Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Embriologia – Sistema Endocrino Prof: Bruna Koike A primeira bolsa faríngea forma os componentes do ouvido externo e interno, como o meato acústico interno, canal timpânico etc. Na 2 bolsa faringe há a formação principalmente das tonsilas palatinas. O 2º arco faríngeo desce e sobrepõe o 3º. Internamente o 2 arco (endoderma) se prolifera se ramificando, formando criptas; induz a diferenciação do mesoderma para formar a tonsila palatina. Além disso, provoca a diferenciação em tecido linfoide formando o seio tonsilar. A 3 bolsa faríngea se prolifera dorsal e ventralmente. A parte dorsal se prolifera em forma de bulbo (arredondada) e forma a paratireoide inferior. Na 6 semana essa paratireoide já está diferenciada. A parte ventral se prolifera de forma alongada que se transforma no timo e depois migra para a parte medial na 8 semana se juntando. O timo vem de proliferações do endoderma que vem de ramificações da 3 bolsa faríngea e cada ramificação dá origem a um lóbulo. O timo é uma glândula lobulada. Os lóbulos são formados por cordões maciços do endoderma que penetram no tecido adjacente e forma os ramos laterais. Além disso, o mesênquima circundante também forma a capsula de tecido conjuntivo que envolve todo o timo. Os cordões que formam esses ramos formam os corpúsculos tímicos. O timo no recém-nascido é muito grande e também possui uma função hematopoiética, porém na adolescência ele involui, mas continua possuindo sua função. A 4 bolsa faríngea vai se proliferar tanto dorsal quanto ventralmente. A parte dorsal vai se proliferar no formato bulbar e vai formar a paratireoide superior (ela fica no lugar em que é formada, enquanto a paratireoide formada pelo 3º arco faríngeo desce). A parte ventral do 4º arco faríngeo é chamada de corpo ultimo faríngeo, sofre infiltração de células da crista neural que vão formar as células parafoliculares da tireóide (produzem calcitonina). O endoderma vai se proliferando para dentro do mesoderma e o tecido endodérmico vai fenestrando essas glândulas; os capilares fenestrados servem para aumentar a superfície de contato e liberar os hormônios direto no sangue. As paratireoides precisam migrar para a região dorsal da tireoide, porém isso pode não acontecer e elas ficarem ectópicas ou ainda deixar resquícios de tecido glandular no percurso. Entretanto, mesmo no lugar errado, ela continua secretando hormônio e sendo produtiva. A tireoide é formada entre o 1 e o 2 arco faríngeo e ela vai tendo uma invaginação do endoderma logo abaixo da língua. Essa invaginação depois que se fecha forma o forame cego da língua. O forame cego é o resquício do ducto tireoglosso. A invaginação do endoderma forma um ducto tireoglosso para descer esse endoderma. Inicialmente ele é oco (“bolsa”) e logo ele vai sendo preenchido pelas ramificações do endoderma e pelo mesoderma adjacente e depois se divide em 2 lobos; Estes lóbulos são unidos pelo istimo da tireoide que ficarão na parte anterior do pescoço. As suprarrenais, também chamadas de adrenais; ficam em cima dos rins e possuem córtex e medula com origens diferentes. O córtex tem origem do mesoderma (do mesênquima) e a medula das células da crista neural. O mesotélio que está na parede abdominal posterior vai migrar e formar o córtex. A partir da 7 semana há medula e córtex da suprarrenal. Na 8ª semana as células mesenquimais do mesotelio migram e formam o córtex definitivo ao redor do córtex fetal. Na 20ª semana a camada mais externa do córtex permanente forma uma zona fascicular.. Quando o bebê nasce as suprarrenais são enormes e ainda possuem o córtex fetal e o córtex definitivo se diferenciando e se maturando. Só depois do 3º ano de vida que o córtex fetal está totalmente regredido e vai