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INFLUÊNCIA DA BULIMIA E DO BRUXISMO NOS DESGASTES PÓS-ERUPTIVOS

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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA – UVV
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
AMANDA ANHOLETTI
BRUNA BASTOS BENEVIDES FARIAS
CHELDEA LUZIA DIAS BARBOSA
INÊS OLIVEIRA BASTOS
LISA KATHLEEM CASTILHO LOUBACH
MARIANA FERREIRA FOLIGNO
NATALI SOUZA
SHAYRA HENRIQUES BARCELOS
INFLUÊNCIA DA BULIMIA E DO BRUXISMO NOS DESGASTES PÓS-ERUPTIVOS
VILA VELHA – ES
2
2019
AMANDA ANHOLETTI
BRUNA BASTOS BENEVIDES FARIAS
CHELDEA LUZIA DIAS BARBOSA
INÊS OLIVEIRA BASTOS
LISA KATHLEEM CASTILHO LOUBACH
MARIANA FERREIRA FOLIGNO
NATALI SOUZA
SHAYRA HENRIQUES BARCELOS
INFLUÊNCIA DA BULIMIA E DO BRUXISMO NOS DESGASTES PÓS-ERUPTIVOS
Trabalho apresentado à disciplina Seminário Integrado III do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Velha UVV, como requisito parcial para obtenção da aprovação da disciplina, sob orientação da Professora Daniela Feu.
VILA VELHA – ES
2019
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi destacar a importância do cirurgião dentista no diagnóstico de bulimia, visando que a mesma apresenta manifestações clínicas bucais facilmente identificadas, possibilitando o reconhecimento da doença. A busca de dados foi realizada no google acadêmico e no scielo buscando artigos na língua portuguesa de 2000 a 2017. A principal evidência de bulimia se dá aos desgastes pós-eruptivos, que aparecem de forma mais acentuada uma vez que o pH da cavidade bucal fica ácido pela atividade constante de indução ao vômito, que faz com que o dente desmineralize mais facilmente, podendo haver sensibilidade dentinária por perda de estrutura do esmalte e dentina. O quadro de desgaste pode piorar ainda mais quando associado a hábitos parafuncionais como o bruxismo. O desgaste pode ocasionar complicações como a sensibilidade dentária.
Palavras-Chave: Bruxismo. Bulimia. Desgastedos Dentes. Sensibilidade da Dentina.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
A bulimia nervosa é uma doença que se refere a uma ingestão exagerada e periódica de alimentos, acompanhada de vários métodos para eliminar as calorias adquiridas, como autoindução de vômito, uso de laxantes, diuréticos, jejuns e exercícios físicos excessivos). Essa doença acomete principalmente mulheres que, com o intuito de alcançar o corpo ideal, passam por dietas radicais e exercícios físicos em excesso (ROMARO; ITOKAZU, 2002).
Uma das principais características da bulimia nervosa é a presença dos episódios bulímicos(consumo de grandes quantidades de alimentos, seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso)em que são relatadas a ingestão de cerca de três a quatro mil calorias por episódio e, em casos mais extremos, a ingestão de até vinte mil calorias (CAMPOS; HAACK, 2012).
A etiologia da bulimia é multifatorial, resultando da interação de fatores genéticos, sócio culturais, hormonais, psíquicos e neuroquímicos. Vários medicamentos foram avaliados na bulimia nervosa, dentre eles,naltrexona, lítio,fenfluramina, difenilhidantoína, L-triptofano. Porém, os medicamentos mais estudados e frequentemente usados são os antidepressivos (CAMPOS; HAACK, 2012). 
A bulimia gera um quadro de ansiedade, fator do qual pode-se iniciar o bruxismo, principal causador de desgaste por abrasão. No desgaste, a perda de estrutura dentária é maior nos dentes anteriores, sendo o contato posterior um ponto de apoio por causa da articulação temporomandibular, o que muda o sistema de nivelamento, aumentando a força que é aplicada nos dentes anteriores (POPOFF, et al., 2010).
O bruxismo do sono é caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono que se diferencia do bruxismo diurno por possuir diferentes estados de consciência e diferentes estados fisiológicos. O bruxismo diurno se caracteriza por um tique ou hábito de apertar os dentes enquanto está acordado, não ocorrendo o ranger de dentes (MACEDO, 2008).
A prevalência do bruxismo é de aproximadamente 20% da população adulta, sendo mais comum em mulheres. Em crianças com menos de 11 anos, a prevalência é de 14% a 20%, em adultos entre 18 e 29 anos é de 13% e em idosos acima dos 60 anos é 3% (ALÓE et al., 2003).
