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P á g i n a | 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1. ANTICONCEPCIONAL HORMONAL ORAL (ACHO)..............................................5 1.1 FUNCIONAMENTO DAS PÍLULAS NO ORGANISMO FEMININO.......................5 1.2 A INFLUÊNCIA DOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS NA SAÚDE DA MULHER......................................................................................................................6 1.3 REAÇÕES ADVERSAS ........................................................................................6 1.3.1 REAÇÕES ADVERSAS ASSOCIADAS AOS ESTROGÊNIOS E PROGESTAGÊNIOS COMBINADOS .........................................................................7 1.3.2 REAÇÕES ADVERSAS ASSOCIADAS AO HORMÔNIO PROGESTAGÊNIO..7 1.4 CONTRAINDICAÇÕES AO USO DOS ANTICONCEPCIONAIS...........................8 CONCLUSÃO...............................................................................................................9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................10 P á g i n a | 4 INTRODUÇÃO Os anticoncepcionais surgiram na década de 60, quando houve a necessidade de se encontrarem métodos para o controle da natalidade. Então foram criados os anticoncepcionais que são drogas que envolvem uma combinação de estrogênio (em geral, etinilestradiol) e progesterona ou apenas progesterona isolada sem o componente estrogênio e, que tem como função a inibição da ovulação. Essas substâncias sintéticas atuam no Sistema Nervoso Central, bloqueando a ovulação, inibindo a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo com que o muco cervical fique mais espesso dificultando a passagem dos espermatozoides, o endométrio torna-se não receptivo à implantação e, alteram a secreção e a peristalse das trompas de falópio. O efeito desses hormônios sexuais femininos sobre o sistema cardiovascular tem se tornado tema de grande interesse, pois os vasos sanguíneos são alvos dos efeitos desses hormônios, uma vez que em todas as camadas que constituem os vasos sanguíneos existem receptores de estrogênio e progesterona e, que podem ter relação com doenças como, trombose venosa, embolia pulmonar e AVC. P á g i n a | 5 1. ANTICONCEPCIONAL HORMONAL ORAL (ACHO) A contracepção hormonal caracteriza-se pela utilização de hormônios, dosados adequadamente, com a finalidade de impedir uma gravidez indesejada. No ano de 1960, as pílulas continham 150 µg de estrogênio e 10 mg de progestagênio. Esta alta dosagem causava frequentes efeitos colaterais. Com o objetivo de diminuir os efeitos e manter a segurança do método, os conteúdos hormonais foram reduzidos e, atualmente, os anticoncepcionais são compostos por menos de 50 µg de estrogênio e 1,5 mg de progestagênio. Hoje, contraceptivo hormonal oral é um dos métodos mais utilizados em todo o planeta. Aproximadamente 18% das mulheres, em união estável ou não, fazem uso desses métodos nos países desenvolvidos, enquanto nos países em desenvolvimento esse número chega a cerca de 75%. O objetivo dos contraceptivos hormonais orais é a produção de ciclos reprodutivos femininos anovulatórios, isto é, quando não existe a ovulação. Nos ciclos anovulatórios, as modificações endometriais são bem pequenas; o endométrio proliferativo desenvolve-se da forma regular, porém, não ocorre ovulação e nem produção do corpo lúteo. Por isso, o endométrio não segue para a fase lútea, mantendo-se na fase proliferativa até a chegada da menstruação. 1.1 FUNCIONAMENTO DAS PÍLULAS NO ORGANISMO FEMININO É fácil entender o princípio do funcionamento das pílulas anticoncepcionais e para isso é importante entender o que são hormônios. Também chamados de "mensageiros químicos do corpo", os hormônios regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas e regulam o metabolismo. A mulher produz dois hormônios que controlam o ciclo menstrual e a ovulação: o Estrógeno e a Progesterona. As pílulas anticoncepcionais mais comuns são compostas por dois hormônios sintéticos, um que imita o Estrógeno (normalmente etinilestradiol) e outro que imita a Progesterona (geralmente a ciproterona ou a drospirenona). Com a administração de forma combinada desses dois hormônios, tenta-se “enganar” o organismo feminino a não produzir aqueles hormônios naturais e, assim, a ovulação não ocorrer. No cérebro, há uma glândula chamada hipófise, que produz os hormônios FSH (Folículo Hormônio Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante), que estimulam a produção de estrógeno e progesterona no ovário. O FSH e o LH aumentam e diminuem no decorrer do mês e quando atingem um nível máximo no organismo, induzem a produção do estrógeno e da progesterona. E com isso ocorre a ovulação Figura 1 - Níveis de FSH e LH que aumentam até o óvulo amadurecer P á g i n a | 6 Com a ingestão da pílula, doses de hormônios sintéticos semelhantes ao estrógeno e à progesterona são introduzidas no organismo. Assim, a hipófise não produz FSH nem LH, pois o cérebro entende que sua presença não é necessária. O desenvolvimento dos folículos ovarianos é interrompido nos primeiros estágios de crescimento e nenhum atinge o estágio de folículo maduro. Nos ciclos artificiais induzidos pela "pílula", o intervalo de 7 dias visa imitar a costumeira queda hormonal que se dá ao final de cada ciclo natural (à qual o organismo feminino está fisiologicamente acostumado) e permitir a vinda da menstruação. O hormônio sintético da progesterona mais utilizado é o acetato de ciproterona. 