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AULA- TRASTORNOS PSIQUIÁTRICOS

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· TRASTORNOS PSIQUIÁTRICOS 
· TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Agonia psicológica
Tensão motora: tremor, agitação, tensão muscular, dores, inquietação.
Hiperatividade autônoma: respiração curta, sensação de abafamento, palpitações, suores ou frio, boca seca, tontura, náusea, diarréia, ondas de calor ou arrepios, urina frequente, problemas em engolir “nó na garganta”.
Sentir-se tenso, reação assustada generalizada, dificuldade de concentração, dificuldade em dormir, irritabilidade.
· TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: 
Apresentar pelo menos 6 sintomas de ansiedade em um período de 6 meses ou mais.
· TRANSTORNO DO PÂNICO: 
Cerca de 15% dos pacientes que são atendidos no cardiologista procuram o médico em função dos sintomas associados a um ataque de pânico.
Inicia geralmente na adolescência e meados dos 30 anos.
Surgimento repentino de medo intenso, excitação e sintomas cardíacos e/ou respiratórios sem provocação.
Frequentemente confundido com angina ou epilesia.
· TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO:
É um transtorno de ansiedade que uma pessoa popde desenvolver depois de vivenciar ou assistir um evento traumático.
É consierado um transtorno quando os sintomas aparecem 6 meses após o envento ou persistem pro mais de 3 meses após o evento.
DIAGNÓSTICO: Histórico de vivência traumática e reesperiência desse evento através de memórias, sonhos perturbadores, flashbeeck, evitar o local onde ocorreu o estresse... 
SINTOMAS: dificuldade para dormir, dificuldade de concentração, hipervigilância, irritabilidade, reações assustadas. 
· DISTÚRBIOS COGNITIVOS
· DELÍRIOS: 
Alteração aguda no estado mental incluindo confusão mental, sonolência e períodos de agitação.
Consiste em transtorno agudo de atenção e função cognitiva. 
Geralmente tem causa multifatorial e o risco aumenta com a idade. Histórico familiar também aumenta o risco.
É muito comum em pacintes internados e depende do motivo e tempo da internação.
SINAIS: Consciência nebulosa, transtornos de memória, facilmente distraído, pensameento lento, razão debilitada, pensamentos desorganizados e fragmentado.
SINTOMAS: Incoerência, alucinações visuais, ilusões, medo e ansiedade substituídos pro apatia, agitação, hipervigilância, desorintado no tempo e lugar.
TRATAMENTO: Determinar a causa principal e iniciar o tratamento apropriado. 
Abordagens não-farmacológicas devem ser utilizadas em todos os pacientes delirantes:
- É muito importante a incentivar a comunicação por fala e visual com o paciente. Ter a ajuda de familiares para trazer o paciente de volta.
- Incentivar o paciente ao auto-cuidado, nortea-lo quanto ao tempo, idade e mante-lo em um ambiente calmo.
· TRANSTORNOS AMNÉSICOS: Deficiência na memória.
Relacionados com memória recente perturbada ou inabilidade de armazenar novas informações.
São bem comuns com o avanço da idade e frequentemente associados ao alcoolismo.
ETIOLOGIA: Alcoolismo, ferimentos na cabeça, hipoxia (baixa oxigenação cerebral), anóxia (pouca vascularização cerebral) e isquemia, convulsões, demências.
SINAIS E SINTOMAS: Pacientes podem negar a existência de um problema com a memória, frequentemente desorientados com o tempo, falta de conhecimento de eventos locais, inabilidade de armazenar, reter ou recuperar uma lista com 4 ou 5 palavras durante vários minutos.
TRATAMENTO: Depende da cuasa da amnésia; mediacamentos mais eficazes estão disponíveis para o tratamento de estágios precoces de Alzheimer; traumatismo na cabeça a amnesia pode curar-se sem tratamento; por infecção o tratamento eficaz da infecção pode curar a amnésia.
· TRANSTORNOS DE HUMOR
Representa um grupo heterogênio de distúrbios mentas que caracteriza-se por exagero extremo, transtorno afetivo e de humor.
