Buscar

Prescricao-Medicamentosa-Em-Odontologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prescrição Medicamentosa em Odontologia 
Odontologia x Dor 
Independente da especialidade em Odontologia, o conhecimento da ação e eficácia de cada 
medicação que será prescrita, é de fundamental importância. Procedimentos odontológicos, 
apresentam grau variável de complexidade e, consequentemente, de sintomatologia 
dolorosa. Além disso, pessoas apresentam diferentes limiares de dor, organismos e grau de 
ansiedade (medo). 
Terapêutica Medicamentosa 
Procedimentos mais simples não necessitam, em sua grande maioria dos casos, medicação 
mais complexa. Em cirurgias e procedimentos mais complexos, a condição dolorosa pode 
apresentar-se elevada devido ao maior trauma tecidual. Nesses casos, fazem-se 
necessárias medicações mais intensas para minimizar a hiperalgesia. 
BOM SENSO -> USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS 
Uso Racional de Medicamentos 
Existe uso racional quando os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua 
condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de 
tempo adequado e ao menor custo possível para eles e sua comunidade. OMS, Conferência 
Mundial Sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, 1985. 
Somente 50% dos pacientes, em média, tomam corretamente seus medicamentos. 
Cresce constantemente a resistência da maioria dos microrganismos causadores de 
enfermidades infecciosas prevalentes. 
50-70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa. 
50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados 
inadequadamente. 
75% das prescrições com antibióticos são errôneas. 
Indicação apropriada 
Esquema de administração adequado 
Paciente em condições de receber o tratamento proposto 
Ausência de contra-indicações e menor possibilidade de efeitos adversos 
Dispensação correta, incluindo informação adequada para o paciente 
Acompanhamento do paciente 
Protocolo Medicamentoso 
Vai depender do primeiro procedimento em qualquer atendimento odontológico: 
Anamnese do paciente 
A medicação sistêmica assume papel importante no(a): 
Sedação da dor pelo controle da reação inflamatória 
Combate e, principalmente, na prevenção de infecções 
Redução da ansiedade e tensão do paciente 
Objetivo Geral 
Montagem de um protocolo a partir de um levantamento dos medicamentos que melhor 
atuem no pré e pós-operatório dos diversos procedimentos, sejam eles menos invasivos ou 
mais invasivos, como cirurgias, tentando padronizar o uso indiscriminado, até o momento, 
destes medicamentos. Não se trata de “livro de bolso”, mas prescrições baseadas em bom 
senso quanto à complexidade, conhecimento teórico e aplicabilidade na prática clínica. 
 
Protocolo medicamentoso: 
Antibiótico 
Analgésico 
Antiinflamatório / Corticosteróides 
Ansiolítico 
Propostas Medicamentosas 
Antibiótico 
O antibiótico ideal deve apresentar as seguintes características: 
1. Ter ação antimicrobiana s eletiva 
2. Ser bactericida e não somente bacteriostático 
3. Atuar em líquidos orgânicos e exsudatos, não chegando a ser destruídos por enzimas dos 
tecidos 
4. Não perturbar as defesas orgânicas do hospedeiro, nas doses utilizadas. 
5. Ter bom índice terapêutico (Quanto maior a dose máxima tolerada e menor dose mínima 
curativa, melhor o antibiótico). 
6. Ter pequenos efeitos adversos 
7. Não desenvolver resistência dos microrganismos sensíveis 
8. Ter absorção, destino e excreção que dêem rapidamente níveis bactericidas, e estes 
devem ser mantidos por um bomperíodo 
9. Ser administrado por todas as vias 
10. Ser fabricado em grandes quantidades e com preços acessíveis. 
Logicamente, não existe até hoje um antibiótico ideal, apenas produtos que preenchem parte 
dos requisitos citados. 
