Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 1 O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Diferencia-se da microcriminalidade, em que há lesão a bens jurídicos individuais. Analise as assertivas abaixo e assinale a correta: Na microcriminalidade podemos identificar os sujeitos passivos, pois são atingidos bens jurídicos individuais, ao passo que na macrocriminalidade existe a característica de se atingir bens jurídicos supraindividuais, a exemplo do que ocorre no homicídio em massa, nos arrombamentos de imóveis etc. Os efeitos da Macrocriminalidade afetam a sociedade diariamente, podendo acarretar efeitos físicos, psicológicos (como no caso do crime de ameaça) ou econômicos (nos crimes patrimoniais). Macrocriminalidade é conceito inerente ao Direito Penal Econômico, ao passo que a microcriminalidade é conceito tradicional do Direito Penal Clássico. A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima, como nos casos dos homicídios, roubos, furtos e crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A macrocriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima 2. A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: criminalidade individual e crime organizado. criminalidade supranacional e crime organizado. criminalidade supranacional e microcriminalidade. criminalidade supranacional e crimes que se direcionam a bens jurídicos individuais. criminalidade organizada e tradicionalmente composta por pessoas de baixa classe social. 3. O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Esta lei diferencia-se da microcriminalidade, em que há lesão a bens jurídicos individuais. A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de: I - identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima, como nos casos dos homicídios, roubos, furtos, invasões de domicílio. II - Tais tipos de manifestações que também são previstas na lei penal afetam a sociedade diariamente, podendo acarretar efeitos físicos, psicológicos (como no caso do crime de ameaça) ou econômicos (nos crimes patrimoniais). III - Existência de ofensa a bens jurídicos supraindividuais, com tutela difusa e coletiva IV - A existência de ofensa a bens jurídicos de caráter econômico e supreaindividual Assinale a assertiva correta: São corretas as assertivas III e IV São corretas as assertivas II e III Todas as opções são incorretas São corretas as assertivas I e II Todas as opções são corretas 4. O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Esta lei diferencia-se da microcriminalidade, em que há lesão a bens jurídicos individuais. A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de: Identificarmos a supraindividualidade dos bens jurídicos identificarmos uma grande diversidade de bens jurídicos, como principalmente os de cunho econômico, a exemplo dos que atingem o Sistema Financeiro Nacional identificarmos crimes de grande proporção,como os de colarinho branco Nem sempre exigir a tipicidade formal da conduta identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima 5. Dentre os vários bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal Econômico, quando mencionamos as Relações Econômicas, podemos citar: Ordem Econômica e vida patrimônio e meio ambiente Vida e patrimônio Ordem Econômica e relações de consumo Relações de consumo e patrimônio 6. A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: criminalidade organizada e microcriminalidade supraindividualidade e penas restritivas de direito criminalidade supranacional e crime organizado criminalidade individual e bens supraindividuais microcriminalidade e penas privativas de liberdade 7. No que tange aos princípio de Direito Penal, especificamente à legalidade, assinale a assertiva que se encontra de acordo com o Direito Penal Econômico: O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que a nova lei seja maléfica O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que haja previsão expressa O referido princípio não é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, em virtude da autonomia deste ramo do Direito O referido princípio nunca é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico 8. A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: criminalidade supranacional e crime organizado. Assim, pode-se afirmar que a microcriminalidade representa: Sinônimo de macrocriminalidade. A criminalidade ligada ao aspecto de agressão aos bens jurídicos supraindividuais. A criminalidade violenta, também tratada pelo Direito Penal Econômico. A nova criminalidade, objeto do Direito Penal Econômico. A criminalidade clássica, que não é tratada pelo Direito Penal Econômico. AULA 2 Em uma posição legitimadora relativa, Silva Sanchez desenvolve uma proposta que permite a subsistência do Direito Penal Econômico na tutela de bens supraindividuais. Para isso, vale-se de alguns argumentos, dentre eles: A aplicação de um direito dual e de intervenção. A aplicação de um Direito Penal Dual (ou de duas velocidades), sendo permitida certa relativização, desde que não aplicada a pena privativa de liberdade. A aplicação de pena privativa de liberdade aos crimes econômicos, com relativização de garantias individuais. A aplicação de todas as penas previstas no direito penal clássico, por se tratar o Direito Penal Econômico de ramo que se origina daquele. A aplicação de um Direito Penal de duas velocidades, excluídos os delitos econômicos da possibilidade de outras penas que não sejam privativas de liberdade. 