As propostas de tratamento envolvem tratamentos farmacológicos, psicológicos e odontológicos. O farmacológico é baseado no uso de fármacos por um curto período de tempo. O psicológico se baseia na terapia comportamental que envolve higiene do sono, controle de stress e técnica de relaxamento. E o tratamento odontológico se baseia no ajuste oclusal, restauração da superfície dentária, tratamento ortodôntico e placas oclusais (o mais usado) (MACEDO, 2008).
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Descrever a bulimia nervosa e suas manifestações clinicas, citando o papel do cirurgião dentista no diagnóstico, associando os tipos de sensibilidade dentaria e suas causas. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Descrever as manifestações clinicas da bulimia e bruxismo;
Retratar o diagnostico diferencial da bulimia e bruxismo;
Relatar os tipos de desgastes dentários e seus tratamentos;
Associar os tipos de sensibilidades existentes e suas principais causas.
3 METODOLOGIA
Para a elaboração do trabalho foi realizada busca em diferentes bases dedados, como nogoogle acadêmico e scielo. Foram utilizados os seguintes descritores:bruxismo, bulimia, desgaste dos dentes e sensibilidade da dentina. Foram selecionadas 32 referências, publicadas entre 2000 a 2017. As referências bibliográficas selecionadas apresentam ISBN ou ISSN, casa editorial e comitê técnico de revisão. Os documentos institucionais e eletrônicos idôneos apresentam responsabilidade autoral ou editorial. 
4 BULIMIA
A bulimia nervosa caracteriza-se por períodos de grande ingestão alimentar, onde são consumidos uma grande quantidade de alimentos, em um curto período de tempo, associados ao sentimento de descontrole sobre o comportamento alimentar e preocupação excessiva com o controle do peso corporal. Essa preocupação faz com que o paciente adote medidas compensativas, afim de evitar o ganho de peso(CARMO; PEREIRA; CANDIDO, 2014).
O vômito induzido ocorre em cerca de 90% dos casos, sendo o principal método utilizado, o efeito provocado pelo vômito é o alívio do desconforto físico secundário devido à hiperalimentação (CARMO; PEREIRA; CANDIDO, 2014).
Outros métodos utilizados pelos bulímicos são os usos inadequados de laxantes, diuréticos, hormônios tireoidianos, jejuns prolongados e exercícios físicos exagerados são também uma das formas para o controle do peso (CARMO; PEREIRA; CANDIDO,2014).
De maneira geral, podemos afirmar que os pacientes com bulimia nervosa apresentam uma autoestima flutuante, pois eles acreditam que a total felicidade só se faz concluída, quando se tem um corpo perfeito. Imagina-se, portanto, que uma das possíveis causas envolvidas na etiologia deste quadro é a própria desorganização pessoal (ABREU; PEREIRA; CANDIDO, 2004).
4.1 EPIDEMIOLOGIA
A bulimia nervosa é mais comum, ocorre de 1,0% a 3,0% da população, sendo frequentes em mulheres adolescentes e adultos jovens. Cerca de 33,0% abusam de álcool e estimulantes e mais de 50,0% apresentam desordens de personalidade. Aproximadamente 40,0% a 50,0% dos pacientes com anorexia nervosa também apresentam bulimia (POPOFF, 2010).
4.2 ETIOLOGIA
Muito pouco é conhecido a respeito da etiologia da bulimia, apesar de haver ummodelo em que múltiplas causas devem interagir para que a doença surja; incluindoos aspectos socioculturais, psicológicos, individuais e familiares, neuroquímicos egenéticos. Entretanto, é observado um acometimento maior em mulheres jovens que estão mais expostas a pressões socioculturais para serem magras. Também classificada como distúrbio de comportamento, a bulimia é caracterizada por ingestão compulsiva e rápida de grande quantidade de alimentos com pouco ou nenhum prazer (POPOFF, 2010).
4.3 SINAIS E SINTOMAS
O comportamento do indivíduo na alimentação se altera, sendo considerado exagerado (cerca de 2 a 5 mil calorias) comparado a uma pessoa em condições normais, esses episódios na maioriadas vezes ocorrem às escondidas acompanhadas de sentimento de vergonha e culpa. O vômito auto induzido como a introdução do dedo na garganta ou com algum objeto ocorre em cerca de 90% desses casos, o efeito imediato após é o alivio do desconforto físico devido a alimentação exagerada e ao medo do ganho de peso, havendo em média 10 ou mais episódios por dia. Algumas pessoas com a doença podem apresentar ulcerações no dorso da mão devido a indução do vômito, chamado de sinal de Russell, esse caso é considerado mais grave. Após a evolução do transtorno, o indivíduo aprende a vomitar sem necessitar de estímulos(APPOLINARIO, 2000).