Antibioticoterapia profilática: 
Alguns princípios devem ser analisados para se preconizar uma antibioticoterapia evitando-
se uma endocardite bacteriana 
Categoria do procedimento a ser realizado 
Condição clínica e sistêmica do paciente 
Tem o objetivo de prevenir infecção por um agente conhecido ou fortemente suspeito, em 
um paciente que se encontre em risco de contraí-la 
Classificando os pacientes em Condição Clínica x Risco, teremos: 
•Alto Risco : 
Próteses valvares 
Endocardite bacteriana prévia 
Cardiopatia congênita cianótica 
Shunts pulmonares sistêmicos 
•Risco Moderado: 
Cardiopatias congênitas não cianóticas 
Doença reumática com disfunção valvar 
•Baixo Risco: 
Marcapasso implantado 
Defeito de septo ventricular 
Doenças reumáticas sem disfunção valvar 
Sopro cardíaco fisiológico 
Os antibióticos são sem dúvida eficazes na prevenção de infecções pós-operatórias. Mais de 
150 estudos compararam profilaxia antibiótica com placebo ou outro controle, e ficou 
demonstrado em 80% deles que a profilaxia antibiótica proporcionou um benefício 
significativo. (KAISER, 1986) 
A profilaxia antibiótica até duas horas antes do procedimento cirúrgico minimiza o risco de 
infecções pós-operatórias, que têm correlação com a própria cirurgia em si (tipo, extensão e 
técnica operatória), preparação pré-operatória e o ambiente cirúrgico. (CLASSEN et al., 
1992) 
Princípios básicos da profilaxia antibiótica: 
1. Obtenção de níveis eficazes de antibióticos em dados momentos considerados críticos. 
2. Curso de cobertura antibiótica limitado ao período trans-operatório, com doses adicionais 
por até 24-48 horas.3. Não usar como substituto de uma drenagem adequada, nem de uma 
esterilização correta ou de uma técnica bem executada. 
4. Dosagem e duração adequados, preços acessíveis e droga com menores efeitos 
colaterais. 
Os erros mais comuns na profilaxia antibiótica são: escolha incorreta do antimicrobiano, 
administração prematura dados e inicial e prolongamento da terapia além do necessário. 
(PAGE et al.,1993) 
O erro mais sensível, é utilizar um agente inadequado, com largo espectro de ação e por 
períodos prolongados, aumentando os custos, expondo o paciente a efeitos colaterais e 
contribuindo para a seleção de microrganismos resistentes ao antimicrobiano. 
(ANDRADE, 2014) 
A profilaxia antibiótica deve ser instituída com doses altas, pelo menos três vezes a dose 
terapêutica recomendada em esquemas convencionais, a fim de maximizar a difusão para 
os tecidos contaminados ou sob risco de contaminação. 
(DENT et al., 1997) 
 
Amoxicilina 
A amoxicilina é recomendada como droga de escolha em profilaxia antibiótica, e de forma 
terapêutica, embora tenha a ampicilina e a penicilina V a mesma eficácia contra 
estreptococos, em função da sua alta absorção e níveis séricos mais elevados e 
prolongados. 
(DAJANIet al., 1997). 
Uma dose simples de 2g proporciona níveis plasmáticos adequados e prolongados, por isso, 
a segunda dose, administrada seis horas após a dose inicial, foi eliminada, por orientação da 
American Heart Association e da Australian Dental Association. 
Preconiza-se que deve ser continuada a administração do antibiótico por 7 a 10 dias nos 
seguintes casos: 
Cirurgias mais complexas, como enxerto ósseo e levantamento do assoalho de seio maxilar; 
Cirurgias com mais de 2 horas de duração; 
Pacientes imunossuprimidos; 
Pacientes com alto risco de endocardite 
Dor 
“…uma experiência sensorial e emocional desagradável, relacionada com lesão tecidual real 
ou potencial, ou descrita em termos deste tipo de dano.” 
(Associação Internacional P/o Estudo da Dor) 
Valorização da descrição do paciente, pois o tratamento da dor não deve estar limitado em 
eliminar a sensação dolorosa, mas sim, dar alívio ao paciente que apresente dor. 
A dor apresenta 2 componentes: 
Nocicepção ou sensação dolorosa 
Reatividade emocional à dor 
A nocicepção é o conjunto daspercepções de dor que somos capazes de distinguir. 
É a atividade do sistema nervoso aferente induzida por estímulos nocivos. Estes estímulos 
podem ser: Mecânico: receptor excitado por impacto, tração, fricção; 
Ex.: Pancada, corte, perfuração e pressão 
Térmica: termorreceptor excitado ao calor ou frio. 
