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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CAMPUS MONTES CLAROS-MG Prática 04 - Velocidade da reação de decomposição do H2O2 catalisada por Fe3+: Avaliação termoquímica Relatório da prática experimental nº 04, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Físico Química Experimental do curso de Engenharia Química Bacharelado do IFNMG - Campus Montes Claros. Docente: Daniel Rodrigues Magalhães Discentes: Ana Clara Santos Cardoso Karen Oliveira Caires Lucas Queiroz Lopes Rodrigo Lopes Costa Sérgio Oliveira Guimarães Montes Claros - MG 16 de maio de 2019 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO.……………………………………………………………………….………..02 2- OBJETIVOS .....………...……………………………………………………………………...04 3- MATERIAIS E PROCEDIMENTOS .………………………………………………………....04 3.1- Materiais e reagentes ……………………………………………………………..04 3.2- Procedimento experimental ……………………………………………………...05 4- RESULTADOS…………………………………………………………………………...…….06 4.1- Determinação da variação da entalpia de decomposição do peróxido a baixa temperatura………………………………………………………….06 4.2- Determinação da variação da entalpia de decomposição do peróxido na temperatura ambiente…………………………………………………...08 4.3- Avaliação cinética da reação……………………………………………………...10 5- DISCUSSÃO……………………………………………………………………………………11 6- CONCLUSÃO…………………………………………..………………………………………12 7- REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………………13 1 1- INTRODUÇÃO O peróxido de hidrogênio, H2O2, é um “agente oxidante forte que desempenha um papel importante em processos biológicos e ambientais” (SKOOG, 2006), sendo altamente miscível com água e não-inflamável. A produção comercial de H2O2 se dá através da rota da metil-antraquinona, na qual a solução é introduzida em um reator com H2, sendo então separada do catalisador através de uma filtração e posteriormente segue para a oxidação com ar, tendo então o H2O2 dissolvido na solução orgânica; através de processos de extração e destilação se obtém portanto o H2O2 em diferentes concentrações (VOLL, 2008). Suas aplicações são diversas, e este pode ser utilizado isolado ou combinado com outras substâncias e também em diferentes concentrações. O H2O2 é o peróxido mais utilizado na purificação de substâncias, sendo utilizado principalmente em casos nos quais a substância não pode ser purificada facilmente por outros métodos ou a substância em si é inerte a peróxidos (e não as impurezas presentes) (JONES, 1999). Entre os compostos que podem ser purificados, pode-se citar produtos advindos do petróleo, óleos naturais, açúcares naturais, polímeros sintéticos, argilas, ceras, talcos, entre outros (JONES,1999). Além disso, o peróxido de hidrogênio é utilizado no processo de branqueamento na produção de papel, no tratamento da superfície de metais e ligas e na síntese de substâncias altamente puras (JONES, 1999), assim como em processos de tratamento de efluentes, reduzindo as demandas químicas e bioquímicas de oxigênio e atuando em processos de floculação e precipitação (VOLL, 2008). As classes de risco do peróxido de hidrogênio podem ser definidas de acordo com sua concentração: enquanto soluções com concentração menor que 8% (m/v) são utilizadas em produtos cotidianos (cremes dentais, loções de tratamento de cabelos), soluções com concentrações superiores a 91% (m/v) são altamente reativas e são empregadas em propulsores de foguetes (VOLL, 2008). A decomposição de peróxido de hidrogênio libera O2, água e calor, sendo, portanto, uma reação exotérmica (equação 1). Para soluções diluídas, o calor é geralmente absorvido pela água, porém em soluções mais concentradas “o calor gerado aumenta a temperatura e acelera a taxa de