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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luis 
2004 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
2
Leonardo de Arruda Delgado 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 
2 AVALIAÇÃO FUNCIONAL ............................................................................... 7 
2.1 Objetivos de uma avaliação funcional....................................................... 7 
2.2 Unidades metabólicas............................................................................... 8 
2.2.1 O Consumo máximo de oxigênio (VO2MAX) ........................................ 8 
2.2.1.1 Métodos utilizados para mensuração da capacidade aeróbica 10 
2.2.1.2 Testes máximos e submáximos................................................ 12 
2.2.1.3 Testes utilizados na mensuração da capacidade aeróbica ...... 13 
2.2.1.4 Testes ergométricos ................................................................. 14 
2.2.1.5 Considerações gerais ............................................................... 16 
3 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIO ........................ 19 
3.1 Declaração de consentimento................................................................. 20 
3.2 Histórico de saúde .................................................................................. 22 
3.3 Avaliação médica.................................................................................... 23 
3.3.1 Exame médico ................................................................................. 23 
3.3.2 Exames complementares ................................................................ 24 
3.4 Medidas de repouso................................................................................ 25 
3.5 Aplicação de testes submáximos............................................................ 25 
3.5.1 Recomendações antes do teste....................................................... 26 
3.5.2 Pré-requisitos para realização do teste............................................ 27 
3.5.3 Equipamentos de urgência .............................................................. 27 
3.5.4 Condições em que são indicações os testes de esforço ................. 28 
3.5.5 Condições onde são contra-indicações os testes de esforço .......... 29 
3.5.6 Critérios para interrupção de um teste de esforço ........................... 30 
3.5.7 Variáveis a serem controlados durante o teste................................ 32 
3.5.7.1 Índice de percepção de esforço (IPE)....................................... 32 
3.5.7.2 Freqüência cardíaca ................................................................. 35 
3.5.7.3 Pressão arterial (PA) ................................................................ 37 
3.5.8 Parâmetros de controle.................................................................... 38 
3.6 Prescrição de atividades ......................................................................... 38 
3.6.1 Encaminhamento médico ................................................................ 39 
3.6.2 Programa supervisionado ................................................................ 40 
3.6.3 Programas normais de condicionamento......................................... 41 
4 PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NA FC .................................. 42 
4.1.1 Protocolo de RUFFIER .................................................................... 47 
4.1.2 Protocolo de FRED & KASH............................................................ 48 
4.1.3 Protocolo de TECHUMSEH ............................................................. 49 
4.1.4 Protocolo de CONCONI................................................................... 50 
4.1.4.1 Limitações do teste de CONCONI ............................................ 53 
5 PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NO CONSUMO MÁXIMO DE 
OXIGÊNIO............................................................................................................. 55 
6 TESTES DE CAMPO ..................................................................................... 56 
6.1 Teste de BALKE de 15 minutos .............................................................. 57 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
3
Leonardo de Arruda Delgado 
 
6.2 Teste de COOPER (corrida de 12 minutos)............................................ 61 
6.3 Teste de 2400m (ou 1,5 milha) ............................................................... 66 
6.4 Teste de corrida de 8 min. para crianças ................................................ 68 
6.5 Teste de corrida de 1000 metros (MATSUDO, 1983) ............................. 69 
6.6 Teste de caminhada de uma milha (1609m)........................................... 71 
7 TESTES ERGOMÉTRICOS........................................................................... 74 
7.1 Protocolos de banco ou testes de degraus ............................................. 74 
7.1.1 Protocolo de NAGLE et al ................................................................ 76 
7.1.2 Protocolo do QUEENS COLLEGE................................................... 78 
7.1.3 Teste de banco de BALKE............................................................... 79 
7.1.4 Teste de banco de ASTRAND ......................................................... 82 
7.2 Protocolos de bicicleta ergométrica ........................................................ 83 
7.2.1 Protocolo de ASTRAND sub-máximo .............................................. 86 
7.2.2 Protocolo de ASTRAND máximo ..................................................... 91 
7.2.3 Protocolo de FOX ............................................................................ 92 
7.2.4 Protocolo de BALKE ........................................................................ 93 
7.2.5 Protocolo de ROCHA....................................................................... 94 
7.2.6 Protocolo de VON DOBELN ............................................................ 94 
7.2.7 Protocolo de JONES........................................................................ 95 
7.2.8 Protocolo do Colégio Americano de Medicina Esportiva ................. 96 
7.2.9 Protocolo de BRUCE ....................................................................... 96 
7.3 Protocolos de Esteira .............................................................................. 97 
7.3.1 Protocolo de BRUCE ....................................................................... 98 
7.3.2 Protocolo de BALKE ...................................................................... 100 
7.3.3 Protocolo de NAUGHTON ............................................................. 101 
7.3.4 Protocolo de ELLESTAD ............................................................... 101 
8 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA O CONDICIONAMENTO 
CARDIORRESPIRATÓRIO................................................................................. 103 
8.1 Intensidade ........................................................................................... 103 
8.1.1 Metodologia de trabalho ................................................................ 104 
8.1.1.1 Determinação da FC basal ..................................................... 104 
8.1.1.2 Determinação do nível inicial de condicionamento físico........ 104 
8.1.1.3 Estimar a freqüência cardíaca máxima................................... 105 
8.1.1.4 Determinação da zona sensível do treinamento..................... 106 
8.1.1.4.1. Prescrição de treinamento pela freqüênciacardíaca (FC).. 107 
8.1.1.4.2. Prescrição de treinamento pelo VO2Máx .............................. 110 
8.1.1.4.3. Prescrição de treinamento pelo sistema de pontos de Cooper
 111 
8.1.1.4.4. Prescrição de treinamento utilizando a bicicleta ergométrica
 113 
8.1.1.4.5. Orientações gerais ............................................................. 113 
8.2 Freqüência ............................................................................................ 115 
8.3 Duração ................................................................................................ 115 
8.4 Tipo de atividade................................................................................... 116 
REFERÊNCIAS................................................................................................... 119 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
4
Leonardo de Arruda Delgado 
 
ANEXO-1 EXEMPLO DE FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO PARA 
REALIZAÇÃO DE TESTE DE ESFORÇO........................................................... 121 
ANEXO - 2 QUESTIONÁRIO PAR-Q.................................................................. 123 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
5
Leonardo de Arruda Delgado 
 
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O objetivo deste material é apresentar, através de uma revisão de 
literatura, as diversas formas (protocolos e métodos) existentes, para a realização 
de uma avaliação da aptidão cardiorrespiratória, além de mostrar como proceder 
para a prescrição de exercícios aeróbicos com segurança e cientificidade, através 
de parâmetros fisiológicos. 
 
 A Aptidão Cardiorrespiratória sendo, sem duvida o aspecto que deve 
receber maior atenção quando se trata de Avaliação da Aptidão Física 
Relacionada à Saúde, é entendida como a capacitação de se realizar trabalho e 
depende da eficiência dos sistemas: respiratório, cardiovascular, de componentes 
sanguíneos adequados, além dos componentes celulares específicos que ajudam 
o corpo a utilizar oxigênio durante o exercício. 
 
 Sua melhoria e manutenção situam-se entre os principais objetivos de 
qualquer programa sistemático de exercícios. Uma adequada aptidão 
cardiorrespiratória está associada a uma menor ocorrência de distúrbios 
orgânicos. Entre eles podemos citar a hipertensão arterial, a doença arterial 
coronariana, a diabetes melito, as hiperlipidemias e a obesidade. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
6
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Autores como GUEDES & GUEDES (1995), apud MONTEIRO (2001, 
p.87), relatam que os indivíduos cuja aptidão cardiorrespiratória exibe níveis mais 
elevados tendem a apresentar maior eficiência nas atividades do cotidiano e a 
recuperar-se mais rapidamente, após a realização de esforços físicos mais 
intensos. De fato, uma boa condição cardiorrespiratória diminui as demandas 
miocárdica e geral para atividades submáximas, representando uma economia 
que se traduz por uma maior capacidade de trabalho e aproveitamento das horas 
de lazer com redução dos riscos de doenças. 
 
 Existe um consenso entre os autores FOX (1979 & 1991), WEINECK 
(1986, 1991 & 1999), McARDLE (1992), POLLOCK (1993), GOMES (1995), LEITE 
(1996) & MONTEIRO (2000 & 2001), no sentido de se atribuir ao VO2 Máx, a função 
de medida mais representativa da aptidão cardiorrespiratória, pois, em geral, ele 
resume o que ocorre no sistema de transporte de oxigênio, podendo também ser 
chamado de potência aeróbica máxima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
7
Leonardo de Arruda Delgado 
 
2 AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
 
 De acordo com MARINS (2003, p.147) a avaliação funcional representa 
a mensuração e interpretação da capacidade de mobilização metabólica 
(bioenergética) a partir do resultado obtido de um protocolo (teste) específico. 
 
2.1 Objetivos de uma avaliação funcional 
 
 O principal objetivo, para a realização de uma avaliação funcional, inclui 
a investigação do processo de adequação dos ajustes fisiológicos às demandas 
metabólicas que ultrapassam as necessidades de repouso que representam a 
identificação da capacidade aeróbica máxima do avaliado. É possível encontrar 
outros objetivos, a partir dos dados coletados do teste ergométrico, entre eles: 
 
• Identificação da capacidade aeróbica máxima; 
• Observação do comportamento do ECG durante o esforço 
progressivo; 
• Possibilitar a correta prescrição de exercícios baseados nos 
resultados, adequado volume e intensidade para a atividade a ser 
desenvolvida; 
• Servir como parâmetro comparativo do grau de evolução do 
treinamento físico, quando aplicado de forma regular; 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
8
Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Possibilitar a comparação com avaliações futuras; 
• Avaliar o grau da dor precordial; 
• Determinar o grau de comprometimento de uma coronariopatia; 
• Avaliar a resposta pressórica e cronotrópica ao esforço; 
• Avaliar o comportamento eletrocardiológico em esforço; 
• Avaliar a capacidade laborativa. 
 
2.2 Unidades metabólicas 
 
 Para a interpretação de uma avaliação funcional, é necessário uma total 
familiarização com uma série de variáveis metabólicas. Usualmente são utilizados 
três parâmetros fisiológicos, que são o consumo de oxigênio (VO2) no steady-state 
de um sujeito durante uma atividade, o MET e a Kcal consumida. 
 
2.2.1 O Consumo máximo de oxigênio (VO2MAX) 
 
 O consumo máximo de oxigênio (VO2Máx), é definido como a maior 
quantidade de oxigênio que um indivíduo é capaz de captar ao respirar ar 
atmosférico, ao nível do mar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e 
utilizá-lo durante em um esforço físico por unidade de tempo. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
9
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 É expresso em mililitros ou litros por minuto, ou ainda, mais 
acertadamente, é ajustada ao peso do indivíduo. Constitui-se numa medida de 
potência e que, segundo McARDLE (1992, p.84), trata-se de um consumo de 
oxigênio, que permite enunciar quantitativamente a capacidade individual de 
transferência de energia aeróbica. Assim sendo, trata-se de um dos fatores mais 
importantes que determinam nossa capacidade de sustentar um exercício de alta 
intensidade por mais de quatro ou cinco minutos. 
 
 Durante um esforço físico, o VO2 tende a aumentar com a carga de 
trabalho, até atingir um ponto onde se verifica um platô, e não mostra qualquer 
aumento adicional (ou aumenta apenas ligeiramente) com uma carga de trabalho 
adicional é denominado consumo máximo de oxigênio, captação máxima de 
oxigênio, potência aeróbica máxima ou simplesmente VO2Max. 
 
Figura 1 Consumo de oxigênio durante um exercício de intensidade progressiva, até alcançar o 
consumo máximo de oxigênio. Fonte; McARDLE, 1992, p.85 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
10
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Em geral, admite-se que isso representa a capacidade individual de 
ressíntese aeróbica de ATP. Um trabalho adicional somente será realizado através 
das reações de transferência de energia da glicólise com subseqüente acúmulo de 
ácido lático e fadiga. 
 
 O consumo máximo de oxigênio (potencia aeróbica máxima) é 
determinado e/ou influenciado por diversos fatoresrelacionados com o sistema 
cardiovascular e com a musculatura esquelética. 
 
 No sistema cardiovascular, pode-se distinguir o volume sanguíneo, a 
contratilidade do miocárdio, a hipertrofia cardíaca, a resistência total periférica e a 
freqüência cardíaca máxima, enquanto no nível de musculatura esquelética, a 
capilarização, o fluxo sanguíneo, a condutância vascular e a capacidade oxidativa 
e outros fatores como a idade, sexo, constituição corporal, ambiente, etc., sendo 
relativamente constante em um dado indivíduo, embora também possa diminuir 
por falta de atividade física aeróbica, ou aumentar após um período de 
treinamento aeróbico. 
 
2.2.1.1 Métodos utilizados para mensuração da capacidade aeróbica 
 
 Os métodos utilizados para a medida da capacidade aeróbica podem 
ser amplamente classificados de duas formas: Direta e Indireta. A metodologia 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
11
Leonardo de Arruda Delgado 
 
direta realiza a medida do consumo de oxigênio diretamente, através de métodos 
químicos e físicos, com um custo operacional elevado, os quais podem ser 
desejáveis em certas situações de investigações laboratoriais, sendo, no entanto, 
a medida de maior precisão. 
 
Figura 2 Mensuração direta do volume máximo de oxigênio 
 
 As metodologias indiretas são baseadas na relação lineares que existe 
entre a freqüência cardíaca (F.C.) e o VO2, medido quando as requisições e 
produção energética tenham chegado a equilíbrio (steady-state). Esses tipos de 
avaliação são feitos utilizando-se nomogramas, fórmulas, análises de regressão, 
desenvolvidos a partir de medidas diretas e com o objetivo de predizer o VO2 do 
indivíduo partindo de um teste físico. 
 
 Devido a grande dificuldade material, neste trabalho iremos abordar 
apenas as técnicas indiretas, onde o consumo de oxigênio é calculado em função 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
12
Leonardo de Arruda Delgado 
 
de equações de predição, visando, sobretudo aplicação prática nas avaliações 
físicas em escolas e academias. 
 
2.2.1.2 Testes máximos e submáximos 
 
 Algumas controvérsias têm surgido com relação à utilização de testes 
máximos ou submáximos. Nós entendemos por teste máximo aquele no qual o 
indivíduo é levado a sua exaustão voluntária e tende a levar o avaliado ao máximo 
de sua captação de oxigênio, ou o teste é interrompido por sinais ou sintomas que 
impeçam seu desenvolvimento. De uma forma geral para aquelas pessoas que 
apresentam um baixo risco, com menos de 30 anos e que realizam atividades 
físicas rotineiras, bem como para os atletas, os protocolos de avaliação máximos 
serão os mais indicados. Uma das mais importantes aplicações do teste máximo 
além da predição do estado funcional é em relação ao diagnóstico de doenças 
coronarianas. 
 
 O teste submáximo é aquele em que o indivíduo é levado a atingir um 
nível de esforço pré-estabelecido e o valor de VO2MAX é obtido através de um 
previsor sem, portanto impor um stress orgânico intenso durante a realização do 
teste. De maneira geral os testes de esforço de caráter máximo apresentam 
maiores riscos que os submáximos, devendo ser controlados por pessoas 
experientes. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
13
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Embora os testes de exercícios submáximos não sejam tão eficazes na 
identificação de condições de doenças, eles são apropriados para avaliar 
condicionamento cardiorrespiratório antes e depois de programas de exercícios. 
 
 Os protocolos de avaliação submáximo, serão mais indicados para 
pessoas com a faixas etárias superiores a 30 anos, com algum tipo de fator de 
risco coronário primário presente, sem o hábito de prática de atividade física 
regular e na ausência de um médico ou alguns equipamentos de segurança. 
 
 Os testes submáximos são bastante úteis para determinação da aptidão 
cardiorrespiratória, quando um teste diagnóstico não se faz necessário, isto é, em 
indivíduos com o consumo máximo de oxigênio sejam inferiores as obtidas em 
protocolos máximos, estes oferecem menos riscos para o avaliado, sendo 
realizados em curto espaço de tempo, facilitando sua operacionalidade. 
 
2.2.1.3 Testes utilizados na mensuração da capacidade aeróbica 
 
 A captação máxima de oxigênio pode ser determinada através de 
inúmeras tarefas que ativam grandes grupos musculares, desde que o exercício 
seja de intensidade e duração suficientes para engajar ao máximo a transferência 
de energia aeróbica. As formas habituais de exercícios incluem andar ou correr 
numa esteira rolante, subir e descer de um banco ou pedalar. Logo, quanto aos 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
14
Leonardo de Arruda Delgado 
 
tipos, de testes que podem ser aplicados na avaliação da capacidade aeróbicos 
temos: 
 
- Testes de campo: com baixo custo operacional e com possibilidade 
de avaliação em massa. 
- Testes ergométricos: são testes que utilizam ergômetros, que são 
instrumentos que medem trabalho. 
 
Corridas Caminhadas
Testes de Campo
Banco Bicicleta Esteira
Testes Ergométricos
Resistência Básica
 
Figura 3 Quadro dos tipos de resistência básica 
 
 
2.2.1.4 Testes ergométricos 
 
 Na avaliação da potência aeróbica podemos usar alguns aparelhos 
denominados ergômetros. Dentre os principais ergômetros podemos citar o banco, 
a bicicleta e a esteira rolante. Todos apresentam vantagens e limitações que 
devem ser cuidadosamente analisados, para determinação do instrumento a ser 
utilizado. A seguir apresentaremos uma comparação entre os tipos de ergômetros 
visando assim, facilitar a escolha pelo ergômetro ideal as suas realidades, tanto no 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
15
Leonardo de Arruda Delgado 
 
que se refere à infra-estrutura, como as diferentes clientelas que se utilizaram os 
testes. 
Tabela 1 Dados comparativos entre os principais ergômetros 
Critérios ou Situações Diversas Bicicleta Esteira Banco 
Como Meio de Diagnóstico I M P 
Habilidade necessária para adaptação do avaliado M P I 
Espaço Ocupado I P M 
Custo e Manutenção I P M 
Massa Muscular Envolvida P M I 
Facilidade para Transporte I P M 
Perigo de Acidente M P I 
Registro do ECG em esforço M I P 
Tomada de Pressão Arterial M I P 
Nível de Ruído I P M 
Avaliação do VO2Máx I M P 
Adaptação ao Exercício I M P 
P = Pior I = Intermédio M = Melhor 
Fonte: GOMES, 1995, 57 & FARINATTI e MONTEIRO (2000, 263) P= Pior, I = intermediário, 
M=Melhor. 
 
 Para cada ergômetro existe uma grande variedade de protocolos que 
submetem o testado a uma determinada quantidade de esforço. Enquanto alguns 
protocolos são comuns a vários ergômetros, outros são ergômetros-dependentes. 
 
 Todos os protocolos apresentam virtudes e limitações, mas ao nosso 
modo de ver são os objetivos do teste, a população a ser testada e a 
disponibilidade de tempo e material que decidirão o melhor ergômetro e protocolo. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
16
Leonardo de Arruda Delgado 
 
2.2.1.5 Considerações gerais 
 
 Existe um grande número de protocolos que apresentam pontos 
positivos e negativos, porém a escolha de um determinado teste deverá 
necessariamente ter como orientação a interferência dos seguintes fatores: 
objetivos do teste; população a ser testada; disponibilidade de material. 
 