Ex.:Queimaduras 
Químicas: quimiorreceptor excitado pelos mediadores químicos. 
Ex.: Prostaglandinas, Bradicininas e Tromboxanos 
Biológicos: Nossas próprias substâncias produzidas; 
Eventos Iniciais da Dor 
Estímulo nocivo (Cárie / lesão tecidual) 
Liberação de Potássio e síntese de mediadores químicos 
Interação com nociceptores periféricos e terminações nervosas livres 
Dor deflagrada no local da lesão tecidual 
Potencial gerado aciona outras terminações axonais 
Liberação de substância P 
Produção de serotonina e histamina 
Cascata de novos mediadores (PG, Interleucinas e Cicloxigenases) 
Aumento da área afetada 
HIPERALGESIA INSTALADA 
Novos potenciais de ação / terminações nervosas 
Área afetada inicialmente bem maior e mais sensível 
Condução dos estímulos ao SNC 
Alodínia 
Analgesia 
Com a hiperalgesia instalada ocorre uma maior entrada de íons cálcio nos nociceptores 
levando ao aumento dos níveis de AMPc (monofosfato de adenosina cíclico). 
Os analgésicos atuam deprimindo diretamente a ação dos nociceptores, diminuindo a 
hiperalgesia através do bloqueio da entrada de cálcio e diminuindo os níveis de AMPc nas 
terminações nervosas. 
 
Dipirona 
Derivados do Pirazolona 
Efeitos: Analgésico/Antipirético –Muito potente 
Sem atividade antiinflamatória nas doses usuais 
Absorção: rápida por VO 
Metabolização: Hepática 
Excreção: Renal 
Uso prolongado pode causar hipotensão 
Marcas Comerciais: Novalgina, Anador 
Paracetamol 
Derivados do Para-aminofenol 
Efeitos: Analgésico/Antipirético 
Sem atividade anti-inflamatória 
Absorção: rápida por VO 
Metabolização: Hepática 
Excreção: Renal Fraca inibição das PGs periféricas mas excelente no SNC. 
Marca Comercial: TYLENOL, PARADOR, ACETOFEN 
 
Tratamento Endodôntico 
Endodontia Convencional: 
Polpa viva ou necrosada sem dificuldades de instrumentação. 
Expectativa de pós-operatório com pouco desconforto ou dor leve. 
Prescrição de analgésico apenas(Dipirona, Paracetamol ou AAS). 
Administração logo após o atendimento, antes de cessar os efeitos da anestesia local. 
Endodontia de maior complexidade : 
Polpa viva ou necrosada com dificulda desde instrumentação do SCR (atresias,curvaturas, 
calcificações, retra tamentos,etc). 
Expectativa de pós-operató rio com maior desconforto e dor intensa 
Prevenção da hiperalgesia e amplificaçãoda dor aguda e do FLARE-UP 
Administração de antiinflamató rio ou corticosteróide de ação prolongada (betametasona ou 
dexametasona) 
FLARE-UP 
Agudização de um abscesso crônico que surge horas ou dias depois da intervenção 
endodôntica, ou principal mente, entre as sessões endodônticas. 
Apesar de todo cuidado, o Flare-up pode ocorrer : 
pela simples mudança de pressão durante a abertura de uma câmara pulpar de um dente 
contaminado. 
Extrusão apical de detritos contaminados 
Introdução de novas bactérias no canal radicular 
Desequilíbrio da microbiota endodôntica 
Aumento do potencial de oxirredução –proliferação de anaeróbios 
Caracteriza -se pela dor intensa, às vezes acompanhada de edema, e requer um pronto 
atendimento. 
O Cirurgião- Dentista que pretenda prevenir a hiperalgesia,decorrente de intervenções 
invasivas, deve optar por um antiinflamatório não esteróide ou pelos corticosteróides, pois 
inibirá a síntese dos mediadores químicos. Por outro lado se deseja controlar hiperalgesia 
instalada, de intensidade leve a moderada, a melhor opção é uma droga que deprima 
diretamente a atividade dos nociceptores, como faz a dipirona. 
