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18/08/2018 1 Sistemas de criação na bovinocultura leiteira Vanicleide da Silva Santos Prof.(a) substituta do Departamento de Zootecnia/UFS UNIVERSIDADE FEDERAL DO SERGIPE DISCIPLINA: Produção de ruminantes I Bovinocultura de leite e corte Plano de aula 1. Introdução 2. Sistemas confinados → intensivos 1. Freestall 2. Tie stall 3. Compost barn, 3. A pasto 1. Extensivo 2. Semi-intensivos 3. Intensivo 4. Semi-confinado → semi-intensivos 5. Tipos de sala de ordenha ag o -1 8 Pecuária de leite • Níveis de produção • Alto: > 4200 kg/lactação (> 14 kg/dia) • Empregar raça especializada europeia • Médio: 2800 a 4200 kg/lactação. (9 a 14 kg/dia) • Cruzamento alternado com repetição do europeu e uso de F1, ou vacas ¾ holandês x zebu. • Baixo: < 2800 kg/lactação (< 9 kg/dia) • Girolando e raças zebu leiteiras’ ag o -1 8 Sistemas de criação de gado de leite Confinamento: >4500 L/vaca/ano. • Confinados e alimentados no cocho com volumoso conservado (silagem ou feno). Semi-confinamento: 2000-4500 L/vaca/ano. • Pasto com suplementação volumosa na seca ou durante o ano todo; À pasto • Extensivo: 1200L/vaca/ano, alimentadas a pasto; • Semi-intensivo: 1200-2000 L/vaca ano. • Pasto com suplementação volumosa na seca. • Intensivo a pasto: 2000-4500L/vaca/ano. • Pasto com alta capacidade de suporte. ag o -1 8 A diferença básica entre a produção de leite a pasto e em confinamento é a forma da A L I M E N T A Ç Ã O D O S A N I M A I S . Sistemas de criação de gado de leite Instalações • Principais: estábulo, sala de ordenha, cercas, balança, cochos para sal e embarcadouro. • Devem ser construídas de acordo com as condições da região, utilizando material disponível no local. • A eficiência das instalações rurais vai depender da construção e manutenção. • A escolha do tipo das instalações deve levar em consideração os custos, a durabilidade e a funcionalidade. • Devem ser amplas, arejadas, de fácil higienização e voltadas ao maior conforto possível para o animal (proteger contra as chuvas, os ventos e temperaturas extremas) ag o -1 8 18/08/2018 2 Localização das instalações • O local ideal deve ser bem drenado, exposto aos raios solares, o que facilita a secagem e diminui a proliferação de organismos patogênicos. • O estábulo não deve ser atravessado por fortes correntes de ar frio que favorecem surtos de doenças do sistema respiratório dos animais. No entanto, deve permitir um conforto térmico, evitando o predomínio das altas temperaturas. ag o -1 8 Sistemas confinados ag o -1 8 Sistema confinado • As vacas são alimentadas no cocho; • Os produtores alojam seus animais em diferentes tipos de instalações; • Possuem diversos tipos de equipamentos; • Vacas de alta produção → altos custos ag o -1 8 Sistema confinado • Sistema Intensivo • Em torno de 1% das propriedades; • Localização : Sul e Sudeste do Brasil • Predominância de animais Holandês, Jersey ou outra raça outra leiteira; ag o -1 8 Condições essenciais para se realizar o confinamento • Manejo • Genética • Mão-de-obra • Terra • Equipamentos • Instalações • Gado especializado para leite • Alta tecnologia • Alimentação balanceada ag o -1 8 Sistema confinado • 100% de vacas são ordenhadas mecanicamente. • Free-stall, Tie-stall e outros tipos de confinamentos no país • O leite é mantido refrigerado e transportado a granel; • A produção de leite é feita em grande escala e não existe o efeito da sazonalidade. ag o -1 8 18/08/2018 3 Sala de leite ag o -1 8 Sistema de confinamento do tipo “Free Stall” • É o sistema mais adotado • Sistema utilizado para vacas de média a alta produção • O animal tem livre acesso ao cocho, área de repouso é individual em camas. • Possui a desvantagem de ter um alto custo de construção. ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 18/08/2018 4 Sistema de confinamento do tipo “Free Stall” • os animais permanecem lado a lado; • permaneça com o úbere e as pernas alojadas internamente ao cubículo, enquanto as dejeções são lançadas no corredor de limpeza ou serviço; ag o -1 8 programação para que o animal defeque e urine fora da cama. Numa instalação bem projetada, o animal é obrigado a defecar e urinar fora da cama. Sistema de confinamento do tipo “Free Stall” • O piso das baias pode ser de terra batida, areia ou concreto; • A cama deve ser de material seco e macio com uma espessura de 10 cm (palha, capim seco, areia, maravalha ou mesmo material emborrachado; ag o -1 8 Piso dos corredores concretado e frisado no sentido longitudinal, com declividade de 1 a 1,5% para evitar que os animais escorreguem e facilitar o escoamento de águas e resíduos o r g â n i c o s ( c o m s i s t e m a d e l i m p e z a l í q u i d o ) Projeção da sombra sobre as baias, mesmo com a ocorrência da maior declinação solar 18/08/2018 5 Sistema de confinamento do tipo “Tie Stall” • Confinamento total das vacas no período produtivo • Sistema utilizado em rebanhos pequenos de alta produtividade. • Animais ficam presos normalmente por correntes no pescoço, • Muito comum em regiões de clima frio. ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Sistema de confinamento do tipo “Loose Housing” • Área de descanso coletiva sombreada com cama de areia para facilitar a drenagem, • área de descanso coletiva (possibilidade de injúrias nos tetos), • área de descanso deve ser construída no sentido norte-sul • vacas podem ainda dispor ou não de piquetes anexos • área sombreada 4 a 5,75 m²/vaca; • área para movimentação 5 a 9,3 m²/vaca. ag o -1 8 • Fotos carira Bosco ag o -1 8 ag o -1 8 18/08/2018 6 Sistema de confinamento do tipo “Compost Barn” • Método americano • Consiste em um grande espaço físico coberto para descanso das vacas. • A área é revestida com serragem, sobras de corte de madeira e esterco compostado. • O principal objetivo do Compost Barn é garantir aos animais conforto e um local seco para ficarem durante o ano e a compostagem do material da cama. • Melhorar índices produtivos e sanitários dos rebanhos • Possibilitar o uso correto de dejetos orgânicos (fezes e urina) provenientes da atividade leiteira. ag o -1 8 ag o -1 8 Sistema de confinamento do tipo “Compost Barn” • O mais importante é manter a cama seca • está ocorrendo um adequado processo de compostagem. • É necessário o revolvimento da cama no mínimo duas vezes ao dia • É necessário a reposição de uma camada de aproximadamente 15 cm a cada quinze dias. • Deve ser feita à medida que a cama se apresenta molhada e com partículas grosseiras, indicando alto teor de umidade (forma uma massa compacta quando pressionada nas mãos). ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 18/08/2018 7 ag o -1 8 Sistemas de criação à pasto ag o -1 8 Sistemas à pasto • Pasto tradicional (contínuo) → extensivo • Pastos adubados e manejados corretamente (rotacionado) → manejo semi-intensivo ou intensivo • Em torno de 80% das propriedades • Predominância de animais Girolando, Gir e animais sem raça definida; • 75% das vacas são ordenhadas a mão. ag o -1 8 Cochos para sal • Devem ser construídos de material durável, pois o efeito corrosivo do sal mineral danifica essa instalação, principalmente se forem utilizados pregos para a fixação das peças. • Os cochos podem ser fixos ou removíveis, dependendo da estrutura da propriedade. É importante evitar perdas por vento ou chuva ag o -18 ag o -1 8 Fornecimento de sombra • 4 m²/vaca de área sombreada ag o -1 8 18/08/2018 8 Sistema à pasto extensivo • Maioria: gado mestiço, dupla aptidão • O leite é subproduto • Uma ordenha diária • Curral rústico e precário com pouca higiene • Vacas soltas com os bezerros • Não é feito controle de cobertura ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Intensificação da Produção de Leite a Pasto Problemas a serem resolvidos: • Carrapatos e verminoses; • Período da seca (entre-safra) • Aumento no nº de propriedades com ordenha mecânica. ag o -1 8 Impacto da suplementação com concentrados em sistemas de produção intensivos a pasto ag o -1 8 18/08/2018 9 Sistema semi-intensivo e intensivo à pasto • Oferecer uma pastagem com qualidade e, ainda, observando as necessidades do rebanho, no período da seca. • O uso racional das pastagens é a chave da atividade leiteira, com a manutenção da oferta de forragem • Pastagem no período das chuvas e suplementação no período seco ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - PASTEJO ROTACIONADO ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - PASTEJO ROTACIONADO ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - PASTEJO ROTACIONADO ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - PASTEJO ROTACIONADO 18/08/2018 10 ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - PASTEJO ROTACIONADO ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - ADUBAÇÃO ag o -1 8 Condições Básicas para a produção Intensiva de Leite a Pasto - IRRIGAÇÃO Semi-confinamento ag o -1 8 Sistema Semi-confinamento e/ou semi-intensivos • Animais estabulados e em pastagem • Parte da dieta é fornecida no cocho • Em torno de 19% das propriedades; • Aproximadamente 55% das vacas são ordenhadas mecanicamente. • Predominância de animais Girolando, Gir, Holandês, Jersey, Suíça Parda, Guzerá... ag