2. Propõe-se, a construção de um modelo dual do sistema normativo-penal. No primeiro bloco ou nível, se incluiriam os delitos aos quais são cominadas penas privativas de liberdade, para os quais se respeitariam escrupulosas regras de imputação e de garantias penais e processuais penais; e, no segundo, aqueles que conteriam sanções pecuniárias ou restritivas de direitos ou aquilo que ele prefere chamar de "reparação penal" no lugar da prisão, e que receberiam regras mais flexíveis. O trechoacima retrata a ideia de: Hassemer Silva Sanchez Gabriel Tarde Garófalo Sutherland 3. Sabemos que o Direito Penal clássico está regido pelo princípio da legalidade. Este princípio encontra previsão tanto no artigo 1º do Código Penal quanto no artigo 5º, Inciso XXXIX da Constituição Federal. Quanto ao Direito Penal Econômico: É regido pelo princípio da anterioridade sempre, mas só é regido pelo princípio da legalidade nos casos de crimes contra as relações de consumo. não precisa estar fundamentado em lei, sendo possível a previsão de crimes por ato administrativo. por não estar regido pelo princípio da legalidade, não são aplicáveis nas leis especiais que formam o Direito Penal Econômico as disposições da parte geral do Código Penal. também está fundamentado na própria lei e depende do princípio da legalidade e da anterioridade. Só é regido pelo princípio da legalidade no caso de previsão de crimes contra o meio ambiente. 4. No Brasil, o tratamento do Direito Penal Econômico não é organizado em uma codificação, mas sim ao longo de várias leis esparsas. Nem mesmo esse tratamento é feito de maneira organizada, de forma que em muitos casos temos um mesmo bem jurídico tutelado em uma pluralidade de leis, de forma que o intérprete tem que ficar comparando os dispositivos para entender o tipo penal a ser aplicado. Podemos então dizer que o surgimento do Direito Penal Econômico decorreu principalmente de estudos realizados no campo: da politica da Criminologia da Economia da Sociologia da Psicologia 5. O Direito Penal de duas velocidades, proposto por Silva Sanchez, traria mudanças na estrutura e também no âmbito do processo penal. Isto é: fatos delituosos que dizem respeito a direitos coletivos, como delitos de ordem econômica, seriam apurados de maneira mais célere, pois nesse tipo de crime as provas desaparecem com muita facilidade. fatos delituosos que dizem respeito a direitos coletivos, como delitos de ordem econômica, seriam apenados com pena privativa de liberdade, desde que sua apuração se desse de maneira célere. torna-se necessária uma bipartição do sistema jurídico penal de imputação do ato ao autor, assim como do sistema geral de garantias, consoante à natureza das consequências jurídicas cominadas aos tipos penais incriminadores: pena privativa de liberdade ou pena alternativa, podendo a primeira ser aplicada com relativização de direitos constitucionais. torna-se necessária a obediência estrita á qualquer regra processual, para aqueles crimes que conteriam sanções pecuniárias ou restritivas de direitos ou ¿ aquilo que ele prefere chamar de ¿reparação penal¿ no lugar da prisão. é necessária a construção de um modelo dual do sistema normativo-penal. No primeiro bloco ou nível, se incluiriam os delitos aos quais são cominadas penas privativas de liberdade, para os quais se respeitariam escrupulosas regras de imputação e de garantias penais e processuais penais. 6. Com o desenvolvimento do Direito Penal Econômico, surgiram linhas de pensamento distintas quanto à sua aplicação. Nem todos os pensadores concordaram com a legitimação deste novo ramo do Direito Penal. Desta forma, podemos indicar três linhas de pensamento, dentre elas: Direito Penal Dual ou de duas velocidades, que nega a possibilidade de previsão dos delitos econômicos Escola de Sutherland, sustentando penas privativas de liberdade para os criminosos de colarinho branco Escola de Frankfurt, que é a posição legitimadora do Direito Penal Econômica Posição legitimadora do Direito Penal Econômico, que sustenta a possibilidade de aplicação de pena de morte nos delitos econômicos mais graves Escola de Frankfurt, que é a posição deslegitimadora do Direito Penal Econômica 7. "Para os defensores dessa corrente, este ramo do Direito deve restringir-se tão-somente à proibição de condutas individuais que provoquem lesão ou perigo concreto de lesão a um bem jurídico individualista, não lhe cabendo promover a segurança das futuras gerações ou a diminuição social dos riscos e do sentimento de medo incrustado na população." O trecho acima retrata ideal: de Sutherland. da Escola de Frankfurt. da posição legitimadora do Direito Penal. da atual jurisprudência. da teoria do Direito Penal de duas velocidades. 8. Sutherland se dedicou a desenvolver uma teoria que identificasse a explicação de todas as modalidades de delito. Assinale a assertiva que identifica essa teoria: Teoria do Conflito. Teoria das leis de imitação. Teoria positivista. Teoria das Organizações Criminosas. Teoria da Associação Diferencial. AULA 3 O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Assinale a assertiva que melhor a diferencia da microcriminalidade: A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima, como nos casos dos homicídios, roubos, furtos, invasões de domicílio. A macrocriminalidade envolve bens supraindividuais A macrocriminalidade envolve crimes patrimoniais em sentido amplo, englobando além do Direito Penal Econômico, os delitos de roubo, estelionato e extorsão, enquanto a microcriminalidade se volta apenas às ofensas à vida Enquanto a macrocriminalidade envolve apenas as classes mais privilegiadas, a microcriminalidade envolve sempre as classes sociais mais baixas A macrocriminalidade se refere sempre a crimes com penas maiores, enquanto a microcriminalidade se refere a infrações penais de menor potencial ofensivo A macrocriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima, como nos casos dos homicídios, roubos, furtos, invasões de domicílio. A microcriminalidade envolve bens supraindividuais Gabarito Coment. 2. No que tange aos estudos relacionados á responsabilidade penal da pessoa jurídica, Os adeptos da teoria da realidade divergem apenas no modo de apreciar essa realidade, dando origem a concepções como a teoria da realidade objetiva, a teoria da realidade jurídica e a teoria da realidade técnica. Assinale a assertiva que contem argumentos da teoria da realidade técnica: Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Considera as pessoas jurídicas como organizações individuais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade filosófica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. 