Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos 1º sem/2018 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO PARA AS ALTERAÇÕES DO PACIENTE ADULTO/IDOSO NO SISTEMA CARDIOVASCULARES Este guia tem material orientador para estudo da disciplina de Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS, não substitui as referências indicadas na ementa, nem dispensa estudo aprofundado a partir da busca de fontes disponíveis. OBJETIVOS Discutir os Processos Fisiopatológicos dos Distúrbios Cardiovasculares. Debater o papel do Enfermeiro dentro das Ações de Promoção e Prevenção para Saúde dos pacientes portadores dos Distúrbios Cardiovasculares. A partir do discutido na aula teórica faça um resumo sobre a anatomia e fisiologia do Sistema Cardiovascular (SCV). Lembre-se de escrever sobre as estruturas anatômicas e funções do SCV: Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 2 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Doenças Cardiovasculares (DCVs) De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS (2017) são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda. Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 82% acontecem em países de baixa e média renda e 37% são causadas por doenças cardiovasculares. A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando estratégias para a população em geral. Para as pessoas com doenças cardiovasculares ou com alto risco cardiovascular (devido à presença de um ou mais fatores de risco como hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença já estabelecida) é fundamental o diagnóstico e tratamento precoce, por meio de serviços de aconselhamento ou manejo adequado de medicamentos. www.paho.org, 2017. Taxa de mortalidade no Brasil por doença cardiovascular (DCV) e distribuição por causas no ano de 2013 Legenda: DIC – doenças isquêmicas do coração; DCbV – doença cerebrovascular; DH – doenças hipertensivas; ICC – insui ciência cardíaca congesi va; DCV – doenças cardiovasculares. Fonte: 7ª Diretriz brasileira de hipertensão; 2016. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 3 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Liste os Fatores de risco para Alterações do SCV Exame Físico do Sistema Cardiovascular (SCV) ANAMNESE A queixa do paciente vai orientar a entrevista para alguns dos sintomas cardinais da doença cardíaca, que seguem: Precordialgia - Dor torácica Dispnéia - Cansaço / Falta de ar / Ortopnéia / DPN Síncope ou pré Sincope - Desmaio, lipotímia, ausência, distúrbios visuais Palpitação - Sensação de taquicardia, falhas nos batimentos Edema - Inchaço dos membros e/ou face Cianose - Coloração azulada da pele Alguns fatores de risco - necessariamente deve ser perguntado sobre a presença de: Diabetes Dislipidemia Tabagismo Obesidade Hipertensão Arterial Fatores de risco familiares Risco Cardiovascular Global A avaliação do risco cardiovascular (CV) deve ser realizada em pessoas adultas com idade entre os 40 e 65 anos (valor de 40 e 65 incluídos no intervalo). A equipe de saúde deverá utilizar o SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation) quando for adequado. _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 4 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Facilitar a consulta clínica diária e operacionalizar planos de intervenção. Risco Cardíaco pelo Escore de Framingham Os estudos epidemiológicos realizados na cidade americana de Framingham (Framingham Heart Study) no final da década de 1940 foram o primeiro passo para estabelecer a base de conhecimentos que correlaciona os fatores de risco e as DCV. Escore de Framingham Este mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do miocárdio ou morrer de doença cardíaca em 10 anos. • Baixo escore é inferior a 10% • Intermediário escore entre 10 e 20% • Alto quando é superior a 20%. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 5 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Entre os fatores de risco, existem aqueles considerados como alto risco cardiovascular, risco intermediário ou baixo risco Síndrome Metabólica (SM) SM: aumento da pressão arterial, distúrbios do metabolismo dos glicídios e lipídios, excesso de peso. Estão associados ao aumento da morbimortalidade cardiovascular! “[...] é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina, devendo ser destacada a sua importância do ponto de vista epidemiológico. ” I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, SBC, 2005. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 6 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Resistência Insulínica: A insulina é responsável por se ligar a um receptor específico na membrana das células para que a glicose que está fora consiga entrar. Na resistência à insulina a glicose não consegue entrar para as células, não é utilizada aumentado assim a glicemia sérica. OBSERVAÇÕES:_________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 7 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Obesidade A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para odiagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC). “A acumulação excessiva de tecido adiposo (obesidade) deriva de um aporte calórico excessivo e crónico de substratos combustíveis presentes nos alimentos e bebidas (proteínas, hidratos de carbono, lipídios e álcool) em relação ao gasto energético (metabolismo basal, efeito termogênico e atividade física) [...]” IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 8 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos PRESSÃO ARTERIAL: O QUE É ? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 6ª Diretrizes de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial e 4ª Diretrizes de Monitorização Residencial da Pressão Arterial Volume 110, Nº 5, Suplemento 1, Maio 2018 A pressão arterial (PA) pode variar durante o dia em decorrência da interação de vários que vão desde fatores fisiológicos até os comportamentais e ambientais. Existe uma variação contínua da PA batimento a batimento, de acordo com as atividades do indivíduo e, em hipertensos, essa variabilidade apresenta maior amplitude do que em normotensos, estando relacionada a pior prognóstico. Volume 110, Nº 5, Suplemento 1, Maio 2018. Para diagnosticar HAS os métodos mais utilizados são as medidas da PA casual (residência) ou no consultório, apesar de consideradas procedimento-padrão para o diagnóstico dos vários tipos de comportamento da PA e para o seguimento de pacientes hipertensos, está sujeita a inúmeros fatores de erro, destacando-se a influência do observador e do ambiente onde a medida é realizada. Por isso a diretriza citada acima orienta a execução de dois desses métodos de ampla utilização na prática clínica: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas e Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Volume 110, Nº 5, Suplemento 1, Maio 2018. De acordo com a diretriz a hipertensão verdadeira é definida quando são registrados valores sistematicamente anormais de PA no consultório (≥ 140/90 mmHg) e médias igualmente anormais de 24 horas pela MAPA (≥ 130/80 mmHg) ou pela MRPA (≥ 135/85 mHg). Destacando que de acordo a American Heart Association (AHA) publicaram uma nova diretriz sobre hipertensão com uma nova definição que considera hipertensão arterial estágio 1 a pressão arterial sistólica de 130 a 139 mmHg ou a diastólica de 80 a 89 mmHg, hoje já muito utilizada para a classificação da HA. A AHA ainda faz referencia a importância do uso manguito de tamanho correto para verificação da PA, conforme o quadro a seguir: Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 9 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Fonte: http://ahajournals.org by on September, 2018 Classificação da HAS de acordo com AHA: O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade Cardiovasculares. Inibidores da Enzima conversora de angiotensina – IECA Captopril, Ramipril, Enalapril. Bloqueador da Angiotensina 2 – Losartana, Valsartana, Candesartan Diuréticos: Espironolactona; Hidroclorotiazida – HCTZ, Clortalidona; Furosemida. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 10 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Betabloqueadores: Propranolol – PP; Carvedilol; Atenolol em vigência de Insuficiência Coronariana e/ou Insuficiência Cardíaca. Antagonistas dos canais de cálcio: Anlodipino. Inibidores adrenérgicos: Clonidina. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) Exame que mede a pressão arterial a cada 20 minutos, durante 24 horas, para a obtenção do registro da pressão arterial durante a vigília e o sono. Indicação: • Analisar o comportamento da pressão arterial não somente durante a vigília e o sono, como também durante eventuais sintomas como tontura, dor no peito e desmaio. • Avaliação da eficácia do tratamento anti-hipertensivo. Circunferência Abdominal A obesidade abdominal ou a obesidade androide, é definida pelo aumento de tecido adiposo na região abdominal, é considerada um fator de risco para diversas morbidades, representando risco individual quando confrontadas com outras formas de distribuição de gordura corporal. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 11 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Valores de Referência da Circunferência Abdominal Dislipidemia Padrões de elevação de lipídios e lipoproteínas no plasma. As causas primárias (genéticas) e secundárias (de estilo de vida e outras) contribuem para as dislipidemias em vários graus. Colesterol “Ruim” x Colesterol “Bom” Low Density Lipoprotein Transporta colesterol oxidado, que permanece na circulação. Quando seu nível se eleva se deposita na parede arterial. Transporta os triglicerídeos resíduos do metabolismo dos ácidos graxos, principalmente glicerol. LDL < 135 mg/dl High Density Lipoprotein Fabricação de hormônios, anticorpos, das paredes celulares. Transporta colesterol não oxidado para o fígado. Não causam reação inflamatória na parede arterial. HDL > 35 mg/dl Triacilglicerol, Triglicerol e Triglicerídeos Triacilglicerol é uma combinação de um álcool GLICEROL com um ácido ÁCIDOS GRAXOS. Gordura proveniente do metabolismo dos hidratos de: Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 12 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos _________________________________________________________________________________ Perfil Lipídico Doença Arterial Coronariana - DAC Doença arterial coronariana é um processo de obstrução da luz das artérias coronárias por aterosclerose, caracterizada por depósito de placa de gordura (ateroma) no endotélio das coronárias, associado a Observações:___________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______ Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 13 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos processo inflamatório local, que pode levar a uma obstrução do vaso e interrupção total (necrose) ou parcial (isquemia) do fluxo sanguíneo ao músculo do ventrículo esquerdo. Síndromes Coronariana Aguda (SCA) A SCA é uma síndrome abrangente que inclui Angina, Infarto Agudo do Miocárdio sem e com elevação do segmento ST. Angina A angina é uma síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em quaisquerdas seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores. É tipicamente desencadeada ou agravada com a atividade física ou estresse emocional, e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados. Classificação Clínica da Dor Torácica Angina típica (definitiva) • Desconforto ou dor retroesternal; • Desencadeada pelo exercício ou estresse emocional; e • Aliviada com o repouso ou uso de nitroglicerina. Angina atípica (provável) Presença de somente dois dos fatores acima. Dor torácica não cardíaca Presença de somente um ou nenhum dos fatores acima. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Causas de Angina (outras) Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 14 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ •A falta de hemácias leva a uma diminuição de O2 para os tecidos cardíacos , isso aumenta o trabalho do músculo cardíaco. Anemia •Aumenta o hormônio da tireóide leva a uma taquicardia, isso aumenta o trabalho do músculo cardíaco. Hipertiroidismo •A falta de oxigenação (hipóxia) tecidual aumenta o risco de taquicardia, isso aumenta o trabalho do músculo cardíaco. Doença Pulmonar Crônica Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 15 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Sinais e Sintomas nas SCA 1. Dor ou desconforto intenso em aperto, opressão, peso ou queimação, podendo irradiar-se para pescoço, mandíbula, membros superiores, dorso e estômago 2. Náuseas 3. Vômitos 4. Sudorese 5. Palidez 6. Sensação de morte iminente 7. Obs: a duração da dor é superior a 20 min. Dor com duração inferior a 20 min. sugere angina. Observações:________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 16 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Prevenção e Tratamento das Doenças Cardiovasculares (DCV) Seguindo o exemplo da OMS, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estabeleceu a meta de reduzir a mortalidade cardiovascular em 25% até o ano 2025 e criou a I Diretriz brasileira de prevenção cardiovascular. Acompanhando a SBC a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ) publicou em 2017 o Manual de prevenção cardiovascular. São destas duas publicações que destaco as principais formas de prevenção das doenças cardiovasculares que devem ser seguidas não somente pelos médicos, mas por toda equipe multidisciplinar. Tratamento não Medicamentoso da HAS Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Diabetes Mellitus A população mundial portadora de Diabetes Mellitus (DM) é crescente e se faz mais evidente nos países em desenvolvimento. Grupo heterogêneo de doenças que cursam com distúrbio da secreção e/ou aproveitamento de insulina pelo organismo. O denominador comum é a hiperglicemia. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 17 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Referências para diagnóstico de DM Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Medidas não farmacológicas para prevenção e tratamento da DM Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 18 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Obesidade As mudanças econômicas, sociais, sanitárias e culturais misturadas ao crescente urbano e dificuldade à mobilidade social vêm transformando o perfil da população brasileira em um grande número de obesos. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com maior prevalência de obesidade. Medidas não farmacológicas para prevenção e tratamento da Obesidade Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. RECOMENDAÇÕES Dislipidemias Dislipidemia, hipertensão arterial e tabagismo atuam no processo de agressão ao endotélio vascular e originam a placa aterosclerótica. O depósito de lipoproteínas na parede arterial é proporcional à concentração das lipoproteínas no plasma, por esse motivo a dislipidemia é um fator de risco que traz grande preocupação para equipe multidisciplinar. Redução de peso Reduzir a ingestão de AG saturados Reduzir a ingestão de AG trans Ingestão de fitoesteróis Ingestão de fibras solúveis Ingestão de proteínas da soja Aumento da atividade física Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 19 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Os distúrbios lipídicos tanto para o aumento anormal (hiperlipidemias) quanto a redução anormal (hipolipidemias) podem ter causas primárias ou secundárias. • Causas primárias – o distúrbio lipídico é de origem genética. • Causas secundárias – determinada pelo estilo de vida inapropriado, doenças ou fármacos Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Tratamento não farmacológico das dislipidemias Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 20 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Tratamento não Medicamentoso do Sedentarismo Para a realização de um exercício físico há a necessidade de aumentar a entrada de ar para os pulmões, incrementar a circulação sanguínea e ativar vias metabólicas específicas nos músculos esqueléticos, resultando em uma maior captação e utilização do O2 (VO2). Redução de peso Redução da ingestão de bebidas alcoólicas Redução de ingestão de açúcares simples Redução da ingestão de carboidratos Substituição (parcial) de ácidos graxos saturados por mono e poli- insaturados Aumento da atividade física Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 21 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Atividade Física x Exercício Físico Quantificando o exercício físico e de esporte na anamnese Uma anamnese bem-feita é fundamental para um bom atendimento em saúde. Não é diferente com a questão do sedentarismo e/ou da atividade física, do exercício físico e do esporte. Principais perguntas: 1. Quantas horas, em média, permanece sentado (trabalhando, estudando ou vendo TV/computador/celular)por dia? 2. Faz algum exercício físico ou pratica algum esporte com regularidade? 3. Quantas vezes por semana, em média, nos últimos seis a 12 meses? 4. Aproximadamente por quanto tempo, por vez, para cada tipo de exercício e/ou esporte? 5. Dê alguma informação adicional sobre a intensidade do exercício, tal como velocidade de caminhada e/ou corrida ou ainda, de forma mais genérica, se o exercício é muito intenso, isto é, se lhe faz suar, se lhe deixa ofegante ou ainda se lhe dificulta manter uma conversação normal. Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Tabagismo Parar de fumar é a medida mais eficaz na prevenção das doenças relacionadas ao tabaco. No entanto, não recebe, nas consultas médicas, seja em nível ambulatorial seja durante internações, a atenção necessária para que se inicie o processo de abandono da causa evitável mais frequente das doenças cardiovasculares (DCV) e de muitos cânceres. Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos a Saúde do Adulto/Idoso, Família, DST/AIDS 22 Profª Ms. Bárbara C. G dos Santos Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. Terapia cognitivo-comportamental Neste método mecanismos da dependência e ambivalência são explicados; discutidas as vantagens e desvantagens de parar ou seguir fumando, bem como os benefícios da cessação. As TCC são estruturadas com apoio de cartilhas, enfocando a cada semana os principais aspectos da dependência, os sintomas da abstinência, os obstáculos a serem superados para se manter sem fumar, etc. As sessões duram 90 minutos, em número que varia de quatro a seis com periodicidade semanal (sessões de cessação) e de três a quatro com intervalo quinzenal (sessões de manutenção) nos primeiros três meses de tratamento. Fonte: Manual de prevenção cardiovascular, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.160 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). Andrade JP, Piva e Mattos LA, Carvalho AC, Machado CA, Oliveira GM. Programa nacional de qualificação de médicos na prevenção e atenção integral às doenças cardiovasculares. Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):203-11. Chen G, Levy D. Contributions of the Framingham Heart Study to the epidemiology of coronary heart disease. JAMA Cardiol. 2016;1(7):825-30. Instituto Nacional de Câncer. [Internet]. Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco. Prevalência de tabagismo.[acesso em 2017 abr. 05]. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/observatorio_controle_tabaco/site/home/dados_numeros/prevalencia-de- tabagismo.
Compartilhar