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Casos concretos Processual Civil II

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CASOS CONCRETOS PROCESSUAL CIVIL II 
CASO 01 
Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de 
obter reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. 
A demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o 
autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a 
empresa ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os prazos 
processuais para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi prontamente 
aceito pelo autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes sob o 
fundamento de que viola o princípio da ampla defesa. Diante da situação INDAGA-SE: 
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum? 
R: No caso concreto o juiz não agiu nos termos previstos no art. 190, caput e p. ú., CPC já que não é 
hipótese de inserção abusiva de cláusula em contrato de adesão, não se trata de nulidade no negócio 
processual e nem se pode sustentar que o autor estava em manifesta situação de vulnerabilidade, pois 
seu advogado aceitou a redução de prazos para tornar um processo mais célere, mais rápido, em 
outras palavras o magistrado só pode controlar de oficio ou a requerimento e das partes nas 3 
hipóteses previstas no parágrafo único do art. 190, CPC. 
 
b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis? 
R: A referida demanda poderia ser proposta no juizado especial cível já que a competência é 
concorrente com a vara cível quem escolhe o procedimento é a parte autora. 
 
Questões objetivas 
 
1) De acordo com o CPC é correto afirmar que: 
a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento especial. 
b) A petição inicial não pode mais ser emendada. 
c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou 
mediação. 
d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 
 
2) Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta: 
a) O pedido deve ser certo e determinado. 
b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. 
c) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver 
conexão. 
d) A cumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual. 
 
CASO 02 
Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte 
pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, 
no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na Junta Comercial 
do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara Fazendária, ao 
receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos interesses do 
autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o réu. José, 
advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois especialistas em Direito Processual Civil 
para obter um parecer sobre o caso. O primeiro especialista apresentou parecer favorável a 
interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da 
tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. O segundo 
especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da 
inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas 
hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional. 
a) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de 
acordo com a jurisprudência e a doutrina? 
R: O parecer mais adequado é o proferido pelo segundo especialistas já q nos termos do art. 332, II do 
CPC o magistrado pode julgar liminarmente improcedente o pedido sem sequer citar o réu quando o 
pedido contido na petição inicial contrária expressamente acórdão proferido em recurso repetitivo. 
Nesse caso, não houve prejuízo para o réu já que o autor não foi favorecido com a sentença de 
improcedência, logo na há desrespeito aos princípios constitucionais positivadas contidos no art. 5º, 
LV da CF (ampla defesa e contraditório). 
 
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial? 
R: O instituto da improcedência liminar do pedido difere do instituto do indeferimento da Petição inicial. 
No primeiro caso, o juiz decide o mérito favoravelmente ao réu. Trata-se de sentença substancial com 
análise do direito das partes. No segundo caso, nos termos do art. 330 CPC, o juiz não chega a julgar 
o mérito, o processo tem seu fim abreviado por que não satisfeito algum requisito previsto na lei (vide 
art. 330 CPC). Nesse caso, o juiz profere sentença terminativa não analisando o mérito nas hipóteses 
do art. 485, CPC. 
 
Questões Objetivas 
 
1) A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: 
a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em 
sentido contrário. 
b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas. 
c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. 
d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas. Art. 332, III, 
CPC 
 
2) Sobre a audiência de conciliação ou mediação indique a opção correta. 
a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual. 
b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. 
c) O não comparecimento acarreta a revelia automática, além de condenação por má-fé processual. 
d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos 
interesses das partes. 
 
