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DOENÇAS PULMONARES Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) DPOC Doença caracterizada por limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação ao fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases nocivos. GOLD, 2006 BRONQUITE CRÔNICA ENFISEMADPOC Presença de tosse e produção de muco por no mínimo 3 meses por ano, considerando dois anos consecutives. Destruição da superfície da troca de gás do pulmão (alvéolos). Alargamento anormal permanente nos alvéolos ao bronquíolos terminais. DPOC → LINITAÇÃO FLUXO AÉREO É também importante reconhecer que a tosse e a produção de muco pode preceder o desenvolvimento de limitação do fluxo aéreo; de modo inverso, alguns pacientes desenvolvem limitação do fluxo aéreo significante com ausência da tosse crônica e produção de muco. História Natural A DPOC tem uma história natural variável e nem todos os indivíduos seguem o mesmo curso; Doença progressiva; A interrupção da exposição aos agentes nocivos pode resultar em alguma melhora na função pulmonar e retardar ou mesmo interromper a progressão da doença. Entretanto, a DPOC e suas comorbidades não podem ser curadas. DPOC Relacionada a uma série de mudanças patológicas no pulmão; Efeitos extra pulmonares significantes; Comorbidades podem contribuir para a gravidade da doença dos pacientes. COMORBIDADES NA DPOC Anormalidades nutricionais; Perda de peso; Disfunção de músculos esqueléticos; Risco para: IAM – (Infarto Agudo do Miocárdio); Angina; Osteoporose; Infecção respiratória; Fraturas ósseas; Depressão; Distúrbio do sono; Anemia. FATORES DE RISCO PESSOAIS - Genético ( deficiência de alfa1 - ntitripsina); - Hiperresponsividade; - Prematuridade; - Deficiencia de glutationa transferase; AMBIENTAIS - Tabagismo ; - Fumaça de fogão a lenha; - Condição socioeconômica; - Poeira ocupacional; - Infecções respiratórias graves na infância; - Irritantes químicos *indústrias de borracha, plásticos, couro, têxtil e moagem de grãos. FISIOPATOLOGIA RISCO DE DPOC ESTÁ RELACIONADO À CARGA TOTAL DE PARTÍCULAS INALADAS Inflamação Destruição do parênquima Limitação ao fluxo aéreo FISIOPATOGENIA DO ENFISEMA FISIOPATOGENIA DO BRONQUITE CRÔNICA AGENTE NOCIVO Desequilíbrio Enzimático inibe antioxidantes Ativação do sistema de defesa – Macrófagos e outras células de defesa Aumento da produção de secreção Limitação ao fluxo aéreo acumulo de secreção Oxidantes e radicais livres liberação de proteases – elastina e catepsinas Lesão celular Destruição tecido celular Bronquite crônica Enfisema DPOC GOLD, 2016 ESTRESSE OXIDATIVO Células do pulmão são protegidas contra sobrecarga oxidativa por sistemas enzimáticos e não-enzimáticos bem desenvolvidos Quando o equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes se desloca a favor dos oxidantes → estresse oxidativo Fator importante na patogênese da DPOC e asma MUDANÇAS ESTRUTURAIS PATOLÓGICAS NA DPOC Vias aéreas proximais (traqueia e brônquios > 2mm diâmetro) ❖ Aumento de células caliciformes ❖ glândulas submucosas aumentadas ❖metaplasia escamosa do epitélio Vias aéreas periféricas (bronquíolos <2 mm diâmetro interno) ❖ Espessamento de parede das vias aéreas ❖ Fibrose peribrônquica ❖ Exudato inflamatório na luz ❖ Estreitamento das vias aéreas MUDANÇAS ESTRUTURAIS PATOLÓGICAS NA DPOC Parênquima pulmonar (bronquíolos respiratórios e alvéolos) ❖Destruição da parede alveolar, apoptose das células epiteliais e do endotélio o Enfisema centrolobular: dilatação e destruição dos bronquíolos respiratórios; mais comumente visto em fumantes o Enfisema panacinar: destruição dos sacos alveolares bem como dos bronquíolos respiratórios; mais comumente observados na deficiência de alfa-1 antitripsina MUDANÇAS ESTRUTURAIS PATOLÓGICAS NA DPOC Vasculatura pulmonar: Espessamento da íntima disfunção de células endoteliais Aumento do músculo liso HIPERTENSÃO PULMONAR LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO E APRISIONAMENTO DE AR