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Síndrome Pré

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Síndrome Pré-Menstrual (SPM)
O Que É?
Conhecida comumente como tensão pré-menstrual (TPM), na verdade é uma síndrome porque engloba sintomas muito abrangentes, tanto psíquicos como físicos. Caracteristicamente, estão presentes de forma recorrente apenas na segunda metade do ciclo menstrual e se aliviam após a chegada da menstruação. São eles: depressão, confusão, irritabilidade, fadiga, dor nas mamas, distensão abdominal, dor de cabeça, inchaço, ganho de peso e acne discreta.
Algumas mulheres estão mais sujeitas a sofrer desse mal, entre elas, as que se enquadram em pelo menos um dos seguintes critérios: histórico familiar de SPM e/ou pessoal de depressão pós-parto, início dos sintomas durante a puberdade ou logo após a interrupção de um tratamento anticoncepcional hormonal.
Como Diagnosticar?
É importante caracterizar a ausência dos sintomas na fase folicular ou, no mínimo, do quinto ao décimo dia do ciclo. Os referidos sintomas aparecem em qualquer época após a ovulação, sendo os mais graves, nos seis dias que precedem a menstruação. Outra informação é que deve ter a presença de pelo menos cinco sintomas em dois ciclos consecutivos, não havendo necessidade de que o mesmo sintoma se repita. Geralmente há interferências no trabalho, nas atividades sociais habituais ou no relacionamento interpessoal.
Como É Feito o Tratamento?
Dura cerca de dois anos e varia conforme a sintomatologia descrita pela mulher. Em alguns casos, apenas mudanças no estilo de vida (redução do estresse e prática de exercícios) e na dieta (ingestão de vitaminas e sais minerais) podem fazer efeito. Quanto ao uso de medicamentos, aconselha-se os que provocam poucos efeitos colaterais, com menor dosagem e freqüência de administração. Só se considera que ele não está respondendo depois do seu uso por três ciclos consecutivos, na dose adequada e sob supervisão médica.
Na maioria das vezes, o tratamento é baseado em três elementos: alteração dos neurotransmissores no Sistema Nervoso Central, ovulação e análise sócio-pessoal. Na verdade, a terapia é voltada para a correção da possível causa do transtorno e dos sintomas predominantes. Outra estratégia é tornar o ciclo anovulatório (com níveis hormonais diariamente iguais), através de anticoncepcional oral. Além das medidas terapêuticas gerais, medicamentos direcionados para sintomas orgânicos podem ser utilizados em certos casos.
Medidas Preventivas
Algumas mudanças na alimentação e no estilo de vida podem ajudar a reduzir os sintomas mais suaves, além de beneficiar a saúde de um modo geral:
Reduzir o consumo de sal e cafeína;
Cortar o açúcar e gorduras;
Consumir regularmente alimentos ricos em carboidratos como pães e batatas;
Evitar cigarros e reduzir o consumo de bebidas alcóolicas;
Fazer exercícios com certa freqüência;
Se possível, reorganizar a carga de trabalho, para reduzir o estresse;
Agendar eventos importantes para os melhores períodos do ciclo menstrual;
Manter um sono regular e procurar ter sempre momentos de relaxamento.
Ausência ou Irregularidade de Menstruação
No ano seguinte e até dois anos após a menarca (1a menstruação) há um amadurecimento dos órgãos que controlam o ciclo menstrual e a ovulação. São eles: hipotálamo, hipófise e ovários. Nesse período, airregularidade menstrual pode ser aceita . No entanto, se dois anos após a menarca, ocorrer ausência da menstruação por três meses (amenorréia) ou se ela for irregular (intervalos entre ciclos menores que 25 ou maiores que 35 dias), deve-se consultar o endocrinologista.
Nesse caso, pode estar ocorrendo alguma disfunção hormonal endógena, como a Síndrome de Ovários Policísticos, aumento de prolactina ou problemas genéticos. A disfunção ainda pode ser provocada por peso abaixo do normal, excesso de exercício e medicamentos. Entretanto, a mais comum é a Síndrome dos Ovários Policísticos, que é causa de irregularidade menstrual em 85% das jovens.
Nesta Síndrome, há um aumento da produção de hormônios masculinos, que, normalmente, são secretados em quantidades muito pequenas pelas mulheres. Com isso, somado à irregularidade menstrual, anovulação e infertilidade, ela causa acne, pêlos grossos no rosto e no corpo, além de aumento do peso. Cabe ainda lembrar que a simples presença de um ou mais cistos nos ovários, em ultrassom, é comum e não configura a Síndrome de Ovários Policísticos. O diagnóstico só pode ser feito pelo endocrinologista, com base na história clínica, no exame físico e na exclusão de outras patologias.
Incompetência istmo-cervical - IIC é a incapacidade do colo uterino de manter uma gravidez.
Isto decorrente por defeitos anatômicos ou funcionais. O orifício interno apresenta-se incompetente para reter o concepto. A incidência da incompetência istmo-cervical segundo a literatura é de 1.1000. Geralmente a mulher somente descobre que possui incompetência uterina após uma ou mais perdas sem motivo aparente.
Índice
  [esconder] 
1 Causas
2 Tratamento
3 Cerclagem
4 Referências
Causas[editar | editar código-fonte]
As causas de incompetência istmo-cervical podem ser de dois tipos: congênitas ou adquiridas. As causas congênitas são aquelas que levam a uma má-formação do canal ístmico-cervical, exemplo: maior concentração de fibras elásticas que fibras musculares. As causas adquiridas, por sua vez, são aquelas que levam a uma deformidade deste canal após o nascimento (ex.: partos com utilização de fórceps, partos traumáticos, dilatação forçada do colo uterino, conização, forceps tumoração istmo-cervical (miomas. etc.)1 2
A IIC leva a perdas gestacionais a partir da décima oitava semana, quando o bebe ainda não está pronto para viver fora do utero materno. Geralmente as perdas são inevitaveis, quando não monitoradas por um bom profissional, pois o colo dilatada sem dor. Por vezes a bolsa estoura sem aviso prévio.
Tratamento[editar | editar código-fonte]
Até hoje não existe tratamento para a temida IIC (responsável por 35% das perdas gestacionais)nem consenso entre os médicos sobre possíveis cautelas . Existe medida de precaução. E mesmo assim é discutida entre os médicos. As medidas de precaução geralmente são: - Repouso moderado à absoluto - Cerclagem antes da 13ª semana de gestação - Medicamentos inibidores de contração uterina precoce (Inibina, Dactil), AAS. Mas os médicos também não concordam plenamente com esses medicamentos. Existindo ressalvas quanto a seu uso. O que se sabe até hoje é que o repouso absoluto costuma ajudar a manter a gestação até pelo menos a 34ª semana. Quando então o pulmão do bebe estará melhor desenvolvido. Solicitar o medicamento para amadurecimento do pulmão também é uma medida preventiva.