Outras maneiras utilizadas pelas bulímicas para o controle do peso é a ingestão exagerada e sem prescrição medica de medicamentos tipo laxantes, diuréticos, hormônios tireoidianos e agentes anorexígenos, jejum prolongado e exercícios físicos exagerados também são observados. Devido as manobras compensatórias para a perda de peso, ocorre complicações clinicas como a erosão dos dentes, alargamento das parótidas, esofagites, hipopotassemia e alterações cardiovasculares. Devido à alta taxa de pacientes com o transtorno, é evidenciado também o transtorno depressivo associado a evolução da doença (APPOLINARIO, 2000).
Outros sinais como a irregularidade menstrual ou amenorreia ocorrem com frequência em mulheres com bulimia nervosa. Indivíduos que abusam cronicamente de laxantes podem tornar-se dependentes do seu uso para estimular movimentos intestinais. Sintomas gastrintestinais costumam estar associados a bulimia nervosa, e prolapso retal já foi relatado entre indivíduos com esse transtorno (NASCIMENTO, 2014).
4.4 DIAGNÓSTICO
Não existe, atualmente, teste diagnóstico específico para bulimia nervosa. Entretanto, algumas situações podem aumentar a tentativa do diagnostico, como a hipocalemia, hipocloremia e hiponatremia. A perda de ácido gástrico pelo vômito pode produzir alcalose metabólica (nível sérico de bicarbonato elevado), e a indução frequente de diarreia ou desidratação devido a abuso de laxantes e diuréticos pode causar acidose metabólica. Alguns indivíduos com bulimia nervosa exibem níveis ligeiramente elevados de amilase sérica, provavelmente refletindo aumento na isoenzima salivar. Devido aos vômitos recorrentes, o esmalte dentário pode sofrer desmineralização, em especial os da superfície lingual dos dentes anteriores. Esses dentes podem lascar ou parecer desgastados, corroídos e esburacados. A frequência de cáries dentárias também pode ser maior. Em alguns indivíduos, as glândulas salivares, sobretudo as glândulas parótidas, podem ficar hipertrofiadas (NASCIMENTO, 2014). 
Ao reconhecer a doença, pode se recorrer ou não a ajuda de profissionais e o não-reconhecimento pode retardar o início do tratamento, agravando o quadro e aumentando o risco de mortes em casos mais graves. Primeiramente é observado impotência, tristeza, medo e culpa, e esses sentimentos não se limitam apenas ao paciente, mas envolve toda a família (ESPÍDOLA, 2009). 
4.5 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A anorexia nervosa é caracterizada pela perda de peso intensa e premeditada à custa de dietas rigorosas. Os indivíduos portadores de anorexia têm como ponto comum a busca desenfreada pela magreza e extrema repulsão por comida. A perda exagerada de apetite, identificada nos casos de anorexia nervosa, também guarda relação com questões psicológicas como o sofrimento, medo intenso, preocupação com a alimentação e perda de peso. A bulimia nervosa, em contrapartida, caracteriza-se pela ingestão de grandes quantidades de alimentos, acompanhada de vontade incontrolável de comer, seguida de sentimento de culpa e ações compensatórias inadequadas, como o uso de laxantes, diuréticos e o vômito auto induzido. É mais difícil de ser percebida, quando comparada à anorexia, pois, na maioria das vezes, no início da doença, o indivíduo não apresenta sinais evidentes e seu peso permanece normal (SANTOS, 2015). 
Ambos os transtornos apresentam etiologia multifatorial com componentes genéticos, neuroquímicos, psicológicos, socioculturais e nutricionais. Podem apresentar manifestações bucais como a perimólise, xerostomia/ hipossalivação, aumento de glândulas salivares, aumento do índice de cárie, bruxismo e alterações da mucosa bucal como queilite e erosões (SANTOS, 2015). 
Fonte: GUEDES, 2007.
4.6 CONDUTA DO CIRURGIÃO DENTISTA
O cirurgião-dentista, nas consultas de manutenção preventiva odontológica, pode detectar alterações bucais que contribuem para o diagnóstico precoce de transtornos alimentares, favorecendo a rápida inserção do indivíduo em tratamento transdisciplinar. Compete ao cirurgião-dentista realizar uma anamnese detalhada, com o intuito de conhecer melhor os hábitos alimentares dos pacientes e estabelecer vínculo de confiança com eles. Esse profissional tem importante papel no tratamento das alterações bucais dos indivíduos com bulimia e anorexia, devendo contribuir para a melhoria da autoestima e diminuição dos danos às estruturas bucais (SANTOS, 2015).
Art. 1º. O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas (BRASIL, 1964).
Conforme prevê o código de ética em seu art. 11. Constitui infração de ética: V- executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado, (...) XIV - propor ou executar tratamento fora do âmbito da Odontologia. 