Obstrução das vias aéreas periféricas progressivamente aprisiona ar durante a expiração, resultando em hiperinsuflação; Consequências: ❖Redução da capacidade inspiratória (CI); ❖Aumento da capacidade residual funcional (CRF); ❖Dispneia; ❖Limitação na capacidade de exercício físico. ANORMALIDADE NAS TROCAS GASOSAS Resultam em hipoxemia e hipercapnia; Piora à medida que a doença progride; Obstrução das vias aéreas periféricas e enfisema resultam em desequilíbrio VA/Q; Alteração dos músculos respiratórios reduz a ventilação → hIpercapnia; Redução do leito vascular pulmonar → piora da relação VA/Q. HIPERSECREÇÃO Nem todos os pacientes com DPOC têm secreção; Decorrente de metaplasia da mucosa com elevado numero de células caliciformes e aumento das glândulas submucosas em resposta à irritação crônica das vias aéreas por tabagismo ou outros agentes nocivos. EXACERBAÇÕES Representam uma amplificação adicional da resposta inflamatória nas vias aéreas do paciente com DPOC; Pode ser deflagrada por infecção por bactéria ou vírus ou por poluentes ambientais; DIAGNÓSTICO Sintomas crônicos - Tosse - Secreção - Dispnéia - Sibilos Exposição a fatores de risco: FUNÇÃO PULMONAR → ESPIROMETRIA Exames complementares: - Rx de tórax (dd), gasometria (se satO2 <90%). Exames complementares: - Rx de tórax (dd) - Tomografia complutadorizada - gasometria (satO2 <90%). - Exame do escarro DIAGNÓSTICO PELA ESPIROMETRIA GOLD, 2016 CLASSIFICAÇÃO (ESPIROMÉTRICA) INSPEÇÃO Cianose central; Costelas relativamente horizontais; Horizontalização dos hemi-diafragmas; Frequência respiratória aumentada; Pacientes comumente apresentam respiração bucal, o que serve para retardar fluxo expiratório e permitir esvaziamento pulmonar mais eficiente. RADIOGRAFIA DE TÓRAX Sinais de hiperinsuflaçao ❖Hipetransparência ❖Sinais de trilho de trem ❖Aumento de espaços intercostais ❖Retificação de diafragma TRATAMENTO O tratamento da DPOC objetiva: ❖Aliviar sintomas; ❖Prevenir progresso da doença; ❖Melhorar tolerância ao exercício; ❖Melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde (estado de saúde); ❖Prevenir e tratar complicações; ❖Prevenir e tratar exacerbações; ❖Reduzir a mortalidade. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO • Broncodilatadores; • Corticóides. Convencional: • Vacinas; • Terapia de reposição de alfa 1-antitripsina; • Antibióticos; • Mucolíticos; • Agentes antioxidantes; • Vasodilatadores. Adjuvantes: FISIOTERAPIA NA DPOC TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO PULMONAR - Avaliação (testes funcionais, teste de oxigenoterapia, questionários, teste de função pulmonar e testes de força muscular) - Exercícios respiratórios (MHB, MR) - Eletroestimulação neuromuscular (EENM) - Condicionamento cardiorrespiratório (exercícios aeróbios) - Exercícios endurance MMSS e MMII - Exercícios de flexibilidade FISIOTERAPIA NA DPOC CONDIONAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO EXERCÍCIO DE ENDURANCE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE TIPO DE ATIVIDADE Qualquer atividade que envolve grandes grupos musculares. Caminhada, andar de bicicleta, subida de escadas, natação e circuitos Treinamento de força dos grandes grupos musculares dos membros superiores e inferiores Alongamentos dos grandes grupos musculares que devem incluir técnicas estáticas e/ou dinâmicasapropriadas FREQUÊNCIA DE TREINAMENTO 3-5 dias por semana 2-3 dias por semana 2-3 dias por semana INTENSIDADE DE TREINAMENTO 60 a 80% da frequência cardíaca de reserva 40 a 60% VO2pico, ou 5-6 na escala de Borg modificada 60-80% da 1RM - DURAÇÃO DE TREINAMENTO 20-60 minutos de atividade aeróbica contínua ou intermitente 8-15 repetições Regime de séries múltiplas (2-5 séries) 4 repetições, mantidas por 10-30 segundos FISIOTERAPIA NA DPOC PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO PULMONAR Asma Brônquica DEFINIÇÃO ASMA BRÔNQUICA GINA, 2010 Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade ( HR ) das vias aéreas inferiores e por