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DIREITO-CONTRATUAL

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DIREITO CONTRATUAL – PROVA 1
Princípios que os Romanos Apresentaram – CLÁSSICOS
Princípio da autonomia da vontade: não se pode falar em contrato, de fato, sem que se tenha por sua pedra de toque a manifestação da vontade. Sem “querer humano” não há negócio jurídico., e não havendo negócio jurídico não há contrato.
Não é raro um dos contraentes pretender utilizar o contrato como açoite, visando a subjugar a parte economicamente mais fraca, em franco desrespeito à sua função social. ISSO MESMO, todo o contrato deve observar a uma função social.
Princípio da força obrigatória do contrato (pacta sund servanda): é a regra de que o contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja, com a observância, deve ser executado pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos.
Princípios modernos/contemporâneos
Função social: o contrato somente atenderá à sua função social quando, sem prejuízo ao livre exercício da autonomia privada:
Respeitar a dignidade da pessoa humana
Admitir a relativização do princípio da igualdade das partes contraentes 
Consagrar uma cláusula implícita de boa-fé objetiva
Respeitar o meio ambiente
Respeitar o valor social do trabalho.
OBS. A função social do contrato não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio, quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.
Probidade e boa-fé: é uma diretriz principiológica de fundo ético e espectro eficacial jurídico. A boa-fé se traduz em um princípio de substrato moral, que ganhou contornos e matiz de natureza jurídica cogente. 
Boa-fé subjetiva: situação psicológica, um estado de ânimo ou de espírito do agente que realiza determinado ato ou vivencia dada a situação, sem ter ciência do vício que inquina. (Ex.: possuidor de boa fé).
Boa-fé objetiva: regra de comportamento, de fundo ético e exigibilidade jurídica. Agir de boa-fé é um dever.
Dignidade da pessoa humana: traduz o valor fundamental de respeito à existência humana, segundo as suas possibilidades e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensáveis à sua realização pessoal e à busca da felicidade.
Ao se exigir o cumprimento forçado de uma prestação inadimplida, o credor não pode pretender lançar mão de mecanismos atentatórios à dignidade da pessoa humana, senão quando a própria Constituição expressamente admitir o sacrifício de um valor individual tendo em vista fins superiores.
Classificação dos contratos
Unilaterais X Bilaterais: 
Unilaterais: Quando o contrato estabelece apenas uma “via de mão única”, com as partes em posição estática de credor e devedor, pelo fato de se estabelecer uma prestação pecuniária apenas para uma das partes, como na doação simples, falar-se-á em contrato unilateral. Ex.: doação; fiança.
Bilaterais: tem-se a produção simultânea de prestações para todos os contratantes, pela dependência recíproca das obrigações. Ex.: compra e veda; 
Somente nos bilaterais ocorre a chama exceção substancial do contrato não cumprido, que consiste na regra de que nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da prestação do outro.
Somente nos bilaterais é aplicável a disciplina dos vícios redibitórios.
Onerosos X Gratuitos: 
Onerosos: em geral, todos são bilaterais. Ambas as partes experimentam benefícios e deveres. Quando a um benefício recebido corresponder um sacrifício patrimonial. Ex.: compra e venda.
Gratuitos: quando somente uma das partes auferirá benefício, enquanto a outra arcará com toda obrigação. É uma espécie de contrato de favor. Ex.: doação pura (sem encargo) e comodato.
Solenes ou Formais X Não Solenes ou Não Formais:
Solenes ou Formais: é a exceção. Há imposição da lei de um determinado revestimento formal para a validade do negócio jurídico. Ex.: contratos constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imóveis acima do valor consignado em lei; o testamento
Não solenes ou Não Formais: a forma livre é a regra no nosso país. Ex.: troca; permuta.
Típicos ou Nominados X Atípicos ou Inominados: 
Típicos ou Nominados: aqueles que possuem previsão legal anterior com denominação específica.
Atípicos ou Inominados: Aqueles que não estão regulados pela lei. A doutrina os chama de “espaço livre do direito”. Ex.: contrato de barriga de aluguel. 
Principais X Acessórios:
Principais: não dependem de outro contrato pra existir. Nesse caso, extinto o principal, extingue o acessório. Ex.: compra e venda.
Acessórios: contrato que depende de outro para existir. Aqui, extinto o acessório não extingue o principal. Ex.: Fiança.