Segundo o Código de Ética Odontológica (1964), alguns direitos e deveres são obrigatórios aos cirurgiões dentistas. No capítulo IX das especialidades apresentam-se:
“Art. 23. O especialista, atendendo a paciente encaminhado por cirurgião-dentista, atuará somente na área de sua especialidade requisitada; Art. 24. É vedado intitular-se especialista sem inscrição da especialidade no Conselho Regional; Art. 25. Para fins de diagnóstico e tratamento o especialista poderá conferenciar com outros profissionais” (BRASIL, 1964).
As intervenções odontológicas precisam acontecer de forma integrada ao tratamento realizado pelos demais profissionais e devem abranger todas as fases do planejamento integral: urgência; terapia causal; terapia reabilitadora e manutenção preventiva. Entretanto, mesmo o cirurgião dentista orientando o uso de bochechos com bicarbonato, é de extrema importância salientar a ida periódica ao médico, para um acompanhamento e uma avaliação mais complexa do uso de antiácidos em bochechos (SANTOS, 2015).
São diversas alterações entre complicações bucais por transtornos alimentares, o cirurgião-dentista se torna um dos primeiros profissionais capazes de detectar e diagnosticar a anorexia e bulimia. É necessário que o mesmo esteja apto para diferenciar estas alterações e iniciar um diagnóstico correto, transmitindo confiança e conforto ao paciente. Existe uma associação significante na população afetada como, mucosite, queilite, hipertrofia das glândulas salivares e os transtornos alimentares, os associando principalmente com a erosão dental. Na maioria das vezes esses fenômenos podem ser os primeiros sinais clínicos para a detecção do transtorno (LIMA, 2012). 
4.5 TRATAMENTO
O tratamento da bulimia nervosa é conduzido por uma equipe multiprofissional. Algumas das vezes é necessário a internação hospitalar devido aos ciclos irreprimíveis de compulsão alimentar e vômitos, ao abuso de laxantes e alterações comportamentais. Em outras, o tratamento é extra hospitalar, tentando iniciar um período com abordagens como a psicoterapia cognitivo-comportamental, acompanhamento com nutricionista e uso de psicofármacos conduzindo assim, uma melhora do paciente (APPOLINARIO, 2000). 
O Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) caracteriza-se como o primeiro centro brasileiromultidisciplinar para o tratamento. O atendimento padrão embasa-se em ações multidisciplinares. As reuniões de equipe ocorrem semanalmente, com a definição das diretrizes a serem adotadas para cada paciente (CONTI, 2012). 
Como opções de tratamento destacam-se, o atendimento médico, onde o primeiro contato do paciente é com o psiquiatra, que realiza a entrevista de triagem visando ao diagnóstico diferencial. Nesse procedimento, são realizados os registros relacionados ao histórico médico e psiquiátrico e o motivo principal da procura. É feita uma entrevista estruturada avaliando o comportamento alimentar e o diagnóstico de um possível transtorno alimentar. A intervenção psiquiátrica visa à normalização de peso, à adequação do comportamento alimentar, além da manutenção de hábitos e peso saudáveis. No ambulatório, é realizado semanalmente um atendimento psiquiátrico, e quando necessário, o paciente passa por profissionais de outras especialidades, como endocrinologia ou neurologia(CONTI, 2012). 
O tratamento psiquiátrico é aberto, sendo proposta duração inicial de 20 semanas, mas podendo ser estendido até a remissão completa do quadro, sem previsão para o seu término. O uso de medicações é avaliado individualmente, visando ao tratamento dos transtornos e das comorbidades psiquiátricas. Uma internação por risco de morte pode ser realizada a qualquer tempo (CONTI, 2012). 
Outro meio de tratamento, é através do atendimento de um nutricionista, que é o profissional capacitado para propor modificações do consumo, padrão e das atitudes alimentares, que nos transtornos alimentares estão alterados (CONTI, 2012).
O atendimento nutricional tem como objetivos: recuperar e/ou manter um peso adequado, estabelecer padrões alimentares saudáveis, minimizar as práticas alimentares inadequadas e os comportamentos inapropriados para controle de peso e melhorar as atitudes alimentares e os distúrbios de imagem corporal. São ensinados conceitos de alimentação saudável, tipos, funções e fontes dos nutrientes, recomendações nutricionais, consequências da restrição alimentar e das purgações. Não são prescritas dietas para os pacientes com transtornos, pois são carregadas de conceitos sobre restrição alimentar, exclusão de grupos alimentares, contagem de calorias e pesagem de alimentos. É necessário que o paciente se conscientize de que esses aspectos levam à compulsão alimentar, pois já existe uma atenção exagerada dada aos valores calóricos dos alimentos, por isso não é recomendado focar nesses parâmetros. É utilizado o diário alimentar, um instrumento de auto monitoração, no qual os pacientes registram seu consumo alimentar, a ocorrência de compulsões alimentares e purgações, duração e local de refeições e os sentimentos vivenciados em seu decorrer (CONTI, 2012).