3. No que tange aos estudos relacionados á responsabilidade penal da pessoa jurídica, Os adeptos da teoria da realidade divergem apenas no modo de apreciar essa realidade, dando origem a concepções como a teoria da realidade objetiva, a teoria da realidade jurídica ea teoria da realidade técnica. Assinale a assertiva que contém argumentos da teoria da realidade orgânica: Considera as pessoas jurídicas como organizações individuais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem jurídica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a entidades em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Gabarito Coment. 4. Segundo Maria Helena Diniz a pessoa jurídica pode ser definida como "a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações", e sendo assim, acerca da responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a opção correta: A responsabilidade penal da pessoa jurídica não exclui a das pessoas naturais, de modo que os nossos Tribunais vêm entendendo, pela necessidade de aplicação do princípio da dupla imputação, de forma que a pessoa jurídica seja imputada de maneira conjunta com a pessoa física que praticou a conduta dolosa ou culposamente. Pessoas com personalidade judiciária, mas sem personalidade jurídica, estão sujeitas à responsabilidade penal da pessoa jurídica, norma que não atinge pessoas de direito público. A responsabilidade penal da pessoa jurídica exclui a das pessoas naturais, o que implica a impossibilidade de dirigir denúncia contra a pessoa jurídica sempre que descoberta coautoria ou participação indireta das pessoas naturais. A culpabilidade e a posterior penalização das pessoas jurídicas não são contempladas no sistema penal brasileiro, que considera que a pessoa jurídica pensa por meio das pessoas que a compõem, tendo vontade própria e ânimo de delinquir, mas não tendo meios próprios para fazê-lo. A massa falida, o espólio dos bens deixados pelo falecido e a sociedade de fato podem ser responsabilizados e penalizados. 5. No que tange à responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a assertiva correta: No Brasil, vigora o societas delinquere non potest É possível no Brasil em caso de crime patrimonial A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente prevista Somente é possível no Brasil em caso de crime patrimonial A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente admitida 6. A raiz do problema da responsabilidade penal da pessoa jurídica está na existência das teorias que procuram explicar a sua existência, a sua natureza e se ela seria um ente real, uma realidade análoga ou ainda se a sua existência seria puramente fictícia. Uma dessas teorias, sustenta que a pessoa jurídica, ao contrário da pessoa natural, que existe por criação da natureza, a pessoa jurídica só existe em razão de determinação legal, que a considera, ficticiamente, um ser existente. Assinale a teoria que apresenta tais características: Teoria da ficção jurídica Teoria orgânica Teoria da realidade Teoria da identificação Teoria da realidade relativa 7. Nossos Tribunais vêm entendendo pela possibilidade de responsabilizar penalmente a pessoa jurídica, desde que respeitado o princípio da dupla imputação. Considerando o que foi estudado acerca da responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a assertiva que possui hipótese adequada de responsabilidade penal da pessoa jurídica: crimes contra a ordem econômica e crimes ambientais Apenas crimes contra o sistema financeiro nacional crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes ambientais Crimes contra a ordem econômica, contra o sistema financeiro e contra o meio ambiente apenas crimes ambientais 8. Carlitos trabalha na Petrobrás. Em seu horário de intervalo, no pátio da empresa, decidiu soltar um balão. De acordo com previsão da lei ambiental, é correto afirmar que: Não há crime ambiental por parte da pessoa jurídica, eis que não há adequação aos requisitos legais Carlitos responde por crime ambiental, assim como necessariamente, a pessoa jurídica também responderá Carlitos somente responderá pelo crime ambiental se houver imputação da pessoa jurídica Se houver denúncia, a pessoa jurídica poderá ser condenado pelo crime ambiental apenas a pessoa jurídica responderá por crime ambiental Gabarito Coment. AULA 4 Cumprido o acordo de leniência pelo agente, extingue-se automaticamente a punibilidade, nos crimes: econômicos contra a Ordem Econômica contra as Relações de Consumo contra o meio ambiente as empresas 2. A lei 12.529/2011 cria um novo sistema para a defesa da concorrência, que é o: Conselho Administrativo do Sistema Financeiro Sistema de Controle Econômico Sistema da livre concorrência (SLC) Sistema Internacional de Desenvolvimento Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). 3. Com a entrada em vigor da Lei 12.529/11 e a revogação de vários dispositivos da Lei 8.137/90 que caracterizavam crimes contra a Ordem Econômica, houve substancial abolitio criminis de condutas lesivas à Ordem Econômica, demonstrando a consideração de um Direito Penal Minimalista. Dentre as condutas ainda tipificadas nesta lei, podemos identificar: lavagem de dinheiro organização criminosa falência fraudulenta crimes ambientais formação de cartel 4. Suponha que todos os revendedores de gás liquefeito de petróleo (GLP) ajustem artificialmente o preço final de venda do produto em determinada localidade. A esse respeito, é correto afirmar que: A relação de consumo é afetada pela conduta descrita; portanto, há contravenção praticada contra a economia popular. A investigação a respeito do caso ficará a cargo da Polícia Federal, em virtude de que a União possui o monopólio de distribuição do GLP no Brasil. O ajuste é comum e em nada influencia na concorrência entre as empresas. O fato descrito encarta-se como crime contra a ordem econômica. Há, em princípio, um ilícito penal a ser apurado que se subsume ao crime contra o consumidor. 5. Maria, Joel e Caio, responsáveis por postos de gasolina de grande porte, se uniram com a finalidade de eliminar a concorrência. Contudo, tal domínio não se efetivou. Considerando ter o fato ocorrido em junho de 2012, pode-se afirmar que: O crime é formal e está consumado. A conduta caracteriza tão somente infração administrativa. A nova lei antitruste promoveu abolitio criminis da conduta descrita. Houve tentativa de crime contra a Ordem Econômica. A conduta não é criminosa. 