· DEPRESSÃO:
São depressivos na maior parte do dia, desinteresse por atividades, aumento significativo do peso, manifestações de insônia ou hipersonia.
DIAGNÓSTICO: Sintomas presentes por pelo menos 2 semanas, na maior parte do dia.
Como nosso contato com o paciente é muito próximo, principalmete em pacientes de longa data, é comum identificarmos algumas dessas alterações. Devemos encaminha-lo para um profissional especializado p/ avaliação.
· BIPOLARIDADE:
O transtorno é caracterizado pelos extremos, períos de euforia, felicidade e períodos de depressão, que podem durar dias, semanas ou até meses.
Sintomas, geralemente, começam entre os 15 e 25 anos.
As alterações de humor aumentam o estresse oxidativo das células e a saúde de quem sofre desse transtorno tende a se deteriorar mais rapidamente porque o organismo envelhece em um ritmo mais acelerado.
O diagnóstico não é simples.
· ESQUIZOFRENIA
É uma condição psicótica, onde o paciente vive em alucinações e com sentimento de perseguição em alguns momentos do dia.
Geralmente surge no final da adolescencia.
Genética é um fator importante.
FATOR DE RISCO: uso de maconha entre os 15 e 18 anos.
SINTOMAS: Delírios, alucinações, fala e pensamentos desorganizados, pouca expressão emocional e verbal, agitação física ou catatonia (falta de movimentos).
Excesso de dopamina no sangue pode estar relacionado com alguns sintomas.
· TRANSTORNOS ALIMENTARES
90-95% dos casos são mulheres adolescentes.
· ANOREXIA NERVOSA:
Grave restrição alimentar, o paciente não come e acaba perdendo muito peso.
1% das mulheres entre 12 e 15 anos de idade. Mais comum em mulheres brancas e de grupo socio-econômicos mais altos
2 tipos: restritivo e purgativo. No tipo restritivo a pessoa não se alimenta adequadamente, já no tipo purgativo além de não alimentar-se adequadamente, usa maneiras de eliminar o que ingeriu, atravez de exercícios de forma exagerada, indução de vômito, uso de diuréticos, etc. 
DIAGNÓSTICO: Características clinicas; recusa persistente em manter o peso corporal ou acima de um mínimo esperado; medo intenso e constante com a possibilidade de tornar-se gorda, mesmo quando seu peso corporal está muito abaixo do esperado.
Ausencia, de pelo menos, 3 ciclos menstruais consecutivos.
TRATAMENTO: fazer a pessoa reconhecer que tem uma doença; auxílio na recuperação do peso corporal; deve ser feito por uma equipe multiprofissional; medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor, podem ajudar como parte do tratamento.
· BULIMIA:
Paciente tenta eliminar todo o alimento que foi ingerido.
Mais comum do que a anorexia. Prevalencia de 1 a 2%
Inicia em torno dos 20 anos.
DIAGNÓSTICO: Características clínicas; minimo 2 x/semana ingestão descontrolada de alimentos, durante 3 meses no mínimos, para ser classificada como portadora de bulimia nervosa.
2 tipos: purgativo e não-purgativo. No tipo purgativo o paciente usa de algum método para eliminar o que ingeriu (uso de laxantes, diuréticos, indução de vômito), já o tipo não purgativo o paciente utiliza formas como excesso de exercício fisico ou jejum prolongado.
TRATAMENTO: fazer a pessoa reconhecer que tem uma doença; deve ser feito por uma equipe multiprofissional; medicamentos, como antidepressivos podem ajudar como parte do tratamento.
Através das erosões dentárias, daquelas que induzem o vômito, podemos suspeitar e encaminhar para um profissional qualificado para o tratamento.
· ATUAÇÃO ODONTOLÓGICA
É importante na anamnese identificar qual trastorno o paciente apresenta, após isso conhecer os medimamentos que o paciente faz uso= LER BULA.
É muito comum o uso de benzodiazepínicos, como o diazepan.
Antidepressivos tricíclicos como a amitriptilina
Inibidores da monoamina-oxidase (MAO) como a feneosina, apresentam efeitos adversos bem graves como a trombocitopenia e leocopenia.