O atendimento nutricional é realizado uma vez por semana, com consultas de, em média, 30 minutos, nas quais o nutricionista acompanha as dificuldades individuais e o peso. São traçadas metas alimentares e/ou de comportamento, que deverão ser realizadas durante a semana e discutidas no atendimento seguinte (CONTI, 2012). 
A neutralização dos ácidos gástricos imediatamente após o vômito, com a utilização de antiácidos, é uma medida preventiva eficaz que minimiza as perdas estruturais nos dentes. Isto não se torna difícil na prática, pois o bulímico programa a hora que ele quer induzir o vômito. Após análise salivar, biópsia de esmalte e microscopia eletrônica de varredura, concluíram que a higiene bucal meticulosa pode minimizar os efeitos erosivos no esmalte dental dos ácidos gástricos, especialmente se produtos com flúor são utilizados regularmente (NAVARR, 2011).
5 BRUXISMO
O termo bruxismo vem do grego “bruchein”, que significa apertamento, fricção ou atrito dos dentes sem finalidades funcionais. Pode ser determinado como uma atividade parafuncional dos músculos da mastigação, que inclui o hábito de ranger, apertar, comprimir ou encostar os dentes, podendo causar desgaste dentário, músculos mastigatórios hipertrofiados, fraturas e falhas de restaurações ou implantes, dor muscular mastigatória e deslocamento de disco da articulação temporomandibular. É mais comum durante a noite, porém pode se apresentar durante o dia devido à momentos de tensões ou estresses, inconscientemente (COSTA; OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2017; SILVA; CANTISANO, 2009).
O bruxismo pode ser classificado em crônico, onde há uma adaptação biológica e funcional do organismo, e aguda, quando o processo se torna agressivo e ultrapassa a capacidade biológica de adaptação e defesa do sistema originando os sinais clínicos.A severidade e a frequência do bruxismo podem ser variadas a cada noite, tendo uma correlação forte com o estresse emocional e físico (SILVA; CANTISANO, 2009).
O esmalte dentário é a primeira estrutura a receber os prejuízos do bruxismo, o desgaste geralmente é mais severo nos dentes anteriores, principalmente os caninos e incisivos, provavelmente pela posição que o dente ocupa no arco e a função de desoclusão na movimentação. Ocorre desgaste nas bordas incisais dos dentes anteriores e nas facetas das cúspides posteriores (COSTA; OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2017).
5.1 EPIDEMIOLOGIA
Os estudos epidemiológicos do bruxismo são baseados em populações e metodologias diferentes e, como consequência, a prevalência exata se torna imprecisa e subestimada (MACEDO, 2008). Cerca de 85% a 90% das pessoas relatam ao longo da vida já ter passado por episódios em que rangiam os dentes, o que torna o bruxismo durante o sono comum na população em geral (ALÓE et al., 2003).
A prevalência de bruxismo é de aproximadamente 20% da população adulta, acometendo predominantemente as mulheres. Essa prevalência depende bastante da idade eacomete de 14% a 20% das crianças abaixo de 11 anos,aparecendo na infância depois que os dentes decíduos são erupcionadosou no começo da adolescência, reduzindo depois dos 40 anos de idade. Em pessoas com idade entre 18 e 29 anos, o predomínio de bruxismo é de 13%, e em pessoas de 60 anos ou mais essa porcentagem cai para 3%(ALÓE et al., 2003).
Aparentemente, o bruxismo é uma doença crônica que começa a evoluir na infância ou na adolescência, a partir do seu surgimento, até a fase adulta. É mais frequente em crianças, persistindo ao longo do crescimento até a fase adulta e diminui em idosos (ALÓE et al., 2003).
5.2 ETIOLOGIA
Atualmente, dentre todas as teorias apresentadas sobre a etiologia do bruxismo, a mais aceita se apresenta em um modelo multifatorial, em que fatores psicossociais e fisiopatológicos se envolvem com estímulos morfológicos periféricos (PESTANA, 2014). 
O bruxismo pode ser classificado em primário e secundário.Primário (maioria dos casos de bruxismo) é quando não se tem uma causa médica evidente, sistêmica ou psiquiátrica, e secundário é quando é associado a um transtorno clínico, psiquiátrico ou neurológico, ao uso de substâncias ou medicamentos, ou a transtorno do sono. O bruxismo secundário também pode ser relacionado a outros distúrbios de movimento, à hemorragia cerebelar, atrofia olivopontocerebelar, demências, fibromialgia, dor miofascial, síndrome de Rett, esquizofrenia, em crianças com retardo mental, com hiperatividade e déficit de atenção, no transtorno do stress pós-traumático e na bulimia nervosa (ALÓE et al., 2003).