6. A única previsão de infração penal contra a Ordem Econômicana Lei 8137/90 passa a ser o artigo 4° com sua nova redação. Identifique qual é a assertiva que contém conduta incriminada no referido artigo: abusar do poder econômico dominando o mercado atentar contra o consumo usura ajuste ou acordo de empresas para crimes ambientais falsificação de medicamentos 7. A respeito dos crimes contra a ordem econômica e das relações de consumo, assinale a opção correta. ( ESAF - 2012 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal ) Formar aliança entre órgãos do governo é crime contra a ordem econômica Induzir o consumidor a comprar os melhores produtos é crime das relações de consumo Abusar do poder econômico é crime das relações de consumo Favorecer, com justa causa, comprador é crime das relações de consumo Formar acordo visando à fixação artificial de preços é crime contra a ordem econômica 8. O acordo de leniência, nos termos da nova lei antitruste, pode ser realizado frente à ocorrência de crime contra: o patrimônio empresarial. o meio ambiente. o Sistema Financeiro Nacional. as relações de consumo. a Ordem Econômica. AULA 5 Para fins de responsabilização por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, não se equipara ao Administrador: o preposto o síndico o liquidante o interventor e o liquidante o interventor 2. Sabrina recebeu, de fonte anônima, um e-mail indicando que um determinado banco privado estava prestes a falir e que as pessoas que não retirassem seu dinheiro imediatamente correriam o risco de sofrer sérios prejuízos. Temendo que fosse verdadeira a notícia, ela reenviou essa mensagem a todos os seus contatos. Porém, foi logo demonstrado que a informação era absolutamente falsa. Nessa situação, a conduta de Sabrina caracteriza: (CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional - com adaptações) crime contra o sistema financeiro nacional na modalidade culposa fato atípico crime contra o sistema financeiro nacional, por divulgar informação falsa sobre instituição financeira crime, mas haverá extinção da punibilidade caso ela se retrate mera infração adminisrativa Gabarito Coment. 3. "São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os administradores de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes" A previsão acima pode ser entendida no seguinte contexto: Os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional são crimes próprios, que somente podem ser praticados por estas pessoas Apenas as pessoas assim definidas podem responder por crime contra a Ordem Econômica Os crimes contra a Ordem Econômica são crimes próprios, que somente podem ser praticados por estas pessoas As pessoas assim definidas respondem por alguns dos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, denominados crimes próprios Apenas as pessoas assim definidas podem responder por crime contra o Sistema Financeiro Nacional 4. Se um indivíduo remeter dinheiro para o exterior, sem autorização legal e sem declará-lo à repartição federal competente, ele praticará crime contra: ( CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigação e Agente de Polícia) a ordem econômica. a fé pública. a ordem tributária. o Sistema Financeiro Nacional. a administração pública. 5. No que tange aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, é correto afirmar que: A ação penal deve tramitar perante à Justiça Federal estão previstos no Código Penal somente podem ser praticados por Instituições Financeiras São todos de ação penal pública condicionada englobam a corrupção Gabarito Coment. 6. No que tange aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, assinale a assertiva correta: Não são penalmente responsáveis, nos termos da lei, o controlador e os administradores de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes Para que a pessoa possa ser punida por divulgação de falsas informações sobre instituição financeira, a divulgação deve se dar para um número determinado de pessoas. A Lei 7.492/86 prevê tipos penais que se assemelham ao crime de apropriação indébita, estelionato, falsa identidade, falsidade ideológica e peculato. No entanto, frente ao princípio da especialidade, esses crimes não preponderam sobre a previsão geral do Código Penal. Nos crimes de gestão fraudulenta e temerária, o sujeito ativo não pode ser o administrador da Instituição Financeira A Lei 7.492/86, que prevê os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, traz alguns crimes que podem ser praticados por qualquer pessoa, classificados como crimes comuns. Já outros se classificam como crimes próprios, exigindo do agente uma especial qualidade. 7. São integrantes do Sistema Financeiro Nacional: Banco Internacional do Desenvolvimento e Banco do Brasil Conselho Monetário Nacional e Ministério da Justiça Banco Central do Brasil e CADE Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil Banco do Brasil e CADE Gabarito Coment. 8. A delação premiada, também chamada de chamamento de cúmplice, foi incluída no parágrafo segundo do artigo 25 pela Lei 9080/95, estabelecendo que nos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional da Lei 7492/86, cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor ou partícipe que, através de confissão espontânea, revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa: terá a sua pena reduzida de um a dois terços. terá excluída a ilicitude de sua conduta. terá extinta a sua punibilidade. terá excluída a culpabilidade de sua conduta. não praticará crime. AULA 6 Ana falsificou nota fiscal para reduzir o valor da operação a ela correspondente e reduzir o tributo devido. Maria prestou declaração falsa às autoridades fazendárias, para suprimir o tributo devido em operação comercial. Ana e Maria responderão por crimes:(FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução de Mandados) de falsificação de documento particular e contra a ordem tributária, respectivamente. contra a ordem econômica. de falsificação de documento particular e falsidade ideológica, respectivamente. de falsificação de documento público e falsidade ideológica, respectivamente. contra a ordem tributária. 