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1a Questão Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a: três anos. oito anos. cinco anos. dez anos. dois anos. Respondido em 03/03/2019 00:22:07 Explicação: O consumidor tem acesso às informações existentes em seu cadastro, conforme art. 43 do CDC. É um direito subjetivo. E tais informações nao poderão ficar indefinidamente nos bancos de dados dos fornecedores. O prazo legal é de no máximo 5 anos, conforme parágrafo primeiro do artigo 43 do CDC. 2a Questão Verossimilhança e hipossuficiência são pressupostos para a inversão do ônus da prova: só para a inversão ope legis; só para a inversão ope judicis; são pressupostos sempre cumulativos; tanto para a inversão ope judicis como para a ope legis; são sempre alternativos. Respondido em 03/03/2019 00:23:25 Explicação: A inversão ope legis é automática, não havendo espaço para discussão ou interpretação acerca de sua conveniência. Trata-se, na verdade, de regra de distribuição do ônus probatório e não propriamente de inversão. Ocorrendo uma das hipóteses, desde o início se sabe de quem será o ônus, que não é invertido, mas apenas estabelecido pela lei. 3a Questão Sobre os direitos e princípios que devem ser aplicados na defesa do consumidor, assinale a opção correta de acordo com as normas estabelecidas pelo CDC. É direito básico unilateral do consumidor a revisão de cláusula contratual excessivamente onerosa decorrente de fatos supervenientes, o que acarreta, como regra, a resolução do contrato celebrado. O dirigismo contratual não é aplicado nas relações de consumo. O princípio da vulnerabilidade estabelece que todo e qualquer consumidor é a parte mais fraca da relação de consumo, sendo tal presunção absoluta. Nos contratos de consumo, impõem-se, na fase de formação, mas não na de execução, a transparência e a boa-fé, a fim ser compensada a vulnerabilidade do consumidor. Aplica-se a teoria da imprevisão para a revisão das cláusulas contratuais, nos termos do artigo 6 V do CDC. Respondido em 03/03/2019 00:24:18 Explicação: Nos contratos de consumo a transparência e a boa-fé devem estar presentes em todas as fases dos contratos. A revisão do contrato não é unilateral. O fornecedor também poderá solicitar a revisão do contrato. A teoria da imprevisão não é aplicada para o art. 6°, V do CDC. O dirigismo contratual também pode ser aplicado as relações de consumo. A única opção correta está relacionada ao princípio da vulnerabilidade. 4a Questão Nos termos do que dispõe o artigo 2º do Código de Defesa do Consumidor, considera-se consumidor "toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final." A partir desse conceito, assinale a alternativa correta. Uma pessoa jurídica que adquire produtos ou utiliza serviços nunca poderá ser consumidora. A característica fundamental para se identificar um consumidor é a vulnerabilidade, tendo em vista que o STJ tem adotado a teoria segundo a qual, em alguns casos, mesmo que a pessoa física ou jurídica não seja a destinatária final, poderá ser considerada como consumidora, se comprovada sua vulnerabilidade. O STJ adota a teoria Maximalista, pois considera que independentemente da posição de uma pessoa na cadeia de consumo, se ela adquiriu produtos ou serviços é enquadrada no conceito de consumidora. Qualquer pessoa pode ser considerada consumidora, ainda que não tenha comprovada sua vulnerabilidade. Independentemente de sua atividade, uma pessoa física que adquire ou utiliza produtos e serviços será sempre consumidora. Respondido em 03/03/2019 00:27:07 Explicação: A teoria adotada pelo Superior Tribunal de Justiça é a teoria finalista abrandada, segundo a qual uma pessoa física ou jurídica pode ser enquadrada como consumidora, ainda que não seja a destinatária final dos produtos ou serviços, e desde que seja comprovada a sua vulnerabilidade. Todo e qualquer consumidor (quer seja pessoa física, quer seja pessoa jurídica) encontra-se em uma situação de desequilíbrio, de vulnerabilidade perante os fornecedores; a lei consumerista, deste modo, trabalha com a premissa dessa desigualdade latente em qualquer relação de consumo, buscando, assim, equilibrar essa relação a partir de normas de proteção de seus interesses, justificando a dicotomia com o Código Civil, cujo princípio básico é o tratamento igualitário das partes na relação, como bem evidenciado na parte contratual do Código Civil, que, dentre os preceitos básicos, traz o pacta sunt servanda, que será agora relativizado. 5a Questão Analise o caso e, em seguida, marque a alternativa CORRETA. A educação e a informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo, implicam no princípio nuclear, previsto no Código de Defesa do Consumidor, conhecido por princípio da: efetividade. concorrência informação. economicidade. acessibilidade. Respondido em 03/03/2019 00:27:52 Explicação: (CDC, art. 6º, III, 31, 46 §6º). No CDC, o direito de informação está positivado no inciso III do art. 6º, sendo considerado direito básico do consumidor. Verbis: ¿Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem¿. 