5.3 SINAIS E SINTOMAS
Um dos primeiros sinais de bruxismo seria hipertrofia muscular e a presença de desgastes nas bordas incisais nos dentes anteriores, além disso, as facetas dentais polidas, incremento da linha alba, na mucosa jugal, endentações no bordo lateral da língua são sinais presentes no bruxismo. Outro sinal é o desconforto dos familiares no momento que observam determinados ruídos durante o sono do indivíduo por causa da atrição, algo que pode não ser observado pelo paciente (GIMENES, 2008; DEKON; PELLIZZER, 2003). 
Outrossim, é possível observar outros sinais do bruxismo, como formação de trincas, erosão cervical, fraturas coronárias ou de restaurações. Já os sintomas, nem sempre a dor é a principal decorrênciadescrita pelos pacientes. Porém, sintomatologia em que a dor se encontra acompanhada e pode se manifestar em diversas estruturas do sistema estomatognático, como músculos, articulação têmporomandibular ou até nos próprios dentes. Quando isso ocorre, o indivíduo procura mais rapidamente o tratamento, antes que gere grandes problemas para estrutura dentariam. Entretanto, quando acontece uma adaptação fisiológica dessas estruturas, o que é mais afetado é o próprio dente, que perde sua estrutura (esmalte e dentina) de maneira gradativa, e demonstra destruição das estruturas periodontais, caracterizada pela perda óssea, resultando em mobilidade, pericementite e até abscesso periodontal, em alguns casos pode gerar um comprometimento da polpa, resultado em pulpite ou necrose pulpar (DINIZ; SILVA, 2009; DEKON; PELLIZZER; 2003).
5.4 DIAGNOSTICO
O diagnóstico do bruxismo deve ser feito com bases nos exames dos elementos dentários com desgastes e confirmado pelo exame eletromiografico dos músculos do masseter e temporal. Além disso, é necessário entender que não é simples o diagnóstico do bruxismo, pois qualquer pessoa apresenta um tipo de parafunção noturna. O que diferencia é a frequência, duração e intensidade das contrações musculares envolvidas (SILVA, 2009). 
Além dos diagnósticos citados a cima, um bastante usado no diagnóstico de bruxismo, é a polissonografia. Tal exame consiste em colocar eletrodos de eletromiografia nas regiões dos músculos masseteres, temporais, frontais bilaterais e fazer um registro audiovisual simultâneo. O registro do áudio visual simultâneo se faz necessário, pois por meio dele é possível diferenciar os episódios de bruxismo com o engolir e o ronco. Ademais, caso o paciente seja classificado com bruxismo leve ou moderado, é preciso que o indivíduo passe duas noites pelo exame de polissonografia. Entretanto, se o paciente possuir bruxismo de nível grave com menor variabilidade uma noite já é suficiente (ALOÉ; GONÇALVES; AZEVEDO, 2003). 
5.5 TRATAMENTO
No tratamento do bruxismo, a principal intervenção clinica deve estar ligada para a proteção do dente, aliviando dores faciais e temporais, reduzir o ranger e promover melhorias na qualidade de sono incluído ajuste oclusal e restauração da superfície dentária, devido à severidade do desgaste. O tratamento do bruxismo se inicia com o uso da placa de mordida, essa placa oclusal, caracteriza-se como um dispositivo removível que abrange todos os elementos dentários de um dos arcos, geralmente é o superior, que se ajusta nas incisais e oclusais dos dentes, ocasionando contato oclusal prévio com os dentes do arco oposto. Tal dispositivo é normalmente utilizado nos hábitos parafuncionais como o bruxismo. Tem como função a consecução de um diagnóstico diferencial para o alívio da dor nas fases agudas nos casos de hábitos parafuncionais e como proteção para os dentes do atrito de cargas traumáticas. Em suma, caracteriza-se como um aparelho não invasivo e de efeito reversível (GIMENES, 2008; OLIVEIRA; CARMO, 2000). 
Além desse tratamento, é necessário observa se existe a necessidade de ajustar a oclusão do indivíduo e restaurar as superfícies dentarias e contornos com materiais que sejam adequados para cada caso. Levando à necessidade de reconstrução oclusal. Para que ocorra tal procedimento, é preciso avaliar o antagonista antes de escolher o material restaurador devido à diferença da resistência. Ao desgaste por abrasão entre os materiais empregados, para que não ocorra o insucesso do tratamento. Em determinados pacientes, é necessário o tratamento ortodôntico (DINIZ, 2009; PRIMO;et al., 2009).
6DESGASTES PÓS-ERUPTIVOS
Os desgastes pós-eruptivos são lesões não cariosas que causam perda de estrutura dental e podem ocorrer devido a eventos químicos e mecânicos. Os mais comuns são: erosão, atrição, abrasão e abfração (CAMPOS, 2016).
