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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE FÍSICA E MATEMÁTICA - IFM Física Básica Experimental I ALEXANDRE FILGUEIRA SOARES E FELIPE PERAZZO MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME (MRU) 01/04/2019 Sumário 1.INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................................3 2.DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................................................................3 2.1 Fundamentação Teórica............................................................................................................................................3 2.2 Procedimentos Experimentais...................................................................................................................................4 2.3 Análises dos Resultados.............................................................................................................................................5 3. CONCLUSÕES...............................................................................................................................................................6 4. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................................................................7 1. INTRODUÇÃO Na natureza podemos observar que tudo nela se move, não só os animais que geram seus próprios movimentos, mas também os vegetais e minerais movidos pelo vento e água, as folhas e os galhos das árvores, as pedras que rolam nos leitos dos rios, os grãos de areia nos desertos e praias. Uma pequena estrela como o nosso sol tem vários tipos de movimento. Acontece o mesmo com o nosso planeta, a Lua e todos os planetas do sistema solar. No mundo dos seres muito pequenos inclusive nada esta parado. Podemos afirmar isso usando um microscópio. Podemos ver as bactérias, seres unicelulares, e ate os movimentos de mitose das células de nosso organismo. Embora não seja possível velos. Os átomos e as moléculas. Eles que compõem tudo o que existe. Estes também estão em constante movimento. Todos os gases, líquidos e sólidos são formados por átomos ou moléculas em contínuo movimento. Ou seja, toda a matéria esta em continuo movimento. O conceito de movimento, bem como a sua analise é indispensavelmente importantíssima para a ciência. Principalmente para a física, o ideal é compreender o movimento em si. A parte da física que estuda o movimento é chamada de Cinemática. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação teórica O movimento em que um corpo ou ponto material se desloca apenas em trajetórias retas, com a velocidade se mantendo constante ou variando apenas em módulo é chamado Movimento Retilíneo. Em movimento com aceleração, esta tem sentido paralelo ao da velocidade, com variação apenas em módulo, nunca em direção. Movimento Retilíneo Uniforme No Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), o vetor velocidade é constante no decorrer do tempo, não variando em módulo, sentido ou direção, percorrendo distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. A velocidade média v é definida como o espaço percorrido em um intervalo de tempo ∆x , dividido pelo intervalo de tempo ∆t : Δx Vm = ____ (1) Δt Sendo ∆x = x - x0 e ∆t = t - t0 , x a posição final, x0 a posição inicial, t o tempo final e t0 o tempo inicial. No limite de ∆x e ∆t tendendo a zero, a velocidade média passa a ser a velocidade instantânea: Δx dx V = lim ------ = ------- (2) Δt→0 Δt dt Reescrevendo a equação (1), considerando a velocidade constante, e fazendo o instante inicial t0 = 0, considerando ( v = v ) se obtém a equação do MRU: x = x0 + vm ⋅t (3) Sendo x0 a posição no instante t = 0 , x a posição no instante t e v a velocidade constante durante o movimento. Sendo assim obtida a equação horária do MRU. 2.2 Procedimentos experimentais Material: -Um conjunto de colchões de ar linear; -um carrinho para o colchão de ar; -conector do centelhador ou faiscador; - duas massas de 50g; -nível de bolha; -fita crepe; -tira de papel termosensível. O trilho de ar com o carrinho flutuando sobre o “colchão de ar” oferece uma condição adequada para o estudo de movimentos em uma dimensão de sistemas físicos isolado com atrito reduzido. Dentro da análise dos erros experimentais para este experimento a de força atrito resultante sobre o cavaleiro na direção vertical é considerada nula. Os passos do experimento estão listados abaixo: 1. Regule o tempo de disparo do centelhador para 100ms. 2. Adicione uma massa de 50g a cada lado do carro, que a partir de agora será denominado móvel. 3. Verifique se a fita de papel termosensível está posicionada corretamente. 4. Ligue o fluxo de ar 5. Coloque o móvel em contato com o disparador manual à direita do colchão linear. 