Cerclagem[editar | editar código-fonte]
Cerclagem é como uma costura em volta do colo uterino antes da 13ª semana de gestação com um, dois ou mais pontos, dependendo do grau da IIC. É feita com anestesia local ou radial e, na maioria das vezes, não há necessidade de internação. A linha utilizada é em sua maioria a usada em cardiologia. Além disso, existem diversas técnicas de cerclagem ou ainda, circlagem, como é escrita em alguns livros. Não é uma técnica 100% garantida, mas, mesmo assim, consegue aumentar as chances de uma gravidez com sucesso. Também existe a cerclagem interna, pouco usada no Brasil. Esta é feita com uma cirurgia de grau maior, e tem mais riscos que a outra. Antes de recorrer à cerclagem, converse com seu ginecologista para saber se ele está habilitado para esse procedimento. Apesar de simples, a realização da cerclagem exige estudo e acompanhamento por parte do médico.
Após a cirurgia, como medida cautelar, deve-se realizar o ultrassom mensalmente para medir o colo uterino. Colo uterino menor que 3cm exige cautela e repouso absoluto, pois corre-se risco de rompimento dos pontos da cerclagem.
Perguntas e respostas sobre a IIC (Incompetência ou Insuficiência Istmo Cervical)
O que é Incompetência Istmo Cervical (IIC)?
É um defeito do canal cervical que perde, ou não tem congenitamente, a capacidade de suportar o peso da gravidezsem se dilatar. Hoje, preferimos usar o termo “insuficiência” ao invés de “incompetência” do istmo-cervical.
Qual o índice de mulheres portadoras de IIC?
Em mulheres com aborto recorrente (mais que três abortos consecutivos) é de 23%. Na população geral não deve passar de 1%.
É possível detectar a IIC na primeira gestação, logo no início, ou é necessário ocorrer o aborto espontâneo tardio para suspeitar da IIC?
É possível suspeitar através de exames de ultra-sonografia. Como tem sido quase rotina a realização do ultra-som para a translucência nucal com 12-12 semanas, nesta fase já se realiza uma medida do colo uterino. Mas a época ideal para se investigar a IIC é a partir de 16 semanas, nos casos de pacientes já com a suspeita clínica por uma perda anterior ou por um parto prematuro precoce com história de dilatação silenciosa (sem dor). Nas pacientes sem antecedentes, essa pesquisa se faz agora na rotina do ultra-som de 20 semanas (chamado de morfológico). A verificação de um colo uterino curto (com menos que 2,5 cm) é indício de alto risco de prematuridade e pode ser o primeiro passo para se identificar a IIC em pacientes assintomáticas e sem antecedentes clínicos. Outra proposta, nos casos de dúvidas de diagnóstico e se fazer o exame com compressão do fundo uterino e verificando se aumenta o encurtamento ou o afunilamento do colo, ou se fazer o ultra-som transvaginal com a gestante em pé, o que imita a compressão do colo pela gravidade. Mas não há consenso na literatura médica sobre qual o melhor método para o diagnóstico da IIC na primeira gravidez.
Ouve-se falar em exames como histerossalpingografia, vela de Hegar número 8, vídeo histeroscopia para confirmação da Incompetência Istmo Cervical. Qual destes exames é o mais eficiente para confirmação do diagnóstico?
Outra dificuldade é saber qual o melhor método. Cada profissional uso o que se adapta melhor o o que sabe fazer. Todos são eficientes para o diagnóstico, mas não há um muito melhor que o outro, especialmente porque eles são solicitados quando já se tem uma suspeita clínica, e essa é o mais importante de todos.
Por que estes exames não são solicitados antes da paciente engravidar (tal como o papanicolau), para que esta não corra o risco de ter aborto espontâneo tardio?
Porque não há consenso da sua validade na prática clínica. O ultra-som na gravidez poderá vir a ser o mais usado com esse fim.
Por que mesmo depois de diversos abortos espontâneos após o 1º trimestre de gestação muitos médicos não suspeitam de IIC?
Por falta de experiência ou de conhecimento.
Existe o desconhecimento desta anomalia uterina por muitos médicos?
Sim, muitos profissionais desconhecem ou não valorizam a história clínica que nos faria pensar na IIC e deixam de fazer o diagnóstico a tempo.
Em média, quantos bebês as mulheres portadoras de IIC perdem (aborto espontâneo tardio), antes de ser detectada a IIC?
Pelo menos um, mas não há um dado preciso desse evento.
O que é a circlagem ou cerclagem uterina?
É a colocação de um fio de sutura no colo uterino para impedir sua dilatação antes do tempo desejado, isto é o termo na gestação.
A circlagem é indicada somente para mulheres portadoras de incompetência istmo cervical?
Sim, essa é a indicação precisa.
Qual o melhor período para se fazer a circlagem uterina em uma gestante portadora de IIC?
Sempre depois de 12 semanas e de preferência antes da 20ª semana.
Quais as melhores condições para se realizar a circlagem?
Colo não dilatado e sem sinais de infecções (o que deve ser confirmado por exames de culturas específicas)
Qual a diferença entre circlagem simples e circlagem dupla?
Uma usa um ponto apenas e a outra, dois fios. Na cerclagem dupla os pontos se somam na sustentação do colo, impedindo que o esforço do peso da gravidez rasgue o colo e force uma dilatação silenciosa.
É possível fazer circlagem antes de a paciente engravidar? Por quê?
É possível e é indicado nos casos mais graves, geralmente com uma lesão no colo uterino que impede uma cerclagem na gestação (por exemplo, uma paciente que tenha sido submetida a uma cirurgia de conização do colo ou uma amputação por câncer in situ, ou que tenha uma lesão traumática em outro parto).
Para uma paciente não portadora de IIC, qual seria a medida do colo uterino nas seguintes semanas de gestação: 12 semanas de gestação, 18 semanas de gestação, 24 semanas de gestação, 30 semanas de gestação?
Em qualquer idade gestacional sempre abaixo de 2,5 cm.
Existem diferentes graus da IIC? Existem exames para detectar o grau da musculatura uterina?
Não há uma classificação em graus, mas é aceito que a maior gravidade se associa ao parto ou aborto mais prematuro.
Por que muitas gestantes fazem circlagem e levam vida normal até o final da gestação enquanto outras têm que fazer repouso absoluto?
A recomendação de repouso absoluto depende de vários fatores: do passado de perdas em gestações anteriores com circlagem, das condições do colo uterino no momento da circlagem, da dificuldade do procedimento, do afrouxamento do fio de circlagem e da ocorrência de outras complicações como a ruptura de membranas e o trabalho de parto prematuro. Dependendo dessas condições será prescrito repouso absoluto ou não para a gestante. Um dos dados importantes nessa consideração é a resposta uterina ao procedimento. Algumas mulheres têm mais contrações uterinas após a cirurgia, enquanto outras têm uma adaptação melhor.