Sertralina e fluxetina são anti-depressivos da segunda geração, são considerados inibidores seletivos da recaptação da serotonina.
No geral todos apresentam algumas características em comum como a boca seca, náusea e vômito.
ATITUDES DOS PACIENTES EM RELAÇÃO AOS DENTISTAS:
Um paciente depressivo, a última coisa que ele vai pensar é na sua saúde bucal, então devemos compreender essa situação e tentar elevar sua auto-estima, motivar e ressaltar a importancia desses cuidados.REAÇÕES COMPORTAMENTAIS:
Características relevantes incluem idade, nivel de maturidade, estilo de personalidade, experiência prévia com a doenças e apoio social.
Negação, ansiedade, raiva e depressão são reações universais e comuns para toda a população mesmo sem algum transtorno psiquiátrico, então não podemos julgar o paciente sem antes saber o seu histórico.
· MANEJO ODONTOLÓGICO:
- ANSIEDADE GENERALIZADA: conversar com o pacinete, questionar sobre as reações, se o pacinete já faz uso de algum benzodiazepínico indicar que tome próximo ao horário da consulta e passar confiança para tentar acalma-lo.
PRÉ-OPERATÓRIO:
Estabelecer comunicação eficaz, ser honesto, deixar o paciente ver quem é você, fornecer comunicação verbal e não verbal consistente, explicar o procedimento e responder dúvidas, explicar o que fará para que o procedimento seja livre de dor, se houver desconforto avisar previamente ao paciente.
TRANS-OPERATÓRIO:
Permitir que o paciente faça perguntas sobre o que está acontecendo, avisar ao paciente se qualquer desconforto for acontecer, reassegurar ao paciente que o procedimento está indo bem.
PÓS-OPERATÓRIO:
Explicar o que geralmente ocorre após o procedimento, explicar o que ele precisa fazer e/ou evitar, descrever possíveis complicações que podem ocorrer, avisar que ele pode/deve entrar em contato no caso de complicações.
TRANSTORNO RELACIONADO A ESTRESSE: 
Presença de áftas e lingua geográfica
- DELÍRIO: atender somente urgência e mesmo assim consultar o médico previamente, para prescrição de medicamentos para que esteja mais calmo durante a consulta.
- TRANSTORNOS ALIMENTARES: Característica comum são as erosões dentárias, principalmente nas linguais dos dentes superiores (inferiores a língua protege).
· INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E EFEITOS ADVERSOS:
O dentista pode prescrever um bernzodiazepínico para sedação a fim de controlar a ansiedade, mas deve ter cuidado com os medicamentos que o paciente já utiliza. Prescrever com cautela e em doses baixas.
- ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: amitriptilina, desipramina, doxepina, imipramina, nortriptilina, protiptilina...
A salivação pode diminuir, aumento de doença periodontal e cárie;
Podem potencializar os efeitos de outros depressores do SNC;
Seus níveis são reduzidos pelo uso de alcool ou fenitoína
Apenas em pequenas quantidade pode-se utilizar epinifrina= efeito no sistema cardiovascular (pode ter arritmia e aumento da PA)
- MAO: pacientes podem rceber pequenas quantidades de epinefrina, então pode-se usar AL com o vasoconstritor moderadamente, mas não fazer uso de por exemplo fio retrator embebido em epi.
Epinefrina deve ser usada com muita cautela em pacientes que fazem uso de antipsicóticos, pois ela tem o efeito hipotensivo muito grande. Pequenas doses são toleradas, mas é preciso ter todo o cuidado com aspiração, não usar mais que 2 tubetes, evitar o uso tópico.
- LÍTIO: 
Pode causar xerostomia e estomatires;
Interagem com AINES, eritromicina, tetraciclina e metronidazol= aumentam a toxicidade do lítio.
· CONSIFERAÇÕES NO PLANO DE TRATAMENTO:
Desinteresse pela saúde bucal:
Dar atenção com higiene bucal diária e considerar a necessidade de maior frequencia de consultas;
Ser realista em termos do distúrbio psiquiatrico do paciente;
O plano de tratamento deve ser dinâmico, que motive o paciente.
Os familiares do paciente devem colaborar com o tratamento.

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