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AULA 9 - Extinção das obrigações - tempo, lugar e forma do pagamento

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DIREITO CIVIL – Obrigações – Meios de extinção Síntese 09
 Tempo, lugar e forma do pagamento 
André Mendes
	
SINTESE DA MATÉRIA
Obrigações – Meios de extinção – tempo, lugar e forma do pagamento – Artigos 304 a 359 do Código Civil – “LER OS ARTIGOS”
- Se possível, além de ler os artigos do Código Civil, acima indicados, ler também o assunto em uma doutrina de sua preferência, que trate do tema direito das obrigações.
Referências Bibliográficas: Caio Mário da Silva Pereira / Carlos Roberto Gonçalves / Silvio de Salvo Venosa / Maria Helena Diniz / Flávio Tartuce – Direito das Obrigações 
Obs. – Pode-se ler também qualquer outro autor de sua preferência, ou que você tiver disponível, que trate do tema.
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Extinção natural das obrigações
Pela sua própria natureza, as obrigações tendem à execução da prestação!
- Questão: O que o credor de cada obrigação (dar, fazer, não fazer) espera?
Mediante a execução da prestação, o credor o credor se satisfaz e, quanto a ele, extingue-se a obrigação. Por sua vez, o devedor alcança a exoneração, com o que se extingue para ele o vínculo, desde que a prestação seja executada por ele mesmo ou por sua ordem.
À extinção da obrigação pela execução da prestação, o Direito dá o nome de adimplemento, o qual pode ser absoluto ou relativo, dependendo de a extinção ocorrer com relação a ambos os sujeitos ou apenas ao credor.
Ao fim do vínculo obrigacional, pelo adimplemento, dá-se o nome de solução = vínculo desfeito e credor satisfeito.
O cumprimento voluntário da obrigação recebe o nome de técnico de pagamento, seja a obrigação de qual natureza for – na técnica jurídica, o termo pagamento não se limita à entrega de dinheiro, antes significa o cumprimento voluntário da obrigação.
 Em obrigações – pagamento = adimplemento = execução = cumprimento.
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Natureza jurídica do pagamento
- Questão: Qual a natureza jurídica do pagamento? Negócio jurídico ou ato-fato jurídico?
Ato-fato jurídico = vontade do agente não é relevante para o Direito – devedor que solve mesmo sem perceber que o fez. Nesse caso, não importa se o agente tem consciência ou não, se quis ou não, ainda assim extingue-se o vínculo obrigacional. Exemplos: quando cumpre a obrigação mesmo sem perceber que a cumpre; nas obrigações negativas em que o devedor inconscientemente se abstém da prática do ato; e quando, embora relevante a vontade, não pode dispor o devedor quanto aos efeitos do pagamento, quando, por exemplo, ele dá a coisa devida, pura e simplesmente, extingue o vínclo obrigacional de pronto, assim como o devedor na obrigação negativa que, tendente a praticar o fato, deixa de fazê-lo, em respeito à obrigação assumida.
Negócio jurídico= toda vez que há possibilidade de dispor sobre os efeitos do ato, com relação à extinção da obrigação. Nessa situação, embora se identifique com a prestação devida, somente configura pagamento porque o sujeito quis que o ato produzisse esse efeito. Por exemplo: quando o devedor paga antecipadamente, para se beneficiar de um desconto; também é negócio jurídico o pagamento efetuado por terceiro.
Tratando-se de negócio jurídico, há que se verificar a presença dos elementos essenciais (no plano da existência – sujeito, vontade e objeto) e dos requisitos de vontade (no plano da validade – art. 104).
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QUEM DEVE PAGAR (art. 304 a 307)
Quem deve pagar?
Quem paga = solvente ou solvens (em latim). Em regra, é o próprio devedor, ou alguém que o represente – mandatário, ou representante legal, se for o caso. Mas nem sempre é o devedor quem paga.
Há situações em que quem solve a obrigação é um terceiro, que paga em nome próprio. 
 Se a obrigação não tem caráter personalíssimo, o credor não tem direito de recusar o adimplemento oferecido por terceiro, como se depreende do comando do art. 304.
 Em se tratando de obrigação personalíssima, contraída intuitu personae, ou seja, em razão da pessoa do devedor, o credor não tem de aceitar o pagamento realizado por outrem, ainda que se lhe apresente prestação melhor do que a devida.