Na maioria dos casos a circlagem uterina por si só não basta, sendo necessário fazer repouso absoluto. Qual o percentual de mulheres que mesmo circladas tem que fazer repouso absoluto para conseguir levar a gestação a termo?
Não temos este dado em literatura, pois, como descrito, acima as condições em que é necessário o repouso são variáveis para cada caso.
Quais os fios utilizados para a realização da circlagem?
De maneira geral se utiliza um fio de material que não será absorvido pelo organismo como o algodão, polipropileno, ou poliestireno.
Em sua opinião existe algum fio que não seja apropriado ou que exista maior probabilidade do organismo rejeitar o material e causar infecção ou qualquer outro tipo de danos?
Os fios inapropriados são os de material absorvível ou de filamento único que podem lesar o colo uterino ao longo do tempo.
Qual a sua opinião sobre circlagem transabdominal? Em quais casos ela é realizada? Ela é mais segura do que a circlagem via vaginal?
A circlagem transabdominal é um procedimento indicado para mulheres que tem colo uterino ausente, impedindo a realização pela via vaginal, ou que tenham passado de sucessivas circlagens pela via vaginal sem sucesso. Ela não é mais segura que a circlagem vaginal, além de ser um procedimento mais complexo do ponto de vista técnico e com maior risco de complicações.
Quais as anestesias utilizadas para realização da circlagem?
De maneira geral se utiliza a anestesia loco-regional: raquídea ou peridural. Raramente é necessária anestesia geral.
Existem casos de mulheres que fizeram circlagem de emergência com até 27 semanas de gestação. Até quantas semanas pode-se realizar a circlagem?
Não se recomenda baseado nas evidências atuais, a realização de circlagem, mesmo de emergência, após 24 a 26 semanas. A partir desta idade gestacional os riscos do procedimento parecem ser maiores que os riscos do parto prematuro.
Toda mulher que possui o colo incompetente tem que colocar os óvulos de progesterona via vaginal? Para que eles servem? A partir de quantas semanas de gestação eles deverão ser utilizados?
Não há consenso se a progesterona deve ser usada por todas as mulheres que fizeram circlagem. A progesterona está indicada para mulheres que tem antecedente de parto pré-termo, ou seja, antes de 37 e depois de 24 semanas, ou que tenham colo uterino curto (menor que 25 ou 15 mm). Portanto, para as mulheres circladas com estes antecedentes a progesterona deve ser usada; para as outras não há consenso absoluto e a decisão deve ser individualizada para cada mulher.
O colo do útero é um músculo.Existem substâncias que são utilizadas para paralisarem o músculo, não só para a estética, mas em casos como paralisia facial, enxaquecas e outros. A enzima botulínica (botox), por exemplo, é uma substância utilizada para essa finalidade e tem uma duração média de 6 meses. Já se cogitou a utilização desta substância no útero de pacientes portadoras de IIC?
O colo uterino NÃO é um músculo. O colo é composto de tecido conjuntivo (uma matriz que sustenta as células), fibras elásticas e de colágeno, glândulas e poucas células musculares, portanto o botox não está indicado, pois não há base médica para seu uso. As alterações do colo em mulheres com insuficiência cervical estão relacionadas ao amolecimento e frouxidão, características relacionadas ao tecido conjuntivo e a quantidade de fibras elásticas e de colágeno.
Existem estudos em relação à criação de algum medicamento capaz de aumentar a musculatura uterina a fim de evitar abortos espontâneos tardios para as mulheres portadoras de IIC?
Como o colo não é um músculo, não há na literatura este tipo de estudo. Há estudos mostrando que mulheres com alterações congênitas do colágeno podem ter insuficiência cervical com mais freqüência.
Quem tem IIC pode usar o DIU?
Sim, não há manifestações clínicas de insuficiência cervical fora do período da gravidez.
Se considerarmos que em 1957, McDonald descreveu a técnica da circlagem por via vaginal para as mulheres portadoras da IIC e até hoje não houve nenhum avanço no sentindo de estudarem outras formas de se corrigir esta anomalia, podemos dizer que em pleno século XXI pouco a obstetrícia avançou e que nenhum esforço para se fazer uma nova descoberta foi feito até então?
A obstetrícia avançou no entendimento da fisiologia do colo uterino e das alterações que levam as perdas gestacionais, no processo que leva ao esvaecimento e dilatação do colo, na identificação de mulheres de maior risco através da avaliação ecográfica do colo durante a gravidez, na identificação das mulheres que NÃO se beneficiam e que podem na realidade serem prejudicadas por uma circlagem mal indicada (como por exemplo, gemelares), na evolução do conceito de tratamento cirúrgico (antes tido como panacéia e hoje indicado com mais critério). O tratamento disponível ainda é a circlagem e neste aspecto não houve avanços. Como diz um autor, o simples fato de que o tratamento disponível é amarrar um fio ao redor do colo mostra como ainda desconhecemos os aspectos mais profundos da insuficiência cervical. É preciso ressaltar que não há consenso no diagnóstico de insuficiência cervical muito menos no tratamento. Porém, há enormes dificuldades éticas em se estudar a estrutura do colo durante a gravidez: fazer biópsias de colo em grávidas para estudar é arriscado e eticamente indefensável. Os estudos têm que ser não invasivos (a ultra-sonografia é o pilar) e o avanço, em termos de tecnologia, que ainda não é aplicável na prática por estar nos primórdios de sua avaliação, é a ressonância magnética.
Por que a IIC não é propagada sendo que a cada dia que passa aumenta o número de mulheres portadoras desta anomalia?
Não há estimativas confiáveis do número de mulheres portadoras de insuficiência cervical, apenas da incidência desta em portadoras de perdas gestacionais de repetição. Não há evidências que o número de portadoras esteja aumentando. A importância da insuficiência cervical reside no impacto emocional que perdas de repetição causam nestas mulheres (aspecto que não pode ser negligenciado), nas seqüelas graves da prematuridade extrema associada aos partos muito precoces e na mortalidade destas crianças. A incidência, portanto, mesmo não sendo elevada ou crescente, é secundária, diante do grande impacto desta condição clínica na vida das mulheres e seus filhos.
 