CASO 03 
 
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, 
sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a 
um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio 
pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o 
empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o 
banco cobrou numero de parcelas maior do que o acordado e c) a incompetência territorial do 
juízo. Diante da situação acima indaga-se: 
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
R: Contestação com defesa indireta de mérito. Fato extintivo do direito autoral. 
No caso concreto o réu, deverá apresentar contestação nos termos do art. 335, CPC e propor 
reconvenção nos moldes do art. 343, CPC. Dentro da peça de contestação, deverá o réu inicialmente 
arguir a incompetência do juízo que constitui uma a preliminar dilatória inserida no II do art. 337 que se 
for acolhida irá gerar a remessa dos autos ao juízo competente (art. 64 caput e § 3º). A tese de 
pagamento integral do empréstimo constitui defesa indireta de mérito é também deve ser apresentada 
na peça de Contestação 
No tocante aos pedidos de devolução da quantia paga a maior em dobro o mesmo, constitui 
reconvenção que por economia processual deve ser formulada no corpo da contestação. art .343 
CPC. 
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? 
R: Pedido do réu – receber. A ilegitimidade do réu deve ser alegada como preliminar de contestação 
nos moldes do inciso XI do art. 337 do CPC. Além de alegar ser parte ilegítima incumbe ao 
demandado indicar sempre que tiver conhecimento o sujeito passivo do processo, se não o fizer 
deverá arcar com as despesas processuais além de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da 
falta indicação. 
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica 
para fins do momento processual
dos artigos 335 e seguintes do CPC? 
R: Vides os princípios ditos em aula. 
Obs. No procedimento comum, pode o réu fazer pedido em seu favor, o que deverá ser realizado por 
meio de RECONVENCAO que por sua vez deve vir na contestação (art. 343, CPC). 
A reconvenção nada mais é, que uma ação judicial do réu em face do autor dentro do mesmo processo 
por economia processual. Após reconvir o autor será intimado na pessoa de seu advogado para 
apresentar resposta no prazo de 15 dias. O réu que é o autor na reconvenção, é chamado de 
reconvinte e o autor da ação principal que responde a reconvenção é chamado de reconvindo. 
Questões Objetivas 
 
1) Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. 
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no mesmo 
processo. 
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. 
c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento. 
d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual. 
 
2) Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do 
réu dever ser por: 
a) contestação e exceção respectivamente. 
b) apenas contestação. 
c) apenas uma única exceção de incompetência. 
d) duas exceções autônomas. 
 
 
 
CASO 04 
Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética 
Bem Viver. Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o 
outro. Frustrada com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação 
indenizatória em face da referida Clínica pleiteando indenização por danos morais, estéticos e 
materiais. Embora tenha sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a contestação, o que 
foi devidamente certificado pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da ré. Diante dessa 
circunstância indaga-se: 
 
a) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor? 
R: Não, a revelia constitui um fato jurídico qual seja a ausência de contestação nos termos do art. 344, 
CPC. A revelia pode gerar efeito material, ou seja, a presunção relativa de veracidade dos fatos 
alegados pelo autor. No caso concreto, caberá ao juiz analisar os fatos, fundamentos e perdidos 
formulados pelo autor em conjunto com as provas anexadas ao processo e poderá em decisão 
fundamentada julgar o pedido procedente ou improcedente, razão pela qual a revelia não acarreta 
necessariamente a procedência do pedido formulado pelo autor. 
 
b) Caso a ré apresentasse contestação admitindo o fato, mas arguindo a prescrição, quais 
seriam as consequências processuais? 
R: Verifica-se que ao alegar a prescrição o réu introduziu fato novo ao processo apto a ensejar a 
extinção do Direito autoral. Trata-se na verdade de fato extintivo do direito do autor e nos termos do 
artigo 350 do CPC c/c art. 10, o autor deverá ser intimado para querendo se manifestar em 15 dias 
úteis, permitindo-lhe o juiz a produção de provas. 
 
Questões Objetivas 
 
1) João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de 
pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, 
também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do 
mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos 
autos do processo. 
a) contestação e reconvenção em petições distintas. 
b) reconvenção e exceção de contrato não cumprido. 
c) contestação e reconvenção na mesma peça processual. Art. 343, CPC 
d) apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção. 
 
