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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação GINÁSTICA DE ACADEMIA Ginástica de Academia – Prof. Ms. Euripedes Barsanulfo Gonçalves Gomide e Prof. Esp. Jander Gonçalves Rolo Meu nome é Euripedes Barsanulfo Gonçalves Gomide. Sou graduado em Educação Física pelo Centro Universitário Claretiano (Ceuclar) e mestre em Ciências da Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atualmente, coordeno o curso de Bacharelado em Educação Física nas modalidades presencial e a distância do Centro Universitário Claretiano (Ceuclar), além dos cursos de Pós-Graduação em Educação Física, em Fisiopatologias e Populações Especiais e em Fisiologia e Biomecânica do Condicionamento Físico em Academias na mesma instituição. E-mail: educabacharel@claretiano.edu.br Meu nome é Jander Gonçalves Rolo. Sou graduado em Educação Física pelo Centro Universitário Claretiano (Ceuclar), especialista em Treinamento Esportivo pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente sou professor do Curso de Educação Física/Bacharelado nas modalidades presencial e a distância. Tenho experiência na área de Ginástica em Academia, Condicionamento Físico, Fitness e Wellness, atuando principalmente nos seguintes temas: Ginástica Coletiva, Condicionamento Físico e Gestão em Academias. E-mail: jander.rolo@globo.com Claretiano – Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br Euripedes Barsanulfo Gonçalves Gomide Jander Gonçalves Rolo Batatais Claretiano 2017 GINÁSTICA DE ACADEMIA © Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP) Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso 796.4 G62g Gomide, Euripedes Barsanulfo Gonçalves Ginástica de academia / Euripedes Barsanulfo Gonçalves Gomide, Jander Gonçalves Rolo – Batatais, SP: Claretiano, 2017. 116 p. ISBN: 978-85-8377-541-6 1. Educação física. 2. Exercício físico. 3. Ginástica de academia. 4. Condicionamento físico. 5. Ginástica. I. Rolo, Jander Gonçalves. II. Ginástica de academia. CDD 796.4 INFORMAÇÕES GERAIS Cursos: Graduação Título: Ginástica de Academia Versão: fev./2017 Formato: 15x21 cm Páginas: 116 páginas SUMÁRIO CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 10 3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 11 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 12 5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 12 UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 15 2.1. A HISTÓRIA DA GINÁSTICA ..................................................................... 15 2.2. A EVOLUÇÃO DAS AULAS DE GINÁSTICA COMO METODOLOGIA DE TREINAMENTO ......................................................................................... 18 2.3. MÉTODOS DE GINÁSTICA COLETIVA ..................................................... 20 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 23 3.1. GINÁSTICAS FITNESS ............................................................................... 23 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 24 5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 25 6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 26 UNIDADE 2 – MUSICALIDADE NA GINÁSTICA DE ACADEMIA 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 29 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 29 2.1. MUSICALIDADE NAS AULAS DE GINÁSTICA .......................................... 29 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 33 3.1. MUSICALIDADE NO ENSINO DE GINÁSTICA DE ACADEMIA ................ 33 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 34 5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 35 6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 36 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 36 UNIDADE 3 – DIDÁTICA APLICADA NA GINÁSTICA DE ACADEMIA 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 39 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 39 2.1. DIDÁTICA NAS AULAS DE GINÁSTICA .................................................... 39 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 44 3.1. DIDÁTICA NO ENSINO DA GINÁSTICA DE ACADEMIA .......................... 44 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 45 5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 46 6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 46 UNIDADE 4 – METODOLOGIA DA GINÁSTICA DE ACADEMIA 1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 49 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 49 2.1. GINÁSTICA AERÓBICA ............................................................................. 49 2.2. MINITRAMPOLIM OU JUMP ................................................................... 53 2.3. BIKE INDOOR ........................................................................................... 62 2.4. GINÁSTICA LOCALIZADA ......................................................................... 