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GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM Profª Ma. Elciana de Oliveira Emerick Coelho GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM DIMENSIONAMENTO ESCALAS DE TRABALHO EDUCAÇÃO CONTINUADA Recrutamento Seleção Treinamento Avaliação de desempenho. A ENFERMAGEM DEVERÁ ... PROVER PREVER ORGANIZAR TREINAR DISTRIBUIR AVALIAR SEU PESSOAL, COM O OBJETIVO DE GARANTIR A CONTINUIDADE DO CUIDADO, COM QUALIDADE GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM PARA TANTO DEVEMOS: Determinar a quantidade e os tipos de funcionários necessários (dimensionamento de pessoal). Recrutar / selecionar (recrutamento e seleção). Socializar o funcionários aos valores organizacionais, normas institucionais e rotinas da unidade (treinamento e educação continuada). Avaliar o desempenho e auditoria. GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM Etapa inicial do processo de provimento de pessoal que tem por finalidade a previsão do quantitativo e qualitativo de funcionários requerida para atender direta ou indiretamente, às necessidades de assistência de enfermagem da clientela. (Kurcgant et al.1989) DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL CARGA DE TRABALHO DA UNIDADE ÍNDICE DE SEGURANÇA TÉCNICA TEMPO EFETIVO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL Gaidzinski, Fugulin, Castilho, 2005 MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PESSOA DE ENFERMAGEM HORAS DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Perfil da equipe de enfermagem Equipe de saúde Acompanhante Perfil da clientela Proposta assistencial Dinâmica Institucional Política de RH Planta física Tecnologia FATORES QUE INTERFEREM NO TEMPO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RESOLVE: Art. 1° Estabelecer, na forma desta Resolução e de seus anexos I e II, os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de profissionais das diferentes categorias de enfermagem. Art. 2° O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas: GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 543/2017 Atualiza e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Professionais de Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; atribuições e competências (requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde). II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnicos e administrativos; dinâmica de funcionamento das unidades; turnos de trabalho; modelo gerencial; modelo assistencial; jornada de trabalho; carga horária semanal; índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem; indicadores de qualidade. III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (Sistema de Classificação de Pacientes – SCP) e realidade sociocultural. GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM Art. 3° O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, para as 24 horas de cada unidade de internação (UI), considera: a) Sistema de Classificação de Pacientes b) Horas de assistência de enfermagem c) Distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem d) Proporção profissionais/pacientes. GESTÃO DE PESSOAS NA ENFERMAGEM PARA DETERMINAR O GRAU DE DEPENDÊNCIA SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES Sistema de identificação e contribuição para o cuidado individualizado de enfermagem para grupos de pacientes com necessidades específicas WILLIANS: ANDERSON,1992 Forma de determinar o grau de dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem, objetivando estabelecer o tempo despendido no cuidado direto e indireto, bem como o qualitativo de pessoal, para atender as necessidades bio-psico- sócio-espirituais do paciente. GAIDZINSKI, 1994 S C P SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES CUIDADOS MÍNIMOS Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas fisicamente auto- suficientes quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas. Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas. CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES DE FUGULIN et al (1994) ALTA DEPENDÊNCIA Pacientes crônicos que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES DE FUGULIN et al (1994) CUIDADOS SEMI-INTENSIVOS Pacientes recuperáveis, sem risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. Pacientes recuperáveis, com risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. CUIDADOS INTENSIVOS SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES DE FUGULIN et al (1994) Auto suficienteAuxílio no banho de chuveiro e/ou na higiene oral Banho no chuveiro, higiene oral realizada pela enfermagem Banho no leito, higiene oral realizada pela enfermagem CUIDADO CORPORAL Auto suficienteUso de vaso sanitário com auxílio Uso de comadre ou eliminações no leito Evacuação no leito e uso de sonda vesical para controle de diurese ELIMINAÇÃO Movimenta todos os segmentos corporais Limitação de movimentos Dificuldade para movimentar segmentos corporais Mudança de decúbito e movimentação passiva auxiliada pela enfermagem Incapaz de movimentar qualquer segmento corporal Mudança de decúbito e movimentação passiva programada e realizada pela enfermagem MOTILIDADE AmbulanteNecessita de auxílio para deambular Locomoção através de cadeira de rodas Restrito ao leitoDEAMBULAÇÃO Controle de rotina (8 horas) Controle em intervalos de 6 horas Controle em intervalos de 4 horas Controle em intervalos menores ou iguais a 2 horas SINAIS VITAIS Auto suficientePor boca com auxílioAtravés de sonda nasogástrica Através de cateter centralALIMENTAÇÃO I.M. ou V.O.E.V. intermitenteE.V. contínua ou através de sonda nasogástrica Uso de drogas vasoativas para manutenção de P.A. TERAPÊUTICA Não depende de oxigênio Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio Uso contínuo de máscara ou cateter de oxigênio Ventilação mecânica (uso do ventilador a pressão ou a volume) OXIGENAÇÃO Orientação no tempo e no espaço Períodos de desorientação no tempo e no espaço Períodos de inconsciência InconscienteESTADO MENTAL 1234 ÁREA DE CUIDADO GRADAÇÃO DA COMPLEXIDADE ASSISTENCIAL SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES 9-14MÍNIMO 15-20INTERMEDIÁRIO 21-26ALTA DEPENDÊNCIA 27-31SEMI-INTENSIVO Acima de 31INTENSIVO PONTUAÇÃOCOMPLEXIDADE ASSISTENCIAL 4,0 horas de enfermagem, por paciente, na assistência mínima. 6,0 horas de enfermagem, por paciente, na assistência intermediária. 10 horas de enfermagem, por paciente, na assistência semi-intensiva. 18 horas de enfermagem, por paciente, na assistência intensiva. Resolução COFEN 543 / 2017 HORAS DE ASSISTÊNCIA SEGUNDO A RESOLUÇÃO 543/2017 HORAS DE ENFERMAGEM, POR PACIENTE, NAS 24 HORAS DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO TOTAL DE PROFISSIONAISSEGUNDO RESOLUÇÃO COFEN 543/17 CUIDADO MÍNIMO e INTERMEDIÁRIO 33% são enfermeiros e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem CUIDADO SEMI-INTENSIVO 42% são enfermeiros e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. CUIDADO INTENSIVO 52% são enfermeiros e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. O SCP e a proporção profissional/paciente nos diferentes turnos de trabalho respeitando os percentuais descritos anteriormente. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO TOTAL DE PROFISSIONAIS SEGUNDO RESOLUÇÃO COFEN 543/17 Para efeito de cálculo devem ser considerados: CUIDADO MÍNIMO 1 profissional de enfermagem para 6 pacientes CUIDADO INTERMEDIÁRIO 1 profissional de enfermagem para 4 pacientes CUIDADO SEMI-INTENSIVO 1 profissional de enfermagem para 2,4 pacientes CUIDADO INTENSIVO 1 profissional de enfermagem para 1,33 pacientes. FONTE: Resolução COFEN 543 / 2017 FOLGAS FERIADOS FÉRIAS AUSÊNCIAS PREVISTAS AUSÊNCIAS NÃO PREVISTAS FALTAS LICENÇAS SUSPENSÕES Ao quantitativo de profissionais deverá ser acrescido o IST de no mínimo 15% do total (8,3% referente às férias e 6,7% ausências não previstas). ÍNDICE DE SEGURANÇA TÉCNICA – IST ESCALAS DE SERVIÇO *A necessidade da clientela *Dinâmica da unidade *Características da equipe de enfermagem *E as leis trabalhistas. 