Comutativos X Adesão:
Comutativos: quando as obrigações se equivalem, conhecendo os contratantes as suas respectivas prestações. Há possibilidade de negociação entre as partes, e não um modelo de contrato pronto. Ex.: compra e venda.
Adesão: contrato onde um dos pactuantes predetermina as cláusulas do negócio jurídico. Ex.: companhias de telefonia. 
Reais X Pessoais:
Reais: aqueles contratos que exigem a entrega da coisa, para que se reputem existentes. Nesses, antes da entrega efetiva da coisa, ter-se-á mera promessa de contratar e não um contrato perfeito e acabado. Ex.: comodato; mutuo; depósito e o penhor. 
Pessoais: celebrados em função da pessoa do contratante, que têm influência decisiva para o consentimento do outro, para quem interessa que a prestação seja cumprida por ele próprio, pelas suas características particulares. Ex.: Contrato de emprego; fiança.
Paritários X Aleatórios:
Paritários: contratos em que as partes estão em iguais condições de negociação, estabelecendo livremente as cláusulas contratuais. Fala-se da teoria da imprevisão, onde o contrato deve ser justo e igualitário para ambas as partes. Ex.: compra e venda,
Aleatórios: quando a obrigação de uma das partes somente puder ser exigida em função de coisas ou fatos futuros, cujo risco da não ocorrência for assumido pelo outro contratante. Haverá uma manifesta desproporção por uma das partes, mas que faz parte do contrato. Ex.: seguro, jogo e aposta.
Formação dos contratos.
O contrato é negócio jurídico bilateral decorrente da convergência de manifestações de vontade contrapostas. Caso haja aceitação, as manifestações de vontade faze, surgir o consentimento, consistente no núcleo volitivo contratual. 
Somente na junção de PROPOSTA + ACEITAÇÃO é que o contrato estará finalmente formado. 
Negociações preliminares = é neste momento prévio que as partes discutem, ponderam, refletem a minuta do contrato, para que possam chegar a uma proposta final e definitiva. Essa fase tem como característica a não vinculação das partes a uma relação jurídica obrigacional. 
Proposta de contratar = oferta que uma parte faz a outra, com vistas à celebração de determinado negócio. 
Aceitação = é a aquiescência a uma proposta formulada. Deverá ser externada sem vícios de consentimento, sob pena do negócio ser anulado. Pressupõe também a plena capacidade do agente.Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela (quando o proponente declara expressamente seu direito de arrependimento), da natureza do negócio (quando a própria natureza não admite certas compactações entre as partes), ou das circunstâncias do caso (quando o juiz desconsidera a obrigatoriedade).
	
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Art. 430.Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Obs.: I, II E III são casos em que o contrato não é tido como celebrado.
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
	
Estipulação em favor de 3°
Acontece quando uma parte convenciona com o devedor que este deverá realizar determinada prestação em benefício de outrem, alheio à relação jurídica-base.
Origina-se de um acorde do estipulante (aquele que estabelece a obrigação) e do promitente ou devedor (se compromete a realizar a obrigação), com a finalidade de instituir um direito para um terceiro, mas com a peculiaridade de estabelecer obrigação de o devedor prestar em benefício de uma terceira pessoa, a qual, não obstante ser estranha ao contrato, se torna credora do promitente. 
Exemplo: seguro de vida, onde, consumado o risco previsto na apólice (morte), a seguradora, conforme estipulado com o segurado, deverá pagar ao terceiro (beneficiário) o valor devido a titulo de indenização. Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Efeitos: possibilidade de exigibilidade da obrigação tanto pelo estipulante quando pelo terceiro. Esta dupla possibilidade só é aceitável se o terceiro anuir às condições e normas do contrato. 
Assim, anuindo o beneficiário com as condições e normas do contrato, o que deve ser feito de forma expressa, ou seja, assumindo as obrigações dela decorrentes, incorpora ao seu patrimônio jurídico o direito de exigir a prestação. Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Obs.: consiste em uma cláusula de irrevogabilidade. O estipulante não pode exonerar o devedor no caso de o terceiro não exigir o cumprimento da obrigação.
Artigos:
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
Obs.: terceiro pode ser substituído a qualquer momento e o devedor não pode se opor. Pode ocorrer substituição por testamento.
