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O que são as proteínas? E qual sua importância na hipertrofia muscular?

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Afinal O que são as proteínas? Qual é a diferença entre a proteína animal e a vegetal? A absorção delas é diferente? Quais são as vantagens da proteína vegetal?
O que são as proteínas? E qual sua importância na hipertrofia muscular? Presentes em diversos de alimentos, as proteínas são essenciais em todo o metabolismo. Sua principal função é estrutural, ou seja, contribuem para a formação, desenvolvimento e manutenção de todos os órgãos do nosso sistema. Como todos sabem, de acordo com sua origem, as proteínas podem ser animais ou vegetais. 
A qualidade nutricional das proteínas depende do seu teor em aminoácidos essenciais, da sua digestibilidade e da biodisponibilidade dos seus aminoácidos.
Elas são compostas por nove “aminoácidos essenciais” (fenilalanina, histidina, isoleucina, lisina, leucina, metionina, treonina, triptofano e valina) não são produzidos no nosso organismo e são essenciais na alimentação humana. 
Diversos estudos demonstram que o treinamento resistido reduz o percentual de gordura corporal e causa hipertrofia muscular, a deformação mecânica das fibras musculares causada pelo treinamento de força é capaz de estimular a síntese proteica. A hipertrofia muscular esquelética é caracterizada pelo aumento da área de secção transversa do músculo por meio da síntese de novas estruturas envolvidas na contração muscular (Glass, 2005; Goldspink, 2003).
Qual é a diferença entre a proteína animal e a vegetal? 
PROTEÍNAS ANIMAIS - As proteínas animais são mais complexas no que se refere ao porte de aminoácidos, já que fornecem quase todos os aminoácidos essenciais que o organismo necessita.
Todas as carnes estão englobadas dentro dos alimentos ricos em proteínas e fornecem entre 15% e 20% de proteínas, são consideradas de muito boa qualidade, já que fornecem todos os aminoácidos essenciais necessários. São a melhor fonte de ferro e vitamina B12. Contribuem entre 10% e 20% de gordura (sendo a maior parte saturada). A carne mais magra é mais rica em proteína. Vale a pena lembrar que as fontes animais (principalmente as carnes vermelhas) contêm uma elevada dose de gordura associada.
O peixe possui valor nutritivo equivalente ao da carne, porém com maiores benefícios para a saúde. Seu conteúdo proteico é de 18% a 20%, com um perfil de aminoácidos essenciais muito parecido entre si, alterando-se apenas após o processo de congelamento e secagem aos quais são submetem. A gordura em peixes e frutos do mar, ao contrário de outros alimentos de origem animal, é abundante em ômega 3 e o ômega 6. O atum contém, aproximadamente, 23g de proteína por 100g. O bacalhau é um bom exemplo de alimento rico em proteínas e pobre em gordura, além de ser uma importante fonte de vitaminas e minerais, fazendo desse peixe um dos alimentos altamente recomendados.
A composição de aminoácidos do ovo é a mais completa e equilibrada, além de ser a que contém todos os aminoácidos essenciais na proporção adequada, conferindo-lhe um valor biológico excelente. A clara de ovo consiste em uma mistura de proteínas muito diferentes entre si, nas quais a mais importante é a ovalbumina, que constitui 50% das proteínas totais da clara. O ovo é considerado uma fonte de proteína altamente digestível, já que mais de 95% da sua proteína é digerida e está disponível para cobrir as várias necessidades do organismo. A gema do ovo é rica em gordura e colesterol. No entanto, hoje, considera-se adequada a ingestão da gema de dois a três vezes por semana, embora haja hipercolesterolemia ou outra dislipidemia. Já a clara do ovo pode ser consumida todos os dias.
O leite fornece proteínas de elevada qualidade e em quantidade significativa; o leite in natura fornece, em média, de 3g a 3,5g de proteínas por 100g de leite. Um dos grupos de proteínas é a caseínas, representa cerca de 75% a 85% das proteínas lácteas. A alta qualidade das proteínas lácteas é marcada pela presença, em várias quantidades, de todos os aminoácidos essenciais; a quantidade de lisina é elevada e complementa as proteínas de outras fontes alimentares deficitárias neste aminoácido. A utilização deste aminoácido é influenciada pelo aminoácido limitante. Por exemplo: se uma fonte contêm todos os aminoácidos, mas tem uma quantidade muito pequena de lisina, o corpo humano só irá absorver os outros na proporção que a lisina for utilizada para síntese de proteínas, e os aminoácidos em "excesso" serão transformados em glicose ou gordura.
A quantidade elevada de lisina, treonina, metionina e isoleucina, na caseína e nas proteínas do soro do leite, faz com que apresentem grande interesse para suplementar as proteínas de origem vegetal e, particularmente, as quais têm como fator limitante a lisina como os cereais. Por outro lado, as proteínas lácteas são relativamente escassas de aminoácidos não essenciais e é importante disponibilizar tais estruturas para a síntese proteica.
PROTEÍNAS VEGETAIS –     Estudos demonstram que dietas á base de proteínas vegetais podem propiciar inúmeros benefícios aos seus adeptos, além de prevenir e otimizar o tratamento de diversas doenças crônicas. Diante disso, têm-se pesquisado mais sobre alimentos alternativos que possam suprir esta demanda proteica a partir das evidências existentes, os possíveis mecanismos pelos quais a proteína vegetal pode contribuir para hipertrofia muscular em resposta ao treinamento resistido.