24 ESCALA DE DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL REQUER CONHECIMENTO RELATIVOS A DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL É FEITA: Mensal – Diária – Férias ESCALA MENSAL ◦ Escala de pessoal e de folgas ◦ Distribuição dos elementos da equipe de enfermagem de uma unidade, durante todos os dias do mês, segundo os turnos de trabalho (M,T,N) ◦ São registradas as folgas, férias e licenças ◦ Planejar folgas de forma a garantir número suficiente de funcionários em cada categoria durante as 24h de assistência. IMPORTANTE O CONHECIMENTO DAS LEIS TRABALHISTAS 25 ESCALA DE DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL FUNCIONÁRIO PODE TRABALHAR: ◦ Até 8 horas/dia ◦ 44 horas/ semanal ◦ 10h/d = máximo = horas extras ou compensação ◦ Ou turnos.... Trabalho contínuo cuja jornada exceda 6 horas – é obrigatório um intervalo mínimo de 1 hora. Jornada de 4 – 6 horas = intervalo de 15min. 26 LEIS TRABALHISTAS – CLT 27 “Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento. III – por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana. IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada. V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). EXEMPLOS DE CONDIÇÕES EM QUE A AUSÊNCIA NÃO É CONSIDERADA FALTA: 28 VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997) VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. (Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006) X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016) XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.(Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)” (Original sem destaques) EXEMPLOS DE CONDIÇÕES EM QUE A AUSÊNCIA NÃO É CONSIDERADA FALTA: 12h/36h: doze horas de trabalho por 36 horas de descanso (trabalha-se 1 turno de 12 horas e descansa-se 3 turnos de 12, é a chamada escala “dia sim dia não”). CARACTERÍSTICAS: é formada por 4 equipes (2 diurnas e 2 noturnas), cada uma trabalhando em turnos de 12 horas. Faz-se em média 15 plantões por mês. ESCALAS DE ENFERMAGEM 12h/60h: doze horas de trabalho por 60 horas de descanso. (trabalha-se 1 turno de 12 horas e descansa-se 5 turnos de 12h, ou seja “trabalha-se 1 dia e folga 2”). CARACTERÍSTICAS: é formada por 6 equipes (3 diurnas e 3 noturnas), cada uma trabalhando em turnos de 12 horas. Faz-se em média 10 plantões por mês. É comum haver variações desta escala, sendo 12h/60 com 2, 3 ou 4 complementações, na qual cada complementação refere-se ao cumprimento de um plantão de 12 horas. ESCALAS DE ENFERMAGEM REGIME DE TRABALHO HORAS SEMANAIS PLANTÃO DECODIFICAÇAO 40 horas 12x36 12h de trabalho por 36h de descanso Diarista 8h de trabalho de segunda à sexta 30 horas 12x60 12 horas de trabalho por 60 horas de descanso Diarista 6 horas de trabalho de segunda à sexta. EXISTEM VARIAÇÕES !!!!! Levar em conta sempre o lado humano na elaboração da escala. A distribuição deve ser planejada por todos os membros da equipe. Colocar folha para que todos tenham oportunidade de colocar as folgas que desejam. Funcionário deve escrever justificativa para as folgas mais necessárias. Mais de um interessado no mesmo dia de folga: - tentar fornecer a mesma. - tentar acordo entre as partes. - sortear quem terá direito (Natal, Ano Novo e carnaval). HUMANIZAÇÃO... 33 Colocar nome completo de cada funcionário e a posição que ocupa:TE, AE. Ressaltar folgas, domingos e feriados. Usar código para escalonamento (M –T - N). Utilizar legendas e especificar os turnos. Consultar a escala anterior para determinar dia de início do plantão noturno. Manter um padrão equitativo entre os turnos. RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DA ESCALA 34 ESCALA DIÁRIA: Escala de atividades ou serviço. OBJETIVO: dividir as atividades de enfermagem diariamente. - de modo eqüitativo. - evitar sobrecarga ou ociosidade. PODE SER: FUNCIONAL: distribuição de acordo com tarefas a serem realizadas. INTEGRAL (UTI): de acordo com a complexidade do cliente. EQUIPE: um grupo é designado para o cuidado de um determinado nº de pacientes. ESCALA DE DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL 35 INCLUIR DISTRIBUIÇÃO DE OUTRAS ATIVIDADES COMO: Responsável pelo expurgo. Conferência do carro de urgência. Organização do posto. Conferência do material da farmácia e etc. ESCALA DE DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL 36 VAMOS TREINAR??? Uma unidade comporta 14 pacientes internados. Estes pacientes demandam encaminhamento ao banho de aspersão, medicação via oral, e sinais vitais de 6 em 6 horas. Calcule: a) O número de profissionais de enfermagem para escala 12/36h, incluindo o IST b) O número de profissionais de enfermagem para escala 12/60h, incluindo o IST c) O número de enfermeiros na escala 12/36h d) O número de enfermeiros na escala 12/60h
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