decomposição do H2O2” (VOLL, 2008). A decomposição do H2O2 ocorre em baixas temperaturas, e o aumento da temperatura de reação é um dos fatores que acarretam a aumento da velocidade de decomposição (VOLL, 2008). H2O2 (l) ⇄ H2O (l) + ½ O2 (g) ΔH= -98,3 kJ/mol (1) Como a decomposição se dá de forma lenta, se faz necessário o uso de catalisadores, que reduzem a energia de ativação e fazem com que a decomposição se processe de forma mais rápida. Alguns exemplos são o dióxido de manganês, o iodeto de 2 potássio e o cloreto de ferro. A equação abaixo demonstra como se dá o processo quando catalisado por FeCl3. H2O2 (aq) + FeCl3 (aq) → [H2O2...FeCl3] (aq) (2) [H2O2...FeCl3] (aq) → H2O (l) + ½ O2 (g) + FeCl3 (aq) (3) Como descrito por Atkins (2008), a forma integrada da lei de velocidade para uma reação de primeira ordem é descrita da seguinte forma: d[A]/dt = k[A] (4) Ao se integrar a equação acima, é possível obter a lei integrada da velocidade: ln ([A]/[A]0) = -kt (5) Considerando então a decomposição do peróxido de hidrogênio, tem-se que a lei integrada da velocidade para esse processo é a seguinte: ln ([H2O2]/[H2O2]0) = -kt (6) O termo [H2O2]0 representa a concentração inicial de peróxido de hidrogênio, e a concentração final de H2O2 ([H2O2]) pode ser determinada através de uma titulação com permanganato de potássio. Para tal, se faz necessária a presença de ácido sulfúrico, que diminui a velocidade de decomposição e acidifica o meio para que a titulação possa ser realizada, segundo a reação abaixo: 2 MnO4- (aq) + 6 H+(aq) + 5 H2O2 (aq) → 2 Mn2+(aq) + 8 H2O (l) + 5 O2 (g) (7) A meia-vida de uma reação química pode ser definida como “o intervalo de tempo necessário para a concentração de um reagente cair à metade de seu valor inicial” (ATKINS, 2008), logo, a concentração [A] é reduzida até ½ [A]0. Sendo assim, a lei da velocidade pode ser reescrita da seguinte forma: kt1/2 = - ln (½ [A]0 / [A]0) = - ln ½ = ln 2 (8) t1/2 = (ln 2) / k (9) A equação de Arrhenius (equação 10), por sua vez, permite relacionar a constante de velocidade e a energia de ativação, sendo formada a partir de observações experimentais. A energia de ativação e o fator pré-exponencial (A) são denominados parâmetros de Arrhenius. ln k = ln A – (Ea / RT) (10) 3 Já o calor de dissociação, também chamado de entalpia de decomposição, pode ser dada pela equação a seguir (equação 11). Esta pode ser definida como a entalpia de reação de uma reação de decomposição, e para o caso do peróxido de hidrogênio, representa o calor liberado durante o processo de decomposição. ΔH = - q = cH2O * mH2O * ΔT + Ccal * ΔT (11) 2- OBJETIVOS 2.1 - Objetivos Gerais: ● Determinar a entalpia de decomposição do peróxido de hidrogênio (H2O2) diluído em água e investigar o aspecto cinético da reação por métodos calorimétricos. 2.2 - Objetivos Específicos: ● Determinar a entalpia de reação por método calorimétrico; ● Conhecer as terminologias usuais empregadas para diferenciar reações químicas; ● Compreender os fatores termodinâmicos e cinéticos que governam um processo dedecomposição; ● Estimar a constante de velocidade da reação. 3- MATERIAIS E PROCEDIMENTO 3.1- Materiais e reagentes ● 01 Calorímetro; ● 01 Proveta de 250mL; ● 01 proveta de 25mL; ● 02 Erlenmeyers de 250mL; ● 02 Pipetas de Pasteur; ● 03 Tubos de ensaio; ● 01 Bureta de 50mL; ● Solução 3% m/v de H2O2; ● Solução aquosa 6% m/v de FeCl3; ● Solução 0,01 mol.L-1 de KMnO4; ● Solução de ácido sulfúrico 1:5; ● Banho de gelo; 4 ● Suporte e garra para bureta; ● Cronômetro; ● Termômetro. 