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- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CAMPUS MONTES CLAROS-MG Prática 05 - Determinação da viscosidade dinâmica de fluidos pelo método de Stokes Relatório da prática experimental nº 05, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Físico Química Experimental do curso de Engenharia Química Bacharelado do IFNMG - Campus Montes Claros. Docente: Daniel Rodrigues Magalhães Discentes: Ana Clara Santos Cardoso Karen Oliveira Caires Rodrigo Lopes Costa Sérgio Oliveira Guimarães Montes Claros - MG 23 de maio de 2019 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO.……………………………………………………………………….…………..02 2- OBJETIVOS .....………...………………………………………………………………………...03 3- MATERIAIS E PROCEDIMENTOS .……………………………………………………….......04 3.1- Materiais e reagentes ……………………………………………………………….04 3.2- Procedimento experimental …………………………………………………….....04 4- RESULTADOS…………………………………………………………………………...……….05 4.1- Determinação das densidades das esferas e dos fluidos………………........05 4.2- Verificação das velocidades de queda…………………………………………...06 4.3- Verificação da viscosidade dinâmica e cinemática dos fluidos……………..07 5- DISCUSSÃO………………………………………………………………………………………10 6- CONCLUSÃO…………………………………………..…………………………………….......12 7- REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………………...14 1 1- INTRODUÇÃO A viscosidade é basicamente a propriedade que os fluidos possuem em resistir ao escoamento, em determinada temperatura. Gases e líquidos, quando submetidos a tensões, apresentam sua capacidade de escoar, mostrando assim sua característica viscosa, diferentemente dos sólidos, que quando submetidos a tensões se deformam. Assim sendo, resistência ao deslocamento relativo de partículas está relacionada com uma propriedade intensiva da matéria denominada viscosidade (BROWN, 2005). A Lei de Stokes, em relação ao movimento de um corpo em um meio viscoso é determinada pela influência da ação de força viscosa, Fv, proporcional à velocidade, v. Em relação a esferas em velocidades baixas, essa força viscosa (força de arraste), em módulo, é expressa pela equação: (1)6.π.R.ηF v = onde n é o coeficiente de viscosidade dinâmica do meio (N s/ m2 ), R (m) é o raio da esfera e v é a velocidade de queda da esfera (m/s). Se uma esfera de densidade maior que a de um líquido for solta na superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a força resultante acelera a esfera de forma que sua velocidade vai aumentando Figura 1: Forças que atuam numa esfera em meio viscoso e gráfico da velocidade limite em função do tempo de queda. 2 Pode-se verificar que a velocidade aumenta não-uniformemente com o tempo e atinge um valor limite (vL), que ocorre quando a força resultante for nula. O viscosímetro de Stokes, é um tubo de vidro contendo o líquido que devemos determinar viscosidade. Enquanto a esfera passa pelo fluido ela é submetida a forças características da esfera e também forças reativas da viscosidade do fluido, a qual veremos. No momento que a velocidade passa a ser constante, a força resultante é zero e com isso podemos escrever: E gF v + = m (2) Figura 2: Forças que atuam numa esfera no meio viscoso As três forças que atuam sobre a esfera estão representadas na figura 2 e são, além da força viscosa, o peso da esfera, P, e o empuxo, E. Igualando a resultante dessas três forças a zero, obtém-se a velocidade limite, VL. Onde ρ e ρ’ são as densidades da esfera e do meio, respectivamente, e g é a aceleração da gravidade, como podemos ver abaixo: (2/9).[(ρ ρ )/η].g.rV L = − ′ 2 (3) 2- OBJETIVOS Estudar o movimento de uma esfera em um meio viscoso. Verificar a Lei de Stokes, e determinar o coeficiente de viscosidade de um líquido utilizando o método de Stokes. 3 3-MATERIAIS E REAGENTES 3.1- Materiais e reagentes ● 6 Provetas de 250 mL; ● 3 Esferas de diferentes diâmetros; ● 3 Detergentes de diferentes marcas; ● Banho de gelo; ● Paquímetro; ● Densímetro; ● Câmera para filmagem com cronômetro. 