 Cada um dos testes apresenta características específicas. Asdiferenças entre os protocolos emergem do amplo espectro de variações 
existentes que permitem um grande número de combinações. Podemos encontrar 
os seguintes fatores envolvidos em um teste: 
 
- Formas operacionais: o grau de utilização de recursos materiais 
durante a realização de um teste indica seu nível de complexidade. 
Caso seja realizado em laboratório, com a utilização de vários 
instrumentos como eletrocardiógrafo, ergômetro, analisador de 
gases, desfibrilador, entre outros, pode ser considerado como um 
teste complexo. Em situações onde é realizado em campo, 
empregando poucos recursos de instrumentos, como, por exemplo, 
o teste de Cooper de andar e correr 12 minutos, pode ser 
considerado como simples. 
- Fonte de energia: dependendo do teste ergométrico, é possível 
avaliar as diferentes fontes energéticas existentes. O teste de 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
17
Leonardo de Arruda Delgado 
 
cicloergometria de Balke tem como objetivo principal avaliar a 
capacidade aeróbica. Já um teste utilizando o cicloergometro, como 
o de Wingate, tem como objetivo avaliar a capacidade anaeróbica; 
- Demanda metabólica: um teste ergométrico, para avaliação da 
capacidade aeróbica, pode impor uma demanda metabólica máxima 
ou submáxima. Quando da realização de um teste máximo, como 
por exemplo, o protocolo de Jones em cicloergometria, se analisa a 
capacidade máxima aeróbica de trabalho do avaliado. Durante a 
realização de um teste submáximo, o resultado obtido representa 
uma extrapolação do resultado máximo previsto para o avaliado, 
sem expor o mesmo a uma intensidade elevada durante o teste; 
- Duração total o teste: um teste para mensurar o VO2Máx, deverá ter 
como faixa de tempo ideal um mínimo de 8 e máximo de 15 minutos. 
Esta faixa de tempo permite a obtenção de dados fisiológicos 
suficientes para uma análise de comportamento físico durante o 
exercício; 
- Tipo de carga: a forma de aplicação de carga durante a realização 
de um teste, pode ser de forma única (protocolo de banco de 
Harvard) ou de forma variada (protocolo de banco de Balke). 
- Tempo de duração dos estágios: dependendo do tempo de 
duração de um estágio, é possível o aparecimento do Steady State; 
como exemplo desta metodologia temos o teste de Ellestad. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
18
Leonardo de Arruda Delgado 
 
Entretanto, outras metodologias não permitem o aparecimento do 
Steady State; exemplo o protocolo Balke em esteira. 
- Existência de pausas: os procedimentos de execução dos testes 
podem ser divididos em dois grupos, contínuos e descontínuos. Nos 
protocolos contínuos não existe interrupção do teste em nenhum 
momento durante sua realização (protocolo de Fox em 
cicloergometria). Nos protocolos descontínuos, mais característicos 
para população de cardíacos, é possível estabelecer um período de 
repouso durante a execução, podendo ainda ser de forma ativa ou 
passiva. 
- O Volume de oxigênio usado por minuto (VO2 em l/min): que é 
proveniente do metabolismo de uma mistura de 40% de carboidratos 
e 60% de gorduras e cujo equivalente calórico é de 4,825 Kcal por 
litro de oxigênio. 
- Múltiplos da Taxa Metabólica de Repouso (METs): é a relação 
entre a energia gasta em uma atividade é o gasto do metabolismo de 
repouso. Considerando 1 MET como aproximadamente 3,5 
ml/kg,min de O2. 
- Consumo de Energia por Minuto (kcal/min): o dispêndio de 
energia é calculado, multiplicando as quilocalorias gastas por minuto 
(kcal/min) pela duração da atividade em minutos. 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
19
Leonardo de Arruda Delgado 
 
3 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIO 
 
 Talvez esta seja uma das avaliações mais temidas pelos profissionais 
que trabalham com avaliação física, a explicação para isso é que a realização de 
um teste de condicionamento cardiorrespiratório implica, necessariamente em um 
risco do avaliado vir a manifestar algum comprometimento cardiológico, no 
entanto, os resultados dos testes de condicionamento cardiorrespiratório devem 
ser utilizados para prescrever recomendações de exercícios e permitir ao 
avaliador ou professor de educação física avaliar mudanças positivas ou negativas 
no trabalho de condicionamento cardiorrespiratório. 
 
 Diante do que foi apresentado, e defendendo a prática da realização da 
avaliação da capacidade aeróbica, fica a pergunta como posso fazer a avaliação 
da capacidade aeróbica com riscos mínimos? 
 
 Para minimizar riscos, é aconselhável uma série de procedimentos, 
para que seu trabalho se desenvolva com total segurança. Essa seqüência 
progride da avaliação inicial ao teste e à programação de condicionamento, com 
oportunidade para re-testes e revisões periódicas do programa à medida que são 
obtidos ganhos em condicionamento. Seqüência de atividades recomendadas 
para minimizar o risco do teste de condicionamento cardiorrespiratório: 
 
 
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• Declaração de consentimento; 
• Histórico de saúde; 
• Avaliação médica; 
• Testes do condicionamento em repouso, composição corporal e 
psicológico; 
• Aplicação de testes submáximos; 
• Testes para função lombar; 
• Prescrição de atividade de condicionamento cardiorrespiratório; 
• Prescrição de atividades para força e endurance muscular; 
• Revisão das atividades prescritas 
• Retestes periódicos; 
 
3.1 Declaração de consentimento 
 
 O consenso nacional sobre ergometria da SBC (Sociedade Brasileira de 
Cardiologia, 1995) diz que os alunos que forem submetidos a testes de esforço 
devem ler e assinar um o documento de consentimento juntamente com duas 
testemunhas, onde o documento deve conter obrigatoriamente dois parágrafos: 
 
- Parágrafo 1: Declaro que fui informado sobre as finalidades do 
exame ergométrico a que irei me submeter, estando ciente de sua 
forma de execução, de eventuais sintomas, cansaço e/ou outras 
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21
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anormalidades que poderão advir, conseqüentes à aplicação do 
método. 
- Parágrafo 2: Concordo voluntariamente em me submeter a um TE 
(teste ergométrico), que tem como finalidades principais avaliar as 
respostas cardiovasculares e gerais, frente à aplicação de esforço 
físico progressivo. Este poderá ser realizado em esteira rolante ou 
bicicleta eletromagnética, com possibilidade do aparecimento de 
sintomas, como cansaço, falta de ar, dor no peito, etc., sendo 
mínimas as chances de ocorrerem complicações de difícil controle 
clínico. Tal exame foi indicado pelo meu médico assistente para 
complementação de avaliação. 
 
 Sua finalidade consiste no fato, que na eventualidade de acidentes de 
natureza grave ou fatal decorrentes do procedimento, sugere-se a comunicação e 
solicitação de parecer da comissão de ética do conselho regional de medicina, de 
grande valia em caso de contestações jurídicas. 
 
 É importante ressaltar que durante uma avaliação com indivíduos de 
alto e médio risco, “sempre será necessária a presença de um médico”, para 
atender a todos os padrões de segurança. O mesmo procedimento também deve 
ser levado em consideração quando o protocolo empregado for solicitação 
máxima. Veja no Anexo 1 pagina 112, o exemplo de um termo de consentimento. 
 
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22
Leonardo deArruda Delgado 
 
3.2 Histórico de saúde 
 
 O Teste de esforço deve ser precedido de um “screening” 
(selecionamento completo), para que, desta forma, seja possível um levantamento 
das condições de saúde, eventuais riscos de comprometimento cardíaco, além do 
nível de condicionamento esperado. 
 
 O primeiro procedimento do screening inclui uma anamnese, que 
deverá incluir dados da história pessoal e familiar ligados a coronariopatias e 
fatores de risco associados, uso de medicamento, hábitos alimentares, história de 
tabagismo e padrões atuais de atividade física. 
 
 Antes de realizar o teste ergométrico é importante que o avaliador 
esteja ciente do estado clinico geral do avaliado e para isso é importante que ele 
faça o levantamento de variáveis como; Freqüência cardíaca de repouso, PA de 
repouso, dosagem sanguínea de colesterol total, triglicerídeos, HDL e glicose. 
Estes indicadores bioquímicos auxiliam na detecção do risco coronariano do 
paciente. 
 
 Com o objetivo de um screening de massa para identificar os indivíduos 
que necessitam de um acompanhamento médico mais extenso, antes de serem 
admitidos num programa de exercícios, uma técnica de anamnese menos 
complexa, uma coleta mais dirigida pela história clínica, bem como um 
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23
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 
questionário físico mais objetivo, o PAR-Q, ou seja, um questionário mais imediato 
envolvendo as atividades físicas, vem sendo utilizado com sucesso e adotado pelo 
governo canadense.1 Anexo 2 pagina 114. 
 
3.3 Avaliação médica 
 
 A Avaliação Médica deve ser realizada por um médico, se possível com 
formação em Medicina do Esporte. Um exame clínico consta, basicamente, de 
duas partes. Na primeira é realizado o exame médico, e na segunda, serão ser 
solicitados alguns exames complementares. A ACSM recomenda a realização de 
uma rotina mínima de exames físicos e laboratoriais como parte integrante da 
avaliação médica. 
 
3.3.1 Exame médico 
 
 Nesta etapa, deverá ser realizado um exame sumário abrangendo 
aspectos cardiovasculares, pulmonares e ortopédicos, incluindo-se ai os seguintes 
tópicos: freqüência e regularidade de pulso; pressão arterial deitado, sentado e de 
pé; ausculta pulmonar com atenção especial para a uniformidade dos sons 
respiratórios em todas as áreas (ausência de estertores, roncos e sibilos); 
palpação do impulso cardíaco apical; ausculta cardíaca com atenção especial para 
 
1 POLLOCK 1993,234 
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24
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os sopros, galopes, cliques e atritos; palpação e ausculta das artérias carótidas, 
abdominais e femorais; palpação e inspeção dos membros inferiores para 
verificação de edema e de pulsos arteriais; ausência ou presença de xantomas ou 
xantelasmas; problemas ortopédicos. 
 
3.3.2 Exames complementares 
 
 Feito em consultório ou laboratório, dependendo do exame. Serve para 
confirmar ou controlar com mais precisão o perfil patológico do avaliado. Em geral, 
enquadram-se os exames: 
- Dentário: semestralmente ou anualmente uma visita ao dentista 
para tratamento ou para evitar futuros problemas nos dentes que 
poderão vir a afetar a saúde; 
- Otorrinolaringológico: para evitar focos nas amídalas, carne 
esponjosa obstruindo o nariz ou desvio no septo. 
- Radiológico: serve para assegurar ao médico a integridade do 
coração, pulmões e vísceras, além de controle pela comparação dos 
exames posteriores com o inicial. 
- Oftalmológico: tem por finalidade verificar a visão. 
- Sangue: constitui-se num exame importantíssimo, pois verifica a 
quantidade de hemácias ou glóbulos vermelhos, leucócitos ou 
glóbulos braços, taxa de colesterol, glicose e etc. 
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25
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- Urina: verificam os elementos anormais, microscopia da 
sedimentação, densidade e reação; 
- Fezes: verificação da existência ou não de parasitas intestinais, 
ainda que na sua forma ovular. 
 
3.4 Medidas de repouso 
 
 Os testes de repouso típico incluir a determinação do Eletrocardiograma 
padrão de 12 derivações, FC, PA, perfil bioquímico do sangue (com níveis séricos 
de colesterol total, LDL, HDL, triglicérides e glicose), bem como outras variáveis 
de condicionamento, tais como hábito de tabagismo, histórico familiar de ataques 
cardíacos, composição corporal e traços psicológicos. 
 
3.5 Aplicação de testes submáximos 
 
 Se as medidas em repouso refletem valores normais, então um teste 
submáximo é administrado. O teste submáximo geralmente fornece as respostas 
em FC e PA a diferentes intensidades de trabalho (geralmente 85% da FC máxima 
predita). Esse teste pode utilizar o step em um banco, um cicloergômetro ou uma 
esteira. 
 
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26
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3.5.1 Recomendações antes do teste 
 
 Para a realização do teste de esforço, é necessário orientar o avaliado 
no sentido da execução de certos procedimentos básicos que deverão ser 
seguidos, antes da realização do mesmo: 
 
- A informação contendo o horário e a data da realização do teste; 
- Chegar ao local de avaliação com pelo menos 20 minutos de 
antecedência; 
- Trazer, caso possua, um ECG em repouso, recente; 
- Estabelecer um intervalo mínimo de 2 horas entre a última refeição e 
a realização do teste; 
- Evitar abusos e excessos na noite anterior 
- Ter uma noite repousante entre 6 e 8 horas de sono; 
- Evitar o uso de sedativos; 
- Evitar fumar com pelo menos 4 horas de antecedência da realização 
do teste; 
- Evitar qualquer tipo de atividade física no dia do teste; 
- Providenciar vestimenta adequada para realização do teste 
(bermuda e tênis); 
- Comunicar qualquer tipo de alteração no estado de saúde ocorrida 
nas 24 horas que antecederam à realização do teste; 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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3.5.2 Pré-requisitos para realização do teste 
 
 O comitê Internacional de Estandardização dos Testes de Avaliação da 
Capacidade Aeróbica recomenda como pré-requisitos básicos para a execução de 
um teste ergométrico ou de campo, que a pessoa esteja: 
 
- Isento de qualquer doença infecciosa em evolução; 
- Livre, pelo menos três meses, de miocardites, infarto do miocárdio e 
crise de angina pectoris; 
- Isento de alterações eletrocardiografias atípicas; 
- Com temperatura oral menor que 37,5°C; 
- Complemente refeito do Stress de um exercício intenso previamente 
realizado; 
- Com noite anterior bem dormida; 
- Com intervalo de duas semanas sem utilização de medicamentos 
que interfiram na FC; 
- Com a P.A. Max inferior a 190mm/Hg e a mínima a 120 mm/Hg; 
3.5.3 Equipamentos de urgência 
 
 Devido ao risco inerente a este exame complementar, é necessário que 
a sala seja equipado com todo o material necessário para lidar com as 
emergências cardiorrespiratórias mais comuns. Entre eles podemos citar: 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
28
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- Abaixador de língua (cânula) tipo Guedel; 
- Material convencional para curativos (luvas, gaze, algodão 
esparadrapo, água oxigenada, álcool iodado ou povidine, bandeide) 
- Solução eletrolítica: Gatorede; Bicarbonato de Sódio; Cloreto de 
Sódio; 
- Soluções parareposição volêmica e energética: solução glicosada - 
5%; solução fisiológica - 0,9%; solução de glicose - 50%; Carb Up 
- Antitérmico – (Dipirona amp 1ml = 500mg)- Analgésicos (Dorflex, 
Neusaudina); 
 
3.5.4 Condições em que são indicações os testes de esforço 
 
 ARAÚJO (op.cit., 12) apresenta uma lista com as dez principais 
indicações do teste de esforço: 
 
- Confirmação do diagnóstico de doenças coronarianas; 
- Avaliação do comportamento de arritmias cardíacas no esforço e 
sua terapêutica: 
- Avaliação da hipertensão e de sua terapêutica; 
- Avaliação da terapêutica antianginosa; 
- Avaliação da eficiência da terapia cirúrgica; 
- Avaliação de dor precordial e dispnéia a esforços; 
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- Avaliação de resultados de programas de reabilitação cardíaca; 
- Detecção de pacientes em alto risco de coronariopatia e morte 
súbita; 
- Avaliação de paciente pós-enfartado; 
- Avaliação da tolerância do esforço. 
 
3.5.5 Condições onde são contra-indicações os testes de esforço 
 
 MARINS (1998, 155) diz que para a realização de uma avaliação 
funcional, existem alguns pontos que são considerados totalmente contra-
indicados para a aplicação de um teste ergométrico. 
 
- Grupo das insuficiências coronarianas: Infarto do miocárdio 
recente, angina do peito instável, lesão de tronco de coronária 
esquerda ou equivalente. 
- Grupo da valvulopatias: Estenose aórtica grave. 
- Grupo dos distúrbios funcionais: Hipertensão arterial não 
controlada, Insuficiência cardíaca descompensada, arritmias 
potencialmente graves, Bloqueio AV avançados. 
- Grupo de outros comprometimentos: miocardites e pericardites, 
angina instável ou de repouso, intoxicação medicamentosa, 
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30
Leonardo de Arruda Delgado 
 
limitação física ou emocional, qualquer enfermidade aguda, febril ou 
grave, embolia pulmonar, desequilíbrio metabólicos e eletrolíticos. 
 
3.5.6 Critérios para interrupção de um teste de esforço 
 
 Quando se determina o tipo de protocolo a ser utilizado, máximo ou 
submáximo, pode-se, perfeitamente estabelecer os critérios que indicarão a 
interrupção do mesmo. Quando o protocolo utilizado corresponder ao máximo, o 
principal parâmetro é a exaustão voluntária do avaliado. Porém, o avaliador 
deverá interromper o teste para evitar alguma complicação caso verifique o 
surgimento de algum fator limitante. 
 
 Já nos protocolos de avaliação submáximos, é possível estabelecer 
limites antes da realização do teste. Estes limites podem estar ligados a FC, a 
finalização de um certo tempo em uma determinada carga, ou ainda no 
aparecimento de alguma alteração no ECG. 
 
 A interrupção de um teste ergométrico deverá ocorrer a partir do 
aparecimento de diversos sintomas ou sinais. A seguir uma lista elaborada pelas 
recomendações de ELLESTAD (1984) & MASTROCOLA (1993) indicando a 
suspensão de um teste ergométrico, antes que seu final seja atingido: 
 
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31
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- O avaliado pede para interromper o teste; 
- Limitações físicas (exaustão); 
- FC Max preconizada atingida; 
- Náusea e vômito; 
- Claudicação induzida pelo exercício; 
- Tonteira; 
- Obnubilação; 
- Palidez intensa; 
- Ataxia; 
- Lipotimia; 
- Cianose; 
- Pa sistólica > 250 mmHg; 
- Pa diastólica > 120 mmHg nos indivíduos normotensos; 
- Pa diastólica > 140mmHg nos hipertensos; 
- Dispnéia severa desproporcional à intensidade do esforço; 
- Desconforto músculo-esquelético intenso; 
- Redução da FC e PA apesar do aumento de carga; 
- Dor precordial crescente e intensa; 
- Taquicardia ventricular; 
- Aumento da freqüência de extra-sítoles ventriculares; 
- Infradesnivelação de segmento ST > 3,0 mm; 
- Supradesnivelação de segmento ST > 1,0 mm; 
- Sinais de insuficiência ventricular – 3ª bulha; 
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- Instabilidade emocional ou insegurança; 
- Perda da qualidade técnica do exercício; 
- Falha do sistema de monitoração; 
- Fibrilação ou taquicardia atrial; 
- Aumento progressivo da duração QRS; 
- Aumento do grau de bloqueio A-V, de segundo e terceiro grau; 
- Manifestação clínica de desconforto torácico que incrementa com o 
aumento da carga ou que se associa com alterações 
eletrocardiografias ou sintomas. 
 
3.5.7 Variáveis a serem controlados durante o teste 
 
 Durante a realização de um teste de esforço, torna-se necessário, para 
uma perfeita segurança do avaliado, a constante mensuração e análise de 
variáveis como IPE (Índice de percepção de esforço), FC e PA. 
 
3.5.7.1 Índice de percepção de esforço (IPE) 
 
 O índice de percepção de esforço, em sua versão original, é composto 
por uma escala de quinze categorias graduadas de seis a vinte, onde cada 
número ímpar associa-se a uma descrição verbal. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
33
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 O IPE representa uma escala de valores com os quais o avaliado 
informa a sensação de intensidade de trabalho que lhes está sendo imposta 
durante a realização de um teste de esforço. Desta forma, o avaliador tem 
condições de obter informações sobre a interferência do exercício no que o 
avaliado está sentindo e que, conseqüentemente, pode servir como elemento para 
interrupção do teste. Originalmente, esta escala foi proposta por BORG (1962). 
Após vários anos de estudo, o mesmo autor publicou uma versão adaptada da 
escala, desta vez com dez graduações. 
 