Com relação ao pagamento no caso de obrigação de dar, por meio do qual se transferirá a propriedade, o art. 307 esclarece que sua eficácia depende de poder o solvente alienar a coisa objeto da entrega. Aplica-se o preceito segundo o qual ninguém pode transferir mais direitos do que tem (nemo plus juris ad alium transfere potest quam ipse habet). Ou seja, a tradição efetuada por quem não é proprietário, chamada pela doutrina de tradição a non domino, não produz o efeito de transmitir a propriedade.
Observe-se que, em se tratando de coisa fungível entregue ao credor que de boa-fé a recebeu e consumiu, nada se poderá dele reclamar (art. 307, parágrafo único). O proprietário ou legítimo possuidor da coisa somente terão ação contra o alienante, para cobrar perdas e danos, mas não poderão reivindicar a coisa do adquirente de boa-fé – Questão: Saberia dizer o Por quê?
Obs.: lembrar e fixar o conceito de coisa fungível e coisa consumível – arts. 85 e 86, CC
Terceiro interessado
O estranho à relação obrigacional que paga em nome próprio pode ser terceiro interessado ou não. Não há norma que determine os critérios para apurar o interesse ou não do terceiro. 
 A doutrina aponta como interessadas as pessoas que poderiam vir a ser responsabilizadas pela dívida, como o fiador, o avalista, o adquirente do imóvel hipotecado (este expressamente mencionado no art. 303) etc.
Segundo o art. 346, II, do Código, na hipótese de pagamento efetuado por terceiro interessado ocorre sub-rogação do solvente nos direitos do credor. Assim, o terceiro pode acionar o devedor para ser reembolsado. Como o caso é de sub-rogação – tema que estudaremos na sequência – o solvente recebe do credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias, com relação à dívida (art. 349). 
Exemplo: Jorge é devedor de uma obrigação cuja prestação é a entrega de R$ 5.000,00, e Pedro é o fiador. Há, ainda, garantia real. No vencimento, porquanto Pontes não paga, Rui solve a obrigação. Nesse caso, assumirá a posição de credor, e poderá, para se ver ressarcido, valer-se inclusive da garantia real.
Terceiro não interessado
É possível o pagamento pelo terceiro não interessado “porque o que domina essa relação jurídica é o interesse do credor, que tem o direito de receber a prestação de quem quer que a execute”.
O terceiro não interessado pode pagar em nome e à conta do devedor, se este não se opuser, podendo, inclusive, valer-se dos meios conducentes à exoneração do devedor (como a consignação do pagamento, a qual estudaremos oportunamente), se houver oposição do credor (art. 304, parágrafo único).
Admite-se também que o terceiro não interessado pague a dívida em seu próprio nome, caso em que não se lhe estende o benefício de se valer dos meios conducentes à exoneração do devedor, se o credor se opuser a receber. Isto é, se o terceiro não interessado pretende pagar em seu próprio nome, pode o credor recusar o pagamento, sem que incorra em mora.
Se o credor aceitar o pagamento feito em nome próprio pelo terceiro não interessado, o solvente terá direito ao reembolso do que pagou, mas não se sub-rogará nos direitos do credor (art. 305). Se pagar a dívida antes de vencida, somente fará jus ao reembolso no vencimento (art. 305, parágrafo único). 
Legítimo interesse do devedor em que terceiro não pague
Qualquer pessoa pode pagar a dívida pelo devedor, tanto um terceiro interessado quanto um terceiro não interessado, desde que não se trate de obrigação personalíssima.
Veja-se, no entanto, que é lícito ao devedor se opor a que o terceiro, seja ele interessado ou não, pague em seu lugar. Isso porquanto pode ele ter legítimo interesse no não pagamento, quando este puder ser considerado inconveniente.
 Pode ocorrer mesmo que o gesto do terceiro, sobre contrariara vontade do sujeito passivo da obrigação, seja-lhe danoso.
Se, por um lado, não se pode impedir o terceiro de pagar (art. 304), por outro lado não se pode compelir o devedor a reembolsá-lo. 
O art. 306 determina que o pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não gera direito ao reembolso.
Ou seja, o terceiro que paga – ainda que o credor aceite o pagamento – nem sempre será reembolsado do que pagou, se o devedor tiver se oposto ao pagamento, por justa causa, ou se o pagamento tiver sido feito com desconhecimento do devedor, e este tinha motivos para não pagar.
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DAQUELES A QUEM DEVE PAGAR (art. 308 a 312)
Quem recebe o pagamento é chamado pela doutrina de acipiente ou accipiens (em latim).
