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Filme A Revolução dos Bichos


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INTRODUÇÃO
O presente trabalho, proposto pela professora Livia Guimarães, como parte integrante da avaliação da disciplina Psicologia dos Grupos, tem como objetivo correlacionar e articular as observações feitas no filme A Revolução dos bichos com os assuntos abordados em sala de aula e a literatura recomendada pela docente.
O filme é baseado no livro A Revolução dos Bichos, escrito pelo autor George Orwell (codinome de Eric Arthur Blair), um dos escritores mais influentes do século XX. O autor nasceu em 1903, na Índia. Era de família inglesa e aos quatro anos retornou para a Inglaterra, onde teve sua formação em escolas tradicionais. Em 1922, entrou para a polícia imperial e depois de seis anos se desligou como funcionário e passou a colaborar na imprensa socialista. Escreveu cinco livros, dentre eles Animal Farm, que deu origem ao filme objeto de estudo desse trabalho. Morreu em janeiro de 1950.
O livro retrata o totalitarismo e o aburguesamento do regime soviético, que, segundo ele, traiu a revolução de 1917. Foi escrito em forma de fábula (textos que, por seu contexto moral, podem ser usadas para discutir o comportamento humano, sobre como reagimos diante das situações e quais as soluções que podemos encontrar para problemas diferentes utilizando o recurso da figuração de animais para representar comportamentos humanos), para revelar, de maneira velada, o real caráter do regime stalinista, foi publicado em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, faz uma crítica ao momento político daquela época, à ditadura stalinista e reafirma na história o quanto a revolução foi baseada em interesses mais do que em ideais. 
No enredo, um grupo de animais se rebela para tirar a fazenda onde vivem do poder dos humanos e elaboram estratégias com o objetivo de estabelecer um regime totalitário na fazenda. Em vários momentos do filme é perceptível o quanto os porcos criam estratégias de organização de um modo que possa beneficiá-los. 
Orwell teve a ideia para sua fábula após perceber que o ser humano é capaz de domar e comandar animais pelo fato de que eles, apesar de mais fortes, não têm consciência de que estão sendo dominados, e que uma relação parecida se estabelecia entre patrões e o proletariado.
A princípio, a obra foi recebida com receio, afinal os soviéticos ainda eram aliados na luta contra o nazi-fascismo. 
Porém, surgiram disputas entre os próprios aliados, que deram início à Guerra Fria, então a analogia da fábula passou a ser utilizada como arma ideológica ocidental contra a URSS, conforme se acirrava este conflito.
DESENVOLVIMENTO
O filme tem como cenário principal uma fazenda, especificamente a granja, onde os animais se reúnem. Podemos caracterizar esse conjunto de animais como um grupo, pois todos os integrantes possuem um objetivo em comum: a construção de uma sociedade ideal. Possuíam uma identidade grupal definida e preservavam as identidades específicas, cada um cumprindo o seu papel dentro do grupo. 
Para que isso aconteça, eles se encontram todas as noites e começam a refletir e elaborar uma revolução contra os humanos. Criam um conjunto de regras e combinações elaboradas por eles mesmos. Podemos dizer que essas condições caracterizam o setting do grupo de animais. Esse espaço denota a vida social, a variedade de tipos humanos e animais, os problemas sociais e morais decorrentes no desenvolvimento da fazenda. Podemos perceber que o espaço psicológico reforça as atitudes dos personagens.
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Para que houvesse a revolução, existia o desejo, que se deu a partir do sonho do porco Major. É ele quem dá início ao planejamento da Revolução. 
Os porcos eram letrados e intitulavam-se intelectualmente superiores, exerciam o poder de conhecimento fazendo com que os outros animais respeitassem e acatassem suas opiniões.