2. Considerando os estudos relacionados aos crimes contra a Ordem Tributária, previstos na Lei 8137/90, é correto afirmar que: afastam a possibilidade de prática de crime fora da Lei 8137/90 todos eles podem ser praticados por particular se for realizado o pagamento do tributo, este extingue a punibilidade a qualquer tempo alguns somente podem ser praticados por funcionário público todos eles somente podem ser praticados por funcionário público 3. No que tange aos crimes contra a Ordem Tributária, assinale a assertiva correta: Estão previstos em título específico do Código Penal não encontram previsão típica no ordenamento jurídico brasileiro Encontram-se previstos em lei especial e se referem apenas aos praticados pelo funcionário público Encontram-se previstos em lei especial e se dividem em praticados pelo contribuinte e pelo funcionário público Encontram-se previstos em lei especial e se referemapenas aos praticados pelo contribuinte Gabarito Coment. 4. No que tange ao pagamento do tributo, pelo agente que o reduziu mediante falsidade, é correto afirmar que ele: extingue a punibilidade se realizado antes do recebimento da denúncia não possui relevância penal suspende a punibilidade reduz a pena sempre extingue a punibilidade Gabarito Coment. 5. Claudiano suprimiu informação em sua declaração de Imposto de Rena, com objetivo de não pagar o tributo. Considerando as disposições do Direito Penal Econômico, no que tange à tutela da Ordem Tributária, assinale a assertiva correta: Claudiano pratica crime culposo Claudiano não pratica crime Claudiano pratica mero ilícito fiscal Claudiano pratica crime Claudiano pratica crime, mas poderá receber perdão judicial 6. É certo afirmar: I. Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. II - Os crimes contra a Ordem Tributária encontram modalidade culposa expressa III - O pagamento do tributo antes de recebida a denúncia extingue a punibilidade É correto o que se afirma em: I e III Apenas I Apenas II II e III todas as assertivas 7. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os crimes contra a ordem tributária previstos na Lei nº 8.137/90 são de natureza: material continuada patrimonial de mera conduta formal Gabarito Coment. 8. A conduta de exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou para cobrá- los parcialmente, corresponde a crime de corrupção passiva. crime contra a ordem tributária crime de concussão. fato atípico. crime patrimonial AULA 7 Considere a seguinte situação hipotética. Edmar contraiu, de forma regular, empréstimo em instituição financeira oficial, com previsão contratual de que os valores seriam empregados em pastagens de sua propriedade rural. No entanto, utilizou a quantia para a compra de uma caminhonete cabine dupla, zero quilômetro. Nessa situação: Edmar cometeu estelionato contra o Banco. Edmar não cometeu crime, mas meramente ilícito civil, devendo indenizar o banco. Edmar cometeu apenas crime contra o Mercado de Capitais. Edmar cometeu crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Edmar não cometeu qualquer tipo de ilícito. 2. "a conduta tipificada é apenas a de utilizar a informação relevante. Aquele que fornece a informação para que alguém a utilize não comete este crime, podendo perpetrar alguma modalidade típica de violação de sigilo funcional." A afirmação acima se refere ao seguinte crime: Insider trading Estelionato Furto de informação Manipulação do mercado Exercício irregular de cargo, profissão, atividade ou função 3. Quanto ao crime conhecido como insider trading, assinale a assertiva correta: A previsão da pena privativa de liberdade data da origem da lei onde há a tipificação da conduta, o que traz como consequência a possibilidade de punição daqueles que praticaram o insider antes da inclusão do artigo na lei que o prevê atualmente. Consiste no uso de informações relevantes e privilegiadas com o intuito de obter vantagem indevida, para si ou para outrem, no âmbito do mercado de capitais. Antes de ser prevista como crime, a conduta já não era juridicamente e nem moralmente reprovada no ordenamento brasileiro. Trata-se de expressão em inglês, utilizada em todo o mundo, para se referir ao fenômeno que o legislador brasileiro optou por chamar de operação no mercado de capitais. Trata-se de crime previsto na lei dos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Gabarito Coment. 4. No que tange às novas previsões contidas na lei 10303/01, que dispõe sobre o Mercado de Capitais, é correto afirmar que: a lei 10303/01 não prevê crimes contra o Mercado de Capitais, tendo revogado os antes existentes A Lei 10.303/01, que incluiu os tipos penais na Lei 6.385/76, é maléfica, pois criminalizou condutas antes não tipificadas, não podendo retroagir para ser aplicada a fatos praticados antes da sua entrada em vigor. Todos os crimes previstos na referida lei somente podem ser praticados pelo dirigente da instituição A lei é benéfica, devendo retroagir em todas as suas disposições Na referida lei, o uso indevido de informação privilegiada, constitui crime conhecido como manipulação de mercado Gabarito Coment. 5. a Lei 10.303/01 incluiu na Lei 6.385/76 os crimes contra o Mercado de Capitais, que também constituem espécie dos crimes: contra a ordem tributária contra a ordem econômica contra o patrimônio contra o sistema financeiro nacional e contra o patrimônio contra o sistema financeiro nacional Gabarito Coment. 6. O Artigo 27-C prevê o crime de manipulação do mercado. Qualquer pessoa pode praticar esta conduta, que consiste em realizar uma manobra fraudulenta. Por exemplo: a divulgação de informações falsas sobre a Instituição Financeira no Mercado de Capitais, com o objetivo de causar a queda do preço de ações, para que, quando for verificada a improcedência da informação, o agente que divulgou tais informações possa vender as ações que comprou por um preço bastante alto, obtendo assim vantagem indevida. Nessa modalidade, este crime: caracteriza concurso necessário com o artigo 3º da Lei 7.492/86 prepondera sobre o artigo 3º da Lei 7.492/86, aplicando-se o princípio da consunção. prepondera sobre o artigo 3º da Lei 7.492/86, aplicando-se o princípio da subsidiariedade. configura concurso necessário com o crime de insider trading prepondera sobre o artigo 3º da Lei 7.492/86, aplicando-se o princípio da especialidade. 