	
Promessa de fato de terceiro
Trata-se de um negócio jurídico em que a prestação acertada não é exigida do estipulante, mas sim de um terceiro, estranho à relação jurídica obrigacional. Resumidamente, acontece quando alguém se compromete a fazer outra pessoa se comprometer com determinada prestação.
 Ex.: Caio promete a Ticio que o Professor Geraldo irá ministrar aulas em um curso preparatório para concursos, caso o ilustre propedeuta não realize tal tarefa, é óbvio, que, não tendo participado da avença, não poderá ser compelido a fazê-lo. 
Por esse fato, aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este não executar.
Diferentemente acontece quando o terceiro, nominado originalmente pelo estipulante, se comprometer diretamente à prestação, pois, aí, a obrigação será própria dele. 
Nada impede uma responsabilização solidária entre terceiro e estipulante, mas isso depende de manifestação expressa nesse sentido.
O CC estabelece uma hipótese de exclusão de responsabilidade civil do estipulante, pelo descumprimento da obrigação pelo terceiro. 
 Acontece quando, Caio promete a Tício que sua esposa (de Caio), com quem é casado em COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS, irá transferir um imóvel para si. Ora, a responsabilidade civil de Caio, pelo descumprimento da prestação por sua esposa, acabará recaindo no patrimônio desta, o que seria uma situação de responsabilização de terceiro que não faz parte da relação obrigacional.
Por este fato, não ocorre a responsabilização do promitente pois a indenização recairá no patrimônio do terceiro que nada tinha com a relação obrigacional. 
Artigos:
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Obs.: se esse raciocício não fosse adotado, o cônjuge acabaria por responder pelo inadimplemento, mesmo que não tenha consentido com o negócio jurídico do outro cônjuge.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Obs.: se o terceiro aquiescer com o cumprimento da obrigação, exonerado estará o promitente de qualquer responsabilidade, exceto quando houver cláusula de solidariedade.
Vícios Redibitórios (Ocultos)
Conceito: defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da coisa recebida por força de um contrato comutativo (translativo de posse e da propriedade da coisa). Este vício é oculto, recôndito, ou seja, não aparente.
Se for aparente, não se tratará de vício redibitório. 
O vício aproxima-se mais como causa de dissolução contratual do que de responsabilidade civil, apesar de a parte prejudicada ter o direito de ser devidamente indenizada.
O defeito de fato é aquele perceptível com a utilização do objeto.
Esse defeito deverá acompanhar a coisa, quando da sua tradição, pois, se for posterior à aquisição da coisa, ou seja, se a causa operou-se quando a coisa já estava em poder do adquirente, por má utilização ou desídia, este nada poderá pleitear.
Se a coisa vier a ser destruída ou se extinguir, em virtude do próprio defeito, já existente quando da tradição, ainda assim o adquirente terá o direito à compensação devida.
Consequências: abrem-se para o adquirente (que tem o poder de esoclha) do bem defeituoso duas possibilidades:
Rejeitar a coisa, redibindo o contrato. Dentro do prazo decadencial, o adquirente propõe uma ação redibitória, cujo objeto é o desfazimento do contrato e a devolução do preço pago, podendo inclusive pleitear o pagamento das perdas e danos.
Reclamar o abatimento do preço. Dentro do prazo decadencial, o adquirente propõe uma ação estimatória para pleitear o abatimento ou o desconto no preço em face do defeito verificado.
Se o alienante sabia do vício ou defeito, severa restituir o que recebeu com perdas e danos, mas, se não sabia, apenas restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. Tudo isso gira em torno da boa-fé objetiva. 
Prazo para ajuizar as ações = 30 dias no caso de bens móveis e 1 ano no caso de bens imóveis. Caso o adquirente já estivesse na posse da coisa, o prazo é contado, a partir da alienação, pela metade. 
Quando ocorrer doação gratuita, não se pode reclamar a respeito de vícios redibitórios. Já na doção onerosa (aquela em quehá uma contra prestação sim).
A garantia dada para reclamar dos defeitos é = garantia contratual (dada pelo alienante) + garantia legal (1 mês previsto em lei).
