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HANSENÍASE CONCEITO: - A hanseníase é uma doença infecciosa, sendo transmitida de pessoa para pessoa pelo convívio com doentes de forma bacilares sem tratamento; - Afeta principalmente a pele e os nervos periféricos (facial, auricular, mediano, radial, ulnar, fibular, tibial superior); AGENTE ETIOLÓGICO: - É causada pelo Mycobacterium Ieprae (também conhecido como bacilo de Hansen) TRANSMISSÃO: - A principal via de transmissão, são as vias aéreas superiores: mucosa nasal e orofaringe; - Uma pessoa doente e não tratada também elimina bacilos por meio das lesões de pele podendo infectar indivíduos sadios; PERÍODO DE INCUBAÇÃO: - O período de incubação e multiplicação do bacilo é de 10 a 16 dias por divisão binária simples; - Para paucibacilares de 2 a 5 anos; - Para multibacilares de 5 a 10 anos; SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS: - É manifestada por meio de lesões na pele com diminuição ou ausência de sensibilidade; - Ex de lesões: manchas esbranquiçadas, pápulas, infiltrações, tubérculos, nódulos. NEUROLÓGICOS: - São as lesões nos nervos periféricos, essas lesões são causadas por processos inflamatórios dos nervos periféricos (chamados de neurites), causadas pela ação direta do bacilo nos nervos e pela reação do organismo ao bacilo. DIAGNÓSTICOS CLÍNICO: - É realizado através de exames clínicos, que busca um ou mais dos três sinais da doença, como: 1. Lesões de pele com alteração de sensibilidade; 2. Acometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras; 3. Baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico; EPIDEMIOLÓGICO: - É realizado por meio da análise da história e das condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, sensitivo, motor e/ou autonômico BACILOSCOPIA: - É o exame microscópio onde se observa o Mycobacterium Ieprae, por esfregaços de raspados intradérmicos das lesões; TESTE DE SENSIBILIDADE: - É realizado examinando a pele da pessoa com suspeita da doença a procura de manchas dormentes, realiza também testes de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato, faz apalpação dos nervos do braços , pernas e pescoço CLASSIFICAÇÃO PAUCIBACILAR: - Até 5 lesões - Um tronco nervo afetado - Baciloscopia negativa INDETERMINADA: - Mancha hipocrônica e/ou anestésica - Geralmente única e pequena TUBERCULÓIDE: - Placa eritematosa hipocrônica e/ou anestésica, envolta pequenas pápulas ou tubérculos - Acometimento de tronco neural único MULTIBACILAR: - Mais de 5 lesões - Um ou mais troncos nervosos afetados - Baciloscopia positiva TIPOS DE LESÕES MAIS COMUNS PÁPULAS: - Lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita. INFILTRAÇÕES: - Alteração na espessura da pele, de forma difusa. TUBÉRCULOS: - Lesão sólida, elevada (caroços externos). NÓDULOS: - Lesão sólida, mais palpável que visível (caroços internos). FORMAS CLÍNICAS INDETERMINADA: - Manchas hipocrômicas - Únicas ou múltiplas - De limites imprecisos e com alteração de sensibilidade TUBERCULÓIDE: - Placas bem delimitadas com hipoestesia - Apresenta quedas de pelos - As lesões de pele apresentam – se em número reduzido, podendo ocorrer a cura espontânea VIRCHOWIANA: - Lesões de pele que podem ser eritematosas infiltrativas, limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica - No local que a infiltração for mais acentuada podem se formar pápulas, tubérculos, nódulos e placas hansenosas DIMORFA OU BODERLINE: - Lesões bem delimitadas com pouco ou nenhum bacilo - Lesões infiltrativas mal delimitadas com muitos bacilos - Comprometimento de nervos e os episódios reacionais são frequentes, levando o paciente a desenvolver incapacidade e deformidades físicas TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO PAUCIBACILAR: 6 cartelas - ADULTO: RIFAMPICINA (RFM): dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada. DAPSONA (DDS): uma dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada. - CRIANÇA: RIFAMPICINA (RFM): uma dose mensal de 450mg (01 cápsula de 150mg e 01 cápsula de 300mg) com administração supervisionada. DAPSONA (DDS): uma dose mensal de 50mg supervisionada e dose diária de 50mg autoadministrada. DURAÇÃO: 6 DOSES MENSAIS SUPERVISIONADAS DE RIFAMPICINA. CRITÉRIO DE ALTA: 6 DOSES SUPERVISIONADAS EM ATÉ 9 MESES. MULTIBACILAR: 12 cartelas - ADULTO: RIFAMPICINA (RFM): uma dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada. DAPSONA (DDS): uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária de 100mg autoadministrada. CLOFAZIMINA (CFZ): uma dose mensal de 300mg (03 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada. - CRIANÇA: RIFAMPICINA (RFM): uma dose mensal de 450mg (01 cápsula de 150mg e 01 cápsula de 300mg) com administração supervisionada. DAPSONA (DDS): uma dose mensal de 50mg supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada. CLOFAZIMINA (CFZ): uma dose mensal de 150mg (03 cápsulas de 50mg) com administração supervisionada e uma dose de 50mg autoadministrada em dias alternados. DURAÇÃO: 12 DOSES MENSAIS SUPERVISIONADAS DE RIFAMPICINA. CRITÉRIO DE ALTA: 12 DOSES SUPERVISIONADAS EM ATÉ 18 MESES. Na última dose os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.
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