6.1EROSÃO
É a destruição de tecidos mineralizados da superfície dental por um processo químico (ácidos e/ou quelantes), sem o envolvimento bacteriano (ALVES, 2012).
A etiologia da erosão dental se subdivide em fatores extrínsecos e intrínsecos. Os fatores extrínsecos estão relacionados com ácidos de origem exógena, como medicamentos (vitamina C e ácido acetilsalicílico), dieta (frutas e bebidas ácidas) e meio ambiente (indústrias químicas e piscinas cloradas). As causas intrínsecas referem-se aos ácidos oriundos do estômago (principalmente o ácido clorídrico presente na regurgitação e no vômito). A etiologia da erosão dental ainda inclui outros fatores dependentes do indivíduo, como fluxo salivar e capacidade tampão da saliva (ALVES, 2012).
O diagnóstico da erosão dental se dá pela diminuição do brilho do esmalte, ausência de placa macroscópica e polimento das superfícies dentais atingidas pelos ácidos. O processo de erosão resulta em aspecto de dentes amarelados comprometendo a estética (TUNAS, 2016).
O tratamento dependerá da causa relacionada. Em um primeiro momento é importante promover o alívio dos sintomas e controlar a evolução do processo. A partir da detecção da suspeita etiológica relacionada, é importante que o cirurgião dentista encaminhe o paciente a outros profissionais da saúde para diagnóstico e tratamento de possíveis doenças sistêmicas. Somente após esses procedimentos iniciais é que será planejado um tratamento restaurador, a fim de restabelecer a estética, função e equilíbrio oclusal e muscular ao paciente (BRANCO, 2008).
6.2 ATRIÇÃO
É um desgaste mecânico das estruturas dentais causado pelo contato entre dentes antagonistas durante a mastigação e a oclusão. A atrição ocorre preferencialmente nas superfícies oclusal e incisal e algumas vezes na superfície proximal (BRENTEGANI, 2006; ALVES, 2012).
Alguns pacientes possuem hábitos parafuncionais que podem ser etiologia, juntamente com a mastigação e a oclusão, desse tipo de desgaste. O bruxismo por exemplo é um dos hábitos parafuncionais mais prevalente, complexo e destrutivo do sistema estomatognático e que pode causar a perda de estrutura dental (ALVES, 2012).
O diagnóstico ocorre inicialmente por um pequeno desgaste localizado na "ponta" ou no "bordo" da cúspide dental ou, então, um ligeiro achatamento do bordo incisal dos dentes. Em um estado mais avançado, o diagnóstico caracteriza-se pela perda de estrutura dentária em uma ou mais áreas, facetas dentais grandes, planas, lisas e brilhantes e dentina exposta ao meio bucal apresentando aspecto amarelado ou castanho (BRENTEGANI, 2006).
O tratamento para atrição dental se faz pela remoção do agente causal e, posteriormente, a restauração dental em função de cada caso clínico tendendo sempre por um material de forramento que não cause injúrias pulpares eliminando, assim, a sensibilidade dental. Em casos de atrição por hábitos parafuncionais é indicado a placa mio-relaxante (BRENTEGANI, 2006).
6.3 ABRASÃO
É um desgaste físico causado por materiais que não sejam o dente. Dependendo de seu agente etiológico, a abrasão pode se manifestar na borda incisal ou na região cervical (ALVES, 2012).
Dentre os fatores etiológicos da atrição estão os hábitos deletérios (cachimbo, unicofagia, colocação de objetos na boca) e fatores relacionados à escovação, como a técnica inadequada, métodos rigorosos, forma das cerdas e dentifrícios abrasivos (ALVES, 2012).
O diagnóstico se dá, quase sempre, pela forma em "V" de áreas de lesão cervical, tendo aspecto liso, brilhante, livre de placa e sem descoloração (BARBOSA, 2009).
O tratamento consiste em eliminar o fator etiológico, o cirurgião dentista deverá instruir e orientar a correta higiene bucal e é preconizado a dentística restauradora visando um material restaurador resistente ao processo abrasivo e eliminação da sensibilidade utilizando um material de forramento compatível com a polpa (BRENTEGANI, 2006).
6.4 ABFRAÇÃO
É uma lesão, mais comum em dentes posteriores, caracterizada pela perda patológica de tecido duro em decorrência de forças biomecânicas que causam uma flexão dental e fadiga do esmalte e dentina em um local distantedo ponto de carga oclusal (ALVES, 2012).
Tem sido indicado como etiologia as forças oclusais aplicadas, excêntricamente aos dentes, resultando na inclinação dental que poderá produzir o rompimento de ligações químicas dos cristais da estrutura calcificada do dente e, consequentemente, perda de estrutura dental (BRENTEGANI, 2006).