3.2 - Procedimento experimental Foram medidas três amostras de 7,5mL de solução 6% m/v de uma solução aquosa de cloreto férrico (FeCl3) em uma proveta . Cada volume medido foi transferido para um tubo de ensaio. Mediram-se três amostras de 75 mL de solução de peróxido e transferiu-as para erlenmeyers de 250 mL. Em seguida, os erlenmeyers contendo solução de peróxido e os tubos de ensaio contendo solução de FeCl3 foram colocados em banho de gelo, de maneira adequada, até que as soluções atingissem aproximadamente 10°C. Adicionou-se 75mL de água oxigenada (H2O2) ao calorímetro e fechou-o. Mediu-se a temperatura do sistema até que houvesse estabilização térmica e, utilizando-se uma das amostras de solução de peróxido e uma das amostras de FeCl3, já resfriadas, adicionou-se, ao erlenmeyer, 2,5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) e a amostra de 7,5mL de FeCl3, que foram rapidamente vertidas no calorímetro. Fechou-o rapidamente e promoveu a agitação da solução ali contida de 2 em 2 minutos até atingir um tempo total de 20 minutos. Sendo a última temperatura considerada a temperatura final do processo reacional. Ambientou-se e completou-se uma bureta com solução de permanganato de potássio (KMnO4) para posterior titulação. Após transcorridos os 20 minutos, coletou-se 2,5mL da solução contida no calorímetro e transferiu-a para um erlenmeyer contendo 2,5mL de H2SO4. Em seguida, adicionou-se 20mL de água deionizada e realizou-se sua titulação com solução de KMnO4. Após o fim da etapa, ou seja, após concluída a análise utilizando-se uma amostra de peróxido e uma amostra de cloreto férrico, descartou-se o restante de solução contida no calorímetro e realizou-se todo o procedimento de análise para as outras duas amostras resfriadas. Após a realização do procedimento utilizando-se as amostras resfriadas, repetiu-se todo o experimento utilizando-se os reagentes em temperatura ambiente. 5 4- RESULTADOS 4.1- Determinação da variação da entalpia de decomposição do peróxido a baixa temperatura. Segundo Atkins (2012), ΔH°H2O2 = -191,17 kJ mol-1 e a ΔH°H2O = -285,5 kJ mol-1. A variação de entalpia pode ser calculada por ΔH = ΔHprodutos - ΔHreagentes. Temos então: ΔH = -285,5 - (-191,17) ΔH = -94,33 kJ mol-1 Para os cálculos realizados, iremos considerar tanto a densidade como o calor específico da solução iguais aos da água visto que a solução é apenas 3% m/v H2O2, o que nos entregará um erro desprezível para o experimento. Temos que a solução de peróxido utilizada é 3% (m/v) então, para os 75mL utilizados, teremos 2,25g de peróxido em solução, passando para mols, teremos 0,066 mols. Com esses valores, sabemos que a concentração inicial do peróxido é de 0,881 mols.L-1. Em banho maria e temperatura controlada, na Tabela 1 o H2O2 se encontra a temperatura de 11,5°C e a mistura de peróxido mais o ácido e o cloreto férrico é representada em função do período de 20 minutos de reação, na Tabelas 2 e na Tabela 3 o H2O2 tem temperaturas iniciais de 10,1°C e 8,6°C, respectivamente. Tabela 1: Dados experimentais para temperatura do H2O2 igual a 11,5°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 13 12 15,6 2 13,5 14 15,9 4 13,9 16 16,3 6 14,4 18 16,6 8 14,8 20 16,9 10 15,2 - - Fonte: Autor próprio. 6 Tabela 2: Dados experimentais para temperatura do H2O2 igual a 10,1°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 11,7 12 14,3 2 12,1 14 14,6 4 12,8 16 15 6 13,2 18 15,3 8 13,5 20 15,6 10 13,9 - - Fonte: Autor próprio. Tabela 3: Dados experimentais para temperatura do H2O2 igual a 8,6°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 10,6 12 13,4 2 11,3 14 13,7 4 11,8 16 14 6 12,2 18 14,3 8 12,6 20 14,8 10 13 - - Fonte: Autor próprio. Utilizando a variação de temperatura das Tabelas 1, 2 e 3 podemos encontrar a média de valores para a quantidade de calor das reações. Temos que: Qlib= m.C.ΔT + Cc.