o -1 8 Sistema Semi-confinamento e/ou semi-intensivos • Divisão em lotes por categoria ou produtividade • Comum rotação de pastagem • Comum adotar inseminação artificial • Instalações mais elaboradas em relação ao extensivo • • Sistema de resfriamento e conservação do leite • Adota-se: capineira, currais de alimentação e de espera ag o -1 8 18/08/2018 11 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Curral de alimentação • É um compartimento destinado às vacas já ordenhadas e que serão suplementadas, com alimento volumoso (capim ou leguminosa de corte) ou com mistura concentrada (protéico-energética). • O comprimento dos cochos deve permitir um espaço de 0,60 a 0,80 m para cada animal, podendo ser construídos com alvenaria ou com madeira. ag o -1 8 Curral de Volumosos - Comedouro de volumosos ag o -1 8 ag o -1 8 18/08/2018 12 ag o -1 8 Fases do sistema de bovinos leiteiros Semi-confinamento • 1ª Fase: Maternidade (piquete – pasto) • Raças Europeias: de 1 a 3 dias de idade em companhia da vaca → colostro • 2ª Fase: Bezerreiros • Baias individuais: 1,0 x 1,5 a 1,8 m até 30 a 60 dias de idade • Baias Coletivas: até 8 animais/baia, de 30 a 60 dias até 4 a 5 meses de idade → 2 a 2,5 m2/cab ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Fases do sistema de bovinos leiteiros Semi-confinamento • 3ª Fase: Novilhas • 4º ou 5º mês de idade até 3 meses antes da 1ª parição • Piquete – pasto: 75 a 200 m2/cab • Comedouro: 0,5 a 0,7 m/cab • 1ª Cobertura: 16 aos 18 meses de idade • 1ª Parição: volta de 27 meses de idade ag o -1 8 18/08/2018 13 Fases do sistema de bovinos leiteiros Semi-confinamento • 4ª Fase: 90 dias antes do parto • Novilhas manejadas no grupo de vacas secas • Piquetes de 300 m2/cab de área de pastejo • Abrigos, comedouros e bebedouros • 5ª Fase: 1 semana antes do parto até 1 a 3 dias após o parto • 6ª Fase: lactação ag o -1 8 Fases do sistema de bovinos leiteiros Semi-confinamento • Vacas em Produção ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 ag o -1 8 Tipos de ordenha ag o -1 8 18/08/2018 14 TIPOS DE ORDENHA 1. MANUAL: • Sistema mais antigo e com baixo investimento; • Frequente em pequenos rebanhos; • Grande esforço do ordenhador; • Baixa eficiência e alta contaminação • Com ou sem peia, com ou sem bezerro; TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.1. Balde ao pé • Propícia um tratamento individual aos animais, e sua fácil identificação. • As condições de ordenha são inseguras, • A posição da ordenha é desconfortável; • O leite tem que ser transportado manualmente; • Há o risco de se virar o balde; • Limpeza e desinfecção do sistema é manual. • Com duas unidades pode-se ordenhar 15 vacas/homem/hora. TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.1. Espinha de peixe • 35o em relação ao fosso, distância entre os úberes de 1,0 m. • Vacas introduzidas na sala por grupos • Condições seguras de trabalho, posição confortável, • Curtas distâncias percorridas durante a ordenha, • Limpeza e desinfecção automática, e alta eficiência. • 1 operador em um sistema duplo 4: ordenha de 37 a 42 vacas/h • 2 operadores em um sistema duplo 8: ordenha de 70 a 80 vacas/h • Mais utilizado em todo o mundo . TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.3. Poligonal • Universidade do Estado de Michigan, USA; • Consiste de uma sala de ordenha com quatro lados utilizando plataformas em espinha de peixe. • Com quatro a dez vacas por lado; • Menos atrasos na ordenha; TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.3. Tandem (Fila indiana) • Dispostas uma à frente da outra, em posição paralela ao fosso. • Único modelo que possibilita a ordenha mecanizada com bezerro ao pé. • Vacas ocupam espaço maior na lateral do fosso, o que torna difícil adotá-lo em rebanhos grandes, pois exige uma sala muito comprida, que dificulta o trabalho do ordenhador. TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.3. Paralela •Vacas ficam em posição perpendicular ao fosso, uma ao lado da outra. • Redução no espaço ocupado por vaca durante a ordenha. •Mas, por outro lado, as vacas ficam de costas para o fosso, o que dificulta a visualização completa do úbere e dos tetos. 18/08/2018 15 TIPO DE ORDENHA 2. MECÂNICA: 2.3. Carrossel • O custo bastante elevado • Movimenta a vaca até o operador e não o inverso. • Plataforma móvel que completa um giro em 7 a 12 min. • A entrada na plataforma é feita individualmente. • Ordenha em 3 min, mas permanece o mesmo tempo na plataforma que outra sendo ordenhada em 8 min. • Vaca sub ou super ordenhada ag o -1 8 86
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