2) A revelia no processo civil é: 
a) ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. 
b) o mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado procedente. 
c) ausência de contestação. Art. 344, CPC 
d) ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação. 
CASO 05 
André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de 
determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que 
Paulo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e 
por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu 
desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas 
documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o 
alegado. André devidamente citado oferece Contestação, onde reconhece o fato em que se 
funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por André para tentar justificar seu 
comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, 
não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda 
depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após 
a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. A 
partir do texto acima responda às seguintes questões: 
a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento 
antecipado do mérito? 
R: No caso concreto não será possível aplicar o julgamento antecipado d mérito, haja vista que a parte 
Ré em sua defesa através de contestação apresentou fatos novos que ainda não haviam sido 
mencionados no processo. Quando o Réu trás para os autos fato novo há necessidade de oitiva do 
Autor no prazo de 15 dias para que possa ser pronunciada em relação a novidade trazida pelo Réu. 
Outro ponto relevante é o pedido do Réu para a produção de provas orais (depoimento pessoal do 
autor e oitiva de testemunhas). Que se for deferido pelo juízo deverá ser designada audiência de 
instrução e julgamento. 
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado 
parcial do mérito. 
R: O CPC atual permite de forma positivada o julgamento PARCIAL do mérito quando ocorrer os 
requisitos previstos no art. 356, CPC. No caso concreto um dos pedidos formulados pelo autor não foi 
impugnado pelo Réu, ou seja, não foi controvertido se tratando de fato incontroverso podendo o juiz 
aplicar o disposto no Inc. I do art. 356, CPC e julgar o mérito parcialmente de forma antecipada. 
Na hipótese de impugnação da decisão judicial ( decisão parcial de mérito), a parte que se sentir usada 
deverá interpor o recurso de agravo de instrumento no prazo de 15 dias úteis com base nos arts. 356 
§5º c/c art. 1.015, II, CPC. 
Questões Objetivas 
A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é: 
a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. 
b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito. 
c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. 
d) Correta, pois se trata de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser 
alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 
A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que: 
a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu. 
b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz. 
c) não foi mantido no CPC. 
d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação. 
CASO 06 
Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas 
de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o 
que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais 
indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de 
solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu
de forma 
dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado 
na inicial. Diante dessa decisão indaga-se: 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
R: Não é o caso em tela tratar de relação de consumo devendo haver à inversão do ônus da prova já 
que o consumidor é hipossuficiente e a alegação é verossímil nos moldes do art. 6º, VIII, CPC. 
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o 
ônus? 
R: Na forma do art. 373, CPC que determina que tenha a parte que alega o ônus de provar. Cabe tratar 
da possibilidade de inversão e aplicação da teoria da carga dinâmica da prova. 
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os 
critérios para utilização dessa espécie de prova? 
R: No caso concreto se mostra possível a utilização da prova produzida em outro processo desde que 
o Autor demonstre que se trata de produto oriundo do mesmo fabricante e da mesma marca fabricado 
no período para provar defeito em série de fabricação, salientando que o Réu poderá impugnar a 
produção da prova emprestada já que o juiz possui o dever de assegurar o princípio constitucional 
processual do contraditório. Art. 372, CPC. 
Questões Objetivas 
O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as 
sentenças que resolvem o mérito. 
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo 
necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o 
julgamento. 
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. 
d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do 
caso. 
Marque a opção correta: 
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se 
assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. 
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último 
recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito. 
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão 
a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntados aos autos. 
CASO 07 
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal 
testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês 
seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 
3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou 
mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites 
técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana 
lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a 
medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do 
ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da 
testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o 
texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ? 
R: Não está correta a informação prestada pela advogada Dra. Suzana já que o CPC atual no art. 381, 
I, prevê expressamente a produção antecipada de prova quando houver receio de impossibilidade 
futura ou de difícil produção de determinada prova. O CPC de 73 trazia previsão de medida cautelar 
