Diante da leitura do texto e da observação das gravuras , mencione quais os aspectos que deixam de ser desenvolvidos nos alunos quando se tem na Escola uma compreensão de corpo e conhecimentos fragmentados? Diante da leitura do texto e das gravuras observa-se a fragmentação do conhecimento cientifico a ser ensinado manifesta-se na separação das disciplinas na escola e tem sido danosa para educação. Até mesmo no contexto de uma dada disciplina o conhecimento é separado em diversos conteúdos relativamente estanques , que são apresentados de maneira desvinculada e desconexa. O resultado da fragmentação do conhecimento e do corpo a serem ensinado é a perda de sentido que se manifesta nos alunos como repúdio a determinadas disciplinas demonstrando que eles não conseguem perceber as semelhanças e relações entre os diferentes meios de conhecimento. Como afirma Santomé " em geral, poucos estudantes são capazes de vislumbrar algo que permita unir ou integrir os conteúdos ou o trabalho das diferentes disciplinas" (1998.p.25). O modo como o conhecimento científicos é tratado nas escolas termina por aumentar o desinteresse dos educadores. Constatamos que a fragmentação dos saberes consistem na divisão do conhecimento em pequenas parcelas, em uma ação cuja natureza epistemológica provem da visão mecanicista do mundo. A fragmentação surgem na separação do corpo e do conhecimento a partir de uma estrutura baseada em disciplinas e conteúdos estanques e com poucas possibilidades de conexão, e a atuação docente também é responsável pela visão fragmentada que os alunos tem das ciências. Muitos autores defendem a hipótese de que tal separação do conhecimento prejudica a educação científica gerando um ensino desconexo da realidade, sem sentido para o aluno. Dessa forma o aluno deixa de ser capaz de perceber as semelhanças e relações entre as diferentes áreas do conhecimento, o que acaba provocando um profundo desinteresse pela ciência.
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