Artigos: 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Obs.: o alienante terá o direito de redibir o contrato, mesmo que o vício não seja apto a inutilizar a coisa, bem como poderá exercitar a pretensão de abatimento, mesmo que o vício torne a coisa absolutamente inutilizável.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
	
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Obs.: O adquirente poderá apenas rescindir o contrato, obter abatimento e, eventualmente, auferir perdas e danos perante a pessoa do alienante imediato, com quem celebrou o contrato. Esta garantia quanto aos vícios do objeto não alcança a cadeia anterior de circulação do produto, caso o vício já existisse mesmo quando da aquisição pelo próprio alienante.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
Obs.: Ex.: João é arrendatário da terra de José. Aquele resolve comprar esta terra, e após a compra, João percebe determinado vício na terra. O prazo para propor ação se reduz à metade em face de João já estar na posse antes de fazer a compra da terra.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
Obs.: Se A vende uma geladeira pra B e lhe concede a garantia por 2 anos, a partir desse instante fluirá o prazo de 30 dias para o exercício das ações edilícias (redibitórias e estimatórias).
Evicção.
Conceito: perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa transferida, por força de uma sentença judicial ou administrativa que reconheceu o direito anterior de terceiro, denominado evictor. A evicção é uma garantia contratual dos contratos onerosos;
Ao contrário dos vícios, a evicção é um defeito de direito.
Ex.: 08/04/2010 – compra de um terreno de R$ 200.000,00.
 08/04/21016 – evicção do terreno, que no momento vale R$ 1.000.000,00.
	O terceiro (evicto) não pode sofrer os prejuízos, portanto, receberá como indenização R$ 1.000.000,00 pois é possuidor de boa-fé.
Sendo assim, caso o adquirente venha a perder a coisa adquirida para terceiro (evictor), que prova o seu legítimo e anterior direito à propriedade da coisa, poderá voltar-se contra o alienante, para haver deste a justa compensação pelo prejuízo sofrido.
Para que o alienante seja responsabilizado, deve-se identificar 3 requisitos:
Aquisição de um bem;
Perda da posse ou da propriedade;
Prolação de sentença judicial ou execução de ato administrativo (a evicção decorre de uma sentença judicial, que reconhece direito anterior de terceiro sobre a coisa).
Direitos do evicto: poderá pleitear, salvo disposição em contrário, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
A indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
A indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
As custas judiciais e os honorários advocatícios.
Se a coisa alienada não estava em perfeito estado de conservação ou stava parcialmente destruída, e o evicto vem a perde-la, ainda assim terá direito à restituição integral. Perderá este direito, entretanto, se atuou dolosamente, dando causa à deterioração.
A evicção pode ser total (perda completa) ou parcial (perda de fração do objeto). Tanto em uma quanto em outra o preço ser restituído será o do valor da coisa, na época em que se perdeu, e proporcional ao desfalque sofrido no caso de evicção parcial.
Evicção e benfeitorias: 
As benfeitorias necessárias ou úteis não pagas ao que sofreu a evicção, serão devidas pelo alienante. Ou seja, caso o terceiro (evictor) não as pague, a responsabilidade recai sobre a pessoa que alienou a coisa.
Caso as benfeitorias tenham sido feitas pelo alienante, seu valor, abandonado pelo evictor, será descontado da quantia a ser restituída por ele ao evicto.
Às benfeitorias voluptuárias, quando realizadas de boa-fé, e desde que não tenham sido pagas, poderão ser removidas, sem detrimento da coisa, se o evictor preferir não as pagar. Caso não possam removê-las sem dano à coisa principal, perdê-las-á o evicto em benefício do reivindicante, por não se afigurar justo que este último seja constrangido a pagar por uma benfeitoria de mero deleite, realizada sem sua anuência.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Obs.: O dispositivo permite que a autonomia privada das partes estenda, restrinja ou mesmo exclua a garantia jurídica da evicção.
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública (leilão).
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Obs.: o único caso em que o as deteriorações não dolosas afetarão o dimensionamento do direito à evicção será aquela em que o adquirente houver auferido vantagens (Ex.: venda de material lenhoso resultante da supressão dos espécimes nativos situados no imóvel). Do total da indenização apurada, o alienante deverá deduzir os valores obtidos das vantagens do evicto.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 455. Se parcial, mas considerável,for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
	
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Contratos Aleatórios
Conceito: é a obrigação em que apenas a prestação de uma das partes pode ser exigida em função de coisas ou fatos futuros, cujo risco de não ocorrência for assumido pelo outro contratante. Ex.: Contratos de seguro, jogo e aposta. 