1.2 A INFLUÊNCIA DOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS NA SAÚDE DA MULHER Existem mulheres que afirmam fazer uso do anticoncepcional para outros fins que não sejam o de contracepção, por exemplo, melhorar a pele, o hormônio sintético da progesterona possui ação anti-androgênica bem mais potente em relação à drospirenona (outro hormônio sintético da progesterona), por isso é muito usada (mas não exclusivamente) por mulheres com síndrome dos ovários policísticos, onde as manifestações de acne, oleosidade de pele e excesso de pêlos são excessivas, outras mulheres afirmam fazer uso para melhorar as cólicas, outras usam para regular a menstruação sem se dar conta dos verdadeiros riscos que o uso indiscriminado do anticoncepcional pode trazer. O anticoncepcional estimula no fígado uma enzima chamada SHBG (Globulina Transportadora de Hormônio Sexual) que é a proteína carreadora de testosterona, quando ele aumenta esse SHBG, ela faz com que a testosterona na mulher fique menos disponível, ocorrendo à diminuição da testosterona livre e biodisponível fazendo com que o nível de testosterona caia, desencadeando todos aqueles sintomas desagradáveis como baixa libido e desestímulo. Porém a testosterona reduzida não afeta somente a libido, a maioria dos receptores da testosterona está em órgãos como o coração, cérebro e ossos, então a pessoa que tem a testosterona reduzida poderá ter aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes; problemas cardíacos, problemas cerebrais, demência, perda de memória, cansaço, fadiga central e osteoporose. Desta forma não podemos pensar de forma simplista de que a testosterona está relacionada apenas a libido, além de todo aspecto estético, de aumentar a celulite, aumentar os vasinhos, aumentar a retenção de líquidos, que são problemas que causam grande desconforto na mulher, existe a questão de saúde, principalmente em mulheres quetem o histórico de problema vascular, pois podem levar a sérias doenças como trombose, vasculite e, essa trombose pode não ser somente em extremidades como pernas, por exemplo, essa trombose pode se dar em órgãos nobres como cérebro e coração, levando a infartos e acidentes vascular cerebral. O anticoncepcional também oferece riscos para mulheres que tem históricos de problemas hepáticos, problemas de pressão arterial e para fumantes. 1.3 REAÇÕES ADVERSAS Os anticoncepcionais orais são consumidos regularmente por diversas mulheres em todo o mundo e muitas vezes sem critério algum, porém ultimamente a discussão sobre os malefícios (reações adversas) que vem causando em diversas mulheres pelo mundo vem tomando grande proporção. Tornaram-se comuns, relatos de mulheres nas redes sociais, textos na internet com o intuito de alertar sobre o grande perigo que P á g i n a | 7 se esconde nessas pequenas pílulas. Assim como qualquer outro medicamento os anticoncepcionais hormonais podem causar inúmeras reações adversas. 1.3.1 REAÇÕES ADVERSAS ASSOCIADAS AOS ESTROGÊNIOS E PROGESTAGÊNIOS COMBINADOS A maioria das pílulas contém esses dois tipos de hormônios femininos sintéticos: estrogênio e progesterona que são parecidos com os hormônios naturalmente produzidos pelo ovário. Essas pílulas são chamadas de “contracepção hormonal combinada”. Esses hormônios previnem a gravidez suprimindo a glândula pituitária, interrompendo o desenvolvimento e a liberação do óvulo no ovário. As reações adversas observadas no tratamento associadas a esses hormônios foram: Tromboflebite, embolia pulmonar, trombose cerebral, trombose retiniana, trombose mesentérica, alterações do fluxo menstrual, sangramento intermenstrual, dismenorréia, amenorréia, aumento de tamanho de fibromas uterinos, erosões cervicais, candidíase vaginal, hipersensibilidade das mamas, secreção mamária, náuseas, vômitos, mal estar, cólicas abdominais, distensão abdominal, icterícia, urticária, eritema multiforme, cloasma, eritema nodoso, alopécia, hirsutismo, intolerância a lentes de contato, tontura, enxaqueca, cefaleias, depressão, edema, alteração da libido, fadiga, hipertensão, retenção de líquidos e alteração no peso corporal. 