Tabela 2 Escala de Borg Revisada 
Nível Condição 
0 Absolutamente nada 
0,5 Demasiadamente fraco 
1 Muito Fraco 
2 Fraco 
3 Moderado 
4 Algo forte 
5 Forte 
7 Muito forte 
10 Muito, muito forte 
 
 
 Vários estudos têm demonstrado a relação entre a escala de Borg e 
algumas variáveis que indicam a fadiga relativa, como a FC, o VO2Max, a 
ventilação e os níveis séricos de ácido lático. Este fato tem levado os treinadores e 
avaliadores a utilizarem a escala de Borg como um importante indicador de 
intensidade de esforço. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
34
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Dentre as características principais do IPE, durante a realização de uma 
avaliação funcional, destacam-se: 
 
1) Trata-se de uma escala de 15 pontos, numerada de 6 a 20, que 
representa, respectivamente, os níveis mínimo e máximo de 
cansaço; 
2) O IPE e a FC, estão linearmente relacionados entre si e com a 
intensidade de trabalho; 
3) Existe uma boa relação entre IPE e vários fatores fisiológicos como 
VE (volume minuto), lactato e VO2; 
4) A escala do IPE tem demonstrado ser um indicador confiável do 
nível de esforço físico; 
5) O IPE fornece ao avaliador um dado objetivo através do qual pode 
comparar o grau relativo de fadiga de um teste para outro; 
6) Serve como parâmetro para interromper um teste; 
7) Obtém-se o valor da escala, interrogando o avaliado a cada minuto; 
8) O IPE apresenta uma grande relação com os fatores indicativos de 
fadiga muscular; 
9) A escala não é perfeita, e deve ser interpretada no conjunto com o 
bom senso, além de outros parâmetros clínicos, fisiológicos e 
psicológicos envolvidos na avaliação. 
 
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35Leonardo de Arruda Delgado 
 
3.5.7.2 Freqüência cardíaca 
 
 A Freqüência Cardíaca refere-se ao número de vezes que o coração 
bate a cada minuto. Contrações simultâneas dos lados direito e esquerdo do 
coração (os ventrículos) são contadas como um batimento. Como a Freqüência 
Cardíaca responde ao esforço com um aumento que, no caso do esforço de 
caráter dinâmico, é proporcional à intensidade de trabalho e ao consumo de 
oxigênio, a mensuração da FC pode ser usada para determinar a intensidade do 
exercício. 
 
 De acordo com KLAFS (1981, p.51) a freqüência cardíaca durante ou 
após um exercício pode ser usada como medição da aptidão física e também para 
avaliar a aptidão respiratória em termos de cálculo aproximado da capacidade do 
corpo utilizar o oxigênio que está sendo transportado pelo sangue (VO2Máx). 
 
 Apesar da Freqüência Cardíaca sozinha somente medir o stress no 
coração o que é uma pequena parte da imagem global do estado de uma pessoa. 
Enquanto um sistema cárdio-circulatório bem condicionado é altamente desejável 
para todo mundo, treinamento para melhorar o sistema cardíaco não irá 
necessariamente criar adaptações em determinados músculos necessários para 
uma ótima performance. Entretanto, o inverso é verdadeiro. Através de uma 
otimização o treinamento dos músculos o atleta irá quase certamente ver as 
grandes melhoras no sistema cardiocirculatório. 
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36
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 
 Para um melhor controle da freqüência cardíaca e possibilidade de 
utilização desta variável como forma de avaliação e prescrição de atividade física 
é necessário ter o conhecimento dos fatores que provocam modificações em suas 
medidas. Dentre os principais temos: 
 
- Posição do corpo: menor deitado que sentado que em pé. 
- Hora do dia: pela manha é menor que a tarde, antes de se levantar, 
são considerados normais valores de 35 a 50 bpm para indivíduos 
com prática regular de atividade física e 55 a 65 para indivíduos 
sedentários. 
- Exercício físico: a FC aumenta com a intensidade do exercício e 
com o aumento do consumo de oxigênio. 
- Meio onde se encontra: FAULKNER (1967) & McARDLE (1971) 
demonstram uma diminuição da FC na água. 
- Temperatura corporal: a febre aumenta o trabalho cardíaco. 
- Estado de tensão emocional: aumenta significativamente a FC. 
- Idade: a FC e mais alta em crianças e vai diminuindo com a idade. 
- Fármacos: (beta-adrenérgicos: acetazolamida, betabloqueadores, 
fusosemida, hidroclorotiazida, reserpina etc.), tendem a baixar 
significativamente a FC em repouso, submáxima e máxima. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
37
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3.5.7.3 Pressão arterial (PA) 
 
 De acordo com MARINS (1998, p.162) a mensuração da PA representa 
um dos principais parâmetros clínicos a ser controlado em um teste de esforço. 
Dependendo do comportamento apresentado durante a execução de um teste 
ergométrico pode ser identificado algum comprometimento cardíaco. 
 
 A pressão arterial é a pressão que o sangue bombeado pelo coração 
exercer dentro do sistema arterial durante um ciclo cardíaco. WEINECK (1991, 
p.94) define a PA como a força motriz da circulação do sangue, provocada pelo 
bombeamento do coração que oscila entre pressão sanguínea sistólica (16 kPA = 
120 mmHg) e diastólica (10 kPa = 80 mmHg). 
 
 A pressão arterial, como produto da ejeção do coração e da resistência 
periférica, é modificada através de influencias sobre um ou ambos parâmetros. 
Para uma pressão com regulação ótima, portanto, é sempre decisiva uma ação 
conjunta ordenada do volume tempo cardíaco e da resistência periférica. 
 
 O comportamento normal da pressão arterial em um esforço do tipo 
dinâmico é representado por um aumento progressivo da pressão sistólica 
correspondente à intensidade do esforço e por uma redução ou manutenção da 
pressão diastólica, resultando em maior pressão média e, por conseguinte maior 
perfusão tecidual. 
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3.5.8 Parâmetros de controle 
 
 O risco de um acidente cardíaco não ocorre somente durante a 
execução do teste, mas também após a interrupção do mesmo. POLLOCK & 
WILMORE (1993), relatam que 44 das 61 principais complicações cardíacas 
ocorrem durante o período de aquecimento ou de volta à calma, desta forma é 
necessário uma contínua monitoração do avaliado após a execução do teste até 
que ele retorne às suas condições orgânicas próximas as registradas no repouso. 
As variáveis a monitorar incluem a FC, a PA e a ECG, além do estado clínico 
geral. 
 
3.6 Prescrição de atividades 
 
 As informações sobre o estado de saúde, o consentimento informado 
do potencial participante e as metas e interesses do indivíduo são fatores que 
fazem parte da tomada de decisões sobre as atividades físicas apropriadas. As 
orientações a seguir, com base no estado de saúde, devem ser dosados, 
considerando-se sua interação com os participantes quanto às suas metas e 
interesses em longo prazo. 
 
 Com base nessas informações o avaliador físico deve recomendar a 
participação: 
 
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• Procurar um médico ou uma equipe médica apropriada; 
• Iniciar um programa supervisionado de atividade física; 
• Iniciar um programa de normal de condicionamento físico. 
 
3.6.1 Encaminhamento médico 
 
 Todas as pessoas que indicam doença, características ou sintomas 
codificados com OM (orientação médica) no QES, problemas posturais graves, ou 
outros estados patológicos que possam impossibilitar sua prática de atividade 
física, são encaminhados a uma equipe médica apropriada. 
 
 Os valores relacionados ao risco cardíaco, selecionados para o 
encaminhamento médico são: 
 
- FC em repouso > 100 bpm; 
- PAS em repouso > 160 mmHg; 
- PAD em repouso > 100 mmHg; 
- %GC > 40% em mulheres; >30% em homens; 
- Colesterol total >240 mg/dl; 
- Colesterol total dividido pelo HDL > 5; 
- Triglicérides > 200mg/dl; 
- Glicemia de jejum > 120 mg/dl; 
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- Capacidade vital < 75% predita; 
- VEF < 75% 
 
 Todas as variáveis (com exceção da freqüência cardíaca) têm sido 
listadas como fatores de risco coronariano. Os valores para o encaminhamento 
médico são considerados níveis de risco relativo elevado. Uma freqüência 
cardíaca (FC) alta em repouso indica estresses graves, que pode ter uma base 
física ou emocional. As quantidades extremas de gordura colocam o indivíduo em 
alto risco para uma variedade de problemas de saúde. Um nível alto de glicose 
sérica está relacionado à diabete. 
 
3.6.2 Programa supervisionado 
 
 Se os indivíduos têm níveis médios ou moderados podem participar de 
exercícios de intensidade moderada ou de programas de condicionamento 
cuidadosamente supervisionados. Serão encaminhadas para programas 
supervisionados de treinamentos as pessoas que: 
 
- Hipertensão 140 a 155/90 a 95 mmHg; 
- Colesterol 240 a 255 mg/dl 
- %GC 32 a 38% em mulheres; 25 a28% em homens; 
- Colesterol Total dividido pelo HDL 4,5 a 4,8; 
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- RCQ > 0,8 em mulheres; >0,9 em homens; 
- Fumo > 20 cigarros/dia 
 
3.6.3 Programas normais de condicionamentoAs pessoas sem nenhum dos problemas codificados sob orientação 
médica, procedimentos especiais de emergência ou no QES, podem participar de 
um programa não-supervisonado por médicos e serem admitidas em qualquer das 
atividades de condicionamento oferecidos por um centro de condicionamento. Se 
elas não forem ativas nos últimos meses, recomenda-se que comecem com as 
atividades de intensidade moderada; mas elas serão capazes de progredir 
rapidamente para outras atividades de interesse e de maior intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NA FC 
 
 Como efeito de treinamento, pesquisas demonstraram que a FC em 
repouso declina com o treinamento, porque o coração torna-se mais forte e pode 
bombear mais sangue para fora a cada batida. Conseqüentemente, há 
necessidade de menor número de batidas para o fornecimento da quantidade 
necessária para o corpo humano em repouso. Logo, para a maioria das pessoas, 
a freqüência cardíaca em repouso é de aproximadamente 60 a 80 batimentos por 
minuto (b.p.m). A Freqüência Cardíaca em repouso de atletas tende a ser mais 
baixa que a de não-atletas, freqüentemente entre 30 e 50 bpm. 
 
 Leite (1984, p.122) demonstra isso ao apresentar uma tabela com as 
freqüências cardíacas médias de repouso em diferentes atletas olímpicos. 
Tabela 3 Freqüência cardíaca de repouso em diferentes atletas olímpicos(média) 
Indivíduos sedentários 
Esgrimistas 
Halterofilistas 
Volibolistas 
Velocistas 
Futebolistas 
Remadores 
Nadadores (Fundo) 
Maratonistas 
72 bpm 
63bpm 
65bpm 
60bpm 
58bpm 
55bpm 
50bpm 
40bpm 
35bpm 
 
 
 De acordo com FRANCIS (1988, p.14) o ritmo de pulsação ou batidas 
cardíacas em repouso é o método mais simples de avaliar o grau de sua forma 
física. É importante, no entanto, levar em conta os fatores que podem alterar a FC 
e que a variação individual da Freqüência Cardíaca de Repouso induzida pelo 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
43
Leonardo de Arruda Delgado 
 
treinamento físico é muito grande e desconhecem-se os seus mecanismos, mas, 
de uma forma geral, uma pulsação baixa, em repouso, com exceção de casos 
patológicos, indica que o seu coração é forte e um elevado número de batidas por 
minuto poderá indicar um coração fraco. 
 
 Pode-se classificar a aptidão cardiorrespiratória, através da FC Basal, 
medida de manhã antes de levantar da cama: 
Tabela 4 Classificação da aptidão física de acordo com a FC Basal 
Classificação Homens Mulheres 
Excelente 
Boa 
Regular 
Fraca 
< 60 
61-68 
69-75 
> 76 
< 64 
65-72 
73-79 
> 80 
 
 Além da FC de Repouso mais baixa outra alteração induzida pelo 
treinamento que também foi utilizada para avaliar o estado de condicionamento 
cardiorrespiratório foi à eficiência do coração, pois apesar da FC de um atleta de 
resistência pode elevar-se em 5 vezes o valor de sua freqüência normal podendo 
chegar a 200 bpm; enquanto a freqüência de uma pessoa não treinada eleva-se 
em até 3 vezes o seu valor normal (STRAUZENBERG/SCHMIDTMANN 1976, 
apud WEINECK 1999, p.152) a sua resposta da Freqüência Cardíaca para a 
mesma intensidade é consideravelmente menor se compararmos com um 
indivíduo não treinado, além disso apresentam altas Freqüências Cardíacas de 
Recuperação. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
44
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 A relação linear entre FC e intensidade de esforço foi extremamente 
utilizada como forma de predizer o VO2MAX, a partir da Freqüência Cardíaca 
obtida em uma carga submáxima, disseminaram-se várias formas de testes, 
baseados em regressões lineares, para a predição do consumo máximo de 
oxigênio (VO2MÁX) a partir da FC em cargas submáximas, com destaque para os 
testes de uma carga proposto por ASTRAND & RYHMING (1954) e o teste de 
duas cargas, idealizados por MARGARIA et al. (1965). 
 
 A magnitude do aumento da FC com o aumento da carga depende 
principalmente da condição física aeróbica do indivíduo em questão, sendo o 
aumento proporcionalmente menor para o indivíduo mais treinado. Baseado nessa 
afirmação o Quens College apud McARDLE (1992, 145) elaboraram uma 
equação linear que relacionava a Freqüência Cardíaca e Consumo Máximo de 
Oxigênio, espera-se que uma pessoa com baixa freqüência cardíaca durante um 
exercício padronizado, deveria ter um bom nível de VO2Max. 
 
 LEITE (op. cit, p.116) diz que será considerada anormal toda a 
freqüência cardíaca que não aumentar linearmente quando cresce a intensidade 
do esforço. Mas há um ponto a partir do qual um aumento da intensidade de carga 
não corresponde a um aumento proporcional da freqüência cardíaca WEINECK 
(op.cit). De acordo com LIMA (1997, p.5) há evidências suficientes para acreditar 
que a FC em função da carga crescente de trabalho (CCT) tenha comportamento 
curvilíneo nos extremos inferior e superior da curva, surgindo um comportamento 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
45
Leonardo de Arruda Delgado 
 
sigmóide, sugerindo ainda que a FC, na porção inferior da curva, tenha um 
comportamento curvilíneo, semelhante ao observado na porção superior. 
 
Figura 4 Ajuste linear da porção central da curva da freqüência cardíaca em função de cargas 
crescentes de trabalho. Fonte: LIMA, 1997,p. 5. 
 
 A autêntica curva sigmóide tem os crescimentos iniciais lento, que se 
acelera até um ponto de máximo crescimento e, a partir desse ponto, seu 
crescimento é progressivamente menor. Devido à sua característica, a curva 
sigmóide pode ser desdobrada em porções que têm forma semelhante a uma 
parábola, a primeira côncava e a segunda convexa, unida por um ponto central, 
ponto de crescimento máximo, ou ponto de inflexão. 
 
 SKINNER & McLELLAN (1980) apud LIMA (op.cit, p.6) construíram um 
modelo que explica a transição do metabolismo aeróbico, em três fases. Os 
autores entendem como eventos inter-relacionados à disponibilidade e utilização 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
46
Leonardo de Arruda Delgado 
 
de substratos energéticos, o padrão de recrutamento de fibras musculares, os 
mecanismos de tamponamento de lactato, a ventilação e etc. Seguindo a mesma 
linha, WASSERMAN et al (1994, 27) afirmam que os limiares de lactato e os 
limiares ventilatórios não têm apenas uma relação de causa e efeito, mas que: 
 
“...limiar anaeróbico, limiar de lactato e limiar de acidose lática são todos 
partes de mesmo fenômeno. De um ponto de vista prático, fazer distinção 
entre eles, distingue apenas o método de mensuração e não o 
mecanismo subjacente, metabolismo anaeróbico, comum aos três 
termos.” 
 
 
 WASSERMAN (1967, 1973 e 1982) coloca ainda que: o termo limiar 
anaeróbico tem sido empregado para a intensidade de exercício acima do qual o 
lactato plasmático sobe, e a ventilação pulmonar aumenta desproporcionalmente 
segundo ele, limiar anaeróbico é o momento, logo abaixo daquele em que o ácido 
lático começa a acumular-se no sangue, causando a acidose metabólica e suas 
conseqüentes alterações nas trocas respiratórias. 
 
 Para MAGLISCHO (1999, 65), no uso popular, limiar anaeróbico, 
significa realmente a velocidade na qual o metabolismo aeróbico e os mecanismos 
de remoção de lactato estão operando numa taxa próxima do máximo; significa, 
também, que não estão ocorrendo um acúmulo de ácido lático nos músculos com 
rapidez suficiente para gerar acidose.AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
47
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 PENDERGAST/CERRETELLI/RENNIE (1979) observaram que, acima 
do limiar anaeróbico, há um menor aumento do consumo de oxigênio, o que 
corresponde à parte linear da curva. CONCONI et al (1982), interessado pelo 
estudo da porção superior da curva FC x CCT, observou que esta relação é típica, 
sugerindo que a partir do início da parte curvilínea, está associada ao limiar 
anaeróbico e este ponto de transição corresponde à máxima intensidade de 
trabalho em que o fornecimento de energia é puramente aeróbico. Deste modo, 
pode-se determinar o limiar anaeróbico sem recorrer a exames de lactato no 
sangue, utilizando-se para isso a FC. 
 
4.1.1 Protocolo de RUFFIER 
 
 RUFFIER (apud ROCHA, 1978, p.87), elaborou um protocolo de 
avaliação da capacidade aeróbica, que consiste em realizar um exercício físico 
com bastante vigor para elevar o seu pulso entre 70 a 90% de sua FCMáx. Neste 
ponto realizar a aferição do pulso, espera exatamente 60 segundos e em seguida, 
aferir novamente a pulsação. O resultado seria determinado pela subtração entre 
o pulso de exercício pelo de recuperação após um minuto. Sendo classificado de 
acordo com a tabela abaixo: 
Tabela 5 Classificação da freqüência cardíaca de recuperação 
Classificação FCR = FC logo após exercício- FC1’ após o exercício
Excelente 
Boa 
Regular 
Fraca 
60 > 
40-50 
20-30 
>10 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
48
Leonardo de Arruda Delgado 
 
4.1.2 Protocolo de FRED & KASH 
 
 Segundo FRED & KASH (1968), através da curva de recuperação da 
freqüência cardíaca, pode ser obtido um índice que traduz a aptidão 
cardiorrespiratória. 
 
 Este protocolo com possui as seguintes características: 
 
• Tipo: submáximo. 
• Finalidade: mensurar a capacidade aeróbica do indivíduo. 
• População-alvo: pode ser aplicado a indivíduos com diferentes 
níveis de condicionamento, jovens e adultos. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: um banco de 30 cm de altura e um 
metrônomo regulado em 98 toques. 
• Protocolo: o teste consiste em subir 24 vezes por minuto 
(metrônomo em 98 toques), em um banco de 30 cm de altura. Um 
ciclo completo de subida e descida equivale a quatro toques. 
• Resultado: após o termino do terceiro minuto o indivíduo deverá 
sentar-se e após 5 segundos, o avaliador deverá acompanhar a 
recuperação da freqüência cardíaca durante sessenta segundos. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
49
Leonardo de Arruda Delgado 
 
Este valor é anotado e comparado com, a classificação da aptidão 
cardiorespiratória é mostrada na tabela a seguir: 
Tabela 6 Classificação da Aptidão Cardiorespiratória 
Conceito Homens (20 a 46 anos) Mulheres (20 a 46 anos) 
Excelente 81-90 79-84 
Bom 99-102 90-97 
Acima da Média 103-112 106-109 
Média 120-122 118-120 
Abaixo da Média 123-125 121-124 
Fraco 127-130 129-134 
Muito Fraco 136-138 137-145 
Fonte: Monteiro, Wallace. Personal Training, 2001, p.90. 
 