77 2.5. STEP TRAINING ........................................................................................ 93 2.6. TENDÊNCIAS ............................................................................................ 106 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 107 3.1. METODOLOGIA DAS ATIVIDADES EM ACADEMIA E SUAS PARTICULARIDADES ................................................................................. 107 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 108 5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 110 6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 111 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 111 ANEXO 1 1. EXEMPLO DE PERIODIZAÇÃO: 4 SEMANAS ................................................... 114 7 CONTEÚDO INTRODUTÓRIO Conteúdo Conteúdos relacionados com algumas atividades práticas desenvolvidas nas academias que se relacionam com músicas, movimentos, posturas, habilida- des e coordenação motora. Tipos de aulas dadas para o trabalho teórico e prático da Ginástica de Academia. Bibliografia Básica LEITE, J. A. Academias: estratégias para o sucesso. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. NOVAES, J. S.; VIANNA, J. M. Personal training e condicionamento físico em academia. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. SILVEIRA NETO, E. Ginástica de Academia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 1996. Bibliografia Complementar ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. Tradução de Maria da Graça Figueiró da Silva. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. EVANGELISTA, A. L.; EVANGELISTA, A. G. Treinamento funcional: uma abordagem prática. São Paulo: Phorte, 2013. FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. GERALDES, A. A. R. Ginástica localizada: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1993. NOGUEIRA, E. M. Ginástica de Academia: métodos e sistemas. Rio de Janeiro: Sprint, 1987. 8 © GINÁSTICA DE ACADEMIA CONTEÚDO INTRODUTÓRIO É importante saber Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes: Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber. Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se- lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu- ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató- rios, para efeito de avaliação. 9© GINÁSTICA DE ACADEMIA CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 1. INTRODUÇÃO Prezado aluno, seja bem-vindo! Iniciaremos o estudo de Ginástica de Academia, no qual você obterá as informações necessárias para o embasamento teórico da sua futura profissão e para as atividades que virão. Procuramos elaborar um conteúdo capaz de proporcionar fundamentos para um futuro profissional de Educação Física que irá atuar no mercado de academias, em especial na área de Gi- nástica Coletiva. Na Unidade 1, abordaremos brevemente o histórico da gi- nástica que fez parte da vida do homem pré-histórico enquanto atividade física, pois detinha um papel importante para sua so- brevivência, expressa na necessidade vital de atacar e defender- -se. Trataremos da evolução das aulas em grupo e da metodo- logia de treinamento, partindo da ginástica de manutenção que era praticada nos Estados Unidos em 1970 até os dias atuais, e dos métodos desenvolvidos no trabalho da ginástica em grupo, com base nas principais escolas de formação no mundo. Iremos também refletir sobre o conceito dos métodos francês, alemão, calistênico e sueco. Na Unidade 2, estudaremos alguns conceitos sobre musi- calidade, tempo, contratempo, frase musical e importância da música na sessão de ginástica, além de abordar os elementos constituintes da música nas aulas de Ginástica Coletiva. Aborda- remos alguns tópicos sobre a didática nas aulas de ginástica e a intervenção do profissional na aula, como: atuação nas questões de planejamento, instrução verbal e gestual, organização em re- lação aos materiais utilizados, opinião e abordagem para o alu- 10 © GINÁSTICA DE ACADEMIA CONTEÚDO INTRODUTÓRIO no, observação da classe e o relacionamento com o aluno e com a turma com que irá atuar. Já na Unidade 3 estudaremos algumas modalidades refe- rentes às aulas de Ginástica Coletiva mais procuradas pelos alu- nos e que compõem a maior porcentagem das aulas oferecidas pelas academias de ginástica no cenário atual. Abordaremos as modalidades de step, ginástica aeróbica, jump, bike indoor e gi- nástica localizada. Veremos também as últimas tendências no mercado de ginástica. Dentro de cada modalidade, iremos nos aprofundar na metodologia da aula, nos materiais, na monta- gem das coreografias, nas músicas utilizadas, no público-alvo, nos métodos de ensino e nas dicas para uma boa aula. Na quarta e última unidade, serão abordados alguns as- pectos relacionados às condições de trabalho e de saúde em que são expostos os profissionais que atuam com a Ginástica de Aca- demia, levando à reflexão do cenário atual das academias e suas atuações. Por fim, apresentaremos alguns estudos que foram realizados sobre esse assunto e a preocupação com a longevida- de de carreira do profissional de ginástica em academias. 