7. No que tange ao Insider Trading, analise as assertivas abaixo: I - Trata-se de crime contra o mercado de capitais II - exige especial fim de agir, no sentido de o agente proporcionar vantagem para si ou para outrem, fazendo alguma espécie de negociação para isso. III - não abrange a conduta daquele que fornece a informação privilegiada Assinale a opção correta: Apenas I e III estão corretas apenas I e II estão corretas todas as assertivas estão incorretas apenas II e III estão corretas todas as assertivas estão corretas Gabarito Coment. 8. "A conduta tipificada é apenas a de utilizar a informação relevante. Aquele que fornece a informação para que alguém a utilize não comete este crime, podendo perpetrar alguma modalidade típica de violação de sigilo funcional." A afirmativa acima se refere ao crime: insider trading manipulação de mercado contra a ordem econômica patrimonial de violação de sigilo funcional especializado AULA 8 No que tange à lei de falências, analise as assertivas que se seguem: I - todos os crimes são dolosos II - todas as suas disposições são maléficas se comparadas à antiga lei de falências III - tipifica crimes comuns e próprios, podendo haver extensãodo conceito de devedor É correto o que se afirma apenas em: III I, II e III I e III I II 2. Considerando a Lei de falências e especificamente o crime de fraude a credores, assinale a assertiva correta: O sujeito ativo é qualquer pessoa. Sujeito passivo é o credor do falido ou o devedor sob recuperação judicial ou extrajudicial. O tipo penal exige a prática do ato fraudulento pelo agente. O crime pode ser praticado por qualquer pessoa e admite a modalidade culposa. O elemento subjetivo é o dolo, sendo exigido o especial fim de agir - obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem, muito embora também se admita modalidade culposa. O crime somente pode ser praticado antes da sentença que decreta a falência. 3. No que tange à lei de falências, é correto afirmar que: não prevê crimes comuns só prevê crimes próprios só prevê crimes comuns não prevê crimes próprios não tipifica crimes culposos 4. Com relação ao procedimento nos crimes falimentares, assinale a opção correta (MP/TO ¿ Promotor de Justiça ¿ 2006): A ação penal pelos crimes falimentares é de competência do próprio juiz que decretou a falência. Se o representante do MP não oferecer denúncia no prazo legal, qualquer credor habilitado ou o administrador judicial poderá oferecer ação penal privada subsidiária da pública, observado o prazo decadencial de três meses. Caso o MP, estando o réu solto ou afiançado, decida aguardar a apresentação da exposição circunstanciada de que trata o artigo 186 da Lei 11.101/2005, ele deverá, em seguida, oferecer a denúncia em 15 dias. A ação penal nos crimes falimentares, excepcionalmente, é privada personalíssima. Os crimes falimentares podem ser de ação penal pública incondicionada ou condicionada à representação, a depender do tipo penal. Gabarito Coment. 5. Quanto ao crime de Aquisição, recebimento ou uso ilegal de bens, previsto na lei de falências, é correto afirmar que: Trata-se de crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo devedor ou administrador. O sujeito passivo é a massa falida e eventuais prejudicados pela conduta do agente. Trata-se de crime comum, que somente pode ser praticado pelo devedor ou administrador. O sujeito passivo é a massa falida e eventuais prejudicados pela conduta do agente. Trata-se de crime próprio, que somente pode ser praticado pelo devedor ou administrador. O sujeito passivo é a massa falida e eventuais prejudicados pela conduta do agente. Trata-se de crime próprio, que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo devedor ou administrador. O sujeito passivo é a massa falida e eventuais prejudicados pela conduta do agente. Trata-se de crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo devedor ou administrador. O sujeito passivo é o Estado 6. No que tange à lei de falências e aos crimes falimentares, analise as assertivas abaixo: I - alguns doutrinadores criticam a expressão ¿crimes falimentares¿, tendo em vista a possibilidade de ocorrerem e haver condenação sem que tenha ocorrido falência, mas sim o reconhecimento por sentença da recuperação judicial. II - No que tange ao crime de fraude a credores, o sujeito ativo é o devedor. Sujeito passivo é o credor do falido ou o devedor sob recuperação judicial ou extrajudicial. O tipo penal exige a prática do ato fraudulento pelo agente. III - a lei prevê o crime de violação de sigilo empresarial, trazendo elemento normativo ¿sem justa causa¿, que deve ser valorado pelo juiz no caso concreto. O sigilo empresarial não é absoluto, havendo casos em que pode ser afastado, não se configurando a prática de crime Está correto o que se afirma apenas em: I e II I I, II e III I e III II e III Gabarito Coment. 7. No que tange aos crimes falimentares, considerando a comparação entre a antiga e nova leis de falências, é correto afirmar que: há disposições benéficas na nova lei a nova lei não pode retroagir em nenhuma hipótese a nova lei é integralmente benéfica a nova lei é integralmente maléfica a nova lei tipifica condutas culposas 8. Quanto ao princípio da unicidade na vigência da Lei 11.101/05, pode-se afirmar que: não há controvérsia quanto a sua inaplicabilidade sua aplicação é controvertida somente pode ser aplicado se houver unidade de conduta não há controvérsia quanto a sua aplicação foi expressamente revogado AULA 9 No que tange aos crimes contra as relações de consumo, é correto afirmar que: somente podem ser praticados pelo fabricante do produto admitem modalidade culposa nenhuma das assertivas surgiram antes do CDC são crimes de dano e não de perigo 2. Carlitos percebeu que o freio de seu veículo estava fazendo muito barulho quando acionado. Procurando a concessionária, foi feito um orçamento no valor de 1500,00. Carlitos