Diversamente do que se dá com o solvente, que pode ou não ser o devedor, o acipiente tem necessariamente de ser o credor.
Por isso o solvente deve agir sempre com prudência, pois a regra é no sentido de que o pagamento feito a quem não era credor somente é válido se este proceder à sua ratificação ou aprovação, ou se for provado que o pagamento se reverteu em seu proveito (art. 308, segunda parte).
Nesse sentido, é cabível a máxima segundo a qual “quem paga mal, paga duas vezes”. Ou seja, realizado o pagamento a quem não era credor nem seu representante, o ato será considerado inválido, o que forçará o devedor a pagar “novamente” ao verdadeiro credor.
Pagamento ao credor cujo crédito foi penhorado ou impugnado
Se o devedor for intimado de penhora feita sobre o crédito do credor, ou de impugnação oposta a ele por terceiro, não deverá pagar ao credor, sob pena de o pagamento não ser válido com relação ao terceiro, que poderá constranger o devedor a pagar novamente, caso em que o devedor terá, não obstante, direito de regresso contra o credor (art. 312).
Exemplo: Barbosa deve a Gilmar R$ 1.000,00, e descobre que o crédito se encontra penhorado. Mesmo assim, paga a Gilmar. Posteriormente, o exequente exige pagamento de Barbosa. Em razão da invalidade do pagamento feito a Gilmar, Barbosa terá de pagar novamente, mas poderá cobrar de Gilmar os R$ 1.000,00 que lhe deu.
Pagamento feito ao credor putativo
Credor putativo – quem tem aparência de representante do credor, em razão de se apresentar ao solvente munido da quitação. 
O pagamento feito de boa-fé ao credor aparente é considerado pela lei válido, ainda que se prove posteriormente que o acipiente não era credor (art. 309).
Como não existe mandato formal, a representação se presume iuris tantum, ou seja, é suscetível de prova em contrário. Vide art. 311, CC.
Pagamento feito ao credor incapaz de dar quitação
Segundo o art. 310 do Código, a validade do pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar fica condicionada à prova de que o pagamento em benefício dele reverteu.
- Questão: A incapacidade a que se refere o artigo é a relativa, a absoluta ou ambas? 
- Questão: Se o devedor paga ao credor incapaz sem ter ciência da situação, é válido o pagamento?
OBJETO DO PAGAMENTO (art. 313 a 318)
Existem três princípios que regem a teoria do pagamento do ponto de vista objetivo: o princípio da identidade, o princípio da integridade e o princípio da indivisibilidade.
princípio da identidade = o devedor é obrigado a entregar ao credor exatamente a coisa devida, nas obrigações de dar, sem o que a obrigação não se terá por cumprida, vez que o credor não é obrigado a receber coisa diversa da ajustada, ainda que mais valiosa (art. 313). Nas obrigações de fazer, o devedor é obrigado a realizar exatamente a atividade pactuada, sob pena de a obrigação ser considerada inadimplida. Por fim, nas obrigações de não fazer, cabe ao devedor a abstenção da prática do ato específico que se obrigou a não praticar, ou a obrigação não se terá por solvida.
 princípio da integridade = não pode o devedor oferecer o pagamento em circunstâncias mais onerosas para o credor do que as ajustadas. Observe-se que as despesas com o pagamento e a quitação presumem-se a cargo do devedor, salvo disposição em sentido contrário, sendo o credor responsável pelo aumento se lhe houver dado causa (art. 325).
 princípio da indivisibilidade = não se admite o pagamento fracionado – ainda que a prestação seja divisível, salvo disposição em contrário, ou anuência do credor –, e que não pode o credor exigir o pagamento por partes – se isto não houver sido pactuado, e não consentir o devedor (art. 314).
Em resumo: o objeto do pagamento deve ser o que foi ajustado (art. 313), sem qualquer ônus para o credor (art. 325) e por inteiro (art. 314).
Outras observações sobre o objeto pagamento
 Segundo o art. 315 do Código, as dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento,
em moeda corrente e pelo valor nominal. Consideram-se nulas as estipulações de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar o valor da moeda estrangeira e o valor da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial (art. 318).
É possível que os sujeitos da obrigação convencionem o aumento progressivo, no caso de prestações sucessivas (art. 316), o que é comum acontecer em casos de empréstimo de dinheiro (por meio de contrato de mútuo).