3.2 - Procedimento experimental Em um banho de gelo, colocou-se um detergente de cada uma das marcas para resfriamento. Em uma proveta, marcou-se 2 pontos com uma distância L entre si. Adicionou-se um dos detergentes, a temperatura ambiente, até que se ultrapassa-se, significadamente, a marca superior, conforme mostra a Figura 1. Figura 1: Demonstração esquemática do sistema experimental Fonte: Próprio autor Em triplicada, lançou-se cada esfera ao sistema e realizou-se a filmagem do movimento para que se obtivesse os tempos em que a esfera passou pelos pontos demarcados. 4 O mesmo experimento foi realizado para todos os detergentes a temperatura ambiente e resfriados. 4- RESULTADOS Os dados obtidos na realização deste experimento estão dispostos nos tópicos abaixo. 4.1- Determinação das densidades das esferas e dos fluidos Três esferas de diferentes diâmetros, pesos e materiais foram utilizadas para determinar as viscosidades de três marcas diferentes de detergente. Para determinar a viscosidade de cada um dos fluidos em questão, foi utilizada a Lei de Stokes simplificada: (4) Para tal, determinou-se as massas e os diâmetros médios das esferas, a fim de obter as densidades de cada uma e assim determinar o peso específico das esferas. Os dados obtidos estão contidos na tabela abaixo. Tabela 1: Massa, diâmetro e densidades das esferas utilizadas no experimento. Esfera Massa média e incerteza (kg) Diâmetro médio e incerteza (m) Densidade (kg/m3) Peso específico (N/m3) Vermelha 1,442.10-02 ± 6,248.10-06 2,498.10-02 ± 6,568.10-05 1,766.1003 1,733.1004 Preta 1,690.10-02 ± 8,951.10-06 2,983.10-02 ± 2,520.10-04 1,216.1003 1,193.1004 Vidro 8,450.10-03 ± 5,733.10-06 1,873.10-02 ± 1,412.10-04 2,455.1003 2,408.1004 Fonte: Próprio autor. A densidade das esferas foi dada através da equação da densidade devidamente modificada, como descrito abaixo: 5 (5) Já as densidades dos fluidos foram determinadas utilizando um densímetro. Os valores obtidos estão registrados na tabela a seguir, assim como os respectivos valores de peso específico. De acordo com os dados fornecidos pelos fabricantes dos detergentes analisados, estes se encontram dentro dos parâmetros estabelecidos na ficha de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ) de cada um. Tabela 2: Densidades experimentais e de referência dos detergentes. Detergente Densidade (kg/m3) Densidade de referência (kg/m3) Peso específico (N/m3) Limpol 1013 aprox. 1020 9937,53 Ypê 1020 1000-1030 10006,2 Q-ótimo 1013,5 970-1020 9942,435 Fonte: Próprio autor. 4.2- Verificação das velocidades de queda Quanto às velocidades de queda, estas foram obtidas pela razão entre a altura dequeda (h) e o tempo de queda (t). As velocidades médias de queda para as três esferas em cada um dos detergentes assim como suas incertezas estão relacionadas a seguir. Tabela 3: Velocidades médias de queda para as três esferas em cada um dos detergentes analisados. Esfera Limpol Ypê Q-ótimo Velocidade (m/s) Incerteza (m/s) Velocidade (m/s) Incerteza (m/s) Velocidade (m/s) Incerteza (m/s) 6 Vermelha 4,82.10-2 2,96.10-2 3,76.10-2 1,47.10-2 6,20.10-2 - Preta 4,0910-3 1,91.10-4 3,30.10-3 2,58.10-4 4,90.10-3 2,73.10-4 Vidro 0,124 - 0,123 - 0,248 - Fonte: Próprio autor. 4.3- Verificação da viscosidade dinâmica e cinemática dos fluidos Considerando os valores detalhados no item anterior, calculou-se a viscosidade dinâmica dos detergentes de três marcas diferentes, sendo que os valores relacionados obtidos para cada um são referentes a cada uma das esferas utilizadas. A viscosidade cinemática para cada fluido também foi incluída, sendo essa dada pela razão entre a viscosidade dinâmica e a densidade do fluido. Tabela 4: Viscosidades dinâmica e cinemática de cada detergente baseadas nos experimentos conduzidos com as três esferas. Esfera Limpol Ypê Q-ótimo μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) Vermelha 5,510 5,439.10-3 6,879 6,744.10-3 4,130 4,075.10-3 Preta 24,110 2,380.10-2 