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Aula 04 - História dos povos indígenas e afrodescendentes

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Karen Bortoloti 
Fernando Balieiro
Aula 4
História dos 
Povos Indígenas e 
Afrodescendentes
Nesta aula...
• Formas de resistência ao poder 
escravista
• Os laços que ligam os afrodescendentes 
no Brasil às sociedades africanas
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Não aceitaram passivamente a integração 
à sociedade brasileira e enquadrando-se em 
algum tipo de relação com seus senhores;
• O que sempre existiu foi a rebeldia para 
escaparem da exploração desumana que foi 
a escravidão;
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• Engana-se quem acredita que apenas no 
século XVIII com a mineração a resistência 
escrava tenha conquistado espaço e que o 
quilombo de Palmares tenha sido o único;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Nas grandes fazendas produtoras de açúcar 
em meados do século XVI já eram 
registradas formas de resistência;
• Assassinato de capatazes e senhores, 
o suicídio, a prática de abortos;
• Fugir era o recurso mais radical que os 
escravos tinham para escapar da servidão; 
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Durante os conflitos que se seguiram à 
invasão holandesa em Pernambuco os 
escravos africanos encontraram boas 
oportunidades de resistência;
• Durante os conflitos que se seguiram à 
invasão holandesa em Pernambuco os 
escravos africanos encontraram boas 
oportunidades de resistência;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Avanço territorial e demográfico do século 
XVIII: aumento correspondente das tensões 
econômicas, sociais e políticas;
• Fugas, formação de quilombos e planos 
mais amplos de levante escravos;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Dadas as condições particulares da 
mineração, os escravos tiveram mais 
oportunidades para exercer sua autonomia 
e resistir ao controle senhorial;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Dispersão espacial;
• Possibilidade de os escravos se 
apropriarem do que era extraído;
• Acúmulo de numerário e a compra da 
alforria pelos cativos; 
• Controle que detinham sobre o processo de 
trabalho;
• Ampliaram sobremaneira a autonomia dos 
escravos;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Nesse período da história foram registrados 
inúmeros quilombos em Minas Gerais, 
os quais, muitas vezes, mantiveram intensas 
trocas econômicas com a sociedade colonial 
que os circundava; 
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Formas de resistência ao poder 
escravista
• Quilombo foi a mais significativa forma de 
resistência;
• Nesses locais os escravos “fugidos” 
conseguiram criar uma estrutura de poder 
autônoma, organizados sob a forma de um 
Estado e independentes da metrópole;
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Formas de resistência ao poder 
escravista
Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Após o encerramento do tráfico de escravos 
africanos foi interrompida a relação entre a 
colônia portuguesa e algumas localidades 
da África;
• 1850: comércio interno – acabando a 
renovação da presença africana na 
comunidade negra. 
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• O que havia de africano no Brasil continuou 
a ser cultivado, mas nada de novo foi 
introduzido;
• O que as comunidades negras criaram pode 
ser considerado afro-brasileiro;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Apesar da intensa ligação que o Brasil 
manteve com a África por séculos: até 
recentemente existia um desejo de extirpar 
do Brasil toda a herança e toda a lembrança 
africana;
• Elites dirigentes: os negros eram inferiores e 
contribuíam para o atraso da nação; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Teses eugênicas de “branqueamento” e de 
“sobrevivência do mais forte” pregavam que 
as “raças inferiores” (negros e mestiços), 
não sobreviveriam às dificuldades impostas 
pela pobreza;
• “limpeza” necessária ao desenvolvimento, à 
modernização e ao revigoramento da raça;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• No novo quadro econômico, social e político 
engendrado com o início do século XX –
comunidades negras também passaram a 
exigir seu espaço;
• Sociedade que ainda buscava mantê-las 
na marginalidade e numa situação de 
inferioridade;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Associações de trabalho e recreativas, 
jornais e companhias artísticas foram 
fundados; 
• Denunciar o preconceito e a marginalização 
aos quais eram submetidos os homens e 
mulheres afro-brasileiros; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Menos abastados e habitantes das regiões 
rurais - as tradições afro-brasileiras 
continuaram sendo preservadas;
• Forma de afirmação de identidades das 
comunidades negras e também mestiças;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Essas manifestações da cultura popular 
preservaram as raízes da cultura trazida 
pelos escravos africanos;
• Apesar do desejo “civilizador” das elites 
brasileiras, os afrodescendentes, 
continuaram vivendo sua vida de forma 
semelhante a de seus pais e avós; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Os afrodescendentes que viviam nas 
cidades no início do século XX se afastaram 
das tradições africanas;
• Assimilaram dos valores dos grupos sociais 
dominantes aos quais desejavam se 
integrar;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Essa situação felizmente começou a mudar 
no início dos anos 1960 - o continente 
Africano começou o seu processo de 
independência e, consequente, se livrar do 
julgo colonial imposto ao continente; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• A partir do processo de descolonização, 
a história e a cultura africanas se tornaram 
objeto de interesse de diferentes grupos, 
inclusive dos brasileiros afrodescendentes; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Os grupos que lutavam pela afirmação dos 
direitos dos negros - ganharam força para 
reivindicar espaços para a manifestação das 
características ligadas as tradições e ao 
passado africano; 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• Abandonou-se a ideia de se tornar igual 
aos brancos para conquistar as mesmas 
oportunidades deles;
• Renasceu o interesse pela a África, uma 
relação que havia sido interrompida pelo fim 
do tráfico e pela ocupação colonial do 
continente africano no século XIX. 
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• As diferenças culturais existentes entre 
os povos passaram a ser respeitadas e 
valorizadas;
• O africano integrou-se à sociedade 
brasileira e tornou-se o afro-brasileiro.
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
• A música e a religiosidade são os traços 
mais evidentes da presença africana entre 
nós; 
• Toleradas depois de um passado de 
proibições, as religiões afro-brasileiras são 
cada vez mais aceitas;
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Os laços que ligam os 
afrodescendentes no Brasil às 
sociedades africanas
Referências 
• GIORDANI, M. C. História da África. 
Petrópolis: Vozes, 2007.
• KI-ZERBO, J. (edi). História geral da África
I: Metodologia e pré-história da África . 2.ed. 
Brasília : UNESCO, 2010.
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•MOTT, L. Cotidiano e vivência religiosa: 
entre a capela e o calundu. In: SOUZA, L.de 
M. (org.) História da vida privada no Brasil. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997, 
v1.
• PRANDI, R. De africano a afro-brasileiro: 
etnia, identidade, religião. In: REVISTA 
USP, São Paulo, n.46, p. 52-65, 
junho/agosto 2000.
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Referências 
• REIS, J. J. Quilombos e revoltas escravas 
no Brasil. In: Revista USP. Dossiê Povo 
Negro — 300 anos. no 28, dez. 1995-fev. 
1996.
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Referências 
Karen Bortoloti 
Fernando Balieiro
Atividade 4
História dos 
Povos Indígenas e 
Afrodescendentes
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No Brasil colonial, havia muitas práticas 
religiosas populares nascidas do sincretismo 
(fusão) de tradições indígenas, africanas e 
europeias. Isso também ocorre atualmente? 
Reflita e dê exemplos atuais de sincretismo 
religioso.

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