O diagnóstico se dá por uma lesão não cariosa, localizada na face vestibular, principalmente dos dentes anteriores inferiores. Ainda, essas lesões podem aparecer com a presença de um entalhe cervical profundo em forma de "V", que por sua vez possui maior prevalência em pacientes com bruxismo (BRENTEGANI, 2006; TRENTIN, 2014).
No tratamento para esse tipo de lesão é recomendado, primeiramente, identificar, corrigir e eliminar as forças estressantes que atingem os dentes por meio de avaliação de contatos prematuros, realizada com a inspeção clínica e montagem do articulador. Como continuidade do tratamento são indicados os procedimentos restauradores preconizando por materiais com qualidade e que flexione com o dente. O ionômero de vidro pode ser indicado por sua capacidade resiliente (BRENTEGANI, 2006).
7 SENSIBILIDADE
A hipersensibilidade pode ser causada por vários fatores, podendoser eles: tratamento periodontal, recessão gengival, alimentos e bebidas ácidas, habito agressivo na hora da escovação, dentifrícios abrasivos, possíveis doenças sistêmicas e desordem de oclusão (AIELLO, 2014). 
O dente com hipersensibilidade dentária tem grande números de túbulos abertos na superfície da raiz ou mesmo em qualquer parte do dente, e são de diâmetro maior do que os túbulos em dentes não sensíveis. A dentina que se encontra exposta nessas ocasiões, foram afetadas em decorrência da perda de esmalte e/ou cemento, em qualquer superfície do dente, porém ocorre mais frequentemente na área cervical a superfície vestibular dos dentes permanentes. Assim, na superfície da dentina exposta quando houver a presença de um estimulo, ocorrerá uma resposta dos nervos pulpares, manifestada como uma dor rápida, aguda e intensa, associada a um mecanismo hidrodinâmico mecanoceptor(AIELLO, 2010). 
 A sensibilidade pode ser demonstrada por estímulos exagerados como térmico ou químico, que variam de pequenos incômodos a fortes dores, podendo muitas das vezes interferir na alimentação e higienização bucal do paciente (ARANHA, 2003). 
Na maioria dos estímulos dolorosos induzidos, em especial o frio, é por evaporação e causam uma saída de fluido da dentina. Já estimulo de calor provoca um deslocamento de fluido em direção a polpa dentária. Isso resulta em uma mudança de pressão em toda dentina que ativa as fibras nervosas intradentárias, provocando um recuo relativamente lento de fluido da dentina, as mudanças de pressão resultante ativam fibras nervosas menos agressivas. Por isso, o calor é geralmente o estimulo menos problemático do que o frio.  (CAMARGO, 2011)
7.1 TRATAMENTO
Existem inúmeras formas e produtos para tratamento da hipersensibilidade dentária, mas de início é necessário eliminar qualquer tipo de patologia envolvida. A sensibilidade pode ser curada de forma espontânea, pela remineralização por saliva ou por formação de dentina reacional. Quando isso não ocorrer, deve ser feito um procedimento que diminui o fluxo de líquidos nos túbulos dentários. Dentre todos esses, apenas como última alternativa, pode ser feito o tratamento endodôntico, que se estabelece de acordo com a gravidade e duração do problema (QUERIDO; RASLAN; SCHERMA, 2010).
8 CONCLUSÃO	
Pacientes que apresentam a bulimia nervosa se apresentam com a auto estima baixa pois fazem a ingestão de uma alta quantidade de calorias em um curto período, o que gera a preocupação excessiva com o controle de peso, fazendo com que o mesmo induza o vômito diversas vezes durante o dia e gerando malefícios a saúde bucal como desgastes e o bruxismo, sendo mais comum durante a noite, devido aos momentos de tensão ou estresses.
A bulimia nervosa se difere da anorexia pois se caracteriza por uma ingestão exagerada de alimentos e uma vontade incontrolável de comer, seguida de uma preocupação para manter o peso. Já a anorexia se difere pela intensa perda de peso a base de dietas rigorosas, com uma intensa busca pela magreza.
Os desgastes mais comuns são classificados em erosão é uma destruição dos tecidos mineralizados por um processo químico como ácidos, atrição é um desgaste mecânico das estruturas pelo contato entre dentes durante a mastigação, abrasão é um desgaste físico causado por materiais, podendo se manifestar na borda incisal ou cervical e abfração que se considera a mais comum entre as outras, tem como característica a perda patológica do tecido duro por forças biomecânicas gerando uma flexão dental e fadiga do esmalte e dentina.
A sensibilidade é associada a perda do esmalte e cemento na região cervical, tendo como dor e desconforto seus principais sintomas quando entra em contato com alimentos quentes ou frios. Está relacionada a abertura dos túbulos dentinários, que se apresenta em toda extensão da dentina. 
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