A soja é uma leguminosa que contém uma elevada porcentagem de proteínas de alta qualidade, chegando a quase 37g de proteínas por cada 100g, além de possuir a todos os aminoácidos essenciais. Sua qualidade biológica é comparável à da carne. Pesquisas realizadas no Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica, na França, têm demonstrado que as proteínas de soja são digeridas e absorvidas tão facilmente como as proteínas do leite de vaca. Proteína de soja: é efetiva no aumento de massa muscular? ->Em termos de composição, a proteína de soja apresenta algumas similaridades em relação às demais fontes proteicas. Em uma dose de whey protein, soja e caseína, as três fontes proteicas fornecem basicamente a mesma quantidade de aminoácidos essenciais. Dentre estes, a quantidade de leucina, isoleucina e valina (popularmente conhecidos como BCAAs). A leucina é considerada o gatilho biológico que desencadeia o processo de ganho de massa muscular que, posteriormente necessita dos demais aminoácidos essenciais. Portanto, a partir do consumo de doses similares destas diferentes fontes proteicas é possível atingir maior desenvolvimento de massa muscular. 
 Segundo estudos, a ervilha é uma boa fonte de fibra, não contendo colesterol na sua composição e apresenta níveis de proteína na massa total da semente ao redor de 20-25%. Existem evidências de que o consumo de fibras obtida a partir da ervilha pode otimizar a função gastrointestinal e reduzir as concentrações plasmáticas de triglicérides. Concluindo-se que é um alimento de baixo índice glicêmico, importante no tratamento do diabetes tipo 2. Além disso, estudos demonstram que a proteína da ervilha é extremamente eficiente na indução de saciedade, podendo dessa forma, contribuir para o processo de emagrecimento. Um estudo recente realizado por Babault (2015) avaliou o efeito da suplementação de 25g de proteína da ervilha, whey protein  sobre à espessura do bíceps braquial e força muscular de indivíduos destreinados após 12 semanas de treinamento. Os resultados demonstraram que o consumo de proteínas da ervilha associado ao treinamento de força aumentou significativamente a espessura do bíceps braquial. Nenhuma diferença foi observada entre os grupos que suplementaram proteína da ervilha e whey protein. Sendo assim, a suplementação da proteína da ervilha quando associada ao treinamento de força, pode estimular a síntese proteica muscular de maneira similar à suplementação de whey protein, o que pode refletir a longo prazo na hipertrofia muscular. Yang (2012) demonstraram que a proteína da ervilha possui elevada qualidade nutricional, com alta biodisponibilidade e um índicede digestibilidade de 92,8%, valor semelhante ao das proteínas do ovo, caseína e soja.
O arroz é uma excelente fonte de energia, devido à alta concentração de amido, possuindo baixo teor de lipídios. É um dos principais alimentos da dieta, ele é responsável por fornecer, em média, 27% dos carboidratos, 20% das proteínas e 3% dos lipídios. As proteínas podem ser classificadas em albumina, globulina, prolamina e glutelina. A glutelina forma a principal fração, correspondendo a aproximadamente 80% das proteínas, com menor concentração de albumina e globulina (15%) e prolamina (5-8%) (JULIANO, 1993). O suplemento é obtido através do isolamento de proteínas contidas no arroz. O mesmo arroz que é consumido na casa da maioria dos brasileiros serve de base para fornecer uma grande quantidade de proteínas com bom valor biológico. O processo envolve a extração alcalina dos subprodutos, como farinha comercial de arroz. A separação das proteínas ocorre justamente através do ajuste de pH, separando esse macronutriente do resto dos componentes. Ambos serão usados pelo metabolismo para a formação de energia. Além disso, esses nutrientes são usados para a síntese e construção de tecidos, em especial os tecidos musculares e também possuem função estrutural no organismo.
Praticamente, todos os alimentos contêm proteínas, porém não na mesma concentração. A mistura de alimentos vegetais e animais em quantidades adequadas permite que alguns alimentos complementem outros. Em resumo, para uma dieta saudável e adequada, recomenda-se a combinação de proteínas animais e proteínas vegetais.
A absorção delas é diferente? 
A principal característica discrepante entre estas fontes proteicas está nos processos de digestão e absorção. Enquanto o whey protein é uma proteína de rápida digestão e absorção, a soja apresenta padrões mais lentos. A implicação disso está no comportamento de aminoácidos na circulação sanguínea, que é determinante na resposta do músculo esquelético. Enquanto o whey protein gera picos rápidos e curtos de aminoácidos no sangue, a soja leva a aumentos menores e mais prolongados. 
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Como os vegetais são ricos em minerais e vitaminas e são alimentos leves, a digestão deles é mais rápida, o que facilita a absorção das proteínas. Já os alimentos de origem animal requerem uma digestão gástrica prolongada com liberação de grande quantidade de ácido estomacal e gases de fermentação. O resultado disso é uma digestão mais lenta e a sensação de azia e queimação e um risco aumentado de gastrite e úlcera em médio e longo prazo.

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