ΔT Sabendo-se que m é a massa de peróxido, C a capacidade calorífica da água e ΔT a variação da temperatura, Qlib.1= 1,59 kJ 7 Qlib.2= 1,59 kJ Qlib.3= 1,69 kJ Qlib.médio= 1,62 kJ Tendo em mãos o calor da reação e molaridade do peróxido e sabendo que ΔH=-Qlib-médio, podemos calcular a variação de entalpia. ΔH = -Q/n ΔH = -1,62/0,066 ΔH = -24,59 kJ.mol-1 4.2- Determinação da variação da entalpia de decomposição do peróxido na temperatura ambiente. Abaixo, temos as Tabelas 4, 5 e 6. Estas tabelas são referentes as aferições de temperatura da solução de peróxido mais o ácido e o cloreto férrico, todos a temperatura ambiente (29,4°C para o primeiro experimento, 29,6°C para o segundo experimento e 30°C para o terceiro experimento) passando um período de 20 minutos de reação. Tabela 4: Aferições da solução de peróxido a temperatura ambiente de 29,4°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 29,9 12 30,9 2 30,3 14 31,0 4 30,4 16 31,2 6 30,5 18 31,3 8 30,7 20 31,5 10 30,8 - - Fonte: Autor próprio. Tabela 5: Aferições da solução de peróxido a temperatura ambiente de 29,6°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 30,0 12 30,8 2 30,3 14 30,9 8 4 30,4 16 31,0 6 30,4 18 31,1 8 30,5 20 31,2 10 30,6 - - Fonte: Autor próprio. Tabela 6: Aferições da solução de peróxido a temperatura ambiente de 30,0°C Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 0 30,9 12 31,5 2 31,1 14 31,6 4 31,1 16 31,7 6 31,2 18 31,8 8 31,3 20 31,9 10 31,4 - - Fonte: Autor próprio. Utilizando a variação de temperatura das tabelas 4, 5 e 6 podemos encontrar a média de valores para a quantidade de calor das reações. Temos que: Q= m.C.ΔT + Cc.ΔT Sabendo que o calor é liberado do sistema, temos que: Q1= 653,39 J Q2= 490,04 J Q3= 408,37 J Qmédio= 517,27 J Tendo em mãos o calor da reação e molaridade do peróxido, podemos calcular a variação de entalpia. ΔH = -Q/n ΔH = -517,27 / 0,066 mols ΔH = -7,84 kJ.mol-1 9 4.3- Avaliação cinética da reação Tabela 7: Titulação 1 Titulação 2 Titulação 3 Média Vgasto de KMnO4 (L) 0,0147 0,0158 0,0137 0,01473 Fonte: Autor Próprio. A reação de decomposição do peróxido se dá pela seguinte reação química: H2O2(aq) → H2O(l) + ½ O2(g) (1) Após a adição do cloreto férrico, temos que: 2 Fe2+(aq) + H2O2(aq) → O2(g) + 2 Fe3+(aq) + H+(aq) (2) H2O2(aq) + 2 Fe2+(aq) + 2 H+(aq) → 2 H2O(l) + 2 Fe3+(aq) (3) E, por fim, adicionando o permanganatomais o ácido, temos: 2KMnO4(aq) + 3H2SO4(aq) + 5H2O2(aq) → K2SO4(aq) + 2MnSO4(aq) + 8H2O(l) + 5O2(g) (4) Considerando então a M do permanganato como 0,01 mol L-1, podemos calcular a concentração do mesmo após a titulação, utilizando o volume médio encontrado. [KMnO4] = volume * M [KMnO4] = 0,01473 * 0,01 [KMnO4] = 0,0001473 mol L-1 Através da estequiometria da reação, observamos uma relação de 5 mols de peróxido para 2 mols de permanganato, assim podemos calcular a concentração final do peróxido, após a titulação. O equacionamento é mostrado abaixo: [H2O2] = [KMnO4] * 5/2 [H2O2] = 0,0003683 mol.L-1 Tendo a concentração inicial do peróxido e a concentração final do mesmo, podemos plotar um gráfico que nós dará a velocidade da reação. 10 Gráfico 1: Decomposição do peróxido sob temperatura ambiente. Fonte: Autor próprio. Através da análise do gráfico, temos um valor de velocidade média da reação de -0,0007 mols.L-1.s-1. 