28,885 2,832.10-2 19,558 1,930.10-2 Vidro 2,224 2,195.10-3 23,231 2,187.10-3 1,112 1,097.10-3 Fonte: Próprio autor. As correções apropriadas para considerar o efeito de parede, ou seja, o efeito que a presença de fronteiras rígidas tem na velocidade terminal de uma partícula, são dadas pelas equações a seguir, válidas para partículas de esfericidade entre 0,65 e 1 e para casos em que a razão Dp/Dt está entre 0 e 0,5. A velocidade terminal corrigida é dada por vt e a velocidade da partícula isolada é dada por v∞; já Dp representa o diâmetro da partícula e Dt o 7 diâmetro do tubo ou recipiente (MASSARANI, 2002). A correlação de kp é a de Francis (1933), apropriada para casos em que Re < 0,1 (abrange o regime de Stokes). (6) (7) (8) Considerando, portanto, o efeito de parede, têm-se as seguintes velocidades terminais corrigidas (tabela 5), assim como os respectivos novos valores para a densidade dos detergentes (tabela 6). Tabela 5: Velocidades de queda corrigidas para as três esferas considerando o efeito de parede. Velocidades (m/s) Esfera Limpol Ypê Q-ótimo Vermelha 1,210.10-3 9,429.10-4 1,556.10-3 Preta 6,046.10-6 4,874.10-6 7,452.10-6 Vidro 1,636.10-2 1,622.10-2 3,271.10-2 Fonte: Próprio autor. Tabela 6: Viscosidades dinâmica e cinemática de cada detergente corrigidas para o efeito de parede. Esfera Limpol Ypê Q-ótimo μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) 8 Vermelha 2,118.10+2 2,091.10-1 2,692.10+2 2,639.10-1 1,646.10+2 1,624.10-1 Preta 1,630.10+4 1,609.10+1 1,952.10+4 1,914.10+1 1,319.10+4 1,302.10+1 Vidro 1,686.10+1 1,664.10-2 1,691.10+1 1,658.10-2 8,426 8,314.10-3 Fonte: Próprio autor. O procedimento foi repetido, porém com os detergentes das três marcas resfriados até a temperatura de 10ºC. Os resultados estão descritos abaixo, sendo que a tabela 7 contém as velocidades de queda médias para as três esferas e a tabela 8 inclui as respectivas viscosidades dinâmica e cinemática. Tabela 7: Velocidades de queda incluindo a correção para o efeito de parede para os detergentes a 10ºC. Velocidades (m/s) Esfera Limpol Ypê Q-ótimo Vermelha 5,185.10-04 4,041.10-04 5,531.10-04 Preta 1,932.10-06 1,171.10-06 2,752.10-06 Vidro 8,178.10-03 6,310.10-03 8,178.10-03 Fonte: Próprio autor. Tabela 8: Viscosidades dinâmica e cinemática incluindo a correção para o efeito de parede para os detergentes a 10ºC. Esfera Limpol Ypê Q-ótimo μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) μ dinâmica (Pa.s) μ cinemática (m2/s) Vermelha 4,941.10+02 4,878.10-01 6,281.10+02 6,158.10-01 4,630.10+02 4,568.10-01 Preta 5,101.10+04 5,035.10+01 8,126.10+04 7,966.10+01 3,573.10+04 3,525.10+01 Vidro 3,372.10+01 3,328.10-02 4,349.10+01 4,264.10-02 3,371.10+01 3,326.10-02 Fonte: Próprio autor. 9 5- DISCUSSÃO Os sólidos e fluidos podem ser submetidos a tensões normais, que agem perpendicularmente à área (trações ou compressões) ou que agem tangencialmente à área, sendo esta última definida como tensão de cisalhamento, ou tensão cisalhante. Quando um fluido sofre uma tensão cisalhante, ele se deforma de forma contínua e irreversível mesmo quando a aplicação da força cessa. A taxa de deformação sofrida é diretamente proporcional à tensão aplicada para os fluidos denominados newtonianos, e a constante que rege essa relação é chamada de viscosidade. Segundo Damasceno (2005), a viscosidade representa a propriedade do fluido de resistir às forças cisalhantes e, portanto, resistir ao escoamento, e está relacionada às forças intermoleculares. Partindo desse princípio, o aparato construído permite determinar a viscosidade dos detergentes analisados, uma propriedade intrínseca do fluido. Para tal, o viscosímetro de Stokes se baseia na natureza do escoamento e também na fluidodinâmica de uma partícula isomérica em fluido newtoniano. O viscosímetro de Stokes é aplicável para casos em que o regime de Stokes é observado, ou seja, nos quais o número de Reynolds é menor que 0,5 (caracterizando, portanto, um regime laminar). Nesse