4.1.3 Protocolo de TECHUMSEH 
 
• Tipo: submáxima. 
• Finalidade: mensurar a capacidade aeróbica do indivíduo. 
• População-alvo: pode ser aplicado a indivíduos com diferentes 
níveis de condicionamento, jovens e adultos. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: um banco de 20 cm de altura e um 
metrônomo regulado em 96 toques. 
• Protocolo: o protocolo consiste em subir e descer um banco de 20 
cm durante um período de tempo de 3 minutos, onde o metrônomo 
deve ser ajustado em 96 toques por minuto (24 subidas). 
• Resultado: após a conclusão do teste o avaliado permanece imóvel 
trinta segundos e somente após este tempo verifica-se sua 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
50
Leonardo de Arruda Delgado 
 
freqüência cardíaca durante mais trinta segundos. O número de 
batimentos no período de trinta segundos até um minuto após teste 
será o valor aplicado na tabela de classificação abaixo; 
 
Tabela 7 Classificação do teste de banco baseado na freqüência cardíaca de recuperação em 30 
segundos para homens e mulheres 
Classificação 20-29 30-39 40-49 50 > 
Homens 
Excelente 
Muito bom 
Bom 
Regular 
Baixo 
Insuficiente 
34-36* 
37-40 
41-42 
43-47 
48-51 
52-59 
35-38 
39-41 
42-43 
44-47 
48-51 
52-59 
37-39 
40-42 
43-44 
45-49 
50-53 
54-60 
37-40 
41-43 
44-45 
46-49 
50-53 
54-62 
Mulheres 
Excelente 
Muito bom 
Bom 
Regular 
Baixo 
Insuficiente 
39-42* 
43-44 
45-46 
47-52 
53-56 
57-66 
39-42 
43-45 
46-47 
48-53 
54-56 
57-66 
41-43 
44-45 
46-47 
48-54 
55-57 
58-67 
41-44 
45-47 
48-49 
50-55 
56-58 
59-66 
* A freqüência cardíaca em 30 segundos é contada a partir de 30 segundos após o término do 
exercício. 
 
4.1.4 Protocolo de CONCONI 
 
 Com o objetivo de produzir um teste para a identificação do limiar 
anaeróbico, CONCONI et al. (1982) desenvolveram um teste que utilizava a 
contagem das freqüências cardíacas e não as concentrações de ácido lático no 
sangue para a previsão das velocidades no limiar anaeróbico, que apresenta as 
vantagens de ser não-invasivo, e poder ser realizado enquanto o atleta executa 
sua atividade usual. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
51
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 O “Teste de Conconi” se propõe a identificar, na curva FC x 
velocidade crescentes de corridas, o ponto a partir do qual existe tendência a um 
platô da FC, denominado pelos autores do teste de “Ponto de Deflexão”. Segundo 
os autores, o teste se baseia no princípio de que a FC, em cargas crescentes de 
trabalho, aumenta linearmente até uma determinada carga, ponto de deflexão, a 
partir do qual o aumento da FC é desproporcionalmente menor que o aumento da 
carga de trabalho, fazendo com que, a partir desse ponto, a relação FC x CCT se 
torne curvilínea. Os autores defendem que a velocidade ou intensidade em que 
ocorre uma deflexão (perda de linearidade) na reta representativa da relação 
velocidade e freqüência cardíaca, é denominada de velocidade de deflexão (Vd). 
 
Figura 5 Velocidade de deflexão 
 
 O teste tem sido largamente elogiado por alguns e desacreditado por 
outros. Embora este teste pertença aos procedimentos de avaliação da resistência 
com o auxílio da FC, ele merece atenção especial, uma vez que é central no 
diagnóstico do desempenho. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
52
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 O teste foi adaptado para várias atividades cíclicas, realizadas de forma 
contínua, em protocolos de distâncias fixas e velocidades crescentes. A grande 
vantagem do teste de CONCONI reside no fato de que ele não é executado sob 
intensidade máxima de carga e conseqüentemente não há o esgotamento das 
possibilidades do atleta, não exigindo grande força de vontade deste. 
 
 Características do teste: 
 
• Tipo: Submáximo. 
• Finalidade: identificação da velocidade de corrida no limiar 
anaeróbico no momento da perda da linearidade da relação 
(freqüência cardíaca e velocidade de corrida). 
• População alvo: atletas e não-atletas, desde que não usem 
fármacos que possam influenciar na FC durante o exercício. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: pista de atletismo, cronômetro, medidor de 
freqüência cardíaca, apito e folha para anotação dos resultados. 
• Protocolo: após um aquecimento de 15 a 20 minutos, cada 
participanteé munido de um medidor de freqüência cardíaca. O 
teste tem início com uma velocidade muito baixa; inicialmente 200m 
devem ser percorridos em 72 segundos (1 min. e 12 segundos), 
depois disso esta distância devem ser percorridas em tempos cada 
vez menores, até atingir valores baixo de 40 segundos. O 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
53
Leonardo de Arruda Delgado 
 
participante permanece no teste o quanto suportar. O teste para a 
natação consiste de um nado longo e contínuo que tem início em 
baixa velocidade e que aumenta em dois ou três segundos depois 
de cada 50 metros transcorridos até que a intensidade esteja bem 
além do limiar anaeróbico do atleta (CELLINI et al., 1986). 
• Validade e fidedignidade: CELLINI et al., 1986 usaram o Teste 
com 60 nadadores, dirigindo seus trabalhos na direção da 
determinação da fidedignidade do Teste para nadadores e 
encontraram na comparação teste-reteste uma alta correlação 
(r=0,99). 
• Dados coletados durante o teste: o tempo de corrida em cada 
fração de 200m do teste e a FC correspondente a cada fração de 
200m. 
• Resultado: se o ponto de transição de um atleta é de 170 bat./min, 
então ele deverá ser submetido a um treinamento que mantenha 
sua freqüência neste valor, o que resultará num aumento do limiar 
aeróbico. 
 
4.1.4.1 Limitações do teste de CONCONI 
 
 Vários pesquisadores dizem que raramente se vê uma inclinação 
diferente na freqüência cardíaca. Segundo JAKOB e cols. (1988) a principal causa 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
54
Leonardo de Arruda Delgado 
 
de erro para avaliação deste teste é a falta de linearidade ou uma falsa linearidade 
da FC. Se o ponto de transição não for facilmente determinado, pode-se adotar 
uma FC alta demais para o treinamento, o que em longo prazo, resulta numa 
sobrecarga do atleta. 
 
 A Freqüência Cardíaca fornece muito pouco controle sobre os 
componentes anaeróbicos do exercício. Como o lactato aumenta muito 
rapidamente no sangue depois do limiar lático, freqüência cardíaca continua 
aumentando em uma média constante até chegar perto do VO2 máximo e neste 
ponto começa a estabilizar-se. Pequenas mudanças na freqüência cardíaca 
podem refletir em largas alterações nos níveis de do lactato ou no metabolismo 
anaeróbico. Muito freqüentemente níveis de lactato iram dobrar com 5-10 bpm. É 
possível ir de 3 mmol/l de lactato em uma extremidade do limiar lático, à 6.0 
mmol/l no outro lado, tudo isso dentro de uma variação de 5-10 batimentos. Estes 
dois níveis de lactato refletem um stress muito diferente no corpo enquanto 
mudanças na freqüência cardíaca parecem quase insignificantes. 
 
 Alguns estudos demonstram que a freqüência cardíaca não pode dizer 
a um atleta quando ele ou ela está recuperado de um esforço máximo ou de um 
treinamento de alta intensidade e este pronto para a próxima série. Freqüência 
cardíaca pode retornar ao normal e os níveis de lactato podem continuar altos. Se 
um atleta usa uma recuperação ativa isto poderia manter a freqüência cardíaca 
alta, mas aumentar a velocidade da remoção de lactato. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
55
Leonardo de Arruda Delgado 
 
5 PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NO CONSUMO 
MÁXIMO DE OXIGÊNIO 
 
 Durante um esforço físico, o VO2 tende a aumentar com a carga de 
trabalho, até atingir um ponto onde se verifica um platô, e não mostra qualquer 
aumento adicional (ou aumenta apenas ligeiramente) com uma carga de trabalho 
adicional é denominado consumo máximo de oxigênio, captação máxima de 
oxigênio, potência aeróbica máxima ou simplesmente VO2Max. 
 
 Em geral, admite-se que isso representa a capacidade individual de 
ressíntese aeróbica de ATP. Um trabalho adicional somente será realizado através 
das reações de transferência de energia da glicólise com subseqüente formação 
de ácido lático. 
 
 O VO2Máx, reflete a maior quantidade de oxigênio que um indivíduo é 
capaz de utilizar em um esforço físico, respirando ao nível do mar. É expresso em 
mililitros ou litros por minuto, ou ainda, mais acertadamente, é ajustada ao peso do 
indivíduo. Constitui-se numa medida de potência e que, segundo MARGARIA 
(1975), apud BATISTA (op.cit, 25), trata-se de um consumo que leva um indivíduo 
à exaustão entre 6 e 10 minutos. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
56
Leonardo de Arruda Delgado 
 
6 TESTES DE CAMPO 
 
 Os testes de campo são relativamente fáceis de serem aplicados e 
representam mais uma opção para avaliar a condição funcional aeróbica de 
indivíduos saudáveis. Foram elaborados para avaliar o VO2Máx em grandes 
grupos populacionais envolvendo indivíduos jovens e sadios, pertencentes ao 
sexo masculino e feminino. 
 
 Existem vários testes de corridas de várias durações ou distâncias, que 
podem ser utilizados para avaliar a aptidão aeróbica. Estes testes se baseiam na 
noção razoável de que à distância que alguém consegue percorrer num 
determinado período de tempo (superior a cinco ou seis minutos) é determinada 
pela capacidade de manter um alto nível de ritmo estável (steady-rate) de 
captação de oxigênio. Este, por sua vez, se baseia essencialmente na capacidade 
máxima individual de gerar energia aerobicamente. 
 
 Alguns protocolos apresentam altas correlações com resultados obtidos 
em laboratórios. Estes testes podem ser máximos ou submáximos, o organograma 
abaixo apresenta os principais testes de campo encontrados em nosso 
levantamento bibliográficos. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
57
Leonardo de Arruda Delgado 
 
Testes de Campo
Teste de 15 min.
Teste de 12 Min. (COOPER)
Teste de 2.400m
Teste de 8 min. p/ crianças
Teste de 1.000m
Teste de Conconi
Testes de Corridas Teste de Caminha do ROCKPORT INSTITUTE
 
Figura 6 Testes de campo 
 
6.1 Teste de BALKE de 15 minutos 
 
 O teste dos 15 minutos ou teste de Balke elaborado para avaliar a 
aptidão aeróbica no pessoal militar. 
 
• Tipo: máximo. 
• Finalidade: mensurar a capacidade aeróbia do indivíduo. 
• População alvo: de acordo com FERNANDES (1998, 22) deve ser 
aplicado em pessoas já condicionadas ou atletas na faixa etária 
entre 15 e 50 anos, ambos os sexos. No entanto encontramos em 
WEINECK (1999, 181) citações de estudos como o de PANLKE & 
PETERS (1979) de avaliação da capacidade de desempenho 
aeróbico em meninos e meninas de 7 a 13 utilizando este protocolo. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
58
Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: pista de atletismo, cronômetro e material de 
anotação. 
• Protocolo: o testado percorre em uma pista de atletismo, a maior 
distância possível, durante 15 minutos, procurando manter um ritmo 
constante, evitando dar piques, quer durante quer no término do 
teste, podendo, entretanto, o testado variar entre correr e andar 
rápido. Terminado o tempo de 15 minutos, mede-se à distância 
percorrida e determina-se a velocidade média, dividindo-se à 
distância percorrida pelo tempo do teste. 
• Validade: não reportada. 
• Fidedignidade: não reportada. 
• Precauções: exame médio prévio, liberando para um esforço 
máximo, realizar um aquecimento prévio de aproximadamente cinco 
a dez minutos e medir corretamente a distância percorrida. 
• Resultado: a avaliação do desempenho em resistência pode ser 
determinado pela distância percorrida emmetros durante os 15 
minutos ou calculada em função do VO2Máx . 
 
 
 Segundo PANLKE & PETERS (1979) apud WEINECK (op.cit) podemos 
avaliar a capacidade de desempenho aeróbico em meninos e meninas de 7 a 13 
anos utilizando a tabela abaixo: 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
59
Leonardo de Arruda Delgado 
 
Tabela 8 Avaliação do desempenho em resistência de acordo com a distância percorrida em 15 
minutos de corrida em função da idade de meninos 
Desempenho em resistência dist. (m) percorrida em 15 min. 
Faixa Etária 
(anos) Bom Suficiente Insuficiente 
7 > 2600m 2600-2200m < 2200m 
8 > 2800m 2800-2300m < 2300m 
9 > 3000m 3000-2400m < 2400m 
10 > 3200m 3200-2600m < 2600m 
11 > 3300m 3300-2700m < 2700m 
12 > 3500m 3400-2800m < 2800m 
13 > 3500m 3500-2900m < 2900m 
Tabela 9 Avaliação do desempenho em resistência de acordo com a distância percorrida em 15 
minutos de corrida em função da idade de meninas 
Desempenho em resistência dist. (m) percorrida em 15 min. 
Faixa Etária 
(anos) Bom Suficiente Insuficiente 
7 > 2300m 2300-2000m < 2000m 
8 > 2400m 2400-2100m < 2100m 
9 > 2600m 2600-2300m < 2300m 
10 > 2800m 2800-2400m < 2400m 
11 > 3000m 3000-2500m < 2500m 
12 > 3100m 3100-2600m < 2600m 
13 > 3200m 3200-2700m < 2700m 
 
 
 De acordo com CARNAVAL (1997) & FERNANDES (1998), pode-se 
calcular o VO2Max em função da distância ou da velocidade durante o Teste de 15 
Minutos. De acordo com as seguintes Fórmulas: 
 
 VO2MÁX em função da velocidade média é igual a: 
 
VO2MAX = 33,3 + (Vm-133)x 0,17 
 
 VO2MÁX em função da distância percorrida é: 
 
VO2MÁX = 33,3 + 0,17(D-1995)/15 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
60
Leonardo de Arruda Delgado 
 
Onde: Vm = Velocidade média e D = Distância percorrida. 
 
 Para facilitar os resultados das avaliações elaboramos uma tabela que 
relaciona a distância com velocidade com VO2MÁX para o Teste de 15 minutos: 
 
Tabela 10 Tabela de relação entre distância percorrida, velocidade média e VO2MÁX para o teste de 
15 min. 
D istânc ia (m ) V e loc idade M édia (m /m in) V o2M áx (m l/kg .m in)
1500 100 27,69
1550 103,3 28,26
1600 106,7 28,82
1650 110,0 29,39
1700 113,3 29,96
1750 116,7 30,52
1800 120,0 31,09
1850 123,3 31,66
1900 126,7 32,22
1950 130,0 32,79
2000 133,3 33,36
2050 136,7 33,92
2100 140,0 34,49
2150 143,3 35,06
2200 146,7 35,62
2250 150,0 36,19
2300 153,3 36,76
2350 156,7 37,32
2400 160,0 37,89
2450 163,3 38,46
2500 166,7 39,02
2550 170,0 39,59
2600 173,3 40,16
2650 176,7 40,72
2700 180,0 41,29
2750 183,3 41,86
2800 186,7 42,42
2850 190,0 42,99
2900 193,3 43,56
2950 196,7 44,12
3000 200,0 44,69
3050 203,3 45,26
3100 206,7 45,82
3150 210,0 46,39
3200 213,3 46,96
3250 216,7 47,52
3300 220,0 48,09
3350 223,3 48,66
3400 226,7 49,22
3450 230,0 49,79
3500 233,3 50,36 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
61
Leonardo de Arruda Delgado 
 
6.2 Teste de COOPER (corrida de 12 minutos) 
 
 O teste de COOPER é o teste recomendado por DANTAS (1998, 99) & 
WEINECK (op.cit, 181) para se obter índices sobre o nível de desempenho em 
resistência aeróbica ou seu aumento no decorrer do processo de treinamento, 
onde o mesmo pode ser aplicado, sobretudo no início, no meio e no fim de um 
treinamento, ou pelo menos uma vez durante um período de competição, 
permitindo então avaliar a eficácia de um treinamento. No entanto gostaríamos de 
assinalar que o teste de COOPER e o de BALKE de 15 minutos, não levam em 
conta fatores como idade, sexo, e peso corporal e que estes protocolos devem ser 
aplicados em pessoas que já apresentam um nível de condicionamento 
cardiorrespiratório que as permitam correr durante o teste, pode ser aplicado a 
homens e mulheres a partir de doze anos de idade. 
 