	Ex.: contrato de seguro de carro > a seguradora corre o risco de ter que gastar mais do que recebe ou pode somente receber e nunca precisar fazer a contra prestação.
Nestes Contratos, mesmo que o risco do contrato não se verifique, o segurado pagará o prêmio.
“ALEA” = sorte.
Sorte, aqui, é utilizada no sentido de que a parte assume o risco do fato acontecer ou não, não sabendo, portanto se terá um retorno patrimonial no contrato assumido.
Nesse tipo de contrato, a incerteza ocorre em relação às vantagens procuradas pela parte, seja na sua própria ocorrência, seja na sua própria extensão, duração ou individualização da parte que vai supri-la.
É inviável a resolução do contrato por onerosidade excessiva, pois é ínsito a eles o caráter especulativo e o elevado risco. A extrema vantagem de uma das partes faz parte da própria natureza do contrato.
As regras dos artigos 458 a 461 se referem basicamente a um de seus exemplos, a saber, justamente, o contrato de compra e venda (que na verdade não seria um contrato aleatório, mas pode virar um em se tratando de compra de uma colheita futura, por exemplo). Contratos de compra e venda aleatória: 
Contrato de Compra de coisa futura, com assunção de risco pela existência: assume-se o risco de não vir a ganhar coisa alguma. Ex.: alguém adquire a safra de um fazendeiro, assumindo o risco de nada receber se o vendedor nada colher.
Contrato de Compra e venda de coisa futura, sem assunção de risco pela existência: não há assunção total de risco pelo contratante, tendo em vista que o alienante se comprometeu a que alguma coisa fosse entregue. Ex.: se o pescados nada pescar, deverá restituir o preço pactuado, o que nada fará se conseguir um ou dois peixes, mesmo que o habitual fosse pescar dezenas.
Contrato de compra de coisa presente, mas exposta a risco assumido pelo contratante: venda de coisa atual sujeita a risco. Ex.: compra de mercadoria embarcada, sem notícia do seu status atual. Isso era mais ocorrente no passado, hoje em dia existem os meios de comunicação para verificar isso.
Artigos: 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Obs.: Se no momento da celebração do contrato o alienante possuía conhecimento acerca da CONSUMAÇÃO do risco a que estava exposto o adquirente, o contrato aleatório será possível de anulação pelo dolo.
	
Contrato com Pessoa a Declarar
Traduz uma promessa de prestação de fato de terceiro, que titularizará os direitos e obrigações decorrentes do negócio, caso aceite a indicação realizada, o que se dará ex tunc à celebração do negócio. Para uma das partes se reserva a faculdade de nomear quem assuma a posição de contratante. A pessoa designada toma, na relação contratual, o lugar da parte que a nomeou, tal como se ela própria houvesse celebrado o contrato.
Anonimato do contratante até o negócio ser fechado.
Essa reserva da faculdade de escolha deve constar expressamente de cláusula contratual, sob pena de o negócio ser comum e restrito às partes. 
O prazo de indicação do ou contratante é de 5 dias, se não for estipulado o contrário.
Não cumprido esse prazo, quem responde pelo contrato é o contratante originário.
Depende de aceitação do terceiro, que deverá se fazer da mesma forma de como foi feita o contrato. Se o contrato for expresso, aceitação tem que ser expressa, pois o silêncio do terceiro não significa aceitação. 
Artigos:
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
	
Extinção dos contratos
Pode se dar pelo próprio cumprimento (extinção natural).
Pode ser feito por distrato (resilição bilateral) = resolução do contrato por iniciativa de ambas as partes. Não se opera retroativamente, desse modo, nos contratos de trato sucessivo, não se restituem as prestações cumpridas, a menos que as partes assim o estabeleçam.
Essa resolução bilateral pode das início à celebração de um novo negócio jurídico que estabelece o fim do vinculo contratual.
Ex.: Se a empresa X tem um contrato de prestação de serviços com um escritório de advocacia, celebrado por tempo indeterminado, as partes podem, de comum acordo, extingui-lo, estabelecendo as indenizações que acharem cabíveis por tal rompimento contratual.
Deve se obedecer a mesma forma de como foi celebrado o contrato. Se foi obedecido determinada forma, somente por tal solenidade é que se pode considerar valido o distrato. Se por escritura pública, não se pode realizar o distrato por instrumento particular. A fiança somente pode dar-se por escrito, seu distrato não poderá ser feito oralmente.