2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí- nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci- mento dos temas tratados. 1) Coordenação: compreende a ação conjunta do siste- ma nervoso central e da musculatura esquelética, den- tro de uma sequência de movimentos objetivos (WEI- NECK, 1991). 11© GINÁSTICA DE ACADEMIA CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 2) Contratempo: batida suave da música (ARTAXO, 2003). 3) Flexibilidade: a capacidade e a característica do espor- tista, sozinho ou sob a influência de forças externas, em conseguir executar movimentos com grande am- plitude oscilatória em uma ou mais articulação (WEI- NECK, 1991). 4) Frase musical: junção de dois compassos quaternários (ARTAXO, 2003). 5) Resistência: capacidade psicofísica do aluno de resistir à fadiga (WEINECK, 1991). 6) Ritmo: capacidade de organizar, cronologicamente, as estruturas musculares em relação ao espaço e tempo (MANSO, 1996). 7) Tempo: batidaforte da música (ARTAXO, 2003). 8) Velocidade: é a capacidade, com base na mobilidade dos processos do sistema neuromuscular e da capaci- dade de desenvolvimento da força muscular, de com- pletar ações motoras, sob determinadas condições, no menor tempo (WEINECK, 1991). 3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. 12 © GINÁSTICA DE ACADEMIA CONTEÚDO INTRODUTÓRIO Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Ginástica de Academia. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTAXO, I. Ritmo e movimento. Guarulhos: Phorte, 2003. MANSO, J.; VALDIVIELSO, M.; CABALLERO, J. Bases teóricas del Entrenamiento Deportivo. Madrid: Gymnos,1996. WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 1991. ______. Manual do treinamento esportivo. 2. ed. São Paulo: Manole, 1989. 5. E-REFERÊNCIAS EDUCAÇÃO FÍSICA. E. E. PAULINA ROSA. Capacidades físicas. Disponível em: <http:// educadorfisico.wordpress.com/2009/03/30/capacidades-fisicas/>. Acesso em: 12 ago. 2016. EDUCAÇÃO FÍSICA NA MENTE. Capacidades físicas. Disponível em: <http:// educacaofisicanamente.blogspot.com.br/2012/01/capacidades-fisicas.html>. Acesso em: 12 ago. 2016. 13 UNIDADE 1 BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Objetivos • Refletir sobre o breve histórico da ginástica. • Conhecer a evolução das aulas em grupo. • Identificar os principais métodos da Ginástica Coletiva. Conteúdos • Histórico da ginástica. • A evolução da ginástica em grupo como metodologia de treinamento. • Principais métodos de Ginástica Coletiva. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) Não se limite ao conteúdo desta obra. Busque outras informações em si- tes confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pes- soal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual. 2) Busque identificar os principais conceitos apresentados. Pesquise em li- vros ou na internet o assunto abordado nesta unidade e selecione as infor- mações que considerar interessantes e importantes, disponibilizando-as para seus colegas na Lista. Lembre-se de que você é o protagonista do seu processo educativo. 14 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 15© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 1. INTRODUÇÃO Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo: você está preparado? Nesta unidade, iremos conhecer um pouco do histórico da ginástica e sua evolução. Abordaremos os principais métodos de ginástica que foram importantes para chegar onde estamos e analisaremos a evolução da ginástica como um dos métodos de treinamento para a melhora e manutenção da saúde e da quali- dade de vida das pessoas. 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su- cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú- do Digital Integrador. 2.1. A HISTÓRIA DA GINÁSTICA A ginástica fez parte da vida do homem pré-histórico en- quanto atividade física, pois detinha um papel importante para sua sobrevivência, expresso, principalmente, na necessidade vi- tal de atacar e defender-se. O exercício físico utilitário e sistematizado de forma rudi- mentar era transmitido através das gerações e fazia parte dos jogos, rituais e festividades. Mais tarde, na Antiguidade, princi- palmente no Oriente, os exercícios físicos apareceram nas várias formas de luta, na natação, no remo, no hipismo e no tiro com o 16 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA arco, além de figurar nos jogos, nos rituais religiosos e na prepa- ração militar de maneira geral. Como prática esportiva, a ginástica teve sua oficialização e regulamentação tardiamente, se