 Características do teste: 
 
• Tipo: Máximo 
• Finalidade: medir potência aeróbica em crianças a partir de 12 anos 
de idade, adolescentes e adultos. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material Necessário: pista de atletismo ou local plano demarcado 
de 50 em 50 metros; 1 cronômetro; números para serem fixados nas 
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62
Leonardo de Arruda Delgado 
 
camisetas dos avaliados; apito e folha para anotação dos 
resultados. 
• Objetivo do teste: medir a maior distância percorrida pelo avaliado 
durante os 12 minutos do teste. 
• Procedimentos: 
1) Com antecedência orientar os avaliados quanto: ao vestuário que 
deverá ser de calção, camiseta e tênis; ao horário da última refeição 
que deverá ter uma precedência de 2 horas com relação a realização 
do teste; àqueles que fumam pede-se não fumar pelo menos 2 horas 
antes e 2 horas depois do teste ou ainda mais que deixem de fumar 
para melhorarem sua potência aeróbica; 
2) O teste tem como objetivo fazer o avaliado percorrer a maior 
distância possível em 12 minutos sendo permitido o andar durante o 
teste; 
3) Na medida do possível o ritmo das passadas deverá ser constante 
durante todo o teste; 
4) O número de avaliados em cada teste poderá ser de 20 ou 30 de 
uma única vez, dependendo da prática do avaliador como também 
da possibilidade de se ter um auxiliar; 
5) O início do teste se fará sob a voz de comando "Atenção! Já!" 
acionando-se o cronômetro concomitantemente e o término do teste 
se fará com um apito; 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
63
Leonardo de Arruda Delgado 
 
6) O avaliador e se possível um auxiliar permanecerão na linha de 
saída, no caso de se utilizar uma pista de atletismo, e irão anotar 
uma a uma, as voltas de cada avaliado; 
7) Deve-se avisar aos avaliados o tempo já decorrido de teste, de 
preferência de 3 em 3 minutos, para que os avaliados possam dosar 
melhor o ritmo de corrida de acordo com suas condições; 
8) Não se aconselha permitir aos avaliados que corram o último minuto 
do teste em velocidade bem superior do que aquela que já vinha 
sendo mantida, pois o teste tem como objetivo avaliar a potência 
aeróbica e um "pique" como este levaria os avaliados a se 
exercitarem em anaerobiose, o que não vem de encontro ao objetivo 
do teste; 
9) Orientar os avaliados que terminado o teste estes deverão 
permanecer o mais próximo possível do local de chegada, para que 
você possa anotar a quantidade de metros percorridos nesta última 
volta; 
10) Aconselha-se aos indivíduos que terminarem o teste que é 
extremamente extenuante, que se deitem por uns 2 ou 3 minutos, 
mantendo os membros inferiores uma posição mais elevada do que 
o resto do corpo e logo após andem. Queremos ressaltar que o ideal 
seria continuar andando após o término do teste, fazendo-se uma 
recuperação ativa; 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
64
Leonardo de Arruda Delgado 
 
11) Após serem computados os metros percorridos por cada avaliado, 
utiliza-se a tabela seguinte classificando-os em 5 categorias 
diferentes de acordo com a idade e o sexo; 
• Precauções: 
1) Como em todo teste de esforço máximo o avaliado aqui também 
deverá antes de tudo passar por exame médico para verificar se ele 
se encontra em condições de realizar um esforço máximo; 
2) Com antecedência ir ao local da avaliação e verificar se a metragem 
do local está correta; 
3) Realizar o teste pela manhã ou a tarde e nunca quando a 
temperatura estiver muito alta ou muito baixa, de preferência entre 
18 e 25° C.; 
4) Recomenda-se que um aquecimento de aproximadamente 5 minutos 
sejadado para todos os avaliados contendo exercícios de 
alongamento da musculatura dos membros inferiores e superiores, 
como também do tronco. 
• Validade & Fidedignidade: em seus estudos originais de avaliação, 
Cooper observou uma correlação aparentemente forte entre o VO2MAX 
do pessoal da Força Aérea e a distância que eles conseguiam corre-
caminhar em 12 minutos. Foi relatado um coeficiente de correlação de r 
= 0,90 entre a distância para corrida-caminhada de 12 minutos e o 
VO2MAX em 47 homens com grandes variações etárias (17 a 54 anos), 
no peso corporal (52 a 123 kg) e no VO2Max (31 a 59 ml/kg.min). Essa 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
65
Leonardo de Arruda Delgado 
 
mesma correlação também foi observada em nove meninas da nona 
série. Entretanto, outros investigadores não conseguiram demonstrar 
essa íntima correlação entre os escores no “Teste de Cooper” e a 
capacidade aeróbica. Por exemplo, um estudo mediu meninas de 11 a 
14 anos de idade e relatou uma correlação de r = 0,65. Para um grupo 
de 26 atletas do sexo feminino, a correlação entre os escores para 
corrida caminhada e VO2MÁX foi de r = 0,70, enquanto para 36 mulheres 
universitárias destreinadas observou-se uma correlação semelhante de r 
= 0,67. 
• Resultado: avalia-se a resistência aeróbica do testado de acordo 
com a tabela abaixo: 
 
Tabela 11 Classificação da aptidão cardiorrespiratória teste de 12 min. Cooper 
Homens 
Nível de Aptidão 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 
Muito Fraco < 2050m < 2000m <1900m <1850m <1700m 
Fraco 2100-2200 2050-2150 1950-2100 1900-2000 1750-1900 
Razoável 2250-2500 2200-2400 2150-2350 2050-2250 1950-2100 
Boa 2550-2800 2450-2600 2400-2500 2300-2450 2150-2350 
Excelente >2900m >2800m >2550m >2500m >2400m 
Mulheres 
Nível de Aptidão 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 
Muito Fraco <1600m <1550m <1500m <1400m <1400 
Fraco 1650-1900 1600-1800 1550-1700 1450-1500 1450-1500 
Razoável 1950-2050 1850-2000 1750-1900 1550-1800 1550-1700 
Boa 2100-2250 2050-2150 1950-2100 1850-1950 1750-1900 
Excelente 2300m >2200m >2150m >2000m >1950m 
 
 O cálculo do VO2Máx dado em (ml/kg.min) é obtido pela equação: 
 
VO2MÁX = (D – 504,1)/44,79 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
66
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 A medida de consumo de oxigênio pode ser calculada pela tabela a 
seguir: 
Tabela 12 Medidas do VO2Máx de acordo com a Distância Percorrida no Teste de 12 min. 
Distância VO2Max Distância VO2Max Distância VO2Max
1400 20,00 2400 42,33 3400 64,66
1450 21,12 2450 43,44 3450 65,77
1500 22,23 2500 44,56 3500 66,89
1550 23,35 2550 45,68 3550 68,00
1600 24,47 2600 46,79 3600 69,12
1650 25,58 2650 47,91 3650 70,24
1700 26,70 2700 49,03 3700 71,35
1750 27,82 2750 50,14 3750 72,47
1800 28,93 2800 51,26 3800 73,59
1850 30,05 2850 52,38 3850 74,70
1900 31,17 2900 53,49 3900 75,82
1950 32,28 2950 54,61 3950 76,93
2000 33,40 3000 55,72 4000 78,05
2050 34,51 3050 56,84 4050 79,17
2100 35,63 3100 57,96 4100 80,28
2150 36,75 3150 59,07 4150 81,40
2200 37,86 3200 60,19 4200 82,52
2250 38,98 3250 61,31 4250 83,63
2300 40,10 3300 62,42 4300 84,75
2350 41,21 3350 63,54 4350 85,87 
 
6.3 Teste de 2400m (ou 1,5 milha) 
 
• Finalidade: identificar o nível de capacidade aeróbia. 
• População-alvo: faixa etária entre 13 e 60 anos de idade, para 
ambos os sexos. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: pista de atletismo,cronômetro e material de 
anotação. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
67
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• Protocolo: segundo a metodologia do teste, consiste em 
cronômetrar o tempo gasto pelo avaliado para percorrer a distancia 
de 2.400 metros. Com o resultado apurado, identificar na Tabela, em 
função do sexo e idade, o nível de capacidade aeróbica do avaliado. 
• Resultado: o resultado será expresso em ml/kg.min, sendo 
descoberto por meio da utilização da fórmula abaixo descrita. 
• Validade: não reportada. 
• Fidedignidade: não reportada. 
• Precauções: normalmente os indivíduos que se submetem a este 
teste devem estar familiarizados com a prática da atividade física de 
uma forma regular. Em relação a população de atletas, é 
perfeitamente adequado, principalmente para modalidades de jogos 
com bola. 
• Resultado: a analise do teste é apresentada na Indicativa do Nível 
de Capacidade Aeróbica é apresentada na tabela á seguir: 
Tabela 13 Avaliação da aptidão cardiorrespiratória no teste de 2.400m. 
Homens 
Nível de Aptidão 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 
Muito Fraco >15:31 >16:01 >16:31 >17:31 >19:01 
Fraco 12:11-15:30 14:01-16:00 14:44-16:30 15:36-17:30 17:01-19:00 
Razoável 10:49-12:10 12:01-14:00 12:31-14:45 13:01-15:35 14:31-17:00 
Boa 9:41-10:48 10:46-12:00 11:01-12:30 11:31-13:00 12:31-14:30 
Muito Bom 8:37-9:40 9:45-10:45 11:01-12:30 11:31-13:00 12:31-14:30 
Excelente 8:37-9:40 9:45-10:45 10:00-11:00 10:30-11:30 11:00-12:30 
Mulheres 
Nível de Aptidão 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 
Muito Fraco >18:31 >19:01 >19:31 >20:01 >20:31 
Fraco 16:55-18:30 18:31-19:00 19:01-19:30 19:31-20:00 20:01-20:30 
Razoável 14:31-16:54 15:55-18:30 16:31-19:00 17:31-19:30 19:01-20:30 
Boa 12:00-10:16 13:31-15:54 14:31-16:30 15:56-17:30 16:31-19:00 
Muito Bom 11:50-12:29 12:30-13:30 13:00-14:30 13:45-15:55 14:30-16:30 
Excelente <11:50 <12:30 <13:00 <13:45 <14:30 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
68
Leonardo de Arruda Delgado 
 
6.4 Teste de corrida de 8 min. para crianças 
 
 
 De modo semelhante ao teste de COOPER, a capacidade de 
desempenho em resistência é avaliada pelo percurso percorrido em 8 minutos. 
Como crianças podem mudar mais rapidamente do que adultos para o 
metabolismo aeróbico e um menor tempo de corrida implica menor monotonia e 
menos esforço, DORDEL/BERNOTEIT (1981) desenvolveram o teste de 8 minutos 
para crianças. 
 
• Finalidade: mensurar a condição aeróbica. 
• População-alvo: a partir da faixa etária de 8 a 9 anos, para ambos 
os sexos. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: área marcada e cronômetro, pista de corrida 
ou quadra. 
• Protocolo: os alunos ficam na posição inicial em pé. Ao sinal 
“Pronto”! “Vão”!, os alunos começam a correr. A corrida pode ser 
intercalada com o andar. Sugere-se que cada anotador controle no 
mínimo 1 (um) e no máximo 3 (três) alunos. Quando faltar 1 minuto 
dá-se aviso. Ao final dos 8 minutos será dado um sinal através de 
um apito. Nesse instante cada aluno deverá para no local em que 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
69
Leonardo de Arruda Delgado 
 
estiver e aguardar a chegada do anotador. Este, por sua vez, 
marcará a distância percorrida com precisão de 10 m. 
• Validade: não reportada. 
• Fidedignidade: não reportada. 
• Precauções: é permitido andar, mas o objetivo é percorrer a maior 
distância possível. É permitida apenas uma tentativa. 
• Resultado: os valores para avaliação da capacidade de 
desempenho em resistência a partir de 8 minutos de corrida 
segundo Dorsel/Bernoteit (1981): 
Tabela 14 Tabela de valores para o teste de 8 minutos 
Meninas Meninos Avaliação do 
Desempenho 8 Anos 9 Anos 8 Anos 9 Anos 
VO2Máx 
(ml/kg.min) 
Excelente >1750m >1800m >1800m >1850m >50,0 
Bom 1550-1740 1600-1790 1600-1790 1650-1840 45,0-49,9 
Satisfatório 1350-1540 1400-1590 1400-1590 1450-1640 40,0-44,9 
Fraco 1150-1340 1200-1390 1200-1390 1250-1440 35,0-39,9 
Muito Fraco <1150m <1200m <1200m <1250m 35,0 
 
 
6.5 Teste de corrida de 1000 metros (MATSUDO, 1983)• Objetivo: medir potência aeróbica máxima em crianças de 8 a 13 
anos de idade. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: avaliado trajando short, camiseta e tênis; local 
plano demarcado (pista de atletismo); 1 cronômetro; números para 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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serem fixados nas camisetas; dois avaliadores para um grupo de no 
máximo 6 avaliados por vez; folha para anotação. 
• Procedimentos: saindo da posição em pé sob a voz de comando 
"Atenção, já!" os avaliados deverão percorrer os 1000 metros no 
menor tempo possível, não sendo permitido andar durante o teste. O 
ritmo deverá ser constante. O valor do consumo máximo de oxigênio 
é calculado através da seguinte fórmula: 
X = (652,17 - Y) / 6,762 
 
Onde: 
X = consumo máximo de oxigênio em ml/kg.min -1 
Y = tempo de corrida, em segundos, nos 1000 metros e 652,17 e 6,762 são constantes. 
 
• Precauções: 
1) Realizar o teste pela manhã ou a tarde e nunca quando a 
temperatura estiver muito alta ou muito baixa; 
2) Orientar com antecedência os avaliados quanto ao horário da última 
refeição; 
3) Orientar quanto ao calcado a ser usado (evitar o tênis “novinho”); 
4) Orientar sobre o ritmo a ser mantido durante o teste; 
5) Incentivar os mais jovens durante o teste, pois se distraem 
facilmente; 
6) Verificar com antecedência o cronômetro; 
7) Sugerir exercícios de alongamento antes e depois do teste. 
• Validade: não reportada 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
71
Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Fidedignidade: não reportada 
• Precauções: atentar para aplicação correta da fórmula. 
• Resultado: os resultados do Teste de 1.000m de MATSUDO, podem 
ser correlacionados com o consumo de oxigênio, utilizando a tabela 
abaixo: 
Tabela 15 Critérios de Avaliação para o Teste de 1000m. Fonte: Physical Teste 1998 
Meninos//Meninas Avaliação do Desempenho 8 a 11 Anos VO2Máx (ml/kg.min) 
Excelente <5:27 48,9 
Bom 5:28-6:35 47,94-38,0 
Médio 6:36-7:29 37,88-30,5 
Regular 7:30-8:16 29,9-23,1 
Fraco >8:17 <22,95 
 
 
6.6 Teste de caminhada de uma milha (1609m) 
 
 Com o interesse na “caminhada para aptidão física” alcançando o 
auge nos anos 80, foi elaborado pelo ROCKPORT INTITUTE (1987) apud 
MARDLE (op.cit) um teste com caminhada para predizer o VO2MÁX. 
 
 Este teste faz parte de um Programa de Treinamento da Caminhada. 
Ao se submeter ao teste coletará dados que serão usados para a obtenção de 
uma progressão de treinamento e também para dizer seu grau de 
condicionamento (VO² máx.). 
 
 Características do testes: 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
72
Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Tipo: submáximo. 
• Finalidade: mensuração da capacidade aeróbica de indivíduos com 
idades entre trinta e sessenta e nove anos, que não conseguem realizar 
um teste de corrida. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: cronômetro, pista de atletismo, frequencimentro, 
ou estetoscópio e material para anotação. 
• Protocolo: o teste consiste em caminhar, à máxima velocidade, uma 
distância de mil e seiscentos e nove metros (1 Milha) em pista de 
atletismo, ou local plano. Entre os parâmetros a serem analisados 
temos: 
- Peso corporal expresso em libras (PC): este valor pode ser obtido 
pela determinação do peso total e multiplicado pelo fator de conversão 
2,2046. 
- Idade (I): a idade é dada em anos. 
- Sexo: atribui-se o valor de 0 para mulheres e 1 para homens. 
- Tempo (T1): é o tempo gasto para a caminhada de uma milha (1609m), 
enunciado em minutos e centésimos de minutos. 
- Freqüência cardíaca (FC1-4): freqüência cardíaca expressa em 
batimentos por minuto, aferida nos últimos 400m ou após 5 segundos 
do término.O cálculo do VO2Máx dado em (ml/kg.min) é obtido equação: 
VO2MAX = 132,853 - (0,0769 x PC) - (0,3877 x I) + (6,315 x SEXO) - (3,2649 x T1) - (0,165 x FC1-4) 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
73
Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Validade: para essa equação, a correlação múltipla era R=0,92 e o 
erro padrão ao predizer o VO2Máx do indivíduo era de +/-0,335 l/min 
(4,4 ml/kg.min). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
74
Leonardo de Arruda Delgado 
 
7 TESTES ERGOMÉTRICOS 
 
 De acordo com ARAÚJO (1984, p.4) o teste de esforço pode ser feito 
de inúmeras maneiras, onde os ergômetros apresentam-se como instrumentos 
utilizados para medir trabalho, realizados durante o teste de esforço. 
 
 O autor ainda esclarece que o termo ergometria não é sinônimo de 
teste de esforço, onde o termo Ergometria refere-se a medida de trabalho, sem 
qualquer outra implicação, ao contrário do termo esforço, que significa em linhas 
gerais a realização de um esforço sob condições controladas. 
 
7.1 Protocolos de banco ou testes de degraus 
 
 O banco é o mais primitivo dos ergômetros, ele pode ser de um ou mais 
degraus, os quais medem entre 30 e 50 cm, na grande maioria dos estudos. O 
banco independe de luz elétrica ou qualquer outra fonte energética, é de 
baixíssimo custo e na grande maioria das vezes portátil. O banco é normalmente 
usado em consultórios particulares, ou em grandes estudos populacionais. Ele 
deve ser feito de material rígido, normalmente madeira, e sua superfície deverão 
ser de material antiderrapante; os degraus deverão possuir largura suficiente para 
permitir que o testado coloque os dois pés por completo e confortavelmente sobre 
o degrau. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
75
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 
Figura 7 Banco de Balke para crianças de 5 a 11 anos. Fonte: CD-ROM, Testes em Ciências do 
Esporte. 
 
 O metrônomo é um complemento indispensável ao teste de esforço 
feito em banco, de modo a assegurar um ritmo constante de subida e descida dos 
degraus. Este ritmo é de 4 a 6 tempos no banco de um e dois degraus 
respectivamente. Algumas vezes, preferem-se o uso da música ou sons pré-
gravados com o ritmo recomendado, sendo esta prática mais recomendada em 
crianças e em estudos populacionais. 
 
 Sobre a utilização do metrônomo para realização dos testes de banco, 
FARINATTI (op.cit., 267) diz que, o indivíduo a ser testado deve ser orientado para 
realizar o trabalho de subida e descida do banco respeitando a seguinte cadência. 
Suponhamos que o avaliado escolha começar o teste com a perna direita: 
 
 
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- 1° toque do metrônomo: sobre o pé direito 
- 2° toque do metrônomo: sobe o pé esquerdo 
- 3° toque do metrônomo: desce o pé direito 
- 4° toque do metrônomo: desce o pé esquerdo. 
 
 Cada quatro toques equivalem a um trabalho completo de subida e 
descida. Embora exista ainda uma certa controvérsia entre os principais autores, a 
altura do degrau não parece influenciar, dentro de certos limites, a performance 
final no teste de esforço em banco. 
 