Liquido amniótico
O líquido amniótico tem uma importância maior na vida do seu bebê que provavelmente você imagina. "É uma das funções vitais do feto", diz Frederico Peret, diretor da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais. 
Além de preencher a bolsa, auxilia na alimentação do feto e reduz o impacto no caso de quedas. Quando está no volume normal, ajuda o bebê a exercitar movimentos e articulações. "Até o quarto mês de gestação, é produzido pela placenta e membranas que envolvem a bolsa. A partir do quinto mês, é feito pelos rins do bebê, exercitando os aparelhos digestivo e respiratório da criança", explica Ricardo Barini, coordenador do Serviço de Medicina Fetal da Unicamp. 
A renovação total do líquido é constante, ocorre entre 18 e 24 horas. Até o fim da gestação, o volume tem cerca de 700 a 1 litro, e vai diminuindo quando o parto está próximo. Nos primeiros meses de gestação, ele é claro e transparente, e no fim da gravidez,turvo e leitoso. A alimentação da futura mãe, assim como consumo de álcool, tabaco e medicamentos podem modificar o líquido amniótico
O excesso do líquido amniótico não pode ser evitado, e ocorre em cerca de 2% das gestantes. O importante é iniciar um tratamento assim que for constatado. O diagnóstico ocorre quando a quantidade desse líquido for maior do que a considerada normal para a idade gestacional (há uma tabela-padrão, que varia de acordo com a semana de gravidez) ou for maior que 2 litros em qualquer época da gestação. É preciso ainda investigar as causas, que podem ser anomalias fetais, diabetes, sífilis ou toxoplasmose, pois o aumento pode levar à fadiga do útero e ao parto prematuro. O tratamento clássico é a pulsão do líquido, por meio da amniocentese, que pode ser feita várias vezes até a quantidade se estabilizar. Em alguns casos, recomendam-se diuréticos, afirma Flávio Cunha Catarozzo, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz (SP). Se a resposta não for positiva, é possível, em último caso, a antecipação do parto. 
Assim como há gestantes que podem ter excesso de líquido amniótico, o inverso também acontece. A diminuição atinge entre 0,5% e 5,5% das grávidas, normalmente no terceiro trimestre da gravidez, e há vários fatores que levam a ela.Hipertensão, diabetes e até algumas infecções virais da gestante estão entre eles. Em casos raros, pode ser indicativo de alguma anomalia fetal, como problemas no sistema digestivo e urinário. 
Estudos mostram que a redução do líquido amniótico também pode estar relacionada com o clima quente. Uma avaliação realizada pela Universidade Ben-Gurion, em Israel, com 4,3 mil grávidas que tinham o problema revelou que as taxas mais elevadas de oligodrâmnio (pouco líquido) aconteciam nos meses de verão. 
Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês (SP), grande parte do líquido amniótico é produzido pelo bebê, por meio de líquidos que elimina do pulmão, e até urina. “No verão, como há tendência de a mulher perder mais líquido, se não se hidratar corretamente, ela manda menos água para o bebê, que passará a produzir menos também”, diz. 
A falta pode ser compensada com o consumo reforçado de líquidos (em média 3 litros de água no verão e 2 litros no inverno), além de repouso. Outra técnica é injetar uma solução com nutrientes na bolsa amniótica por meio de um cateter inserido no útero. No entanto, não há certeza se funciona em todas as situações.
Polihidrâmnio ou líquido amniótico aumentado
Publicado em Gestação de risco  por: Jefferson
5/11/12
“O único grande problema da comunicação, é a ilusão de que ela foi alcançada.” – Bernard Shaw
O aumento de líquido amniótico (hidrâmnio ou polihidrâmnio) preocupa menos que a diminuição dele (oligohidrâmnio). Há vários fatores que podem fazer a quantidade de água aumentar durante a gestação.
Pode ser um aumento idiopático, ou seja, sem causa aparente e que ocorre de forma transitória na gravidez e é surpreendido no exame de ultrassom e que não representa grande risco para a gestante ou para o feto.
As causas mais comuns e que podem representar algum distúrbio está associada à diabetes, pois faz com que o aporte de açúcar ao feto seja muito grande e isso faz com que ele engorde muito, produza maislíquido pela deglutição e eliminação do líquido.
Outro fator que costuma estar representado pelo aumento de líquido são as obstruções de vias digestivas do feto, notadamente, as obstruções altas (estômago e esôfago), pois faz com que o líquido não seja deglutido pelo feto e há a perda do controle de produção.
De modo geral qualquer fator que aumente muito o volume uterino pode predispor ao trabalho de parto prematuro ou à rotura prematura de membranas. Está presente nos fetos muito grandes, nas gestações múltiplas e no aumento de líquido intrauterino.
O útero tem alguns controladores para dar início ao trabalho de parto. O volume uterino é um deles. No fundo uterino há um “marcapasso” que se estimulado pode produzir contrações uterinas. Dessa forma é melhor não ficar massageando o útero quendo tiver contrações pelo risco das contrações aumentarem.
Este aumento de volume costuma ser o maior perigo do aumento do líquido na gestação.
Volumes muito grandes pode comprimir o feto, embora esse seja um risco muito baixo, de forma que o mais provável é que haja a rotura de membranas ou início do trabalho de parto.
Outro risco grande nos caosos de aumento de volume de líquido amniótico é a procidência de cordão, ou seja, o cordão saí antes que o feto. Risco muito elevado para a gravidez e que pode ocorrer em qualquer parto, mas nos aumento de líquido esse risco aumenta.
Com a saída adiantada do cordão há o risco de compressão e diminuição da chegada de oxigênio para o fetopo dendo ter efeito devastados para este.
Este artigo foi publicado em 5/11/12 às 15:18 e está arquivado sob Gestação de risco. Você pode acompanhar todas as respostas a este artigo através da alimentação de matérias pela tecnologia RSS versão 2.0, clique 
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Líquido amniótico pode ajudar a curar doença que afeta prematuros
26 março 2013
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Inflamação traz perigo a bebês prematuros
O líquido amniótico pode ajudar a curar uma doença que afeta o intestino de bebês prematuros, dizem médicos britânicos.
A doença, chamada enterocolite necrosante, é uma inflamação grave das entranhas que pode levar à falência de órgãos e morte.
Resultados de experimentos preliminares feitos em animais, incluídos em um artigo na publicação científica Gut, demonstraram que células-tronco presentes no líquido amniótico podem aliviar em parte a inflamação, aumentando as chances de sobrevivência.
O líquido amniótico é um fluido incolor que envolve o embrião dentro do útero.
A equipe envolvida no estudo disse que serão necessários mais experimentos até que um tratamento possa ser testado em bebês.
Prematuros
Bebês que nascem antes da hora - ou seja, aqueles nascidos antes de que se completem as 37 semanas de gestação - não estão prontos para o mundo fora do útero e seu intestino não está preparado para lidar com os alimentos.
Em unidades hospitalares de tratamento intensivo para prematuros, em média um em cada dez bebês desenvolve a enterocolite necrosante.
A inflamação pode provocar a morte do tecido e produzir um buraco na parede do intestino do bebê, levando a infecções sérias.
Há indícios de que o leite materno possa proteger as entranhas do bebê prematuro contra a enterocolite necrosante, mas o único tratamento existente hoje é uma cirurgia para remover o tecido afetado.
"É um problema sério e nós achamos que está aumentando", disse o médico Simon Eaton, do Instituto de Saúde Infantil do University College London.
Eaton integrou a equipe que fez experimentos com células-tronco - capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do organismo - extraídas do líquido amniótico.
Os pesquisadores injetaram as células-tronco em ratos de laboratório que haviam sido programados para desenvolver enterocolite necrosante. As injeções, segundo a equipe, pareceram aumentar o tempo de sobrevivência dos animais.
"Fomos capazes de prolongar a sobrevivência (dos animais) por bastante tempo", disse Eaton à BBC. "O que parece estar acontecendo é efeito direto de um abrandamento da inflamação e também um estímulo às células-tronco residentes nas entranhas para que sejam mais eficientes na regeneração do intestino."
O estudo também revelou que o intestino dos animais funcionava melhor depois do tratamento.
Riscos de câncer?
Outro membro da equipe, o pesquisador Paolo De Coppi, explicou que os efeitos anti-inflamatórios das células-tronco já são bem conhecidos. "Mas essa foi a primeira vez que se demonstrou que células-tronco do líquido amniótico podem reparar danos no intestino", acrescentou.
"Embora células-tronco do líquido amniótico tenham uma capacidade mais limitada de se transformar em diferentes tipos de células do que as do embrião, elas parecem ser promissoras para muitas partes do corpo, incluindo o fígado, o sistema muscular e nervoso".
Mais testes seriam necessários para saber se o tratamento seria efetivo e seguro em bebês humanos.
Por exemplo, a capacidade de células-tronco de se transformar em outros tipos de célula também implica riscos de câncer, algo que preocupa os cientistas.
Por conta disso, os médicos esperam, no futuro, desenvolver um tratamento baseado em remédios - em vez de células.
"Não são as células em si", disse Eaton. "Elas são o veículo para algo e se soubéssemos o que esse algo é, poderíamos administrá-lo diretamente".
Líquido amniótico durante a gravidez: Qual a sua função?
12/03/2014
Foto: Divulgação
Entre as funções do líquido amniótico estão proteger o bebê de traumatismos sofridos pela mãe, evitar infecções, manter uma temperatura constante dentro do útero, além de ajudar a desenvolver o sistema urinário, digestivo, músculo-esquelético e pulmonar do feto
Muito se fala, durante a gestação, sobre o líquido amniótico. De forma bastante simples, sabe-se que ele tem papel fundamental durante a gravidez por proporcionar diversos benefícios fetais. Mas, quais seriam estes benefícios? Para que serve, de fato, este líquido? Como é produzido?
O líquido amniótico é um líquido contido no saco amniótico, ligeiramente amarelado, que envolve e suporta o desenvolvimento do feto durante a gravidez. 
Suas principais funções são proteger o bebê de traumatismos sofridos pela mãe, evitar infecções, manter uma temperatura constante dentro do útero, além de ajudar a desenvolver o sistema urinário, digestivo, músculo-esquelético e pulmonar do feto. 
“No ventre materno, o bebê flutua e movimenta-se livremente no líquido amniótico, o que promove o correto desenvolvimento dos seus órgãos e estruturas vitais e ainda o mantém seguro e quente”, complementa a ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dra. Alessandra de Souza Barbeiro Munhoz.
Durante os primeiros quatro meses da gravidez, o líquido amniótico é produzido pela placenta e pelas membranas que envolvem a bolsa. Depois disso, é formado também pelas excreções dos rins do bebê, que eliminam sódio e concentram a ureia, modificando assim a sua composição química. O líquido amniótico ingerido pelo feto é reabsorvido no intestino dele e chega até os rins, onde é filtrado e novamente excretado para a bolsa amniótica. 
Quanto ao volume do líquido, a ginecologista explica que ele vai aumentando progressivamente até 34ª semana de gestação, quando atinge o ponto máximo, de 800 a 1000 ml. Após a 36ª semana o volume declina progressivamente, até o final da gravidez.
A especialista ainda acrescenta que, haja vista a sua importância, a diminuição de líquido amniótico (oligoâmnio), com valores inferiores a 300 ou 400 ml até 34ª semana, pode trazer consequências inconvenientes para a mãe ou para o feto. Isto porque, há maior possibilidade de compressão do cordão umbilical, com consequente desaceleração da frequência cardíaca fetal eo aparecimento de sinais de sofrimento fetal, com maior risco de morte intrauterina.
 “Dentre as principais causas da redução do líquido estão, a desidratação materna, a ruptura parcial da bolsa amniótica, problemas na placenta, malformações interferindo na produção de urina pelo bebê, ou a síndrome da transfusão feto-fetal, que é quando a mulher tem uma gravidez gemelar e um dos bebês recebe menos sangue e nutrientes que o outro, ficando com menos líquido amniótico”, esclarece Dra. Alessandra.
Por outro lado, a quantidade excessiva de líquido amniótico (polidrâmnio) também requer atenção, pois esta condição pode indicar presença de anomalias congênitas ou diabetes gestacional. 
“O excesso de líquido amniótico pode distender o útero além do normal, levando a complicações como trabalho de parto prematuro, ruptura do saco amniótico ou bolsa das águas, descolamento da placenta, dificuldades para a realização de parto normal, sendo necessária cesariana, e até hemorragia pós-parto. Por isso, a quantidade anormal de líquido amniótico exige um cuidado especial pelos profissionais de saúde, durante o pré-natal, a fim de garantirem a segurança da mamãe e do bebê”, finaliza a ginecologista.
Texto: Londrix Comunicação (com informações da assessoria de imprensa)
A bolsa de líquido amniótico começa a se formar assim que o embrião se implanta no útero. Ela é composta de uma membrana amniótica transparente, cheia de líquido amniótico (Amnios), e é reforçada externamente por uma membrana mais resistente, que envolve toda a bolsa amniótica, mas também a placenta, e que se chama Córion.
	 