começar a formar uma zona reticular. Essas adrenais estarão totalmente maduras apenas no 8º ano de vida. Logo nos primeiros meses de vida a suprarrenal reduz até 1/3. Apesar disso, funciona normalmente e há muita produção de androgênio no período fetal e após nascer produz cortisol, aldosterona etc. Obs: pode ocorrer hermafroditismo feminino quando há hiperplasia das adrenais porque a síntese de cortisol vai ser direcionada toda para os androgênios e pode ocorrer a masculinização da genitália externa feminina, mesmo possuindo gônadas femininas. Irá aumentar muito a testosterona e a androstenediona e diminuir o cortisol. A formação do pâncreas, órgão endócrino da digestão, começa a se diferenciar na 5ª semana e na 8ª já está formado. A partir do intestino (endoderma) será formado 2 brotos, um ventral e outro dorsal, que vão se ramificando e formando o broto pancreático dorsal e ventral. Quando o intestino vai formar o duodeno, que possui um formato em “c”, (o duodeno se vira e dobra para formar), ele junta a porção dorsal com a ventral e forma um único órgão. A origem do pâncreas é endodérmica e forma uma rede de túbulos que desenvolve os acinos, principalmente dos ductos primários. As ilhotas pancreáticas são células que se formam entre os acinos. Após a formação dos acinos, terão grupos celulares entre os acinos que formarão essas ilhotas que vão produzir insulina (10 semana) e glucacon (15 semana). Quando a mãe tem diabetes gestacional, o pâncreas fetal está exposto a altas concentrações de glicose e ocorre hipertrofia das células secretoras de insulina. Na formação do pâncreas pode ocorrer, na torcida do intestino, a formação de um anel ao redor do tubo intestinal, sendo parcialmente ou totalmente obliterado. O ducto ventral pode se desenvolver bífido e isso aumenta as chances de ocorrer essa obliteração. É mais frequente em homem do que em mulheres. Essa estenose causa pancreatite e úlceras. O tubo neural vai se desenvolver crânio-caudal. Essa parte cranial vai formar todo o sistema nervoso central. Inicialmente forma-se 3 vesiculas: Prosencefalo, mesencéfalo e romboencefalo. Depois, essas vesículas vão se dividir. O diencéfalo vai formar o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtalamo. HIPÓFISE Possui origem ectodérmica de duas formas: - Divertículo hipofisário: evaginação do estomodeu em direção ao sistema nervoso central. - Divertículo neuro-hipofisário: invaginação do diencéfalo. Eles vão se juntando progressivamente, havendo uma regressão até se obliterar totalmente o pedículo vindo do estomodeu. A neuro-hipofise tem o infundíbulo que passa pela sela turca. GLÂNDULAS MAMÁRIAS Inicialmente há uma crista mamária, um cordão de mamas, que acaba regredindo e fica apenas na parte torácica. Na mama, a epiderme invade o mesênquima – formando um broto primário que vai se ramificando, formando outros brotos secundários até a formação dos ductos lactíferos que se abrem no mamilo. Essa crista pode não ser totalmente regredida e pode aparecer mais de um mamilo, politenia ou polimastia (glândulas supra numerárias). O tubo neural vai se desenvolver e vai formar a maior parte do sistema nervoso. O diencéfalo vai formar o tálamo e seus amigos, assim como a hipófise. HIPOTÁLAMO Se desenvolve do diencéfalo (da parte ventral) atrás do quiasma óptico. Há a formação de um sulco hipotalâmico entre o hipotálamo e o tálamo. Do hipotálamo acaba surgindo o infundíbulo que se localiza na sela turca. PINEAL Na parte posterior do diencéfalo vai se formando uma projeção que formará a pineal, glândula impar. Na parte posterior do epitálamo e no teto do diencéfalo, na parte posterior, vai sendo formado uma glândula bem sólida. Essa glândula pineal é um agregado de células foliculares, as chamadas pinealócitos.
Compartilhar