Inflamação 
A inflamação pode se dividir em três fases: 
1) Aguda: Fase da agressão tecidual e liberação de mediadores químicos pré-formados com 
consequente vasodilatação aumento da permeabilidade capilar 
2) Resposta imune ou Subaguda: Células inflamatórias migram e invadem o sítio lesado. 
3) Crônica: Fase linfocitária de limpeza e reparo da lesão.(YAGIELA et al., 2011) 
A resposta inflamatória decorrente de intervenções em procedimentos mais invasivos, como 
cirurgias, é algo bem evidente. A dor resulta da ação excitatória de mediadores químicos 
liberados por tecidos lesados ou inflamados. As prostaglandinas e os leucotrienos são os 
mediadores mais diretamente ligados ao processo de hiperalgesia, ou seja, a sensibilização 
das terminações nervosas (nociceptores). 
Cicloxigenases (COX) 
São enzimas essenciais para a síntese de prostaglandinas a partir do ácido araquidônico 
(AA) liberado pelas fosfolipases A2 damembrana celular. 
Antiinflamatórios não esteroidais(AINEs) 
Mecanismo de ação: 
Inibição da síntese de prostaglandinas (PG): 
Inibe a COX-1 e COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG. 
Também antagonizam os receptores das PG. 
Inibem a liberação de histamina dos mastócitos. 
Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão. 
Inibem a liberação da PGE1, inibindo o mecanismo da FEBRE 
Classificação atual dos inibidores da cicloxigenases 
Inibidores não seletivos (inibem COX-1 e COX- 2): 
Aspirina, Piroxicam, Ibuprofeno, Diclofenaco 
Inibidores seletivos (inibem preferencialmente COX- 2): 
Nimesulida (Scaflan) e Meloxican 
Inibidores específicos (quase exclusivamente a COX-2): 
Celecoxib (Celebra), Etorecoxib (Arcoxia) e Lumiracoxibe (Prexige) –RETIRADOS DO 
MERCADO 
 
Salicilatos 
Ácido Acetil Salicílico (AAS) 
Efeitos: Analgésico / Antitérmico / Antiinflamatório Antiadesivo Plaquetário 
Absorção: Rápida por V.O. (Ác. Fracos) Estômago/porção sup. intest. Delgado 
Biotransformação: todos tecidos, principalmente hepática. 
Excreção: urinária (urina alcalina > eliminação) 
Marca Comercial: ASPIRINA 
Diclofenaco 
Derivados do ácido fenilacético 
Diclofenaco de sódio e de potássio 
Rapidamente absorvido por via oral e parenteral. 
Atinge concentração máxima em 10-30 minutos; 
Possui excelente atividade antiinflamatória,analgésica e antitérmica; 
Em altas doses, inibe a agregação plaquetária; 
Distúrbios gastrointestinais muito comum 
Marcas comerciais: VOLTAREN, ARTR EN (sódico)CATAFLAN®, PROBENXIL (Potássio) 
Ibuprofeno 
Derivados do ácido propiônico: 
Bem absorvido pelo TGI; 
Acopla-se às proteínas plasmáticas (90%); 
É extensamente metabolizado pelo fígado; 
É excretado pelos rins 
Marcas comerciais: MOTRIN, ALIVIUM 
Piroxicam 
Derivados dos ácidos enólicos: 
Completamente absorvido pelo TGI; 
Meia-vida longa, o que permite dose única diária; 
Tem atividade analgésica, antiinflamatória e antitérmica; 
Atividade analgésica superior ao Ibuprofeno, porém lentano início, o que desfavorece uso no 
tratamento da dor odontológica pós-operatória. 
Inibe agregação plaquetária / Promove sangramento GI 
Marca comercial: FELDENE 
CORTICOSTERÓIDES 
Inibição da Fosfolipase A2 
Prevenção da hiperalgesia 
Controle do edema 
Menor disponibilidade de ácido araquidônico 
Diminuição da síntese dos mediadores químicos 
Antiinflamatório X Corticosteróide 
Os antiinflamatórios não esteroidais ou drogas do grupo da aspirina sempre tiveram ampla 
utilização em todas especialidades médicas e odontológicas, no alívio da dor e inflamação. 