limitação variável do fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento, manisfestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente a noite e pela manhã ao despertar. EPIDEMIOLOGIA DA ASMA Mundialmente a prevalência da ASMA 1 a 18% No Brasil a cerca 20 milhões de indivíduos com ASMA CONTROLE RUIM DA ASMA: • Maior utilização dos serviços de saúde • Piora da qualidade de vida • Absenteísmo escolar • Perda de dias de trabalho ETIOLOGIA Genética Sexo (na idade adulta sexo feminino) Poluição ambiental Infecções respiratórias (adenovirus e VRS) e bactérias atípicas Deficiência de vitamina D FATORES DETERMINANTES DE EXACERBAÇÃO Exposição a alérgenos; Infecções virais; Exercícios; Irritantes; Ingestão de drogas antiinflamatórias não-esteroidais; Mudanças hormonais durante o ciclo menstrual; Mudanças climáticas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COMUNS Sibilos; Dispneia; Tosse; Sinais de desconforto respiratório. ASMA BRÔNQUICA GINA, 2008 INFLAMAÇÃO HIPER- RESPONSIVIDADE OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREO ASMA LEVE GRAVE MORTE ASMA FATAL Causas comuns da asma fatal: ❖Anormalidades permanentes da função pulmonar; ❖Admissões recorrentes ao hospital; ❖Uso incorreto de medicações; ❖Fatores psicológicos; ❖Subestimação da gravidade da doença. FISIOPATOGENIA → HIPERRESPONSIVIDADE CAUSA (ALÉGICA OU NÃO ALERGICA) Ativação do sistema de defesa Mastócitos, Linfócitos e Eosinófilos Limitação ao fluxo aéreo acumulo de secreção ASMA HIPERRESPOSIVIDADE GOLD, 2016 INFLAMAÇÃO (IL3, IL5, TNFα, TXA e PDA) FISIOPATOGENIA A asma brônquica pode ocorrer em basicamente duas formas: ❖Não alérgica (intrínseca), quando ocorre espontaneamente; ❖Alérgica, quando ocorre em resposta a gatilhos específicos. Asma→ processo inflamatório. O processo inflamatório subjacente à asma resulta de uma interação altamente complexa de vários tipos de células (mastócitos, linfócitos, eosinófilos). REMODELAMENTO DE VIAS AÉREAS NA ASMA Durante décadas a asma foi considerada uma condição de obstrução reversível ao fluxo aéreo. Entretanto, muitos pacientes asmáticos apresentam evidências de obstrução residual ao fluxo aéreo, que pode ser detectada mesmo na ausência de sintomas Remodelamento tecidual: é a modificação das propriedades normais do tecido e envolve mudanças na sua composição e organização estrutural FISIOPATOGENIA Hiperplasia das células musculares lisas Aumento da permeabilidade vascular Hiperplasia das glâdulas submucosas Deposição de colageno subepitelial DIAGNÓSTICO Depende de: ❖História clínica ❖ Espirometria: Evidências de limitação variável ao fluxo aéreo ❖Outros testes: o Broncoprovocação (ex: metacolina) o Testes de alergia o Óxido nítrico exalado DIAGNÓSTICO Síbilos expiratórios Síbilos inspiratórios Dispneia Sinais de desconforto respiratório Tosse seca Tosse noturna Dor no peito EXACERBAÇÕES Pode ocorrer em pacientes com diagnóstico pré-existente de asma ou, ocasionalmente, como a primeira apresentação da asma. Mudança no status usual do paciente; Piora aguda ou subaguda dos sintomas e da função pulmonar do paciente; DIAGNÓSTICO DE EXACERBAÇÃO Exames complementares; Exame físico; História clínica do paciente; DIAGNÓSTICO DA EXACERBAÇÃO Grau de dispneia; FR; FC; SpO2; Nível de consciência. DIAGNÓSTICO DA EXACERBAÇÃO Função pulmonar: redução do fluxo expiratório ❖Redução do pico de fluxo ❖Redução do VEF1 DIAGNÓSTICO DA EXACERBAÇÃO Radiografia de tórax TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Corticosteróides inalatórios; Antialergicos; Antagonistas de receptores de leucotrienos; Imunoterapia específica com alérgenos. OBJETIVO obter e/ou promover a manutenção do controle da doença D P O C • AGENTE SENSIBILIZANTE • INFLAMAÇÃO ASMATICA LINFOCITOS T CD8 + MACRÓFAGOS E NEUTRÓFILOS • COMPLETAMENTE IRREVERSSÍVEL A S M A • AGENTE NOCIVO • INFLAMAÇÃO ASMATICA LINFOCITOS T CD4 + EOSINÓFILOS • PODE SER REVERSSÍVEL GOLD, 2018 BOM ESTUDO!
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