procurou então uma oficina para realizar o serviço de troca dos discos dianteiros de freio, pois lhe foi informado na concessionária que os mesmos estavam danificados. Na oficina procurada por Carlitos, foi confirmada a informação e lhe foi passado o orçamento de R$ 900,00. Questionado se as peças eram originais, o responsável pela oficina informou que não eram fabricadas pelo fabricante do veículo, mas sim por outro fabricante. Ou seja, eram peças similares, mas não originais, porém eram novas. Após a realização do serviço, Carlitos percebeu que o freio ainda não estava 100% e levou seu carro em outra oficina, que constatou que não houve troca, mas sim recuperação do seu disco de freio. Com base na hipótese descrita, pode-se afirmar que: Houve crime previsto apenas na Lei 8137/90 Houve crime previsto no Código de defesa do Consumidor (CDC - Lei 8078/90) Não houve crime, pois ao autorizar a utilização de peças similares novas, o consumidor autoriza, indiretamente, a utilização e reaproveitamento de peças usadas Houve crime previsto no Código de defesa do Consumidor (CDC - Lei 8078/90) e na Lei 8137/90 Houve crime de furto 3. Juliana é proprietária de duas lojas: uma de produtos alimentícios, e a outra de um pet shop, que vende rações para cães e gatos, dentre outros produtos. Em fiscalizações aos seus estabelecimentos, foi descoberta a exposição à venda de geleias com prazo de validade vencido, e no pet shop, rações estragadas. De acordo com o entendimento dos nossos Tribunais: Juliana pratica crime contra a ordem econômica Juliana não pratica crime contra as relações de consumo em nenhuma das hipóteses Juliana não pratica crime contra as relações de consumo pela venda de ração estragada, mas pode praticar pela venda de geléia. Juliana só pratica crime pelas rações estragadas Juliana praticou dois crimes contra as relações de consumo em concurso Gabarito Coment. 4. No que tange aos crimes contra o consumidor e contra as relações de consumo, analise as assertivas abaixo: I - não é possível crime na modalidade culposa, por ausência de previsão legal II - Se Caio emprega componentes usados na prestação de um serviço, com conhecimento do consumidor, não há crime III - os crimes contra as relações de consumo, previstos na Lei 8137/90, preponderam sobre os crimes previstos no CDC (Códigode Defesa do Consumidor) Está correto o que se afirma apenas em: I e II II e III II I e III I, II e III 5. Acerca dos crimes que tutelam as relações de consumo, é correto afirmar que: Os crimes contra as relações de consumo somente podem ser praticados pelo fornecedor, sendo classificados como crimes próprios. De acordo com a teoria da imputação objetiva, aplicando-se o princípio da confiança, poderia o proprietário do estabelecimento eximir-se da imputação penal, caso seu funcionário tenha colocado à venda mercadoria imprópria ao consumo, tendo em vista que se esperava do funcionário que executasse corretamente seu trabalho. Caso uma mesma conduta esteja prevista no Código de Defesa do Consumidor e na Lei 8.137/90, esta última deve preponderar, pela aplicação do critério cronológico entre duas leis especiais. Considerando sua previsão nas leis que tipificam condutas criminosas, não há modalidade culposa de crime contra as relações de consumo. Alguns crimes contra as relações de consumo são de ação penal púbica condicionada à representação. 6. No que tange à disposição trazida pelo legislador no CDC: a conduta de colocar no mercado, fornecer ou expor para fornecimento produtos ou serviços impróprios, tipificando também a modalidade culposa. Pode-se afirmar que: o artigo foi revogado o artigo foi vetado o artigo prepondera sobre a Lei 8137/90, pelo princípio da especialidade o artigo ainda se encontra em vigor o artigo foi alterado pela Lei 8137/90 Gabarito Coment. 7. Juliana fez compras em um mercado. Ao chegar em casa, percebeu que a manteiga adquirida estava com o prazo de validade vencido há mais de um ano, além de visivelmente estragada. Neste caso: havia previsão de crime contra as relações de consumo, mas houve abolitio criminis Juliana foi vítima de crime contra as Relações de Consumo o crime praticado é de ação penal privada, devendo Juliana oferecer queixa Juliana não foi vítima de crime, só podendo acionar o mercado civilmente trata-se de crime previsto no Código Penal 8. Com a finalidade de impulsionar as vendas e atrair consumidores, a empresa Construlegal fez publicar, em jornal de grande circulação, anúncio de venda promocional de cimento com entrega imediata do produto. João, atraído pelo anúncio, efetuou a compra de 100 sacos do produto. Contudo, somente após a concretização do negócio, ele tomou conhecimento de que o comerciante não detinha o produto para entrega imediata. Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar: que o comerciante cometeu delito contra as relações de consumo, ocorrendo, no presente caso, a consumação da infração penal com a publicação enganosa. que a conduta adotada pela empresa Construlegal configura mero inadimplemento civil, não estando, portanto, enquadrada nas infrações penais cometidas contra o consumidor. que a conduta do comerciante configura propaganda enganosa, prática comercial não tipificada como criminal, sendo passível apenas de multa que, após a decisão do Supremo Tribunal Federal que reconhece a impossibilidade de prisão civil, o crime praticado pelo comerciante é passível tão-somente da pena de multa. que, tratando-se de infração penal, só poderão ser considerados sujeitos passivos do delito, os consumidores que, acreditando no anúncio, efetuaram a compra. AULA 10 A polícia está investigando uma organização criminosa integrada por policiais militares, bombeiros militares e policiais civis cujos integrantes são suspeitos da prática de homicídios, extorsão, concussão, corrupção ativa e passiva, dentre outros crimes. De acordo com o apurado até o momento, esses agentes públicos exigem que os comerciantes e moradores de uma determinada localidade paguem prestações semanais em dinheiro. Os criminosos chegaram mesmo a assumir a associação de moradores da comunidade, numa eleição marcada pela intimidação dos