 Dentre os principais protocolos de bancos podemos citar: 
 
- Protocolo de Nagle et al (apud ARAÚJO, 1984, 74) 
- Protocolo do Queens College (apud MCARDLE, 1992, 145) 
- Protocolo de Balke (apud Araújo, 1984, 75). 
- Protocolo de Astrand (apud SANTOS, 1994, 79 & MATSUDO 2000) 
 
7.1.1 Protocolo de NAGLE et al 
 
• Tipo: máximo, com cargasvariadas. 
• Finalidade: mensurar a capacidade aeróbica do indivíduo. 
• População-alvo: o teste de banco de Nagle, segundo MARINS (1998, 
133), pode ser aplicado desde crianças com 6 anos até idosos com 70 
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Leonardo de Arruda Delgado 
 
anos. É também o mais adequado para pessoas obesas, cardíacos, em 
períodos de recuperação pós-cirúrgicos, e mulheres em período pós-
gestacional. Por sua facilidade na altura dos primeiros degraus, 
corresponde um excelente instrumento para ser utilizado em escola. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: bancos progredindo da seguinte forma: 4, 8, 12, 
16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48 e 52 cm e um metrônomo regulado em 
98 toques. 
• Protocolo: a metodologia de aplicação deste teste inclui os seguintes 
aspectos: 
1) A velocidade de movimento (subida e descida) deverá corresponder ao 
ritmo de 30 passadas por minuto, o que equivale a 120 toques por minuto 
no metrônomo; 
2) A escolha da altura do banco no qual se iniciará o teste dependerá do 
exame médio prévio, do grau de atividade física do avaliado, da idade e do 
sexo; 
3) O tempo de duração de cada estágio corresponde a 2 minutos, onde após o 
término deste período haverá um aumento da altura do banco em 4 cm, 
considerando-se como carga final à última carga completada; 
4) Indicações para a altura inicial do banco: jovens sadios 28 cm rapazes e 
24cm moças, adultos sedentários 12 cm homens e 8cm mulheres, sujeitos 
de alto risco 4 cm tanto para homens quanto para mulheres; 
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5) Após o término do teste, é possível calcular o VO2MAX a partir da seguinte 
fórmula: 
VO2MAX(ml/kg,min) = (0,875 x ALTURA DO BANCO em cm) + 7,0 
 
7.1.2 Protocolo do QUEENS COLLEGE 
 
• Tipo: submáximo. 
• Finalidade: mensurar a capacidade aeróbica do indivíduo. 
• População-alvo: universitários 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: utiliza degraus simples com altura de 40,6 cm. 
• Protocolo: o teste foi elaborado utilizando as arquibancadas do 
ginásio, para que pudessem ser testados ao mesmo tempo grandes 
números de estudantes, tem duração de 3 minutos, onde cada ciclo de 
subida e descida era realizado com uma cadência de quatro degraus, 
“subir-subir-descer-descer”. As mulheres realizavam 22 subidas e 
descidas completas por minuto, que eram reguladas por um metrônomo 
para 88 batimentos por minuto. Como o homem médio tendia a ser mais 
apto para o exercício da subida de degraus, a cadência era regulada 
para 24 passos por minuto ou 96 batimentos por minuto no metrônomo. 
O teste do degrau era iniciado após uma breve demonstração e um 
período prático. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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Leonardo de Arruda Delgado 
 
• Resultado: ao término da subida, os estudantes permaneciam de pé e 
a freqüência cardíaca era medida em 15 segundos, dos cinco aos 20 
segundos da recuperação. O Valor obtido é multiplicado por quatro para 
obtermos o valor por minuto e o VO2MAX é dado por: 
 
Homens VO2MAX = 111,33 - (0,42 x FC) 
Mulheres VO2MAX = 65,81 – (0,1847 x FC) 
 
7.1.3 Teste de banco de BALKE 
• Objetivo: medir potência aeróbica em crianças de 5 a 11 anos de 
idade. 
• Material: 1 conjunto de bancos de madeira com alturas sucessivas 
de 4,5 cm num total de 12 bancos (ver figura) com uma plataforma 
de 60 x 45 cm; 1 estetoscópio de canículo longo; 1 fita para fixar o 
receptor ressoador do estetoscópio na região precordial do avaliado; 
1 metrônomo (aparelho para marcar o compasso de música); 1 
cronômetro; 1 folha de anotação. 
• População-alvo: este teste apresenta uma característica 
interessante, devido à sua carga múltipla, permite que um grande 
número de pessoas possam ser avaliados por está técnica, desde de 
crianças em torno de 10 anos até idosos na faixa etária dos 60 anos, 
desde que possuam bom condicionamento físico. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
80
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• Procedimentos: partindo-se do 1o. banquinho, o avaliado deverá 
subir e descer do banco, seguindo um ritmo de 33 passadas por 
minuto, sendo que uma passada corresponde aos seguintes quatro 
movimentos: 
1) o avaliado estando em pé, com os pés paralelos, em frente ao 
banco, sobe com um dos pés; 
2) subir com o outro pé no banco; 
3) descer com o primeiro pé; 
4) descer com o outro pé. 
5) Fixando-se o ritmo do metrônomo em 132 batidas/minuto (33 
x 4), o avaliado deverá treinar por um período de 3 minutos no 
1o. banquinho, para que se adapte bem ao teste e ao ritmo 
das passadas a serem realizadas. A seguir, um período de 
repouso de 2 minutos será dado antes do início propriamente 
do teste. Fixar então o estetoscópio. 
6) Iniciado o teste, o avaliado deverá permanecer em cada 
banco por 2 minutos. A freqüência cardíaca deverá ser 
medida nos 15 segundos finais do 2o. minuto de cada banco. 
A seguir devemos puxar o próximo banco, troca essa que 
deve ser feita sem nenhuma interrupção do teste, quando o 
avaliado estiver com os dois pés no solo. 
• Resultado: dar-se-á o teste como terminado quando a freqüência 
cardíaca do avaliado atingir 160 bpm (batimentos por minuto) ou 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
81
Leonardo de Arruda Delgado 
 
quando a FC do avaliado atingir 85 a 80% da freqüência cardíaca 
máxima prevista [FCM = 205 – (0,42 x idade)]. Com o final da 
realização do teste aplica-se a seguinte fórmula para o cálculo do 
VO2MAX: 
VO2MAX = (H . N. 1,33. 1,78) + 10,5 
Onde: 
H = Altura do último banco completo em metros; 
N = Número de descidas e subidas por minutos; 
1,33 = Trabalho positivo (ascendente) e mais 1/3 para o trabalho negativo (descida); 
1,78 = ml de O2 necessário para 1 kg,m de Trabalho 
 10,5 = Trabalho horizontal adicionado ao movimento vertical. 
 
 Recomenda-se que durante o teste seja trocado o pé que inicia a 
subida no banco. O consumo de oxigênio é calculado pelo valor estabelecido para 
o banco em que a freqüência cardíaca atingiu 160 bpm (ver esquema). Se algum 
caso ocorrer em que a criança consiga atingir o 12º banco e sua freqüência 
cardíaca não tenha atingido 160 bpm apesar de ter aumentado gradativamente 
com o esforço, para dar continuidade ao teste basta sobrepor o primeiro banco ao 
12o. e assim sucessivamente. A interrupção do teste se dá geralmente por fadiga 
das pernas e incoordenação. 
 
• Precauções: 
- Realizar o teste de preferência em local coberto, tranqüilo e 
com uma temperatura variando entre 18 e 25 graus Celsius. 
- Avaliador deverá treinar com antecedência a mudança dos 
bancos, para não "derrubar" o avaliado durante o teste; 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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- Treinar a ausculta da freqüência cardíaca ao som do 
metrônomo para não confundir a contagem durante o teste; 
7.1.4 Teste de banco de ASTRAND 
 
• Objetivo: avaliar potência aeróbica em jovens e adultos até 35 anos 
de idade. 
• Material: 1 banco de madeira com plataforma de 45 x 45 cm e com 
a seguinte altura, segundo os avaliados: banco de 40 cm de altura, 
para jovens de sexo masculino - banco de 33 cm de altura, para 
jovens de sexo feminino - banco de 27 cm de altura para adultos de 
40 a 70 anos (altura esta que não consta do nomograma); 1 
estetoscópio de canículo longo; 1 cronômetro; 1 fita para fixaro 
estetoscópio; 1 balança para medida de peso corporal; 1 
metrônomo; 1 folha de protocolo; 1 Nomograma de Astrand. 
• Procedimentos: seguindo um ritmo de 22,5 passadas por minuto o 
avaliado deverá subir e descer do banco por um período de 5 
minutos (90 batidas do metrônomo por minuto). A freqüência 
cardíaca deverá ser medida nos 15 segundos finais de cada um dos 
5 minutos. Terminado o teste, usando o nomograma de Astrand 
(anexo), unimos o peso corporal do indivíduo (linha C) e a 
freqüência cardíaca do último minuto (linha A) por uma reta que, 
cruzando a linha b, determina em algum ponto dessa Iinha o valor 
do consumo de oxigênio em l/min. Por exemplo: uma mulher 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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terminou o teste com a freqüência cardíaca de 156 bpm, sendo seu 
peso corporal de 61 kg seu consumo de oxigênio será de 2,4 l(min)-
1 . 
• Precauções: 
1) como no teste de Banco de Balke devemos fixar o estetoscópio no tórax do 
indivíduo para facilitar a ausculta como também não atrapalhar o avaliado no ritmo 
de subida e descida do banco, quando da medida da freqüência cardíaca; 
2) observar se o ritmo está sendo seguido; 
3) treinar a ausculta cardíaca ao som do metrônomo; 
4) orientar quanto ao horário da última alimentação. 
 
7.2 Protocolos de bicicleta ergométrica 
 
 A utilização da cicloergometria, como forma de avaliação da capacidade 
aeróbica, é amplamente difundida em todo mundo, principalmente na Europa. A 
ciclo-ergometria para a determinação do VO2Max é geralmente realizada em ciclo-
ergômetro que tanto podem ser freados mecanicamente quanto eletronicamente e 
que são calibrados a incrementos de 100 a 1500 kpm/min (17 a 25 watts). 
 
 Existem vários protocolos utilizando este ergômetro, a maioria em 
múltiplos estágios com fase de 1 a 3 minutos, com a resistência inicial para perna 
sendo regulada em 100 ou 150 até 300 kpm/min. Alguns autores utilizam bicicletas 
mecânicas, outras bicicletas eletrônicas, uns executam testes submáximos e 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
84
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 
outros máximos, uns cargas submáximas de longa duração (> 4 minutos) e outros 
cargas a cada 2 a 3 minutos; dentre os mais conhecidos e utilizados entre a 
comunidade científica destacam-se as Técnicas de2: 
 
- Protocolo de Astrand (máximo e submáximo) 
- Protocolo de Fox 
- Protocolo de Balke 
- Protocolo de Rocha 
- Protocolo de Von Dobeln 
- Protocolo de Jones 
- Protocolo da A.C.S.M. 
- Protocolo de Bruce 
 
 De acordo com LEITE (1993,p.121) os principais protocolos utilizados 
em crianças e adolescentes, em todo o mundo, são: 
 
- Protocolo de Adams; 
- Protocolo de Alpert-Durant-Dover; 
- Protocolo de James e; 
- Protocolo de Goldberg. 
 
 
2 MARINS, 1998, 135. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
85
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Como procedimento metodológico geral, é sempre aconselhável, a 
execução de um aquecimento prévio antes da realização do protocolo, seja ele 
qual for. Basicamente podemos dividir a avaliação da resistência aeróbica 
utilizando o cicloergômetro em protocolos com intensidade máxima e submáxima. 
 
 Um outro aspecto importante a ser lembrado, no uso de um ciclo-
ergômetro, diz respeito ao ajuste adequado da altura do assento. Este deve ser 
ajustado de tal forma que permita uma discreta flexão do joelho, quando o pé 
estiver sobre o pedal na sua posição mais baixa. 
 
 Em comparação à esteira rolante, observam-se algumas vantagens 
relacionadas ao uso. Em primeiro lugar, trata-se de um equipamento mais portátil. 
Além disso, é mais silencioso e se acompanha de um menor movimento da porção 
superior do tronco, permite que a PA seja aferida com mais facilidade. Isto é 
particularmente válido em níveis mais intensos de esforço. Na tomada da PA de 
avaliados em ciclo-ergômetros, é importante fazer com que ele relaxem o braço e 
a pressão manual sobre o guidão do lado em que a medida esteja sendo tomada. 
Finalmente, em alguns casos, os registros eletrocardiográficos em ciclo-
ergômetros apresentam menor interferência muscular. 
 
 A principal desvantagem do teste ergométrico, em relação às 
avaliações realizadas em esteiras rolantes, se relaciona ao fato de que a maioria 
das pessoas não anda comumente de bicicleta e, por isso, seus valores máximos 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
86
Leonardo de Arruda Delgado 
 
de FC e VO2Máx são freqüentemente subestimados. Valores mais baixos são 
encontrados no ciclo-ergômetro, podendo variar entre 5 e 25%, dependendo do 
condicionamento físico do participante e da força de suas pernas. Valores mais 
baixos na medida da capacidade funcional resultam em limitações óbvias na 
avaliação e na prescrição dos exercícios. Assim, a maioria dos responsáveis pela 
aplicação dos testes prefere usar a esteira rolante. Os indivíduos treinados em 
ciclismo ou em ciclo-ergômetria freqüentemente são capazes de oferecer valores 
fisiológicos máximos elevados em ambos os tipos de testes. 
 
7.2.1 Protocolo de ASTRAND sub-máximo 
 
 ATRAND desenvolveu dois protocolos de avaliação da capacidade 
aeróbica em cicloergômetro um submáximo e outro máximo. Iremos falar de cada 
um em separado para a melhor compreensão do leitor. 
 
 Este protocolo submáximo, é o mais popular na avaliação funcional de 
não atletas. Ele pode ser aplicado tanto para sedentários, quanto para indivíduos 
bem condicionado. 
 
 As características do teste são as seguintes: 
 
• Tipo: submáximo. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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• Finalidade: medir a condição aeróbia sub-máxima. 
• População-alvo: crianças a partir de 11 anos de idade, 
adolescentes, homens e mulheres adultos sedentários, ou com 
pouca atividade física. 
• Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
• Material necessário: 1 bicicleta ergométrica (mecânica ou 
eletromagnética); 1 estetoscópio; 1 estigmomanômetro; 1 balança 
para medida de peso corporal; 1cronômetro; 1 folha para anotação; 
1 escala de Borg - Percepção Subjetiva de Esforço. 
• Providências previas: realizar previamente a aferição da FC e PA 
de repouso, regular a altura do selin. 
• Protocolo: a metodologia empregada diz que o teste será realizado 
em 10 minutos, desse total, o avaliado pedalará em uma carga 
inicial (carga 1) durante 5 minutos e mais 5 minutos na carga 2, com 
um ritmo de 60 rotações por minuto (rpm) na bicicleta 
eletromagnética e a 50 rpm na bicicleta mecânica. A escolha de uma 
carga inicial de trabalho que varia de acordo com o sexo, tipo de 
ergômetro e nível de aptidão física. Veja na tabela abaixo as cargas 
de acordo com o sexo, faixa etária e nível de aptidão física. 
 
 
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Tabela 16 Determinação das cargas inicial e final do teste de Astrand, de acordo com tipo de ciclo 
ergômetro, sexo e nível de aptidão física. 
Cargas Ergômetro 
Crianças e 
Sedentários 
Mulheres Homens Atletas 
Eletromagnético 25 Watts 50 Watts 100 Watts 150 Watts 
Carga 1 
Mecânico 0,5 kg 0,5 kg 1 kg 1 kg 
Eletromagnético 1 Watts/ kg 2 Watts/kg 
2-2,5 
Watts/kg 
3 Watts/kg 
Carga 2 
Mecânico - 
3% do seu 
Peso 
4% do se Peso 
 
 Com a seleção da carga o avaliado deverá pedalar durante 5 minutos;registra-se a FC do quarto e quinto minutos, e se anotem o valor médio. Se o valor 
for inferior a 120 batimentos, deve-se aplicar a carga dois e submetê-lo a mais 5 
minutos de teste. Espera-se que na carga 2 a freqüência cardíaca se estabilize 
(steady-state) entre o terceiro e quarto minuto, com valores entre 140 e 170 e, 
preferencialmente, acima de 140 para jovens. 
 
• Procedimentos para execução do teste: 
1) O avaliado deverá estar em condições metabólicas padronizadas (relaxado, 
sem usar medicamentos ou drogas; sem fome ou ter feito uma refeição nas 
últimas 2 horas). 
2) Regular a altura do selim até que um dos joelhos esteja totalmente estendido e 
o pé apoiado sobre o pedal. 
3) O avaliado deverá manter uma velocidade de 50 rpm ou 18 km/h (11,2 mph). 
Para certificar-se da precisão da velocidade, use um metrônomo ajustado em 100 
BPM. 
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4) Ajuste a carga para 25 à 50 watts (0.5 à 1.0 kp na bicicleta Monark) para 
mulheres sedentárias ou mal condicionadas e de 50 à 75 watts (1.0 à 1.5 kp na 
bicicleta Monark) para homens sedentários ou mal condicionados. 
5) Oriente o avaliado para começar (de 1 à 2 min.) a pedalar e tentar encontrar a 
velocidade indicada. Ao encontrá-la, aumente a carga até o nível indicado para as 
necessidades do avaliado, e dispare o cronômetro. 
6) Se medir manualmente a freqüência cardíaca, conte os batimentos durante 15 
seg. a partir de 0:45 seg. de iniciado o teste, e multiplique por 4. Repita esta 
operação a cada minuto até o último(sexto) do teste. O ideal é utilizar para coleta 
de freqüência cardíaca, um monitor de freqüência da marca Polar. 
7) Antes (5 seg.) finais de cada minuto, até o final do teste. 
8) A F.C. ideal para a prescrição do V02máx deverá estar entre 120 e 170 bpm. 
9) Ao monitorar a freqüência cardíaca no 4:45 e no 5:45min, não deverá existir 
uma diferença de 5 batimentos entre as duas medidas, caso isto aconteça, o teste 
deve continuar por mais 1 minuto, até não produzir esta diferença nas duas 
últimas medidas. 
10) Durante o teste, observar se a carga não sofre alteração. Se ocorrer, regule-a 
imediatamente. Meça a pressão arterial no terceiro minuto e interrompa o teste se 
a diastólica estiver acima de 100 mm Hg ou mais de 15 mm Hg acima do repouso. 
 
Observação: Não esqueça de optar pelo tipo de bicicleta que irá realizar o teste. 
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• Resultado: pode-se calcular o resultado de duas formas, uma é 
utilizando as equações propostas Astrand e a outra é utilizar o 
Monograma. 
 A determinação do VO2MAX utilizando as equações proposta por Astrand 
deve seguir a seguinte metodologia: 
1) Caso o indivíduo tenha uma idade inferior a 35 anos, utiliza-se as equações 
abaixo: 
Homens VO2MAX = VO2 de carga x [(195-61)/(FC-61)] 
Mulheres VO2MAX = VO2 de carga x [(198-72)/(FC-72)] 
 
Onde: o resultado é expresso em l/min e VO2 de carga é o consumo de oxigênio 
necessário para pedalar em uma dada carga, podendo ser obtido pela equação 
descrita a seguir: 
VO2 de carga = 0,014 x carga (em Watts) + 0,129 
 
 De acordo com GOMES (op.cit, 61) para efetuar a conversão de VO2 de 
litros para mililitros, deve-se multiplicar o resultado encontrado em litros por 1.000 
(mililitros) e, em seguida, dividir o resultado encontrado pelo peso corporal. 
 
2) Caso o indivíduo tenha uma idade superior a 35 anos, é necessária a aplicação 
de um fator de correção. Para um maior detalhamento do fator de correção em 
relação à idade, ASTRAND desenvolveu a seguinte equação: 
F = 1,212 – 0,009 x Idade 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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 E MONTEIRO (2001, p.92), apresenta um fator de correção a partir da 
freqüência cardíaca máxima (F = 0,008 x FCM – 0,589), veja na tabela abixo os 
valores de regressão do fator de Correção refernte a Idade de Atrand, Karvonen -
1957, Sheffield – 1965, Jones - 1975. 
Tabela 17 Fator de correção da Idade de Astrand 
Destreinado Treinado Mulheres Homens
35 0,90 0,89 0,94 0,88 0,91 0,91
40 0,85 0,85 0,92 0,86 0,89 0,88
45 0,81 0,81 0,90 0,85 0,87 0,86
50 0,76 0,77 0,89 0,83 0,85 0,83
55 0,72 0,73 0,87 0,81 0,83 0,81
60 0,67 0,69 0,78 0,80 0,81 0,78
65 0,627 0,651 0,75 0,78 0,79 0,75
70 0,582 0,611 0,73 0,77 0,77 0,73
F de Sheffield F de JonesIdade F de Astrand F de Karvone
 
 
 Então o VO2Máx predito seria igual a: 
 
VO2Max = VO2Máx calculado x fator de correção 
 
3) Caso duas, ou mais cargas sejam utilizadas, deve-se calcular o VO2MAX para as 
cargas, obtendo-se a média aritmética simples entre os resultados, sendo então 
considerado o resultado encontrado como o VO2MAX ; 
 
7.2.2 Protocolo de ASTRAND máximo 
 
 Segue os mesmos procedimentos teste submáximo, porém com 
algumas modificações: 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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1) O tempo entre os estágios tem uma duração de 3 minutos; 
2) A aplicação de carga no primeiro estágio deverá ser de 10, 25 e 50 Watts 
para cardiopatias, mulheres e homens respectivamente, onde o mesmo é 
levando até a fadiga. 
 
 Para o cálculo do VO2MAX, utilizado a técnica de Astrand é necessário o 
emprego da seguinte fórmula: 
 
VO2MAX = (12 x cargas CM) + (Peso x 3,5) 
 
Onde: 
CM = carga máxima obtida em Watts no último estágio 
P = peso corporal do avaliado. 
 
