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AP 1 - GEOGRAFIA URBANA DO BRASIL 2017-2 GABARITO

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AP 1 - GEOGRAFIA URBANA DO BRASIL – 2017-2 
 
1. Em relação à organização espacial dos núcleos urbanos no período colonial, a que se refere 
Sérgio Buarque de Holanda ao chamar os espanhóis de “ladrilhadores” e os portugueses de 
“semeadores”? Essa visão ainda é aceita por autores atuais? 
R.: O autor se refere a pretensos modelos de organização espacial dos núcleos urbanos. 
Ao chamar os espanhóis de ladrilhares, se referia a um empenho maior de planejamento 
urbano. Já a urbanização portuguesa aparentava ter sido feito ao acaso e com descaso e, 
portanto, não obedecendo, aparentemente a nenhuma legislação, daí a expressão 
“semeadores”. 
Essa visão é contestada por autores como Murilo Marx e Maurício Abreu, que apontam a 
existência de uma legislação portuguesa sobre o urbanismo brasileiro e que esta 
legislação condicionou muito a evolução principalmente dos grandes núcleos coloniais, 
como Rio de Janeiro e Salvador. 
 
2. Vimos que o Brasil apresenta a diminuição da população rural devido ao êxodo rural. Isso 
acontece em todas as regiões? Que outras dinâmicas explicam os dados apresentados no 
quadro abaixo referentes a cada grande região brasileira? 
 
Tabela 1 - POPULAÇÃO RURAL NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL 
 NORTE NORDESTE SUDESTE SUL C. OESTE BRASIL 
1960 1.888.792 4,84 14.748.192 37,83 13.244.329 33,97 7.423.004 19,04 1.683.209 4,32 38.987.526 
1970 2.404.090 5,78 16.694.173 40,13 10.984.799 26,40 9.249.355 22,23 2.271.422 5,46 41.603.839 
1980 3.368.352 8,61 17.459.516 44,61 9.029.863 23,07 7.226.155 18,46 2.053.312 5,25 39.137.198 
1991 4.325.699 12,00 16.716.870 46,38 7.511.263 20,84 5.724.316 15,88 1.763.485 4,89 36.041.633 
2000 3.890.599 12,22 14.763.935 46,38 6.855.835 21,54 4.783.241 15,03 1.541.533 4,84 31.835.143 
2010 4.199.945 14,08 14.260.704 47,81 5.668.232 19,00 4.125.995 13,83 1.575.131 5,28 29.830.007 
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. 
 
R.: Na região Norte há um crescimento da população rural, como resultado da expansão 
da fronteira agrícola. Já na região Centro-Oeste temos uma relativa estabilidade da 
população rural, o que, considerando-se o aumento da população brasileira representa 
uma diminuição relativa da população rural, pela implantação de uma agricultura 
mecanizada, que necessita de pouca mão-de-obra. As regiões Sul e Sudeste sim, perdem 
população rural devido à modernização do campo e à migração para as cidades. Já o 
Nordeste, tem aumentada sua população rural, apesar do crescimento populacional e da 
migração para as cidades e para as regiões sul e sudeste de considerável contingente 
populacional. Isso se deve à permanência de uma agricultura pouco intensiva em capital e 
tecnologia, mantendo uma população que se considerarmos a grande expansão 
populacional brasileira, já vista, demonstra também um quadro de perda (relativa) de 
população rural. 
 
3. Por qual motivo, sendo uma das principais cidades brasileiras, o Rio de Janeiro não foi 
considerado uma região metropolitana na primeira criação de regiões metropolitanas em 1973? 
R.: Isto ocorreu porque o Rio de Janeiro foi a capital da república até 1960 e ao ser 
transferida a capital para Brasília, foi criado o Estado da Guanabara, no que era o antigo 
Distrito Federal. Essa situação se manteve até a fusão dos dois estados, em 1974, através 
da Lei Complementar n. 20, que também criou a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
 
4. Porque a classificação da rede urbana brasileira do IBGE utiliza a concepção de Gestão do 
Território e o que significa esse conceito. 
R.: Porque ela dá conta da centralidade necessária para a determinação da posição 
hierárquica de cada centro urbano brasileiro na rede urbana brasileira. O centro de gestão 
do território “[…] é aquela cidade onde se localizam, de um lado, os diversos órgãos do 
Estado e, de outro, as sedes de empresas cujas decisões afetam direta ou indiretamente 
um dado espaço que passa a ficar sob o controle da cidade através das empresas nelas 
sediadas” (Corrêa, 1995, p. 83), representando os principais nós da rede urbana brasileira. 
 
5. As partes de que é formada uma cidade podem ser chamadas de subsistemas. A favela pode 
ser um subsistema e um condomínio exclusivo, também. Diferenciar os subsistemas abertos e 
fechados dentro do conceito de fragmentação do tecido sociopolítico espacial. Exemplificar. 
R.: Os subsistemas abertos são aqueles em que a circulação geralmente não é impedida. 
Já os subsistemas fechados são aqueles em que a circulação não é completamente livre, 
sendo alvo de restrições. O condomínio exclusivo pode ser considerado um exemplo de 
sistema fechado, assim como uma favela controlada por facções do tráfico de drogas.