Porém, os estabelecidos efeitos gastrointestinaise a interferência no processo de 
coagulação tem levado muitos dentistas a recorrer a drogas inibidoras da fosfolipaseA2, 
como os corticosteróides . 
Tanto os antiinflamatórios não esteróides (AINEs)quanto os corticosteróidespodem ser 
indicados como medicação pré e pós-operatórias nas intervenções odontológicas, onde há 
expectativa de resposta inflamatória de maior intensidade, com objetivo de prevenira dor e 
edema. 
Segundo (ANDRADE, 2011), os AINEs possuem inúmeras desvantagens quando 
comparado ao emprego de corticosteróides de maior potência e duração de ação, como a 
betametasona e a dexametasona, dentre elas: 
Os corticosteróides administrados em dose única ou por tempo restrito, são praticamente 
desprovidos de efeitos colaterais. 
Os AINEs em sua maioria não são eficazes em dose única 
Os corticosteróides não provocam distúrbios gastrointestinais em dose única ou por tempo 
restrito. 
Quando empregados em dose única, os corticosteroides não interferem na coagulação, 
como a aspirina e os AINEs, não aumentando o risco de hemorragia pós-operatória. 
Os corticosteróides possuem ação antialérgica. 
O esquema posológico é muito mais prático e a comprovação clínica é maior que a maioria 
dos AINEs, não se conhecendo por total os efeitos colaterais da maioria. 
A relação custo / benefício do tratamento com os corticosteróides é menor se comparado à 
dos AINEs. 
Existem AINES, como o Ibuprofeno, o Diclofenaco de Potássio e Nimesulide, que podem ser 
indicados no pré e pós-operatórios de uma cirurgia de instalação de implantes e outros 
procedimentos onde existam uma expectativa de resposta inflamatória de maior intensidade, 
sem proporcionar distúrbios gastrointestinais. ANDRADE (2011) 
Os corticosteróides suprimem a liberação dos metabólitos do ácido araquidônico, fenômenos 
agudos da inflamação, como edema, deposição de fibrina e vasodilatação. 
Corticosteroide 
Indicações terapêuticas em Odontologia 
Em processos inflamatórios agudos: 
Pós-extração traumática (para reduzir edema); 
Endodônticos: dor pós-tratamento radicular, pulpotomia,biopulpectomia; 
Artrite e Distúrbios da ATM; 
Ulcerações bucais, aftas, pênfigo e líquen plano; Reações alérgicas e anafiláticas; 
DEXAMETASONA 
Disponível em gotas, comprimidos e injetável. 
Concentrações de 0,5 e 0,75 e 4mg (comprimidos) 
4mg –2,5ml (Injetável) 
BETAMETASONA 
Disponível em gotas, comprimidos e injetável. 
Concentrações de 0,5 e 2mg (comprimidos) 
Injetável na conc. de 3mg de acetato de betametaso na(suspensão) e 3 mg de fosfato 
dissódico de betametasona –1ml 
Dexametasona 
A dexametasona, é um corticosteróide bastante indicado, por via sistêmica, como medicação 
pré e pós-operatória. Esse medicamento é eficaz na prevenção e controle da dor e do 
edema, proveniente de intervenções odontológicas mais invasivas como a exodontia de 3os 
molares inclusos (sisos), cirurgias periodontais e em cirurgias de implantes, em dose única 
de 4mg; 
Revisão de Literatura 
A ansiedade deve ser identificada, avaliada e adequadamente controlada antes de qualquer 
tratamento. Informações sobre os procedimentos ao paciente influenciam positivamente na 
dor pós-operatória, reduzindo na metade o tempo de cuidados pós-operatórios e da 
medicação analgésica . (MINDUS,1987) 
Aliviar (minimizar) o medo e a ansiedade do paciente, mas sem levar à perda da 
consciência, é o principal objetivo da sedação consciente. (YAMASHIRO, 1995) 
Procedimentos cirúrgicos e tratamento odontológico, de modo geral, induz um quadro de 
ansiedade e angústia nos pacientes. (ANDRADE, 2011) 
O uso de tranqüilizantes (ansiolíticos), há muito tempo utilizado, é um método popular de 
sedação consciente e alívio de ansiedade antes de procedimentos mais invasivos. O 
medicamento pré-anestésico ideal deve proporcionar ansiólise e alguma sedação, e deve ter 
os seguintes atributos: 
ser rapidamente absorvido e apresentar rápido início de ação; 
apresentar alto índice terapêutico; 
proporcionar rápida recuperação, sem causar prejuízos psicomotores prolongados. 