7.2.3 Protocolo de FOX 
 
 Está técnica, submáxima, apresenta como característica principal a 
aplicação de uma carga (150 Watts) durante todo o decorrer do teste. O tempo de 
duração máximo previsto está limitado em 5 minutos. Um ponto importante que 
deve ser levado em consideração nesta técnica está na população específica de 
apenas indivíduos do sexo masculino, baseia-se na relação linear entre freqüência 
cardíaca e consumo de oxigênio, podendo ser utilizado o fator de correção da 
idade previsto por Astrand. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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 Para o cálculo do VO2MAX que vem expresso em l/min, deve-se obter a 
FC no quinto minuto na carga de 150 Watts. Com o resultado obtido, basta utilizar 
a seguinte fórmula: 
 
VO2MAX = 6,3-0,0193 x FCW 
Onde: 
FCW = FC submaxima obtida no 5° minuto na carga de 150 Watts. 
 
7.2.4 Protocolo de BALKE 
 
 É um protocolo máximo, onde são empregados estágios múltiplos 
iniciando de zero Watt e aumentando a carga em estágios de 2 minutos com 
magnitude de 25 Watts caso o indivíduo não seja atleta e 50 Watts caso seja 
atleta ou bem condicionado. Entre os procedimentos para a determinação do 
VO2Max utilizando a fórmula de Balke é necessário à verificação do peso corporal 
do avaliado antes da realização do teste, bem como da última carga completa pelo 
indivíduo em Watts. Com estes dados aplica-se a seguinte fórmula: 
VO2MAX = [200 + (12 x W)]/P 
Onde: 
W = carga em Watts em que se interrompeu o teste 
P = peso corporal 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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7.2.5 Protocolo de ROCHA 
 
 É um protocolo do tipo máximo, onde a metodologia segue o mesmo 
tipo preconizado no protocolo de Balke. O resultado é expresso em l/min. Sua 
formula leva em consideração a massa muscular magra (MCM) e a FCM prevista 
para a idade (fórmula de Sheffield) e a FCM atingida no teste FCW. 
 
 Fórmula:VO2MAX = (4,7 x MCM) + (14,3 W) + 20(FCM – FCW) 
 
Onde: 
MCM = massa corporal magra 
W = carga máxima atingida 
FCM = freqüência cardíaca máxima prevista para idade equação de Sheffield 
FCW = freqüência cardíaca máxima atingida na carga máxima. 
 
7.2.6 Protocolo de VON DOBELN 
 
 Este método emprega uma equação que inclui como variável a idade do 
indivíduo, dispensando o fator de correção necessário nos métodos antes citado. 
É um protocolo submáximo, que aplica 1 ou 2 cargas de 5 minutos de de duração 
cada uma, registrando-se a freqüência cardíaca no 5° minuto. A freqüência 
cardíaca deverá estar contida no intervalo de 120 a 170 bpm. 
 
 
 
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Leonardo de Arruda Delgado 
 
 Calcula-se o VO2MAX por: 
VO2MAX = e 0,00884 x Idade x 1,29 (6C/FC-60)1/2
 Onde: 
 C = a carga em Watts 
 FC = freqüência cardíaca no 5° minuto em bpm 
 I = idade do indivíduo em anos 
 E = número de Euler que é igual a 2,71828, que é a base do logaritmo neuperiano. 
 
7.2.7 Protocolo de JONES 
 
 Este método distingue-se dos outros pelo seu tipo e protocolo, além de 
não requerer o uso da freqüência cardíaca, o que o torna utilizável por indivíduos 
com marcapassos fixos, doença do nódulo sinusal e em uso de beta-
bloqueadores. 
 
 É um protocolo máximo, com aumentos sucessivos a cada minuto de 
100 kpm/min (16,67 Watts), a partir da carga zero. Encerra-se o teste na fadiga ou 
por razões médicas. 
 
 Registra-se a última carga completada. O cálculo do VO2MAX (l/min)e: 
VO2MAX = 2xC + VO2 BASAL 
Onde: 
C = carga medida em kpm/min 
VO2 basal = em ml/min, estimando-se como 3,5 x peso corporal em kg, ou MET. 
 
 
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96
Leonardo de Arruda Delgado 
 
7.2.8 Protocolo do Colégio Americano de Medicina Esportiva 
 
 Segue os mesmos procedimentos dos testes anteriores, porém propõe 
duas fórmulas diferentes em função do tipo de bicicleta. 
 
Bicicleta mecânica: 
 
VO2MAX (ml/kg.min)= (kpmx2 + 300)/Peso corporal (kg) 
 
Bicicleta eletromagnética 
 
VO2MAX (ml/kg.min)= (Watts x12 + 300)/ Peso corporal (kg) 
 
7.2.9 Protocolo de BRUCE 
 
 Este é mais um protocolo Maximo, onde os pontos de destaque desta 
técnica são o tempo entre as estações, que deverá ser de 3 minutos e o resultado 
final expresso em l/min. 
Fórmula: 
VO2MAX = 0,129 + 0,014 x W + 0,075 
Onde: W = carga máxima onde encerrou o teste em Watts 
 
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97
Leonardo de Arruda Delgado 
 
7.3 Protocolos de Esteira 
 
 Os protocolos utilizando esteira rolante apresentam como principal 
vantagem à familiarização do gesto motor, impondo uma dificuldade a menos ao 
avaliado. Como principal característica dos protocolos desenvolvidos para esteira, 
estão presentes como forma de sobrecarga, o grau de inclinação, a velocidade e o 
tempo do estágio, de forma isolada ou combinada. A velocidade é normalmente 
apresentada em milhas por hora ou quilômetros por hora, dependendo da 
procedência. 
 
 Os protocolos de esteira são muito aplicados, porque estabelecem o 
ritmo apropriado para o sujeito; ao passo que no step em um banco e no ciclo 
ergômetro, o sujeito pode ir muito lento ou muito rápido. Os testes de esteira 
podem acomodar do menos ao mais condicionado e utilizam atividades naturais 
de caminhada e corrida, com os testes de corrida colocando a maior a maior carga 
potencial sobre o sistema cardiovascular. As esteiras, contudo, são caras, não-
portáteis e tornam algumas medidas (PA e amostra de sangue) difíceis. O tipo de 
teste de esteira influencia o VO2Máx medido, com o teste de corridas progressivas 
fornecendo os valores mais altos, seguidos por um teste de corrida a 0% de 
inclinação, e os testes de caminhada o valor mais baixo. 
 
 Dentre os principais protocolos de esteira podemos citar: 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
98
Leonardo de Arruda Delgado 
 
- Protocolo de Bruce 
- Protocolo de Balke 
- Protocolo de Naughton 
- Protocolo de Ellestad 
 
7.3.1 Protocolo de BRUCE 
 
 Dentre os mais diversos protocolos existentes, o de BRUCE é o que 
tem a preferência de utilização pelos cardiologistas. Deve ser empregado com 
cautela em pacientes cardíacos ou sedentários de baixa condição física. 
 
 Este protocolo apresenta um alto grau de intensidade por ter sua 
sobrecarga aplicada tanto em relação à inclinação quanto à velocidade. O 
protocolo requer um aumento de aproximadamente 1 MET por cada minuto de 
exercício. Entre as principais características deste protocolo destacam-se, sete 
estágios de carga, o tempo de duração de estágio é constante e igual a 3 minutos, 
a velocidade de trabalho variando entre 1,7 a 6,0 mph (milhas por hora) ou 2,7 a 
9,7 km/h e aumentados constantes da inclinação em 2% iniciando em 10%. 
Velocidade Estágios 
Mph (Km/h) 
Inclinação (%) VO2 (ml/kg.min) Tempo (minutos) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
1,7 
2,5 
3,4 
4,2 
5,0 
5,5 
6,0 
2,7 
4,0 
5,5 
6,8 
8,0 
8,8 
9,7 
10 
12 
14 
16 
18 
20 
22 
18 
25 
36 
46 
56 
63 
70 
3 
6 
9 
12 
15 
18 
21 
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99
Leonardo de Arruda Delgado 
 
 É um teste progressivo que deve ser interrompido quando o avaliado 
atingir a exaustão (amenos que apareçam sinais ou sintomas que justifique 
interromper o teste). 
 
 As fórmulas para calculo do VO2MAX em ml/kgmin, que deverão ser 
utilizadas de acordo com o tipo de população testada, fornecem as seguintes 
opções (LEITE, 1993, 116) 
Homens cardiopatas 
 
VO2MAX(ml/kg.min) = (2,327 x tempo) + 9,48 
 
Homens sedentários 
 
VO2MAX(ml/kg.min) = (3,288 x tempo) + 4,07 
 
Homens ativos 
VO2MAX(ml/kg.min) = (3,778 x tempo) + 0,19 
 
Mulheres 
VO2MAX(ml/kg.min) = (3,36 x tempo) + 1,06 
 
 
 
 
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7.3.2 Protocolo de BALKE 
 
 As características principais deste protocolo incluem a velocidade 
constante em todo decorrer do teste em 3,3 mph (5,3 km/h), aumentos constantes 
de inclinação de 1% para cada estágio de 1 minuto. 
 
 Para se obter o valor do VO2Máx em ml/kg.min após o final do teste, 
basta fazer o cálculo pela seguinte fórmula: 
VO2MÁX(ml/kg.min) = 14,909 + (1,444 x tempo de duração) 
 
 Um dos problemas identificados neste teste, quando aplicado em 
pessoas com alto grau de condicionamento relaciona-se ao grande período de 
tempo em exercício. 
Tempo Velocidade Inclinação VO2Máx METs
1 3,3 0 14,9 5,2
2 3,3 2 17,8 6,2
3 3,3 3 19,2 6,7
4 3,3 3 19,2 6,7
5 3,3 5 22,1 7,7
6 3,3 6 23,6 8,3
7 3,3 7 25,0 8,8
8 3,3 8 26,5 9,3
9 3,3 9 27,9 9,8
10 3,3 10 29,3 10,3
11 3,3 11 30,8 10,8
12 3,3 12 32,2 11,3
13 3,3 13 33,7 11,8
14 3,3 14 35,1 12,3
15 3,3 15 36,6 12,8
16 3,3 16 38,0 13,3
17 3,3 17 39,5 13,8
18 3,3 18 40,9 14,3
19 3,3 19 42,3 14,8
20 3,3 20 43,8 15,3
21 3,3 21 45,2 15,8
22 3,3 22 46,7 16,3
23 3,3 23 48,1 16,8
24 3,3 24 49,6 17,3 
 
 
 
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7.3.3 Protocolo de NAUGHTON 
 
 Este protocolo é muito empregado para avaliação de pessoas de baixo 
nível de condicionamento físico por apresentar, em alguns estágios, uma redução 
da inclinação da esteira. Outras características do protocolo de NAUGHTONincluem a duração do estágio em 3 minutos, além da alternância da velocidade 
variando entre 2,0 a 3,4 mph. Para se converter mph para km/h basta multiplicar 
por 1,609, pois uma milha corresponde a 1,609 km. 
 
Tabela 18 Protocolo de Naugton. Fonte: Naughton 1964, apud Marins (op.cit, 143) 
Estágios mph Km/h %Inclinação VO2MAX METs Tempo 
1 2,0 3,2 7,0 14,0 4 3 
2 2,0 3,2 10,5 17,5 5 3 
3 2,0 3,2 14,0 21,0 6 3 
4 3,0 4,8 10,0 24,5 7 3 
5 3,0 4,8 12,5 28,0 8 3 
6 3,4 5,5 12,0 31,5 9 3 
7 3,4 5,5 14,0 35,0 10 3 
8 3,4 5,5 16,0 38,5 11 3 
9 3,4 5,5 18,0 42,0 12 3 
 
 
7.3.4 Protocolo de ELLESTAD 
 
 A inclinação é constante até o 4° estágio e a intensidade varia com o 
aumento da velocidade. O incremento por estágio é de 3 METs. Este protocolo, 
por não apresentar uma inclinação elevada, é ideal para pessoas com idade 
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102
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avançada, diminuindo a possibilidade de interrupção do teste por fadiga localizada 
na musculatura do tríceps sural. 
 
 Entre as principais características deste protocolo destacam-se: 
 
a) Opção por velocidade variada entre 1,7 a 8 mph, ou 2,7 a 12,9 km/h; 
b) Tempo de duração dos estágios variando entre 2 e 3 minutos; 
c) Manutenção do ângulo de inclinação nos quatro primeiros estágios em 10% 
d) Passa, a partir do quinto estágio, a ter um incremento de 5%, se mantendo 
até o final como pode ser observado na tabela abaixo: 
 
Estágio Duração em min. 
Velocidade 
mph 
Velocidade 
km/h Inclinação % VO2Max 
1 3 1,7 2,7 10 16,65 
2 2 3,0 4,8 10 24,12 
3 2 4,0 6,4 10 31,99 
4 2 5,0 8,0 10 39,85 
5 3 5,0 8,0 15 51,65 
6 2 6,0 9,6 15 59,52 
7 2 7,0 11,2 15 67,38 
8 2 8,0 12,9 15 75,25 
 
 Para o cálculo do VO2Max em ml/kg.min deste protocolo, basta utilizar a 
seguinte fórmula: 
VO2MAX(ml/kg.min) = 4,46 + (3,933 x tempo total em min) 
 
 
 
 
 
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103
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8 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA O CONDICIONAMENTO 
CARDIORRESPIRATÓRIO 
 
 Para que as rotinas de exercícios possam produzir as adaptações na 
direção desejada, torna-se necessário estabelecer combinações entre quatro 
componentes básicos: intensidade, freqüência, duração e tipo de atividade, iremos 
aqui estudar em detalhes cada um desses elementos, no sentido de aumentar a 
eficácia da prescrição das rotinas de exercícios físicos, em que o domínio das 
informações relacionadas à produção de energia para o trabalho muscular é 
fundamental. 
 
8.1 Intensidade 
 
 Um, dos grandes problemas na prescrição de exercícios aeróbicos, 
pode ser descrito na seguinte pergunta, com que intensidade uma pessoa deve 
trabalhar para proporcionar aos sistemas cardiovascular e respiratório uma 
sobrecarga suficiente para aumentar suas capacidades funcionais? 
 
 A magnitude deste problema reside no fato que, a quantificação da 
intensidade do esforço constitui um dos aspectos mais importantes a serem 
controlados durante uma sessão de condicionamento aeróbico. Entre as variáveis 
que traduzem a intensidade do esforço, destacamos a freqüência cardíaca, o 
VO2Max, índice de esforço percebido e os níveis de lactato sanguíneo. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
104
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8.1.1 Metodologia de trabalho 
 
8.1.1.1 Determinação da FC basal 
 
 O primeiro passo para prescrição da intensidade de exercícios 
corresponde à determinação da freqüência cardíaca basal, tomada durante três 
dias, ao se acordar e antes de realizar qualquer movimento brusco. Devem-se 
somar os três valores obtidos e dividir o total por três, calculando a média. 
 
FCB = (FCB1+FCB2+FCB3)/3 
 
 Devido a grande dificuldade da tomada da freqüência cardíaca basal, 
muitos autores aceitam a utilização da FC de repouso, tomada com o indivíduo 
deitado, por mais ou menos cinco minutos. 
 
8.1.1.2 Determinação do nível inicial de condicionamento físico 
 
 O segundo passo é a determinação do nível de condicionamento físico, 
através de um dos inúmeros testes destinados para este fim, observando os 
seguintes fatores: objetivos do teste, população a ser testada e disponibilidade de 
material, dando preferência a testes com alta fidedignidade, em relação a 
atividade que se irá prescrever. 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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 A partir do teste de avaliação, idade e sexo, estabelecem-se categorias 
de aptidão. Uma forma alternativa de se classificar o nível de condicionamento de 
um indivíduo é a comparação entre os valores obtidos no teste de esforço com o 
VO2Máx previsto de Bruce. 
Tabela 19 Cálculo do VO2Máx previsto em relação à idade, sexo e grau de condicionamento atual 
Homens Sedentários VO2Máx = 57,8 -0,445. Idade 
Mulheres Sedentárias VO2Máx = 42,3 -0,356. Idade 
Homens Ativos VO2Máx = 69,7 -0,612. Idade 
Mulheres Ativas VO2Máx = 42,9 -0,312. Idade 
 
8.1.1.3 Estimar a freqüência cardíaca máxima 
 
 O terceiro passo é estimar a Freqüência Cardíaca Máxima. Existem 
várias fórmulas disponíveis para o cálculo da FCM, todas levam em consideração 
o fator idade. Entretanto, algumas levam em consideração o grau de 
condicionamento do indivíduo, visto que a FCM pode sofrer uma modificação 
segundo o nível de capacidade física, treinando ou destreinado. 
 
 Entre as equações mais utilizadas encontram-se a de KARVONEN 
(1957), JONES (1975) e SHEFFIELD (1965), sendo que a deste último é a 
adotada pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte.3
 
 
 
3 MARINS 1998, 149. 
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Tabela 20 Fórmulas para cálculo da freqüência cardíaca máxima (FCM) 
Autores Fórmulas 
Homens FCM = 220- IDADE 
KARVONEN Mulheres FCM = 226- IDADE 
Homens FCM = 210-(0,65x IDADE) JONES4
Mulheres FCM = 205-(0,5x IDADE) 
Destreinado FCM = 205-(0,41x IDADE) SHEFFIELD Treinado FCM = 198-(0,41 x IDADE) 
 
 Veja na tabela abaixo os valores de regressão da Freqüência Cardíaca 
máxima referente à idade de KARVONEN, JONES e SHEFFIELD, usando estudos 
feitos com exercícios dinâmicos e progressivos. 
Tabela 21 Valores da freqüência cardíaca máxima referente à idade apresentados por 
KARVONEN, JONES E SHEFFIELD 
Mulher Homem Mulher Homem DESTREINADOS TREINADOS
10 216 210 200 204 201 194
15 211 205 198 200 199 192
20 206 200 195 197 197 190
25 201 195 193 194 195 188
30 196 190 190 191 193 186
35 191 185 188 187 191 184
40 186 180 185 184 189 182
45 181 175 183 181 187 180
50 176 170 180 178 185 178
55 171 165 178 174 182 175
60 166 160 175 171 180 173
65 161 155 173 168 178 171
70 156 150 170 165 176 169
75 151 145 168 161 174 167
SHEFFIELDIdade JONESKARVONEN
 
 
8.1.1.4 Determinação da zona sensível do treinamento 
 
 Determinar a Zona Sensível do Treinamento. A intensidade relativa de 
um exercício costuma ser especificada na forma de algum percentual da função 
máxima como o percentual da FCM, FCR ou VO2Máx. 
 
4 Citação encontrada em DANTAS 1998, 140 
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8.1.1.4.1. Prescrição de treinamento pela freqüência cardíaca (FC) 
 
 A prescrição de treinamento pela freqüência cardíaca é uma das formas 
mais simples e práticas de orientação do exercício. De acordo com McARDLE 
(op.cit., p.282)como regra geral, a capacidade aeróbica melhora se o exercício for 
de intensidade suficiente para aumentar a freqüência cardíaca até 
aproximadamente 70% do máximo. 
 
 Geralmente é adotado para alunos iniciantes em qualquer atividade 
física, como também em alguns programas de reabilitação cardíaca a freqüência 
cardíaca de segurança, que pode ser obtida através de uma percentagem de 60% 
ou menos da freqüência cardíaca máxima e ainda assim o músculo cardíaco 
consegue se fortalecer. 
 