Caso o pagamento tenha de se fazer por medida ou peso, nos termos do art. 326 do Código, entender-se-á, salvo disposição em contrário, que os sujeitos aceitam os pesos ou medidas do lugar da execução.
Exemplo: o caso do alqueire, que no Brasil varia de Estado para Estado, e, algumas vezes, varia dentro do mesmo Estado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, um alqueire pode valer de 1,21 a 19,36 hectares, dependendo do lugar.
Teoria da imprevisão
Se, por motivos imprevisíveis, sobrevier manifesta desproporção entre o valor da prestação devida e o valor que esta realmente tiver no momento de sua execução, pode o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, para que, tanto quanto possível, assegure-se o valor real da prestação (art. 317). 
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LUGAR DO PAGAMENTO (art. 327 a 330)
 O lugar do pagamento é de livre escolha dos sujeitos da obrigação, os quais, não obstante, devem acordar sobre ele antecipadamente.
Na ausência de ajuste, chegado o vencimento, o lugar do pagamento será o domicílio do devedor, a não ser que o contrário resulte da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias (art. 327). 
 nosso Direito acolheu a teoria de que as obrigações são quesíveis, ou, no consagrado vocábulo francês, quérables. Isso quer dizer que são executáveis onde estiver o devedor.
Quando devedor, para pagar, tem que procurar o lugar em que o credor se encontra, diz-se que as obrigações são portáveis, ou portables, ou seja, o credor “leva” a obrigação consigo, “porta-a”.
Se, por alguma razão, dois ou mais lugares forem previstos no acordo como possíveis lugares do pagamento, a escolha, no momento do pagamento, cabe ao credor (art. 327, § 1o).
Quando o pagamento consistir na tradição – entrega – de um bem imóvel, ou quando a prestação for relativa a um imóvel, o lugar do pagamento será o lugar onde estiver situado o bem (art. 328).
- Questão: E se houver grave motivo que impeça o pagamento no lugar ajustado?
 O pagamento reiteradamente feito em outro lugar, sem que o credor a tanto se oponha, implica a renúncia do credor com relação ao lugar previsto no contrato (art. 320).
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TEMPO DO PAGAMENTO (art. 331 a 333)
As partes têm a faculdade de ajustarem livremente o tempo do pagamento.
- Questão: E se as partes não tiverem ajustado o tempo do pagamento?
 havendo condição suspensiva, a prestação somente será devida a partir do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que o devedor tomou ciência de tal ocorrência (art. 332).
 Vencimento antecipado = Há hipóteses em que a lei determina o vencimento antecipado da obrigação, nos casos em que há insolvência ou receio de insolvência do devedor, segundo o art. 333 do Código: quando é decretadaa falência do devedor, ou o concurso de credores (inciso I); quando os bens que garantem a dívida, por meio de hipoteca ou penhor, são penhorados em execução por outro credor (inciso II); quando as garantias do débito, reais ou fidejussórias, cessam ou se tornam insuficientes, e o devedor, intimado, nega-se a reforçá-las (inciso III). 
Qualquer que seja o caso, havendo solidariedade passiva, o vencimento não será antecipado com relação aos devedores que não se encontrem em situação de insolvência (art. 333, parágrafo único).
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PROVA DO PAGAMENTO (art. 319 a 323)
O pagamento se prova pelo instrumento de quitação.
No momento do pagamento, o devedor tem o direito de exigir a quitação, podendo, inclusive, reter o pagamento, enquanto a quitação não lhe for dada (art. 319).
 forma da quitação = a lei admite, sempre, o instrumento particular, mas exige que contenha o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do solvente – o devedor ou quem por este pagou –, o tempo e o lugar do pagamento, e a assinatura do acipiente – seja ele o próprio credor ou um representante dele (art. 320). A falta de algum desses elementos não invalida a quitação, desde que seus termos e as circunstâncias permitam a conclusão de que a dívida foi paga (art. 320, parágrafo único).
 pagamento em quotas (parcelas) = presume-se que a quitação da última implica estarem as anteriores solvidas, salvo prova em contrário (art. 322).
 Nas hipóteses em que a quitação consiste na devolução do título, sua entrega ao devedor faz presumir o pagamento (art. 324). Se o título se houver perdido, o devedor poderá reter o pagamento até que o credor lhe dê declaração que inutilize o título desaparecido (art. 321).
Se for dada quitação do capital principal, sem menção aos juros, estes se presumirão pagos (art. 323).

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