para a produção antecipada da prova, embora tal previsão não tenha sido repetida pelo ordenamento 
atual como cautelar existe a possibilidade de produção pelo procedimento a ser observado, 
disciplinados nos arts. 382 e 383, CPC. 
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos 
materiais e servirem de meio probatório em Juízo ? 
R: Sim, a doutrina e a jurisprudência já faziam previsão do uso da ata material como meio de prova, 
porém não havia artigo especifico no Código sobre o instituto. O problema foi sanado com o advento 
do CPC atual mediante previsão do art. 384 que especifica a ata material como meio de prova, estando 
de ponto positivado a matéria. Na produção da ata notarial devem ser observadas as disposições 
contidas na Lei 8.935/94 que dispõe sobre os serviços notórios e de registro, nos termos dos arts. 6º, 
III, 7º III da citada lei. 
Questões Objetivas 
Considerando as regras do Código de Processo Civil é correto afirmar que: 
a) no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível produzir provas mais 
complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. 
b) no âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos 
processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, 
sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. 
c) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. 
d) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova 
emprestada. 
A prova realizada através de exame de DNA: 
a) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. 
b) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo. 
c) não pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. 
d) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz. 
CASO 08 
A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, 
contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão 
do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova 
pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de 
outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e 
deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e 
testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo 
requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda 
discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra 
violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos 
seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas ? 
R: O CPC atual prevê o momento processual oportuno para a prática de determinados atos 
processuais, inclusive para a produção de provas sob pena de haver preclusão. Entretanto poderá a 
parte prejudicada alegar cerceamento de defesa e busca pela verdade real e impugnar a decisão 
através de recurso no prazo de 15 dias úteis cabendo o relator julgar o mérito do recurso. 
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial ? 
R: A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação, devendo ser deferida nos termos do § 1º 
do art. 464, CPC e observados os arts. 465 a 480, do diploma legal salientando que a prova técnica 
deverá ser feito por um especialista na área. 
Ex: Em ação que se pleita aposentadoria por invalidez, o juiz determinará que o autor seja periciado 
por um médico a fim de verificar se há ou não incapacidade e em havendo se está é temporária ou 
permante. 
Questões Objetivas 
A respeito da confissão judicial e outras
provas no CPC, marque a opção correta: 
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. 
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. 
c) A parte nao é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. Art. 388, IV 
d)A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. 
Ainda a respeito das provas e o CPC, responda: 
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. 
b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. 
c) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, 
por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. Art. 406, CPC 
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer 
firma, sob pena de quebra da presunção de autoria. 
CASO 09 
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento 
contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar 
condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até 
que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. 
Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu 
problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar 
audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz 
determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar 
condições técnicas para o julgamento do Juiz é possível ainda haver espaço para a conciliação 
ou mediação? 
R: O art. 2º,§2º do CPC estabelece que o Estado promova sempre que possível a solução consensual 
dos conflitos, mais adiante no §3] determina que a conciliação e a mediação deva ser estimulados 
pelos juízes, advogados, membros do MP e DEFENSORIA Pública, inclusive no curso do processo 
judicial, está é uma linha mestra do Processo Civil Brasileiro. Para reforça-la o art. 359 c/c art.2º §2º e 
§5º, CPC estabelece que após aberta audiência de instrução e julgamento deve o magistrado tentar a 
conciliar as partes mesmo que tal tentativa já tenha sido empregada sem sucesso. 
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível ? 
R: A resposta a tal questionamento está contida no art.365, CPC que reproduziu a ideia contida no art. 
455 do CPC de 73 o que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento deve ter começo, 
meio e fim de forma ininterrupta só podendo ser fracionada nas hipóteses excepcionais como a 
estabelecida no art.365, CPC. 
Questões Objetivas 
Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: 
a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, 
nos termos da lei. Art.364,§2º, CPC 
b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. 
c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, 
quando for o caso. 
d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será 
intimada. 
A AIJ serve para: 
a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. 
b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. 
c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. 
d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser 
juntadas aos autos.

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