	Córion, representado em laranja.
O líquido amniótico é produzido constantemente. Parte da produção se deve à ação da placenta, que é o órgão responsável pelas trocas sanguíneas com a mãe, e que fica "enraizado" na parede uterina. A outra parte do líquido vem do próprio feto, que engole, digere, urina e defeca ali dentro. A placenta efetua a função de filtro eliminador dos dejetos do líquido amniótico. Assim, ao final da gestação, é possível observar (com instrumentos adequados, claro!) a presença de pequenas quantidades de mecônio (cocô do bebê) no líquido, que fica esverdeado por um tempo, e depois vai ficando transparente de novo, sob a ação da placenta.
 
Ao final da gestação, a bolsa amniótica contém em média de 500 a 1000ml de líquido amniótico. Quando a quantidade de líquido amniótico fica muito baixa, isso pode ser sinal de que a mulher não está ingerindo água o suficiente, e portanto a placenta não tem material para produzir líquido. Pode também ser um sinal de que a placenta está com algum problema ou de que o bebê está produzindo pouca urina, o que pode apontar algum mau funcionamento de seus rins. A oligodramnia (queda do Índice de Líquido Amniótico (ILA) para 8cm ou menos) é um sinal de alerta que requer exames mais aprofundados e uma monitoração mais frequente do bem-estar fetal, mas não é, em si, uma indicação de cesariana , e muitas vezes se resolve com o aumento da ingestão de liquidos pela mãe.
Ao longo da gestação, o líquido amniótico exerce diversas funções (fonte ):
 