regime, as forças viscosas se sobrepõem às forças de inércia e o fluido escoa na forma de lâminas. Tem-se que o regime de escoamento de um fluido pode ser caracterizado pelo número de Reynolds, que é um número adimensional que relaciona as forças viscosas e as forças inerciais. Além disso, a formulação matemática da Lei de Stokes é obtida através de um balanço de forças para uma partícula isomérica isolada em queda livre, tendo a força peso, resultado da ação da gravidade sobre a esfera, no sentido descendente e as forças de empuxo e de arraste no sentido ascendente. A força de empuxo é a força resultante que o fluido exerce sobre o corpo, e tem sempre o sentido oposto ao da força peso; já a força de arraste representa a resistência do fluido ao movimento de um sólido no fluido em questão. Tais forças podem ser igualadas no momento em que a partícula atinge a velocidade terminal, ou seja, a velocidade máxima atingida pela esfera em queda livre, na qual a resultante das forças se torna nula. A força de empuxo tem formulação semelhante à força peso por representar o fluido deslocado pela esfera, e a força de arraste é o termo que inclui a viscosidade. Pela Lei de Stokes, tem-se que uma velocidade de queda menor (considerando um dado fluido e uma dada esfera) corresponde a uma viscosidade maior, e, portanto, uma maior resistência ao escoamento.Os resultados obtidos indicaram que o detergente Ypê apresentou a maior viscosidades dentre as três marcas analisadas, seguido do detergente Limpol. O detergente 10 menos viscoso foi da marca Q-ótimo, sendo que a diferença entre o detergente mais viscoso e o menos viscoso foram de quase 40%. Como relata Theves (2017), a viscosidade do detergente é uma estratégia de mercado, já que o consumidor interpreta uma viscosidade maior como maior concentração, o que implicaria um maior rendimento. Apesar do fato de a viscosidade não estar diretamente relacionada à efetividade do detergente, é de interesse dos fabricantes adicionar espessantes de forma a seguir os parâmetros estéticos que agradam os consumidores. Outro aspecto a ser considerado é o efeito de parede. Segundo Massarani (2002), “a fluidodinâmica da partícula é influenciada pela presença de fronteiras rígidas, resultando uma redução na velocidade terminal em relação à velocidade terminal da partícula isolada”. Sendo assim, um fator kp é utilizado para corrigir a velocidade terminal da partícula (no caso, a esfera do viscosímetro), e esta é dada por modelos que dependem do regime de escoamento da partícula em um dado fluido. Para o modelo de Francis, que foi o utilizado, o fator kp depende unicamente de β, uma constante que relaciona os diâmetros da partícula (esfera) e da fronteira rígida (proveta). Quanto maiores os valores do número adimensional de Reynolds, mais necessária se faz essa correção (Massarani, 2002). A diferença observada nos valores iniciais e corrigidos para as viscosidades dos detergentes foi de quase cem vezes. Pode-se comparar as viscosidades calculadas experimentalmente aos parâmetros estabelecidos pelas fabricantes, assim como aos valores obtidos experimentalmente em trabalhos publicados. Os dados estão relacionados na tabela abaixo. A última coluna, para fins de comparação, inclui os dados relacionados acima, referente ao presente trabalho. O valor para a viscosidade cinemática abaixo foi corrigido para o efeito de parede e é referente ao experimento conduzido utilizando a esfera vermelha, que apresentou maior correspondência com os dados de referência. 