(LOEFFLER, 1992) 
Benzodiazepínicos 
Os benzodiazepínicos são os fármacos de primeira escolha para o controle da ansiedade 
na clínica odontológica, pela sua eficácia e segurança clínica (ANDRADE, 2014). 
Os benzodiazepínicos interferem na memória episódica e não sobre a memória semântica 
(conhecimento) e apresentam baixo grau de efeitos adversos e toxicidade (ORELAND, 
1987). 
A sua capacidade de causar ansiólise sem produzir sedação profunda ou inconsciência, 
efeitos típicos de outros depressores do SNC, é a primeira grande vantagem dos 
benzodiazepínico sem relação a outras drogas (LOEFFLER, 1992) 
Mecanismo de ação: 
Se ligam aos receptores benzodiazepínicos do SNC 
Potencializam o efeito do GABA 
Ativação dos receptores GABA e indução dos canais de Cl 
Prevenindo a despolarização do neurônio e propagação de impulsos excitatórios 
Além de diminuir a ansiedade, tornando o paciente mais colaborativo ao tratamento, estes 
fármacos apresentam algumas outras vant gens no seu emprego em Odontologia: 
Reduzem o fluxo salivar e o reflexo do vômito; 
Provocam o relaxamento da musculatura esquelética; 
Em hipertensos ou diabéticos, ajudam a manter a pressão arterial ou glicemia, em níveis 
aceitáveis; 
Podem induzir amnésia anterógrada, ou esquecimento dos fatos a partir do momento que 
ocorreu. Geralmente com o uso do midazolam, e utilizado em intervenções de maior 
complexidade. (ANDRADE, 2011) 
Algumas marcas comerciais destes fármacos presentes nomercado são: 
Alprazolam => Apraz e Frontal 
Bromazepam => Lexotan, Brozepax e Somalium 
Diazepam => Valium, Kiatrium, Noan e Ansilive 
Midazolam => Dormonid 
Lorazepam => Lorax, Mesmerin e Sedacalm 
A prescrição destes medicamentos como dose única antes do início do procedimento, deve 
ser feita da seguinte forma : 
Lorazepam –2 horas antes 
Diazepam, Bromazepam ou Alprazolam –1 hora 
Midazolam –30 a 45 minutos 
 
Diazepam 
Considerado o fármaco padrão do grupo e o mais empregado em procedimentos 
ambulatoriais 
Droga considerada de ação longa (meia-vida de eliminação entre24 e72hs) pois sua 
metabolização no fígado produz 2 metabólitos ativos (desmetildiazepam e o oxazepam). 
Apesar dos efeitos clínicos sumirem em 2 a 3 horas, o prejuízo na função psicomotora e a 
sonolência podem persistir devido à esses metabólitos (Loeffler, 1992) 
A dosagem usual para adultos varia de 5 a 10mg, geralmente administrada uma hora antes 
do início do procedimento. Para pacientes extremamente ansiosos, recomenda-se empregar 
também uma dose na noite anterior à consulta, com a finalidade de assegurar um sono 
tranqüilo. Para crianças, são sugeridas dosagens que variam de 0,2 a 0,5mg/Kg de peso 
corporal (Haas, 1999 ). 
Benzodiazepínicos 
O lorazepam, melhor alternativa para pacientes idosos pela ação curta, e pode ser 
administrado como medicação pré-anestésica na dose única de 1mg ou 2mg, 2h antes da 
intervenção. 
Para crianças em idade escolar, o diazepam é de grande valor,devido às suas propriedades 
ansiolíticas específicas. A dose de 0,15 a0,3 mg/kg de peso corporal é suficiente para a 
maioria dos pacientes,sendo observado os efeitos 45 a60 minutos após a ingestão. 