manter a temperatura do bebê constante;
amortecer possíveis golpes e solavancos;
oferecer proteção contra infecções (o líquido amniótico é estéril);
disponibilizar espaço para o crescimento e a movimentação do feto;
assistir no desenvolvimento dos sistemas digestivo e respiratorio (o bebê faz movimentos respiratórios, engole e excreta dentro do útero);
assistir no desenvolvimento dos sistemas sensíveis a odores e sabores (o sabor do líquido amniótico se altera em função da alimentação da mãe).
Durante as contrações do trabalho de parto, o liquido amniótico tem um efeito amortecedor, permitindo que o processo de dilatação aconteça sem contato direto entre a cabeça do bebê e o colo do útero, e protegendo assim a ambos de maiores danos. Ele também diminui as chances docordão umbilical ser comprimido pelo corpo do bebê, o que poderia ocasionar um sofrimento fetal.
Quando a bolsa se rompe 
 
Antes das 37 semanas de gestação
Às vezes, a bolsa amniótica se rompe antes da gestação ser considerada a termo. Isso pode ser ocasionado por fatores externos, como ambientes estressantes, atividades físicasexcessivas ou inadequadas, pancadas, golpes ou acidentes, ou por fatores internos, como alguma infecção da mãe (por isso é importante manter-se atenta a qualquer sinal de infecção urinária ou vaginal durante a gestação, e tratar imediatamente).
Quando a bolsa se rompe prematuramente, mas não há outros sinais de trabalho de parto, busca-se prolongar a gestação o máximo de tempo possível. A mulher muitas vezes precisa ficar em repouso total (às vezes hospitalizada), e tomar antibióticos para evitar que bactérias subam pelo colo do útero e colonizem o líquido amniótico.
Após as 37 semanas de gestação
Sempre vemos, nos filmes e seriados americanos, as mulheres fazendo suas coisas normalmente quando, de repente, uma cachoeira de líquido escorre pelas suas pernas e elas, imediatamente, começam a sentir muita dor e correm para o hospital. Isso não acontece com a maioria das mulheres. Pelo contrário: para a maioria das mulheres, o trabalho de parto se inicia com contrações pouco doloridas, e a bolsa só se rompe muitas horas depois.
75% das mulheres cuja bolsa se rompe antes do TP entram em trabalho de parto naturalmente até 72h depois da bolsa estourar. Muitas mulheres relatam que ouvem um "ploc" no momento em que a bolsa estoura. A bolsa pode se romper em qualquer parte, e a rotura pode ser de tamanho variável, o que significa que a quantidade de líquido que vai sair, e a velocidade da saída podem variar muitíssimo de parto para parto. Algumas mulheres efetivamente sentem uma cachoeira de água escorrendo ao longo de suas pernas, enquanto outras apenas "gotejam".
 