comparada a seu surgimento en- quanto mera condição de prática metódica de exercícios físicos. Essa prática foi encontrada por volta de 2.600 a.C., nas civilizações da China, da Índia e do Egito, nas quais valorizavam-se o equilí- brio, a força, a flexibilidade e a resistência, utilizando, inclusive, materiais de apoio, como pesos e lanças. Este conceito de prática esportiva começou a desenvolver- -se pela prática grega, tendo continuidade no Helenismo e no Império Romano. Os gregos foram os responsáveis pelo surgimento das pri- meiras escolas destinadas à preparação de atletas para exibições ginásticas em público e nos ginásios. Seu estilo nascia da busca pelo corpo e mente sãos, derivado da famosa frase mens sana in corpore sano, do poeta romano Juvenal. A frase é parte da res- posta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam dese- jar na vida. Sua intenção era lembrar aos cidadãos romanos que em uma oração deveriam pedir saúde física e espiritual. Atual- mente, o significado que damos a esta frase é que um corpo são proporciona ou sustenta uma mente sã e vice-versa. O ideal da beleza humana expressava-se nas obras de arte desse período: socialmente, os homens reuniam-se para apre- ciar as artes desenvolvidas na época, como pintura, escultura e música; discutiam a filosofia, também em desenvolvimento, e, para divertirem-se e cultuarem seus corpos, praticavam ginás- tica, que, segundo Platão e Aristóteles, salientava a beleza por meio dos movimentos corporais. 17© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Foi na Grécia Antiga que a ginástica adquiriu seu status de Educação Física, pois desempenhava um papel fundamental no sistema educativo grego para o equilíbrio harmônico entre as ap- tidões físicas e intelectuais. Já em Esparta, na mesma época, este conceito servia unicamente ao propósito militar, treinando as crianças desde os sete anos de idade para o combate. Tal pensa- mento fez sua participação nos jogos diminuir com o passar dos anos. Em Atenas, todavia, só a partir dos quatorze anos os rapa- zes praticavam a educação física: exercitavam-se nas palestras (locais fechados, no sentido original) e praticavam os exercícios sob os conselhos dos sábios. Quando aprovados, seguiam para os ginásios ao completarem dezoito anos. Nos ginásios eram tu- telados pelos ginastas e formavam-se inseridos em um ambiente onde eram exibidas obras de arte e no qual os filósofos reuniam- -se para discutir sobre a união entre corpo e mente. Apresentado a Roma, este conceito esportivo de prática nas palestras atingiu fins estritamente militares para os jovens acima dos quatorze anos, e passou a ser chamado de “ginástica higiênica”, aplicada nas termas, já que os romanos viam o culto físico como algo satânico e, em nome de Deus e da moral, de- cretaram o fim dos Jogos Olímpicos antigos, nos quais estava in- serida a ginástica enquanto festividade e preparação. No entan- to, parte do povo manteve o culto ao corpo e a educação física como práticas secretas. Na Idade Média, a ginástica perdeu sua importância devi- do à rejeição do culto ao físico e à beleza do homem. Ressurgiu somente no Renascimento, influenciada pela redescoberta dos valores gregos nos teatros de rua, que motivavam os espectado- res a praticarem em grupo as atividades físicas. Estruturalmente, o termo “ginástica higiênica” ressurgiu para a prática do exercício 18 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA direcionado à manutenção da saúde do indivíduo, conforme a obra Arte Ginástica, de Jeronimus Mercurialis, em 1569. Por volta do século 18, a ginástica foi recuperada e desen- volveu-se conceituada como expressão corporal e como exercí- cio militar, após a publicação de Émile, livro do pedagogo Jean- -Jacques Rousseau, defensor da aprendizagem indutiva. 2.2. A EVOLUÇÃO DAS AULAS DE GINÁSTICA COMO METODO�LOGIA DE TREINAMENTO As aulas de Ginástica Coletiva evoluíram a partir da ginástica de manutenção que era praticada nos Estados Unidos nos anos 70. Essas aulas eram frequentadas principalmente por senhoras com mais de 30 anos, que viam nessas atividades a oportunidade de adquirir uma boa condição física, recuperando a firmeza muscular e, muitas vezes, diminuindo o peso corporal. Essa prática de atividade física tinha um forte componente social, que contribuiu em grande medida para sua rápida evolução e grande proliferação. Juntamente com esses fatores, algumas pessoas possibilitaram que a ginástica se tornasse conhecida e praticada no Brasil e em todo o mundo através da ginástica aeróbica: • Jackie Sorensen (1971), com o Aerobic Dancing; • Jane Fonda (finais dos anos 1970) e os seus programas de Workout (trabalho físico); • Richard Simon e Victoria Principal (1980), com os Programas Aeróbicos, e Marine Jahan (1981), com o Freedance. 19© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Essa evolução prosseguiu de forma inovadora e surpreen- dente, ramificando a ginástica aeróbica em muitas outras ati- vidades, como ginástica localizada, step training, cardio-funk e slide, por meio, por exemplo, da professora Mônica Tagliari e do professor Paulo Akiau. A ginástica aeróbica foi a primeira modalidade colocada nas academias na década de 1980. É um mercado que vem cres- cendo desde quando foi implantado no Brasil, sendo considera- do o carro-chefe no fitness. Capaz de movimentar diversos gru- pos musculares, é uma aula que agrada grande parte dos alunos por ser acessível, prática, divertida e eficiente; impressiona por ter resultados eficazes e não utilizar equipamentos. No final dos anos 90, chegam ao Brasil as aulas coreogra- fadas ou aulas prontas, provocando um impacto significativo no mercado. Ocorre, então, uma grande diversificação das mo- dalidades e de outros produtos vendidos pelos clubes e acade- mias. A partir dos anos 2000, surgiram as novas tendências de aulas alternativas, como pilates, yoga e treinamento funcional, de muito sucesso em clubes e academias, até surgirem novas modalidades ou que sejam resgatadas antigas tendências com novos conceitos. As leituras indicadas no Tópico 3 são de extrema impor- tância para garantir o seu aprendizado com densidade, pro- fundidade e abrangência. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado. 20 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 2.3. MÉTODOS DE GINÁSTICA COLETIVA Método francês Esse método era formado por um conjunto de exercí- cios com movimentos conduzidos, no qual a contração muscu- lar prolongada agia continuadamente durante a amplitude do movimento. Os exercícios eram classificados em: 1) jogos; 2) evoluções; 3) flexionamentos; 4) movimentos mímicos educativos; 5) desportos individuais e coletivos. Esse método foi inspirado no Método Natural de Hébert, do qual resultou o Regulamento Geral da Educação Física adota- do pelo exército francês (GUIMARÃES, 2007). O método francês preocupava-se com o aperfeiçoamento motor, considerando as dimensões anatomofisiológicas, dando ênfase nas qualidades físicas mais utilizadas na vida cotidiana, ou seja, na economia de energia, no desenvolvimento físico in- tegral, no aumento da resistência orgânica, além de valorizar ap- tidões por meio dos exercícios naturais, repudiando os artificiais (CARVALHO, 2009). É possível observar que o método francês era voltado para a manutenção das funções diárias do indivíduo, aumentando a resistência por meio de exercícios, para que o dia de trabalho e as atividades rotineiras fossem menos exaustivos. 21© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Método sueco Na Suécia, os estudiosos propunham um método de edu- cação física com finalidades higiênicas e corretivas, integrando exercícios racionais e tendo em vista o composto por exercícios analíticos, racionais, simples e localizados, e tinha abrangência pedagógica, militar, médica e estética (CARVALHO, 2009). Não existia uma classificação rígida de exercícios. No en- tanto, o esquema do Real Instituto Central de Ginástica de Esto- colmo agrupou os exercícios em marchas, exercícios formais ou fundamentais (equilíbrio, destreza, corridas, saltos, suspensão e jogos) e relaxamento (GUIMARÃES, 2007). Seu objetivo era desenvolver o corpo humano por meio de exercícios racionais, sempre partindo dos mais simples para os mais complexos (MALTA, 1998). O método sueco desenvolvia, além do físico, aptidões ra- cionais e pedagógicas, mas ao mesmo tempo rígidas, com a in- fluência militar nos exercícios, como, por exemplo, as marchas e os exercícios formais. Método alemão Na Alemanha, o método de ginástica era executado em aparelhos e em contato com a natureza, tendo um caráter peda- gógico, de formação moral e disciplinar. Houve também a intro- dução de aparelhos portáteis na ginástica, o improviso na ativi- dade corporal, a valorização do ritmo e o contato do corpo com o solo (CARVALHO, 2009). 22 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Método calistênico Inspirada no método sueco, a calistenia defendia uma gi- nástica com exercícios livres e ritmados, na qual homens, mu- lheres e crianças podiam praticá-la sem que fossem ginastas. A princípio, a calistenia foi usada nos EUA como ginástica feminina; posteriormente, foi introduzida na escola, sendo praticada por ambos os sexos. Divulgada pela Associação Cristã de Moços, ti- nha como princípio a higiene e a educação (CARVALHO, 2009). Este método era formado por um conjunto de exercícios executados com música, com movimentos rápidos, ritmados e com paradas bruscas. Era praticado com aparelhos leves ou à mão livre, visando grandes massas musculares, com o objetivo de manter boa atitude e permitir o perfeito funcionamento das grandes funções e órgãos. De acordo com Guimarães (2007), na América do Sul, Al- fredo Wood foi o grande apologista da calistenia, que consistia em exercícios de: • marcha; • braços e pernas; • tronco e região posterossuperior, inferior, laterais, ab- dominais, ombros e escápulas; • equilíbrio e, para terminar, novamente marcha. Apesar da influência sueca, podemos analisar que a dife- rença deste método está nos exercícios ritmados e na utilização de música para a execução dos movimentos. A calistenia é a grande influência das ginásticas oferecidas nas academias, que têm incorporado a música aos exercícios como uma motivação aos praticantes. 23© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. • Para assistir ao vídeo, pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos. • Para assistir ao vídeo, pelo seu CD, clique no Botão “Vídeos” e selecione: Ginástica de Academia – Vídeos Complementares –Complementar 1. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária e in- dispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. GINÁSTICAS FITNESS O conteúdo que será abordado é de extrema importância para garantir o seu aprendizado com densidade, profundidade e abrangência, e relacionado ao estudo desta unidade, como você poderá ler nos artigos indicados de acordo com a referência ex- plicitada a seguir. • COSTA, S. B.; PALAFOX, G. H. M. Característicasespeciais da Ginástica de Academia no seu processo evolutivo no Brasil, Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 4, n. 1, p. 54-60, 1993. Disponível em: <http://eduem. uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/4023>. Acesso em: 16 jul. 2016. • FURTADO, R. Do Fitness ao Wellness: os três estágios de desenvolvimento das academias de ginástica. Revista 24 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA Pensar a Prática, v. 12, n. 1, p. 1-11, jan./abr. 2009 Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/ fef/article/viewArticle/4862>. Acesso em: 16 jul. 2016. 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteú- dos estudados para sanar as suas dúvidas. A seguir, responda às questões propostas a fim de conferir seu desempenho no estudo desta unidade: 1) Qual foi a primeira modalidade de ginástica implantada nas academias na década de 1980? a) Step training. b) Spinning. c) Localizada. d) Aeróbica. 2) No levantamento histórico da ginástica, ela passou a ser utilizada estrita- mente para formação militar, quando: a) foi apresentada em seu conceito esportivo aos romanos; b) os gregos aumentaram a preocupação do culto ao corpo; c) o Egito começou a valorizar a força e resistência nos treinamentos, uti- lizando inclusive materiais como pesos e lanças. 3) Por meio do trabalho de algumas personalidades, a ginástica aeróbica fi- cou conhecida no mundo e no Brasil, ganhando novos seguidores a cada ano de sua evolução. Foram elas: a) Jackie Lee, Diana Jackson, George Michael. b) Richard Simon, Jane Fonda e Madonna. c) Jackie Sorensen, Jane Fonda e Marine Jahan. d) Madonna, Jane Fonda, Solange Frazão. 25© GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 4) Quais métodos de ginástica foram mais importantes para o desenvolvi- mento da Ginástica de Academia? a) Francês, alemão, sueco e calistênico. b) Americano, alemão, sueco e francês. c) Grego, sueco, alemão e calistênico. d) Alemão, sueco e calistênico. 5) Apesar da influência de vários métodos no desenvolvimento da ginástica, o método de maior influência nas academias atuais foi o método: a) francês. b) sueco. c) calistênico. d) americano. Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas: 1) d. 2) a. 3) c. 4) a. 5) c. 5. CONSIDERAÇÕES Chegamos ao final da primeira unidade, que abordou bre- vemente o histórico da ginástica, sua evolução e os métodos que mais influenciaram na ginástica aplicada nas academias de hoje. Não deixe de ver o Conteúdo Digital Integrador, que am- pliará seu conhecimento sobre o assunto. É necessário continuar o seu aprendizado para a contínua aquisição de conhecimento. Vamos seguir para a próxima unidade? 26 © GINÁSTICA DE ACADEMIA UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA 6. E-REFERÊNCIAS CARVALHO, V. Ginástica na escola. Sobral: UVA, 2009. Disponível em: <www.ebah. com.br/content/ABAAABDRUAB/ginastica-na-escola>. Acesso em: 12 ago. 2016. GUIMARÃES, F. História da ginástica – Origem da ginástica. 2007. Disponível em: <http://www.fabioguimaraes.com.br/historia.html>. Acesso em: 12 ago. 2016. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONTURSI, T. L. Ginástica de Academia. Rio de Janeiro: Sprint, 1986. LIMA, P.; ELBAS, M. Ginástica de Academia: ginástica estética em academia. Rio de Janeiro, Sprint, 1986. MALTA, P. Step aeróbico e localizado. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. SANTOS, M. Â. A. Manual de Ginástica de Academia. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.
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