6. Execute uma largada teste empurrando o carro contra o disparar e soltando-o em seguida. Verifique se o móvel percorre o colchão linear com os contatos próximos ao papel termosensível. 7. Verificar se o equipamento está funcionando corretamente. 8. Ligar o interruptor de energia do faiscador e do compressor de ar e verificar se o trilho de ar está nivelado; 9. Impulsionar o carrinho a partir de um dos extremos do trilho, acionando o botão de disparo de centelhas apenas quando a ponteira deslizar sobre a fita termo sensível pela primeira vez; 10. Remover e identificar na fita termo sensível marcada, anotando o tempo de disparo do centelhador (neste caso ela é fixa em 100ms), e assinalando o ponto inicial (x0) e final (xn) de registro do movimento. 2.3 Análise dos resultados t (ms) x (mm) Δt (ms) Δx (mm) Vm (m/s) t0 = 0 x0 = 0 - - - t1 = 100 x1 = 24 Δt1 = 100 Δx1 = 24 V1 = 0,24 t2 = 200 x2 = 47 Δt2 = 100 Δx2 = 23 V2 = 0,23 t3 = 300 x3 = 70 Δt3 = 100 Δx3 = 23 V3 = 0,23 t4 = 400 x4 = 93 Δt4 = 100 Δx4 = 23 V4 = 0,23 t5 = 500 x5 = 116 Δt5 = 100 Δx5 = 23 V5 = 0,23 t6 = 600 x6 = 138 Δt6 = 100 Δx6 = 22 V6 = 0,22 t7 = 700 x7 = 160 Δt7 = 100 Δx7 = 22 V7 = 0,22 t8 = 800 x8 = 182 Δt8 = 100 Δx8 = 22 V8 = 0,22 t9 = 900 x9 = 203 Δt9 = 100 Δx9 = 21 V9 = 0,21 t10 = 1000 x10 = 224 Δt10 = 100 Δx10 = 21 V10 = 0,21 t11 = 1100 x11 = 245 Δt11 = 100 Δx11 = 21 V11 = 0,21 t12 = 1200 x12 = 265 Δt12 = 100 Δx12 = 20 V12 = 0,20 t13 = 1300 x13 = 285 Δt13 = 100 Δx13 = 20 V13 = 0,20 t14 = 1400 x14 = 305 Δt14 = 100 Δx14 = 20 V14 = 0,20 t15 = 1500 x15 = 324 Δt15 = 100 Δx15 = 19 V15 = 0,19 t16 = 1600 x16 = 343 Δt16 = 100 Δx16 = 19 V16 = 0,19 t17 = 1700 x17 = 362 Δt17 = 100 Δx17 = 19 V17 = 0,19 t18 = 1800 x18 = 380 Δt18 = 100 Δx18 = 18 V18 = 0,18 t19 = 1900 x19 = 398 Δt19 = 100 Δx19 = 18 V19 = 0,18 t20 = 2000 x20 = 416 Δt20 = 100 Δx20 = 18 V20 = 0,18 t21 = 2100 x21 = 434 Δt21 = 100 Δx21 = 18 V21 = 0,18 t22 = 2200 x22 = 452 Δt22 = 100 Δx22 = 17 V22 = 0,17 t23 = 2300 x23 = 469 Δt23 = 100 Δx23 = 16 V23 = 0,16 t24 = 2400 x24 = 485 Δt24 = 100 Δx24 = 16 V24 = 0,16 t25 = 2500 x25 = 501 Δt25 = 100 Δx25 = 16 V25 = 0,16 t26 = 2600 x26 = 517 Δt26 = 100 Δx26 = 16 V26 = 0,16 t27 = 2700 x27 = 532 Δt27 = 100 Δx27 = 15 V27 = 0,15 t28 = 2800 x28 = 547 Δt28 = 100 Δx28 = 15 V28 = 0,15 t29 = 2900 x29 = 562 Δt29 = 100 Δx29 = 15 V29 = 0,15 - - - ΔxMédio = 19,38 ΔVMédio = 0,193O comportamento é progressiva retardado, devido a perda de aceleração e consequentemente velocidade, o gráfico Vm versus t mostra a perda de velocidade sofrida pelo carrinho ao passar do tempo. Já o gráfico X versus t mostra uma reta linear indicando o deslocamento maior ao passar do tempo, cada vez que o tempo passa o carrinho percorre uma menor distância entre os intervalos e, uma distância total maior. Ao calcularmos a variação do deslocamento pelo tempo, temos a velocidade média que o carrinho percorreu sobre o trilho, nesse experimento foi a velocidade média total de 0,193 m/s². Ao traçar uma reta tangente no gráfico Vm versus t é possível obter o coeficiente angular da reta e consequentemente a velocidade instantânea. Para obter a equação de Movimento Retilíneo Uniforme, MRU, partindo da expressão de definição da velocidade média (4), foi realizado o processo de passar o tempo que estava em uma fração do outro lado da igualdade multiplicando a variável Vm (velocidade), e tendo t0 igual a zero, logo teremos apenas V vezes t (v × t), e ficando com apenas o deslocamento final (x), menos o deslocamento inicial (x0) do outro lado da igualdade, e como a intenção de da formula de MRU é descobrir o deslocamento final, passa-se então x0, para o outro lado da igualdade também, ficando com a equação da seguinte maneira , a seguir está indicado em equação como foi realizado o processo, seguido da equação (7) com os valores reais utilizados neste experimento. (4) (5) (6) (3) (7) 3. CONCLUSÃO Só será movimento uniforme se a velocidade do móvel for constante. Para que isso aconteça é necessário que a sua aceleração seja zero e que percorra distâncias iguais em mesmos intervalos de tempo, o que também proporciona uma velocidade instantânea igual a velocidade média. Percebeu-se que na prática não tem como controlar todas as variáveis como na teoria, portanto os resultados não são idênticos aos dos cálculos teóricos. Pois é impossível realizar o deslocamento do carrinho sempre com a mesma precisão. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Halliday, D. e Resnick, R. – “Fundamentos de Física 1” – vol. - LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1993. < https://www.youtube.com/watch?v=-Zn7NuOyFHU > Acessado: 30/03/2019 às 19:25
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