Pode acontecer também a resilição unilateral, onde somente uma das partes manifesta sua vontade de extinção dos contrato, porém, somente com autorização legal expressa ou implícita e, sempre, com prévia comunicação à outra parte.
Ex.: nas relações trabalhistas, em que, pelo princípio da continuidade, presume-se a contratação por duração indeterminada, devem as partes conceder o aviso prévio, na forma do art. 487 da CLT. 
Artigos:
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveispara a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
Obs.: O parágrafo único suspende a eficácia da resilição unilateral nas hipóteses em que uma das partes tenha efetuado investimentos consideráveis por acreditar na estabilidade da relação contratual.
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
Cláusula Resolutiva
As partes podem prever, no próprio conteúdo do contrato, que, caso haja descumprimento, o mesmo será considerado extinto. Chama-se cláusula resolutiva expressa, que gera efeito dissolutório da relação contratual. 
Quando as partes nem sequer cogitaram acerca do inadimplemento contratual, fala-se, de maneira distinta, na preexistência de uma clausula resolutória tácita, pois, em todo contrato bilateral, o descumprimento culposo por uma das partes deve constituir justa causa para a resolução do contrato. Na tácita, deverá o lesado, inicialmente, interpelar o devedor para que seja constituído em mora. Posteriormente, pedirá a resolução do contrato, eventualmente acrescida de perdas e danos. 
Em todo contrato bilateral ou sinalagmático presume-se a existência de uma cláusula resolutiva tácita, autorizando o lesado pelo inadimplemento a pleitear a resolução do contrato, com perdas e danos. 
Dessa forma, ocorrendo o inadimplemento, a parte lesada tem o direito de exigir o seu cumprimento, ou, não sendo mais possível a prestação ou não havendo ais interesse em seu cumprimento, a declaração judicial da sua resolução.
O contratante pontual tem, assim, ante o inadimplemento da outra parte, a alternativa de resolver o contrato ou exigir-lhe o cumprimento mediante a execução específica (CPC, art. 461). Em qualquer das hipóteses, fará jus à indenização por perdas e danos.
A resolução do contrato pode se dar por uma condição futura, onde o devedor deve notificar o credor de que ocorreu para que o contrato se tenha por cumprido. 
Artigos:
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Exceção de contrato não cumprido. 
Conceito: meio de defesa, pelo qual a parte demandada pela execução de um contrato pode arguir que deixou de cumpri-lo pelo fato da outra ainda também não ter satisfeito a prestação correspondente. Ou seja, paralisa a prestação do autor de exigir a prestação pactuada, ante a alegação do réu de não haver percebido a contraprestação. 
Pode ser invocada por qualquer que seja a causa geradora do inadimplemento. Quer a recusa de cumprimento se funde na má vontade do contratante, quer na força maior ou no caso fortuito, em ambas as hipóteses a outra parte pode aduzir a exceção. Por que, tendo uma prestação sua causa na outra, deixando aquela de ser cumprida, seja qual for o motivo, cessa de exigir a causa de cumprimento da segunda.
A parte que sentir um risco de não cumprimento do contrato, pode exigir uma garantia de que o contrato será cumprido.
Possui como elementos:
Existência de um contrato bilateral.
Demanda de uma das partes pelo cumprimento do pactuado.
Prévio descumprimento da prestação pela parte demandante.
Artigos:
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Resolução por onerosidade excessiva. 
Havendo um desequilíbrio na prestação contratada, pode-se pedir a resolução ou a revisão.
Baseado na Teoria da imprevisão, que mais interessa aos contratos de execução continuada ou de trato sucessivo, ou seja, de médio ou longo prazo, bem como os de execução diferida.
Essa teoria possui os seguintes elementos:
Superveniência de circunstância imprevisível: a causa do desequilíbrio do contrato deve ser imprevisível para que se possa resolvê-lo.
Alteração da base econômica objetiva do contrato: a causa de desequilíbrio deve impor a uma das partes uma onerosidade excessiva.
Onerosidade excessiva: aumento na gravidade econômica da prestação. 
Abre-se a possibilidade de se evitar a resolução do contrato se o réu oferecer-se a modificar equitativamente as condições do contrato.
Artigos: 
 Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

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