11 Tabela 9: Viscosidades cinemáticas fornecidas pelos fabricantes. Detergentes Viscosidade fornecida pelo fabricante (cP) Viscosidade fornecida pelo fabricante (Pa.s) Viscosidade citada por Coringa (2007) Viscosidade cinemática experimental (Pa.s) Limpol >200 >0,2 110-386 (para 9 marcas) 0,209 Ypê 370-470 0,37-0,47 0,264 Q-ótimo - - 0,162 Fonte: Próprio autor. O comportamento observado em relação aos detergentes Ypê e Limpol (o primeiro sendo mais viscoso que o segundo) condiz com os valores de referência, apesar de a viscosidade calculada para o detergente Ypê ter sido cerca de 28% menor do que o mínimo estabelecido pelo fabricante. O fabricante do detergente Q-ótimo não forneceu os dados de viscosidade cinemática, porém a viscosidade medida para este, assim como para as outras duas marcas, estão na faixa estabelecida por Coringa (2007), que analisou as viscosidades de nove marcas de detergente diferentes. Por fim, por meio dos resultados dos experimentos a 10ºC observa-se que a redução de 15ºC na temperatura do fluido levou a um aumento de 2 a 3 vezes nos valores de viscosidade. Tal comportamento é coerente com o comportamento observado para a maioria dos líquidos, no qual temperaturas maiores implicam menores valores de viscosidade, já que o aumento da temperatura é o aumento da energia cinética das partículas, o que faz com que as forças intermoleculares sejam menos efetivas e, portanto, a viscosidade seja menor. 6- CONCLUSÃO A prática propunha um estudo a respeito do comportamento de um corpo em meio viscoso, a verificação da lei de Stokes e a determinação do coeficiente de viscosidade de um fluido. Para isto, iniciamos deixando claro, que usaremos a lei de Stokes simplificada, equação (4). Para tal, foi necessário o cálculo do peso específico das esferas utilizadas no experimento. As densidades das esferas foram calculadas por meio da equação (5), equação de densidade modificada. A densidade dos fluidos foi medida através do uso de um densímetro. A tabela 3 apresenta as velocidades médias encontradas utilizando o tempo de 12 queda das esferas e o deslocamento que fizeram, a altura da proveta. Relacionando a velocidade média encontrada e a densidade do fluido, a tabela 4 foi feita a fim de apresentar as viscosidades dinâmicas e cinemáticas, tendo em mente que os valores de viscosidade dinâmica são relacionados diretamente a cada uma das esferas utilizadas. Por fim, o efeito de parede, efeito dissipativo relacionado a presença de uma fronteira rígida, foi levado em consideração e as tabelas 5 e 6 apresentam novos valores de velocidade e viscosidade após a correção deste efeito. Estas correções foram feitas por meio da utilização das equações (6), (7), (8). A repetição do procedimento previamente citado à temperatura de 10ºC permitiu observar que a redução da temperatura implica um aumento na viscosidade, como mostra a tabela 8. 13 7- REFERÊNCIAS [1] DAMASCENO, J. J. R. Lições sobre Fenômenos de Transporte para Engenheiros Químicos. Universidade Federal de Uberlândia, 2005. [2] MASSARANI, Giulio. Fluidodinâmica em Sistemas Particulados. 2ª ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2002. [3] QUÍMICA AMPARO LTDA. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: Lava Louças Líquido Ypê. 17 de Maio de 2018. Disponível em: <http://www.ype.ind.br/uploads/produtos/fispq/FISPQ-LAVA-LOUCAS-REGULAR.pdf>. [4] BOMBRIL S/A. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: Detergente Limpol. 29 de Março de 2019. Disponível em: <http://www.bombril.com.br/trade/fispq/visualizar/limpol-detergente>. [5] OFFICER. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: Detergente Lava Louças Q-ótimo. Fevereiro de 2017. Disponível em: <http://docplayer.com.br/73299794-Ficha-de-informacoes-de-seguranca-de-produtos-quimic os-revisao-02-data-02-2017-pagina-1-8-detergente-lava-loucas-q-otimo.html>. [6] CORINGA, E. A. O. ; GOMES, A. L. ; PEREIRA, S. C. Propriedades físico-químicas de detergentes lava-louças comercializados em cuiabá-mt e suas relações. 47ª ABQ (Setembro 2007). Disponível em: <http://www.abq.org.br/cbq/2007/trabalhos/13/13-318-189.htm>. [7] THEVES, Anderson. Elaboração de detergente sem adição de trietanolamina 85%. UNIVATES, 2017. Disponível em: <https://www.univates.br/tecnicos/media/artigos/Elaboracao_de_Detergente_sem_Adicao_d e_Trietanolamina_85_2017-A.pdf>. 14
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