5- DISCUSSÃO A decomposição do peróxido é um processo considerado lento, assim a utilização de um ácido de Lewis, como o cloreto férrico, faz-se necessária para que o experimento ocorra em maior velocidade. Assim podemos entender a utilização do cloreto férrico como um catalisador da reação. Observando o gráfico 1, percebe-se que a velocidade média da reação é o valor do coeficiente angular da reta de tendência traçada. Esta aferição nos dá um valor de -0,0007 mols.L-1.s-1, esta velocidade exprime o comportamento da concentração do peróxido no meio reacional nos tempos observados, 0 e 20 minutos (1200 segundos). Observa-se também que o fator negativo da velocidade atesta o fato de uma reação de decomposição ter ocorrido. Visto que a titulação foi realizada apenas no final do experimento, inviabilizou-se o descobrimento de fatores como constante de velocidade, velocidade da reação para cada temperatura medida durante o experimento, entre outros dados da cinética da reação. 11 Comparando-se os valores encontrados para ΔH utilizando-se a solução a frio (-24,59 kJ.mol-1) com o valor teórico (-94,33 kJ.mol-1), teria-se um erro relativo de aproximadamente 74%, enquanto que para a solução a temperatura ambiente esse erro seria de aproximadamente 92%. É de fácil percepção que o valor de ΔH aproximar-se-ia do valor teórico se ΔH fosse pelo menos 3 vezes maior para a solução a frio e 12 vezes maior para a solução a temperatura ambiente. Logo, sabendo-se do papel desenvolvido pelo FeCl3 na solução e observando-se os resultados, é possível deduzir que o tempo esperado (20 minutos) para a reação foi muito pequeno considerando-se que a quantidade de catalisador no meio era insuficiente para a promoção da completa decomposição do H2O2. Essa teoria também explicaria porque a variação de temperatura a quente deveria ser cerca de 4 vezes maior que a temperatura a frio visto os dados obtidos, pois, a reação de decomposição do peróxido é ainda mais lenta em temperatura ambiente, uma vez que esta é considerada em equilíbrio térmico. 6- CONCLUSÃO A partir do experimento proposto, e analisando as aferições obtidas ao longo da prática, nota-se que a reação de decomposição do peróxido atua de forma exotérmica e com uma baixíssima velocidade de reação. Além da energia liberada, esta reação libera também oxigênio na forma de O2, o que na indústria pode ser utilizada na produção de antibactericidas, em oposição da proliferação de bactérias aeróbicas. Ainda, por se tratar de dados empíricos, os dados apresentados podem não ter sido o esperado diante de fatores como: erro de leitura durante o experimento , tanto observatório, quanto devido à temperatura da reação e o tempo até vedação do calorímetro utilizado além, dos possíveis erros já discutidos. A observação da estequiometria da reação foi de suma importância para o descobrimento das concentrações finais tanto do permanganato (0,0001473 mol L-1) quanto do peróxido (0,0003683 mol.L-1). Visto que 2 mols de permanganato reagem com 5 mols de peróxido (equação 4), obtivemos a relação de 5/2. Esta relação é necessária para que possamos calcular a concentração final do peróxido a partir do permanganato o que viabilizou a realização do Gráfico 1. Por meio do um gráfico traçado, observou-se que a velocidade média da reação foi de -0,0007 mols.L-1.s-1. Esta aferição foi feita analisando o coeficiente angular da reta de tendência do gráfico. 12 7- REFERÊNCIAS [1] SKOOG et al. Fundamentos de Química Analítica. Tradução da 8ª edição americana. São Paulo: Thomson, 2006. [2] VOLL, F. A. P. Decomposição do peróxido de hidrogênio sobre catalisadores de paládio. Dissertação de Mestrado (UNIOESTE). 2008. Disponível em: < http://www.unioeste.br/eq/peq/dissertacoes/turma1/fernando_augusto_pedersen_voll.pdf>. [3] JONES, C. W. Applications of Hydrogen Peroxide and Derivatives. 1ª ed. Cambridge: The Royal Society of Chemistry,1999. [4] ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química - Volume 2. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 13
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