Em casos de pacientes muito ansiosos, se prescrito diazepam ou bromazepam, em dose 
única via oral, 1 h antes do tratamento dentário. 
Se lorazepam, 2h antes da consulta; 
Caso paciente seja muito nervoso, é aconselhável, também, tomar um comprimido no dia 
anterior ao tratamento, de preferência ao deitar. ANDRADE (1999) 
PROTOCOLO MEDICAMENTOSO PROPOSTO 
Procedimentos Mais Simples: 
MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA: 
Desnecessária medicação pré-operatória 
MEDICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA 
ANALGÉSICO -Dipirona Só dica 500mg (muito provável de ser a única medicação nestes 
casos) Tomar um comprimido a cada quatro horas por dois dias. 
ANTIINFLAMATÓRIO –Ibuprofeno 400 ou 600mgTomarum comprimido a cada 8 ou 12 
horas por 2 a 3 dias 
Procedimentos Mais Invasivos (Complexos): 
Medicação Pré-Operatória: 
ANTIBIÓTICO: Amoxicilina 2,0 g Tomar 4 comp. 01 hora antes do procedimento 
CORTICOSTERÓIDE: Dexametas ona 4mg Tomar 1 comp. 1 hora antes do procedimento 
ANSIOLÍTICO: Diazepam 5mg - 01 comp. 1 hora antes do procedimento; ou 
Bromazepam 3mg - 01 comp. 1 h ora antes do procedim.; ou 
Lorazepam 1mg - 01 comp. 2 horas antes; ou ainda 
Midazolam 7,5mg - 01 comp. 30 minutos antes 
Medicação Peri-Operatória: 
ANTISSÉPTICO -Digluconato de Clorexidina 0,12% / 2% (face paciente)Bochecho durante 
01 minuto imediata mente antes da cirurgia. 
Medicação pós-operatória: 
ANALGÉSICO -Dipirona Sódica 500mg / Paracetamol com Codeína (maior sintomatologia). 
Tomar um comprimido a cada quatro horas por dois dias. 
ANTIINFLAMATÓRIO –Ibuprofeno 400 ou 600mg Tomar um comprimido a cada 8 ou 12 
horas por 2 a 3 dias. 
Alguns casos se recomenda o uso das medicações contra dor além de antibióticos por longo 
tempo: 
Abscessos apicais agudos localizados, com sinais de disseminação ou de infecção 
Abscessos apicais agudos localizados em pacientes com doenças metabólicas e 
imunossupressão (Diabéticos, portadoresdoença renal crônica, lupus eritematoso) 
Pacientes com abscessos agudos com a presença de dor severa e celulite ou outros sinais 
de defesa debilitada (febre,linfadenite, mal- estar geral) 
Cirurgias Paraendodônticas 
MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
ANTIBIÓTICO -Amoxicilina 2,0g *(Amoxil –500mg)Tomar 4 comp. 01 hora antes do 
procedimento 
ANSIOLÍTICO -Midazolam 7,5mg ou 15mg (Dormonid) Tomar 01 comprimido ½ hora antes 
do procedimento 
*Associação com Metronidazol (250mg) em casos com maior severidade. 
MEDICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA 
ANTIBIÓTICO -Amoxicilina 500mg (Amoxil –500mg)Tomar 1 comp. 8/8 horas pelo menos 
por 5 dias. 
ANALGÉSICO -Dipirona 500mg ou Paracetamol 750mgTomar 01 comp. 4/4 horas (dipirona), 
ou 6/6 horas(Paracetamol) por no máximo 2 dias 
Associação com Metronidazol (250mg) em casos com maior severidade. 
Cada procedimento na área de saúde merece um planejamento detalhado e específico, 
tanto na técnica cirúrgica quanto também na medicação a ser utilizada no respectivo 
paciente. 
Sabemos que um protocolo medicamentoso que atenda a todos por completo é bem 
complicado de ser alcançado pelas características que cada paciente possui, como limiar de 
dor e condição imunológica. Porém, pode-se concluir que o protocolo proposto é bastante 
testado e comprovadamente muito eficaz.

Continue navegando