Quando a bolsa se rompe antes de qualquer outro sinal de trabalho de parto, isso pode ser um sinal de alerta, pelo fato do bebê não ter mais a sua proteção natural contra as bactérias externas. Por isso, a maioria dos obstetras aplicará um antibiótico de maneira profilática a partir de 12h de bolsa rota, para assegurar não ocorra uma infecção, e monitorará de perto a temperatura materna e o bem estar fetal.
Com a rotura da bolsa, e a consequente saída do líquido amniótico, cria-se um movimento de vácuo no útero, que puxa a cabeça do bebê para baixo. A cabeça faz um efeito de "rolha" e impede que o líquido saia por completo. No momento em que a bolsa estoura, se o líquido que estiver saindo for abundante, é recomendável sentar-se um pouco para evitar que o cordão saia junto com o movimento do líquido e seja prensado pela cabeça , comprometendo a circulação e causando um sofrimento fetal. 
Depois do rompimento da bolsa, o líquido continua sendo produzido normalmente pela placenta, até o nascimento do bebê.
Após o início do trabalho de parto
Na grande maioria dos casos, a bolsa amniótica só se rompe depois que a mulher já entrou em trabalho de parto e está sentindo contrações regularmente. A rotura da bolsa pode acontecer a qualquer momento do parto, mas tende a acontecer, naturalmente, quando a mulher já está na fase de transição e começando a sentir os primeiros puxos.
O líquido amniótico não sai completamente quando a bolsa se rompe. Após a saída da cabeça, a saída do corpo do bebê costuma ser acompanhada de uma nova cachoeira de líquido.
 
Rompimento Artificial da Bolsa
O procedimento de rotura artificial de bolsa é muito utilizado nos hospitais brasileiros. Na maioria dos casos, é explicado para a paciente que o procedimento ajudará o trabalho de parto a progredir mais rápido, além de permitir avaliar a presença de mecônio no líquido amniotico.
O procedimento de rotura de membranas é feito com um instrumento longo de plástico, que parece uma agulha de crochê. O instrumento é inserido até o útero da paciente para efetuar um pequeno furo na membrana amiótica.
 
É um procedimento utilizado de forma inadequada, na maioria das vezes, e não deveria ser feito de maneira rotineira.
E quando a bolsa não rompe? 
 
Em alguns raríssimos casos, a bolsa amniótica não se rompe antes do nascimento do bebê. A dilatação se faz normalmente e o bebê nasce envolto na bolsa intacta. Diz-se que esses bebês nasceram Empelicados , e acredita-se que isso é um sinal de sorte para toda a vida.
Veja a seguir algumas fotos de bebês que nasceram Empelicados:
	 
	É possível ver o Vérnix (branco) nos cabelos do bebê
	 
	A saída da mãozinha é facilitada pela presença da bolsa intacta
	 
	Bebê Empelicado
	 
	Basta remover a bolsa e nosso bebê Empelicado já pode respirar normalmente. | Fonte: Facebook 
Um Parto Natural com a bolsa intacta (fonte: Google Images):
 
 
 
Mais um parto natural, desta vez de joelhos, com a bolsa intacta (fonte ):
 
 
 
 
 
 
 
Bebê nascido Empelicado de Cesariana (fonte: Google Images):
 
 
 
 
-> Aqui  há um lindo vídeo onde se pode ver bem o bebê nascendo Empelicado.
 
1-Placenta É o órgão responsável pelo fornecimento de nutriente e oxigênio para o feto através dos vasos maternos.A placenta surge no momento em que o embrião se fixa no endométrio, a partir de células presentes no complexo do pré-embrião.Depois do terceiro mês,também tem função de produzir estrogênio e progesterona, hormônios que mantêm a gravidez. Logo após o parto, ela se descola e é descartada.
2-Líquido amniótico Produzido pelas células da placenta e da membrana que recobre o embrião, o líquido está presente desde o início da gravidez a fim de proteger o feto de possíveis agressões. É resultante de uma mistura do líquido produzido pelas membranas da bolsa d‘água e urina do bebê.Nele são jogados os dejetos (urina e secreções broncopulmonares do feto) que são filtrados pelo útero e pela placenta e seguem, então, para a corrente sanguínea da mãe para serem eliminados pela urina.
3-Endométrio Tecido que recobre a parede interna do útero e recebe o embrião como uma espécie de ninho cinco a sete dias depois da fecundação, que acontece nas trompas.Também é responsável pelo suprimento de vascularização (veias e artérias) para nutrir a placenta, o cordão umbilical e o bebê. Ele é formado em todos os ciclos menstruais da mulher para receber uma possível gravidez.
4-Cordão É formado por uma artéria, duas veias e uma substância gelatinosa. Como é continuação da placenta,o cordão faz a ligação entre ela e o bebê,e já no oitavo dia de gestação é possível ver o broto do cordão umbilical.Na hora do parto,o bebê está ligado ao cordão,que é cortado pelo médico e,então,puxado fazendo com que a placenta se descole.
5-Bolsa É uma película que se forma a partir da placenta e mantém o líquido amniótico.Quando as contrações iniciam, ela se rompe e o líquido é eliminado acelerando o trabalho de parto. Ela pode, também,ser rompida artificialmente pelo médico.
6-Feto Começa com a fecundação de uma célula feminina e uma masculina que vai se multiplicando aceleradamente.Cada uma delas tem potencial para se tornar um determinado órgão.Das células diferenciadas do pré-embrião (proveniente da fecundação) são originadas a placenta,o cordão umbilical e o bebê.
7-Colo do útero É a parte mais baixa do útero feita de um tecido fino e elástico. O colo do útero sofre dilatação durante o trabalho de parto devido a pressão do bebê e se abre até atingir 10 cm, permitindo a passagem dele.
8-Tampão Há uma espécie de muco no colo do útero que permite os espermatozóides sobreviverem até alcançar o óvulo. A progesterona produzida na gestação o coagula e forma o tampão a fim de evitar que outros espermatozóides cheguem ao óvulo já fecundado. Instalado entre a vagina e a cavidade uterina, serve também para proteger contra a entrada de bactérias.No trabalho de parto ou dias antes, o útero elimina o tampão devido às contrações e sinaliza a primeira etapa da abertura do colo do útero.
Revista Meu Nenê
Julho/2007
Repórter: Fernanda Murachovsky
ILUSTRAÇÃO:MG
iagem neonatal – Teste do pezinho, orelhinha e coraçãozinho
 
A triagem neonatal constui-se de métodos para detecção precoce de denças nos recém-nascidos.
 