 Observamos no filme a presença de três líderes, que assumiam três diferentes estilos de liderança. Major era o mais inteligente dos animais e foi líder até a hora da morte. Representa o homem inteligente, sensato, preocupado com o bem estar de seus semelhantes. Busca por melhorias e igualdades entre eles. Major era o tipo de líder democrático (centrado nas relações), aberto à participação de todos os animais, estava preocupado com a satisfação e o bem estar de todos os animais da fazenda. Major morre logo no início do filme.
 Napoleão e Snobal procuraram a todo tempo propor a igualdade entre todos que moravam na fazenda, planejavam viver em uma democracia até que a vontade em serem líderes começou a aparecer. Em busca de apenas uma liderança, Napoleão expulsa Snobal da fazenda e transforma-se num ditador, mudando as regras conforme seus desejos individuais, passa a se demonstrar interesseiro e agir como os humanos. Conseguiu a liderança com promessas e leis alteradas para benefício da própria classe (porcos), usou a liberdade para alienar a todos e então passou a explorar os animais. O tipo de liderança de Napoleão era autocrática (centrado na taref), ele mantinha uma postura autoritária e centralizadora perante os demais animais, que não tinham abertura para se posicionarem ou questionarem. 
Snobal é o porco que, após a morte de Major, comandava os animais contra Sr. Jones. Foi ele quem assumiu a fazenda após a Revolução e demonstrava-se o mais inteligente daquele lugar. Era adepto da igualdade social e mesmo sendo o administrador da fazenda, não tinha nenhuma regalia. Representa o homem que exerce uma liderança positiva, que age em favor do bem de todos. Durante o pouco tempo de liderança assumiu uma postura liberal, deixando o grupo a vontade e contando com a capacidade de autogestão de cada um. Depois de um golpe aplicado por Napoleão, foi banido da fazenda e usado com bode expiatório, sendo responsabilizado pelos problemas que ocorriam na fazendo, como uma maneira bem clara de disfarçar a tirania de Napoleão.
Além deles, podemos destacar os personagens:
Sr. Jones: Fazendeiro, dono da Granja do Solar, que é quem, inicialmente, lidera os animais. É uma pessoa sem controle do vício do álcool e que, por diversas vezes, mal tratava os animais da sua fazenda, deixando-os constantemente passar fome. 
. Boxer: Cavalo considerado muito forte, trabalhador e leal. Se mantém fiel às propostas de Napoleão, em respeito à ideologia do animalismo. Morre acreditando que será salvo, pensando estar indo ao médico, porém sendo levado para a fábrica de cola. Representa o fiel trabalhador, que não questiona, que cumpre suas obrigações humildemente, convicto de que é para isso que ele existe.
Inicialmente, a proposta da Revolução Animalista era que aplicado o socialismo, propondo a socialização dos meios de produção, o bem comum a todos e a extinção da sociedade dividida em classes. Porém, após os porcos assumirem o poder começaram a mudar seus atos, adaptaram o conteúdo das leis, contrariando a proposta inicial, com o objetivo de justificar seus atos errados e ficaram cada vez mais parecidos com os humanos. Passaram a morar na sede da fazenda e, com a justificativa de que eram mais inteligentes e necessitavam de uma melhor alimentação, monopolizavam a produção de leite e maçã em beneficio próprio, deixando os outros animais passarem fome. A partir daí, os animais começaram a questionar a liderança de Napoleão. Podemos perceber que esse movimento dos porcos vai de encontro à aplicabilidade da Teoria “trilha-meia”, que explica o impacto do comportamento do líder na motivação, satisfação e desempenho dos membros do grupo. Segundo MOSCOVICI (2001, p.131) “O comportamento do líder será aceitável para os liderados se for percebido como uma fonte de satisfação imediata ou instrumental à satisfação futura”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho foi um válido construtor de conhecimento e articulador dos conhecimentos apreendidos em sala com a fábula retratada no filme. Além disso, nos fez compreender a importância dos grupos diante da sociedade, mostrando o poder da liderança e as consequências que a mesma pode causar nos demaisintegrantes de um grupo.