6a Questão O Código de Defesa do Consumidor estabelece os objetivos e princípios da Política Nacional de Relações de Consumo. Nesse contexto, pode-se afirmar que existe: Estabelecimento de regras que excluem a atividade estatal dos casos de concorrência desleal. Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. Incentivo à criação de mecanismos de arbitragem entre consumidores e fornecedores. Ação governamental no sentido de proteger o fornecedor através da presença do Estado no mercado de consumo. Manutenção dos serviços públicos, mesmo que eventualmente com falhas na prestação. Respondido em 03/03/2019 00:28:05 Explicação: Item Explicação: Tal política deve ter por objetivos, em primeiro plano, o atendimento das necessidades dos consumidores que é o objetivo principal das relações de consumo, mas deve preocupar-se também com a transparência e harmonia das relações de consumo, para pacificar e compatibilizar interesses eventualmente em conflito. O objetivo do Estado, ao legislar sobre o tema, não será outro senão eliminar ou reduzir tais conflitos, anunciando sua presença como mediador, para garantir proteção à parte mais fraca e desprotegida. Pois é visível que o consumidor é a parte mais fraca na relação de consumo que para satisfazer suas necessidades de consumo é inevitável que ele compareça ao mercado e nessas ocasiões, se submeta às condições que lhe são impostas pela outra parte, no caso o fornecedor 7a Questão (Exame da Ordem 2012) Sobre a proteção contratual e a validade de regras contratuais no mercado de consumo, assinale a afirmativa correta. b) Apenas é possível ao contrato estipular a inversão do ônus da prova, em favor da fornecedora, se direitos equivalentes, em termos processuais, forem concedidosaos consumidores. . As relações de consumo estão reguladas na Lei n. 8.078/90, também denominado Código de Defesa do Consumidor, não havendo uma seção que trata especificamente sobre as regras contratuais, mas estas estão dispostas ao longo de todo o diploma legal. Desta forma, faz-se necessário uma análise individual das assertivas apresentadas na presente questão. O tema abordado na assertiva ¿a¿ ¿ cláusula contratual ¿ encontra regulamentação no Título I, Capítulo VI ¿ Da Proteção Contratual, artigos 46 ao 54, sendo que o inciso I do artigo 51 determina: Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I ¿ impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; Assim, verifica-se que não pode haver qualquer tipo de limitação em relação a responsabilidade que o fornecedor possa ter em relação ao consumidor. A assertiva ¿b¿ aborda a inversão do ônus da prova, e ao contrário do quando afirmado, esta somente pode ser estipulada em favor do consumidor, que é a parte hipossuficiente, sendo falsa a afirmação, conforme previsto no artigo 6º, VIII: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [¿] VIII ¿ a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; [¿] Ademais, qualquer estipulação contrário que coloque o consumidor em prejuízo é considerada nula, segundo disposição do artigo 51, VI: Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: [¿] VI ¿ estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor: c) É perfeitamente possível e vinculante a cláusula de arbitragem prevista em contrato de adesão. a) Nas relações de consumo, a indenização pode ser contratualmente limitada, mas apenas em situações previstas em negrito, no contrato. Respondido em 03/03/2019 00:29:55 Explicação: d) Não vale a cláusula que estipula, de antemão, representante para concluir outro contrato pelo consumidor. 8a Questão (OAB - FGV 2010.3) Em relação aos princípios previstos no Código de Defesa do Consumidor, assinale a alternativa correta. O princípio da transparência impõe um dever comissivo e um omissivo, ou seja, não pode o fornecedor deixar de apresentar o produto tal como ele se encontra nem pode dizer mais do que ele faz; não pode, portanto, mais existir o dolus bonus. O princípio da vulnerabilidade, que presume ser o consumidor o elo mais fraco da relação de consumo, diz respeito apenas à vulnerabilidade técnica. O CDC é uma norma tipificadora de condutas, prevendo expressamente o comportamento dos consumidores e dos fornecedores. Nenhuma das alternativas anteriores. A boa-fé prevista no CDC é a boa-fé subjetiva. Respondido em 03/03/2019 00:30:47 Explicação: Item D- O princípio da transparência impõe um dever comissivo e um omissivo, ou seja, não pode o fornecedor deixar de apresentar o produto tal como ele se encontra nem pode dizer mais do que ele faz; não pode, portanto, mais existir o dolus bonus.
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