Teste do pezinho
 
Esse teste é feito no sangue e a coleta é realizada através de um pequeno furo, geralmente no calcanhar e gotinhas de sangue são cletadas em papel filtro especial para análise laboratorial que geralmente demora poucos dias. Ele não deve ser realizado no momento de nascimento e sim de 4 a 10 dias após. O ideal é não ser realizado na maternidade.
O teste básico é oferecido pelo SUS e inclui pesquisa para: anemia falciforme, hipotireidismo congênito, fenilcetonúria (e fibrose cística em alguns estados). O teste do pezinho é realizado nos postos de saúde de todo o país.
A anemia falciforme é uma doença prevalente no nosso meio, principalmente em pessoas de origem afro-brasileira. Consiste em uma anemia genética onde as células sanguíneas apresentam-se de formato diferente do que o normal o que causa inúmeras alterações no corpo como dores ósseas intensas, propenção para algumas infecções graves entre outras. Os sintomas iniciam aos 6 meses e a precoce detecção da doença leva a profilaxias que poderam significar a vida do bebê.
O hipotireidismo congênito é um doença rara que afeta apenas 1 a cada 4.000 recém-nascidos. É a deficiência dos hormônios tireoidianos e estes são responsáveis pelo crescimento dos neurônios até os 2 anos. Se não tratado até os 3 meses a doença leva ao retardo mental. Se tratada ao nascimento o recém-nascido não apresentará sintomas.
A fenilcetonúria é uma doença genética rara que afeta 1 a cada 10000 nascidos. É o defeito em uma enzima que atua no desenvolvimento do bebê. Sem ela o corpo acumula uma substância tóxica ao sistema nervoso chamada fenilalanina, assim em excesso causa atraso de desenvolvimento motor, convulsão entre outros. Com o diagnóstico precoce desta doença estes efeitos podem ser evitados se o paciente não ingerir substâncias com fenilalanina (como leite materno, ovo, carnes entre outros).
Fora rede pública pode ser realizado o teste ampliado que pesquisa várias outras doenças metabólicas, estes testes apresentam nomes diferentes dependendo do número de doenças que serão averiguadas, cada laboratório apresenta sua lista.
 
 
Teste da orelhinha
 
Tecnicamente chamado de teste de emissão otoacústica. Sua função é detectar deficiência auditiva. É feito com equipamento especial que emite sons e verifica a resposta dos ouvidos ao estímulo. É um teste indolor que algumas vezes tem que ser repetido ou complementado. É realizado por um fonodiologo e sua realização se o exame for normal assegura a mãe que o bebê não apresenta deficiência auditiva ao nascer e não por toda a vida. Não é fornecido pelo governo em todos os estados brasileiros, atualmente, alguns disponibilizam. A mãe deve procurar no seu estado se o mesmo é o não realizado gratuitamente. Em maternidades particulares ele pode ser realizado logo no segundo dia de nascimento.
 
Teste do olhinho
 
É a verificação da coloração naturalmente vermelha do fundo do olho do recém-nascido. É um teste rápido que pode ser realizado pelo pediatra na própria maternidade, só necessita-se de um aparelho oftalmico que está presente em todas as maternidades públicas e privadas. Por vezes há necessidade que seja repetido por um especialista em caso de exame duvidoso.  Sua função é detectar doenças oculares, como a catarata congênita e o retinoblastoma (tipo de tumor ocular), este exame não garante que a criança seja cega.
 
Teste do coração
 
É uma nova proposta de triagem neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, para a detecção de cardiopatias congênitas. Através de um equipamento especial, o oxímetro de pulso e de forma indolor é estimada a concentração de oxigênio no sangue. Alterações podem sugerir doenças cardíacas. Deve ser realizado ainda na maternidade pelo pediatra
	Triagem Neonatal / Teste do Pezinho
	Muitascrianças com doenças metabólicas hereditárias são aparentemente saudáveis ao nascimento e podem levar até meses ou anos para manifestarem os primeiros sintomas da doença.
Os testes de triagem neonatal favorecem a detecção precoce de diversas doenças possibilitando o tratamento específico, diminuição ou eliminação de danos irreversíveis para o bebê.
Quanto mais cedo a doença for tratada, maior a chance do bebê ter uma melhor qualidade de vida.
Existem diversos tipos de testes de triagem neonatal, a diferença entre eles está na quantidade de doenças e condições pesquisadas em cada tipo de teste.
Conforme a descoberta de novas tecnologias o número de doenças rastreadas aumentou, permitindo que um número cada vez maior de pacientes sejam identificados de maneira precoce.
Nos últimos anos, a maior revolução na triagem neonatal foi o surgimento da Espectrometria de Massas em Tandem, permitindo que várias condições sejam triadas em um único teste, através da análise de aminoácidos e acilcarnitinas em uma amostra de sangue conservado em papel filtro.
Atualmente uma investigação completa de triagem neonatal pode pesquisar mais de 50 doenças numa mesma amostra de sangue em papel filtro.
 
	Tipos de Teste do Pezinho DLE
	BÁSICO - 17 doenças rastreadas
AMPLIADO - 20 doenças rastreadas
PLUS - 23 doenças rastreadas
MASTER - 28 doenças rastreadas
EXPANDIDO - 46 doenças rastreadas
COMPLETO - mais de 50 doenças rastreadas.
 
Exames que podem ser acrescentados a qualquer perfil de Teste do Pezinho:
	EXAME
	DOENÇA
	Teste molecular para Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase
	Deficiência enzimatica de G6PD
	Pesquisa de atividade da alfa glicosidase
	Doença de Pompe
	Pesquisa de atividade da beta glicosidase
	Doença de Gaucher
	Pesquisa de deficiência de MCAD
	Deficiência de MCAD
	Pesquisa da mutação 35 del G da conexina
	Surdez Congênita
	Pesquisa de Anticorpo Anti-HIV
	SIDA
	Pesquisa de Anticorpo IgM Anti-Rubéola
	Rubéola
	Pesquisa de Anticorpos IgM Anti-Citomegalovírus
	Citomegalovírus
	Pesquisa de Anticorpos IgM Anti-Treponema
	Sífilis
	Pesquisa de Anticorpos IgG Anti-Trypanossoma cruzi
	Doença de Chagas
	Pesquisa de Anticorpo IgM Anti-Toxoplasma gondii
	Toxoplasmose
	Perfil Tandem qualitativo (por Espectrometria de massas em tandem)
	Triagem para Erros inatos do metabolismo
	Perfil Tandem quantitativo (por Espectrometria de massas em tandem)
	Erros inatos do metabolismo (está indicado quando já houver suspeita de uma doença, para quantificar a alteração identificada anteriormente).

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