eleitores. Concluindo que seria necessária uma medida mais intensa nas investigações: a autoridade policial deve infiltrar diretamente um agente na organização, considerando que a Lei 9034/95 dispensa a autorização judicial A autoridade policial, com basena atual Lei 12850/13, deveria requerer autorização judicial, de forma que o agente policial possa se infiltrar na organização criminosa e realizar a captação ou a interceptação ambiental. a autoridade policial não poderá requerer a infiltração de agente, pois a mesma foi declarada inconstitucional pelo STF a autoridade policial somente poderá retardar o flagrante com prévia autorização judicial a autoridade policial pode contratar profissional legalmente autorizado para realizar a interceptação telefônica, já que a quebra do sigilo telefônico, na Lei, independe de autorização judicial 2. A lei12850/13 dispõe sobre organizações criminosas. Assinale a assertiva correta acerca dos dispositivos da referida lei: Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa não é conduta penalmente típica a referida lei veda a infiltração de agentes, permitindo apenas a ação controlada a referida lei veda a ação controlada, permitindo apenas a infiltração de agentes A condenação com trânsito em julgado jamais acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 3. Determinada organização criminosa voltada para a prática do tráfico de armas de fogo esperava um grande carregamento de armas para dia e local previamente determinados. Durante a investigação policial dessa organização criminosa, a autoridade policial recebeu informações seguras de que parte do bando estava reunida em um bar e receberia o dinheiro com o qual pagaria o carregamento das armas, repassando, ainda no local, grande quantidade de droga em troca do dinheiro. No entanto, querendo apreender mais membros da organização, é correto afirmar que: a autoridade policial não pode deixar de efetuar a prisão em flagrante a autoridade policial deve comunicar imediatamente ao juiz, para que o mesmo autorize em 24 horas a ação controlada a autoridade policial pode deixar de efetuar a prisão em flagrante a autoridade somente pode deixar de efetuar a prisão em flagrante se além de ser uma organização criminosa, for uma quadrilha ou bando a autoridade policial só pode deixar de efetuar a prisão em flagrante com prévia autorização judicial Gabarito Coment. 4. Carlitos foi condenado por crime de tráfico, realizado por Organização criminosa por ele integrada. Considerando que a sentença ainda possibilita recurso, é correto afirmar que: ele deverá cumprir a pena em regime integralmente fechado A sentença que condena o agente integrante de organização criminosa é insuscetível de recurso Carlitos terá seu procedimento recursal concluído em 90 dias ele deverá iniciar o cumprimento da pena em regime semi aberto, de acordo com expressa previsão legal Caso o MP recorra e se constante a acusaçãoda denúncia, poderá ser reconhecido ainda o crime de organização criminosa, já que a nova lei passou a tipificar a conduta 5. A identificação criminal consiste, nos termos da Lei 12.037/09, na: identificação datiloscópica apenas com a alteração da lei, apenas na identificação genética na identificação datiloscópica, dependente de autorização judicial na identificação datiloscópica e fotográfica, sendo vedada a coleta de material genético na identificação datiloscópica e fotográfica 6. A lei que dispõe acerca da prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas estabeleceu a figura da ação controlada, o que significa que, em determinados casos: a autoridade policial poderá retardar a prisão em flagrante dos investigados, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. a autoridade policial poderá retardar a prisão em flagrante dos investigados e infiltrar agente, desde que os mantenha sob estrita e ininterrupta vigilância, independentemente em ambos os institutos, de autorização judicial. a autoridade policial poderá diferir o flagrante, no que se denomina ação controlada, desde que com prévia autorização judicial a autoridade policial poderá retardar a prisão em flagrante dos investigados, ainda que não mantenha os agentes sob estrita e ininterrupta vigilância. a autoridade policial não poderá diferir o flagrante 7. Recentemente, a lei de Organização Criminosa foi revogada e substituída por outra, que também realizou alteração no Código Penal. Quanto às alterações, assinale a assertiva que retrata uma delas: o conceito de quadrilha ou bando foi integralmente mantido o tipo de ação penal foi alterada passou a existir previsão de proibição de liberdade provisória foi descriminalizada a constituição de associação criminosa o crime de quadrilha ou bando passou a ser denominado associação criminosa 8. (MPE-SP - 2010 - MPE-SP - Promotor de Justiça) Assinale a alternativa correta. A ação controlada: é uma medida prevista nos procedimentos investigatórios que versem sobre infrações penais de Lavagem de Dinheiro ou de Capitais e consiste na decretação judicial da apreensão ou sequestro bens, direitos ou valores do suspeito da autoria desses delitos. é uma medida prevista nos procedimentos investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de ações praticadas por organizações ou associações criminosas de qualquer tipo, consistente em realizar interceptações telefônicas pela autoridade policial para identificar os suspeitos da autoria dessas infrações penais. é uma medida prevista nos procedimentos investigatórios que versem sobre infrações penais de Lavagem de Dinheiro ou de Capitais e consiste em uma ordem judicial permitindo o acesso aos dados, documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais dos suspeitos de tais condutas. é uma medida que consiste em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. é uma medida prevista nos procedimentos investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de ações praticadas por organizações ou associações criminosas de qualquer tipo, que depende de ordem judicial e visa a captação e a interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, óticos ou acústicos, e o seu registro e análise.
Compartilhar