1.3.2 REAÇÕES ADVERSAS ASSOCIADAS AO HORMÔNIO PROGESTAGÊNIO O outro tipo de pílula contém apenas um hormônio (progesterona) e é chamada ou de “pílula só de progesterona”, ou de “mini-pilula”, ela age impedindo a ovulação e impedindo que o esperma alcance o óvulo. As reações adversas observadas no tratamento associadas a esses hormônios foram: Tonturas, dores de cabeça dores nas mamas ou dor, diarreia, vômitos, constipação, fadiga, dores ósseas, musculares ou nas articulações, espirros, humor, corrimento nasal, irritabilidade, tosse, preocupação excessiva, problemas em urinar e corrimento vaginal. Estes efeitos secundários de progesterona são bastante comuns e podem ser experimentados independentemente da forma em que a hormona é tomada e em caso de efeitos mais graves (relacionados abaixo), o médico deve ser informado imediatamente: Depressão, nódulos mamários, tonturas graves ou desmaio, enxaqueca, tosse com sangue, fala lenta ou difícil, dor ou inchaço na perna, fraqueza ou dormência de um braço ou perna, sangramento vaginal inesperado, aumento da taxa de batimento cardíaco, dor torácica intensa, falta de coordenação ou perda de equilíbrio, perda de visão, visão turva ou visão dupla, olhos esbugalhados, mãos trêmulas, dor de estômago ou inchaço, convulsões, urticária, erupção cutânea, coceira, dificuldade em respirar e engolir, rouquidão ou inchaço da face, garganta, língua, dos lábios, olhos e das mãos. Vale ressaltar que existem fatores que podem e devem ser considerados como agravantes no uso dos anticoncepcionais hormonais, como por exemplo, mulheres P á g i n a | 8 com históricos de tromboembolismo e problemas cardiovasculares, as fumantes com mais de 35 anos e as que estão amamentando. 1.4 CONTRAINDICAÇÕES AO USO DOS ANTICONCEPCIONAIS ABSOLUTAS o Enfermidade que afete a circulação sanguínea, particularmente sintomas que estejam relacionados a trombose venosa (trombose é a formação de coágulos de sangue dentro dos vasos sanguíneos). Ela pode ocorrer nos vasos profundos das pernas (trombose venosa profunda), nos pulmões (embolia pulmonar), no coração (ataque cardíaco ou infarto), no cérebro (acidente vascular cerebral) ou em outras partes do corpo; o Ataque cardíaco (como "angina pectoris" ou dor no peito) ou de um acidente vascular cerebral (como um ataque cardíaco transitório ou um pequeno acidente vascular cerebral reversível); o Diabetes mellitus com lesão dos vasos sanguíneos; o Icterícia (pele e mucosas amareladas) ou doença grave do fígado; o Câncer de mama ou dos órgãos genitais (útero, ovários, etc.); o Tumor hepático benigno ou maligno; o Gravidez ou suspeita; o Alergia a qualquer um dos componentes existentes na formulação do contraceptivo; RELATIVAS o Fumantes; o Portador de diabetes; o Excesso de peso; o Pressão sanguínea arterial alta; o Doença valvular cardíaca ou determinada alteração do ritmo cardíaco; o Inflamação das veias (flebite superficial, etc.); o Veias varicosas; o Casos trombose, ataque cardíaco ou derrame cerebral (acidente vascular cerebral) na família; o Enxaquecas; o Epilepsia; o Níveis sanguíneos altos de colesterol ou triglicérides (substâncias gordurosas no sangue); o Casos de câncer de mama na família; o Doença do fígado ou da vesícula biliar; o Doença de Crohn ou Colite Ulcerativa (doença inflamatória crônica dos intestinos); o Lupus Eritematoso Sistêmico; o Síndrome Hemolítico-urêmica (SHU: alteração da coagulação sanguínea que causa insuficiência renal); o Anemia falciforme; o Cloasma (manchas escuras de coloração pardo-amareladas na pele, particularmente da face). P á g i n a | 9 CONCLUSÃO Devido à facilidade de acesso o anticoncepcional hormonal oral é um dos métodos mais utilizados no Brasil. E isso ocorre devido à eficácia desse medicamento (cerca de 99,7%, se tomado corretamente), à praticidade e à segurança. Porém pode ser que uma gravidez possa ser evitada, mas os efeitos da pílula contraceptiva são dos mais desagradáveis: aumento de peso, queda da libido, aumento de pelos dores mamárias. Estas são apenas algumas das reações mais comuns aos hormônios sintéticos. Quando piores, chegam a proliferar cistos e nódulos pelo corpo, e existem relatos de até mesmo a causar AVC e trombose, coisa que muitos médicos sequer alertam o paciente. É de suma importância de que seja real necessidade do uso do anticoncepcional seja analisada, neste caso, a procura por um bom profissional fará toda diferença. Mulheres que utilizam o anticoncepcional por motivos como tratamento de pele ou coisas que poderiam ser tratadas de outras formas, devem repensar o uso e procurar alternativas, pois isso poderá evitar danos à saúde que em casos mais graves podem levar à morte. P á g i n a | 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A.P.F; ASSIS, M.M. Efeitos colaterais e alterações fisiológicas relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais hormonais orais - Revista Atualiza Saúde. Disponível em: <http://atualizarevista.com.br/article/efeitos- colaterais-e-alteracoesfisiologicas-relacionadas-ao-uso-continuo-de- anticoncepcionais-hormonais-orais-v5n5/>. Acesso em 23 de fevereiro de 2017. Anticoncepcional: vilão ou mocinho? - Revista MAIS - Matéria - Revista Mais. Disponível em: <http://www.revistamais.com/materias/anticoncepcional-vilao- oumocinho>. Acesso em 22 de fevereiro de 2017. Baixatestosteronas em mulheres: efeitos e cuidados. 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