 Quando um indivíduo encontra-se em um nível de capacidade física 
entre boa e excelente é recomendável aplicar uma carga de trabalho que seja 
suficiente para estimular sua FC para valores entre 70 e 95% da sua FCM 
(Freqüência cardíaca máxima). Para indivíduos em que o nível de capacidade 
física esteja compreendido entre muito fraca e regular, sugere-se a realização de 
tarefas que estimulem a FC para faixas de 55 a 80% da FCM.(MARINS, op.cit, 
p.174). 
 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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 Outra forma de trabalho é utilizar a freqüência cardíaca de reserva, 
onde, KARVONEN e col. (1957) definiram que o cálculo da intensidade do esforço 
pela reserva da FC levando em consideração a FC de repouso, como sendo igual 
a: 
FCR = FcRepouso + Intensidade de Esforço x (FCM - FCRepouso) 
 
 De acordo com McARDLE (op.cit, p.282) essa abordagem para 
determinar a freqüência cardíaca do treinamento costuma fornecer um valor 
ligeiramente mais alto em comparação com o mesmo percentual de esforço em 
comparação com a freqüência cardíaca máxima simples. 
 
 Outro aspecto interessante para a prescrição de treinamento utilizando 
a FC, deve ser a elaboração de uma faixa de trabalho. Esta faixa compreenderá 
um limite superior, que deverá estar abaixo do limiar anaeróbico, caso o objetivo 
seja trabalhar aeróbicamente e um limite inferior, de forma a assegurar o mínimo 
de stress necessário para que ocorram efeitos oriundos do treinamento. 
 
 De acordo com DANTAS (op. cit, p.135) o princípio da adaptação 
ensina que há um limiar mínimo, para que um exercício produza efeito de 
treinamento, bem como um limite máximo que se for ultrapassado, causará danos 
irreversíveis ou mesmo permanentes ao organismo. Então o cálculo dos limites 
superior e inferior de acordo com a FCM e o nível de aptidão podem ser 
determinados de pelas seguintes equações: 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
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Tabela 22 Limites superiores e inferior com base da FCM 
Nível de Condicionamento Limite Inferior 
Fraco e Regular L Inf = 0.55(FCM ) 
Bom e Superior L Inf = 0.7(FCM) 
Nível de Condicionamento Limite Superior 
Fraco e Regular L sup = 0.8(FCM) 
Bom e Superior L sup = 0.95(FCM) 
 
Tabela 23 Relação entre %FCM e intensidade 
Percentagem da FCM Intensidade 
50 a 60% Leve 
60 a 70% Moderada 
70 a 80% Média 
80 a 90% Forte 
90 a 100% Muito forte 
 
 A determinação do limite inferior de trabalho num percentual da 
freqüência cardíaca de reserva é calculada de acordo com nível de 
condicionamento através das fórmulas: 
 
Tabela 24 Determinação do limite inferior de trabalho com base na FCR 
Nível de Condicionamento Limite Inferior 
Fraco e Regular L Inf = FCRep. + 0.6(FCM - FCRep ) 
Bom e Superior L Inf = FCRep. + 0.65(FCM - FCRep ) 
 
 A determinação do limite superior num percentual da freqüência 
cardíaca de reserva é calculada pelas formulas: 
 
Tabela 25 Determinação do limite superior de trabalho com base na FCR 
Nível de Condicionamento Limite Inferior 
Fraco e Regular L sup = FCRep. + 0.8(FCM - FCRep ) 
Bom e Superior L sup = FCRep. + 0.85(FCM - FCRep ) 
 
 Com os valores visto anteriomente, dependendo do nível de 
condicionamento físico do avaliado é possível variar a faixa de treino da FC; sendo 
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110
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assim, a escolha dos valores para os limites superiores e inferiores da FC; serão 
dependentes do nível de capacidade aeróbica. 
 
 Com os valores calculados, o tempo de execução do exercício poderá 
ser amplamente variável, contudo é importante que o tempo ideal para a prática 
de exercícios aeróbicos seja sempre superior a 20 minutos. 
 
 Para a utilização correta da FC como parâmetro de controle do 
treinamento, é necessário estar atento a um conjunto de fatores que poderão 
interferir em seu comportamento, aumentando ou diminuindo sua reposta ao 
exercício, o que modifica o cálculo da intensidade de treinamento (Veja em fatores 
que podem modificar a freqüência cardíaca p.21). 
 
8.1.1.4.2. Prescrição de treinamento pelo VO2Máx 
 
 Este método pode ser perfeitamente utilizado, tendo como principal 
característica o VO2Máx apurado durante um teste de esforço, para tanto deve-se 
selecionar um percentual de trabalho, levando-se em consideração o nível de 
condicionamento e o ponto de localização do limiar anaeróbico do avaliado. 
Lembre-se que quanto pior o nível de condicionamento do avaliado mais baixo 
será seu limiar anaeróbico, e quanto mais treinado for, mais alto será o limiar 
anaeróbico. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
111
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 Pode-se determina uma velocidade média (km/h) em função do VO2Máx 
pela equação 
Vm = {133+[(VO2Max-33,3)/0,17]}*0,06 
 
8.1.1.4.3. Prescrição de treinamento pelo sistema de pontos de 
Cooper 
 
 Cooper desenvolveu um sistema para facilitar a forma de prescrição de 
exercícios, tendo como objetivo principal alcançar, em termos de tarefa física, a 
meta de 27 e 32 pontos semanais, respectivamente, para mulheres e homens. 
 
 Após realizar o teste de esforço e com base na classificação da 
capacidade aeróbica, relacionamos esta classificação com a faixa de pontuação 
semanal segundo o nível de aptidão. 
 
Tabela 26 Faixa de pontuação semanal segundo o nível de aptidão 
Média de pontos por semana Classificação da aptidão Homens Mulheres 
Muito fraca -10 -8 
Fraca 10-20 8-15 
Média 21-31 16-26 
Boa 32-50 27-40 
Excelente 51-74 41-64 
Superior +75 +65 
 
 Com a faixa de pontuação semanal escolhida, devemos agora 
determinar quantos pontos por atividade (dia de treino) o indivíduo deverá obter, 
levando em consideração o número de vezes por semana que será feita a 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
112
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atividade. Com a escolha da quantidade de pontos por dia de atividade escolhida, 
deve-se então procurar quais as atividades (tempo e distância) ideais para a 
realização do trabalho. 
 
 A opção pelo sistema Cooper de pontuação é muito interessante, pois 
estabelece certas metas, por meio dos pontos, que acabam por motivar o 
praticante, através de uma variável de mais fácil compreensão. 
 
 A metodologia de Cooper permite prescrever exercícios utilizando a 
bicicleta ou a natação. No caso da natação é interessante que o praticante tenha 
um bom domínio da técnica do nado. O cálculo do número de pontos obtidos nas 
duas atividades pode ser feito a partir das seguintes equações: 
 
Ciclismo 
Pontos= (2,318x(distância em km)2/tempo de duração em minutos)-1,5 
 
Natação 
Para distâncias inferiores a 550 metros 
Pontos=(distância em metros)2/(4013,4 x duração em minutos) 
Para distâncias superiores a 550 metros 
Pontos = (((distância em metros/(4013,4 x duração em min))+0,005) x dist. metros)-3 
 
 
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8.1.1.4.4. Prescrição de treinamento utilizando a bicicleta 
ergométrica 
 
 A prescrição de exercícios utilizando a bicicleta ergométrica, levando 
em consideração o VO2Max já calculado anteriormente, implicara que este 
ergômetro possua uma escala de carga em Watts ou Kpm. O procedimento de 
prescrição é relativamente simples e é divido em três etapas: 
 
- 1° Etapa: determinação do MET Max do avaliado; 
- 2° Etapa: escolha do percentual de trabalho que poderá variar de 50 
a 85% METMax mensurado. 
- 3° Etapa: seleção 
8.1.1.4.5. Orientações gerais 
 
 Embora o trabalho com o percentual da FCM forneça um valor menor 
do que o fornecido pela FCR, vários autores propõem uma íntima correlação entre 
o VO2Max e a freqüência cardíaca, quando correlacionados seus percentuais. 
 
 Entre as equações mais usadas para determina essa correlação 
podemos citar HELLERSTEIN & ADLER (1973), LONDERRE & ANES (1976) e 
KATCH (1978)5: 
 
 
5 MARINS op.cit, 161. 
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Autores Formula 
Pessoas Normais %FCM = (%VO2Max+42)/1,41 HELLERSTEIN & ADLER Coronariopatas %FCM = (% VO2Máx + 35,2)/1,32 
LONDERRE & ANES % VO2 Máx = (1,369. %FCM)-40,99 
KATCH % VO2 Máx = (1,388. %FCM)-44,765 
 
 É importante observar que os três resultados apresentam valores 
diferentes que, porém, de forma alguma, invalidam o emprego das fórmulas. A 
sugestão é que se escolha uma das técnicas, para que se tenha um referencial de 
trabalho. 
 
 Com o objetivo de favorecer uma prescrição segura e eficiente dos 
exercícios, o ACMS (1991) recomenda que o exercício deve ser suficientemente 
árduo para que a freqüência cardíaca alvo fique entre 70 a 85% FCM, 60 a 90% 
da FCR para que o metabolismo fique entre 50 e 85% do consumo máximo do 
oxigênio. 
 
 Apresentamos na tabela abaixo algumas indicações de percentuais de 
intensidade de acordo com o grau de condicionamento físico: 
Tabela 27 Percentuais de intensidade de acordo o grau de condicionamento físico 
Nível de Condicionamento VARIÁVEL LIMITE MÍNIMO LIMITE MÁXIMO 
FCM 55% 80% 
FCR 60% 80% Fraco e Regular 
VO2MÁX 50% 70% 
FCM 70% 95% 
FCR 65% 85% Bom e Superior 
VO2MÁX 60% 90% 
 
 
 
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8.2 Freqüência 
 O ACSM (1998) preconizou uma variação entre três a cinco dias 
semanais de atividade. Sobre a freqüência semanal, é importante considerar 
alguns aspectos. Se o praticante nunca fez uma atividade física orientada, iniciar 
com cinco vezes poderá gerar uma grande sobrecarga. É preferível com duas 
vezes por semana, aumentando progressivamente, segundo a resposta física do 
avaliado. Caso o sujeito possua disponibilidade de tempo e condições físicas para 
exercitar-se diariamente, é importante considerar que uma maior freqüência, de 
cinco dias semanais, aprimora o rendimento físico de forma desprezível, por outro 
lado, aumenta significativamente o risco de lesões. 
 
8.3 Duração 
 
 Um fator importante na decisão do tempo total de treinamento é a 
disponibilidade que o praticante tem para dedicar-se aos exercícios em suas horas 
livres. Ao estabelecer um programa de trabalho mais sistematizado, o tempo total 
de atividade física contínua dependerá da capacidade física e da condição inicial 
do praticante. 
 
 Levando-se em consideração um sujeito que tenha como objetivo 
emagrecer, este terá que trabalhar, necessariamente, de forma aeróbia o maior 
tempo possível. Como valor referencial, tem-se que a partir do 20 min, existe uma 
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maior participação do metabolismo de gorduras como substrato energético 
aeróbio. Sendo assim, tem-se como primeira meta, alcançar um tempo superior a 
20 min de exercício físico contínuo em “Steady State”. 
 
 No caso de pessoas extremamente sedentárias, nas primeiras sessões, 
provavelmente, não será possível atingir este objetivo, mas o treinamento deverá 
ser orientado para progredir para este tempo. Uma vez superado o limiar de 20 
min, o tempo total de atividade deverá evoluir progressivamente, estando de 
acordo com a disponibilidade de tempo do praticante, assim como o equilíbrio 
entre os outros elementos do condicionamento físico. 
 
 Para os indivíduos em que a composição corporal já se encontra dentro 
dos objetivos estabelecidos, o tempo total de atividade poderá ser reduzido, 
compensando o trabalho com uma intensidade maior. 
 
8.4 Tipo de atividade 
 
 Visando um adequado desenvolvimento do componente 
cardiorrespiratório, recomenda-se que o tipo de exercício selecionado estimule 
grandes massas musculares, durante longo período de tempo, realizado de forma 
aeróbica. Neste rol de atividades, recomendam-se exercícios cíclicos como 
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117
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corrida, jogging, caminhada, natação, ciclismo, pular corda, remo, subir escadas e 
patinação. 
 
 Um caso específico ao qual deve-se atentar são as pessoas que 
apresentam um certo grau de sobrepeso. Para estas pessoas realizarem uma 
atividade de longa duração, recomenda-se a seleção de exercícios onde se 
minimize o fator peso corporal. Sendo assim, deve-se priorizar os exercícios de 
natação ou na bicicleta, o que contribuirá para a redução do risco de lesões 
ortopédicas em comparação com caminhadas, corridas ou o pular corda. 
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REFERÊNCIAS 
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ed.São Paulo: Ícone Editora, 2002. 
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Sprint, 1995. 
 
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avaliação funcional. 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. 
 
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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
120
Leonardo de Arruda Delgado 
 
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física e dos desportos. 4 ed. Rio de Janeiro:Guanabara-Koogan, 1991. 
 
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desempenhos motores de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR, Baliero, 
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GOMES, Antônio Carlos & FILHO, Ney Pereira de Araújo. Cross training: uma 
abordagem metodológica. Londrinas: APEF, 1992. 
 
GOMES & TUBINO. Metodologia científica do treinamento desportivo. São Paulo: 
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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
121
Leonardo de Arruda Delgado 
 
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de atividade física: Guia prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998. 
 
MATSUDO, Victor K.R. CR-ROM Testes em ciências do esporte. Rio de Janeiro: 
fga multimídia, 1999. 
 
MATVEEV, Lev Pavilovh. Preparação Desportiva. 1 ed. Londrina: Centro de 
Informações Desportivas, 1996. 
 
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energia, nutrição e desempenho humano. 3 ed. Rio de janeiro: Guanabara 
Koogan, 1992. 
 
MONTEIRO, Walace D. Personal training: Manual para avaliação e prescrição de 
condicionamento físico. 3 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. 
 
 
 
ANEXO-1 EXEMPLO DE FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO 
PARA REALIZAÇÃO DE TESTE DE ESFORÇO 
 
Consentimento informado para avaliação física 
 
Art. 01: Dos Objetivos 
 
 Com o objetivo de começar um programa de condicionamento físico de forma mais 
segura, eu, abaixo assinado(a), consinto voluntariamente em fazer testes de esforço. 
 
 Com a interpretação dos dados coletados durante a execução da avaliação espera-se 
obter parâmetros fisiológicos de diagnósticos clínicos e funcionais, bem como a obtenção de 
índices para a adequação da intensidade da atividade física aos níveis de aptidão física do 
avaliado. 
 
Art. 02: Dos Procedimentos 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 
 
122
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 Farei um teste de exercício progressivo que pode ser: no step em um banco, 
pedalando numa bicicleta ergométrica, ou caminhando/correndo numa esteira ergométrica. Onde a 
intensidade do teste será progressiva, começando em uma intensidade menor e aumentando em 
estágios progressivos, a carga inicial de trabalho depende de seu nível de condicionamento físico e 
estado de saúde. O teste poderá ser interrompido a qualquer momento por alterações fisiológicas 
ou fadiga pela atividade, É IMPORTANTE QUE SAIBA QUE VOCÊ PODE INTERROMPER O 
TESTE A QUALQUER MOMENTO, POR CANSAÇO OU QUALQUER OUTRO DESCONFORTO. 
 
 
 
Art.3: Recomendações antes do teste 
 
 Para a realização da avaliação física, deverão ser seguidas, algumas recomendações 
como: marcar com antecedência o horário e a data da realização da avaliação, chegar ao local de 
avaliação com pelo menos 20 minutos de antecedência, trazer, caso possua, um ECG em repouso, 
recente com laudo médico, estabelecer um intervalo mínimo de 2 horas entre a última refeição e a 
realização do teste e não realizar a avaliação em jejum, evitar abusos e excessos na noite anterior, 
ter uma noite repousante entre 6 e 8 horas de sono, evitar o uso de sedativos, evitar fumar com 
pelo menos 4 horas de antecedência da realização do teste, evitar qualquer tipo de atividade física 
no dia do teste, providenciar vestimenta adequada para realização do teste camiseta, 
bermuda(exceto jeans) e tênis para rapazes e camiseta, tope, bermuda (exceto jeans) e tênis para 
moças, comunicar qualquer tipo de alteração no estado de saúde ocorrida nas 24 horas que 
antecederam à realização do teste; 
 
Art.4: Risco e Desconfortos Resultantes 
 
 Existe a possibilidade do aparecimento de alterações, como cansaço, falta de ar, 
tonturas, desmaios, dor no peito e nas pernas, alteração da pressão arterial, e no ritmo cardíaco 
bem como em raras circunstâncias complicações mais sérias, Todo o esforço será feito para 
diminuir esses riscos pela análise dos dados relacionados as informações fornecidas antes da 
execução do teste ligadas com seu estado de saúde e seu nível de condicionamento físico e pela 
monitoração de sinais e sintomas durante a execução da avaliação. Lembrando que 
procedimentos de emergências e pessoal treinado estão disponíveis para lidar com ocorrências 
anormais que possam se apresentar. 
 
Art.5: Da Responsabilidade do Executante 
 
 É necessário o fornecimento das informações o mais completas e fidedignas possíveis 
sobre o seu estado de saúde e nível de condicionamento físico, bem como o relato de experiências 
anteriores de alterações a execução de esforços físicos de fundamental importância na segurança 
de execução e nos valores obtidos com a avaliação. Durante a execução da avaliação é de grande 
relevância a veracidade e precisão das informações fornecidas pelo executante quando solicitado 
pelo avaliador. 
 
Art.6: Das Informações 
 
 Quaisquer dúvidas relacionadas com os procedimentos e com os dados obtidos com a 
avaliação poderão ser esclarecidos com a equipe de avaliadores. 
 
Art. 7: Do Consentimento 
 
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 Desejo fazer tais testes para que possa receber um melhor aconselhamento em 
relação ao meu programa de exercícios, mas estou ciente de que a avaliação não elimina 
totalmente o risco no programa proposto. 
 Estou ciente de que as medidas de pregas cutâneas serão feitas em locais do corpo 
para determinar o percentual de gordura corporal e que farei um teste de exercícios abdominais e 
de flexão de tronco para avaliar fatores relacionados à função lombar. 
 
 
 A adesão para a realização dessa avaliação é voluntária, sendo possível a sua 
interrupção a qualquer momento, a desejo do avaliado. 
 
 Li e compreendi os procedimentos a serem executados, bemcomo os risco e 
desconfortos resultantes, dou meu consentimento para procederem com a realização da avaliação 
acima citada. 
 
________________________________ ____________________________ 
 Assinatura Testemunha 
 
 
São Luis-Ma___/___/20___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO - 2 QUESTIONÁRIO PAR-Q 
1 Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e 
recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica? 
( ) Sim ( ) Não 
2 Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física? 
( ) Sim ( ) Não 
3 Você sentiu dor no peito no ultimo mês ? 
( ) Sim ( ) Não 
4 Você tende a perde a consciência ou cair, como resultado de tonteira? 
( ) Sim ( ) Não 
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Leonardo de Arruda Delgado 
 
5 você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a 
prática de atividade física? 
( ) Sim ( ) Não 
6 Algum médico já recomendou o uso de medicamento para a sua pressão arterail 
ou condição física? 
( ) Sim ( ) Não 
7 Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento 
médico, de alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física 
sem supervisão médica? 
( ) Sim ( ) Não 
 
Se Você Respondeu 
- Sim, para uma ou mais perguntas: você deve procurar um médico 
recentemente, consulte seu médico por telefone ou pessoalmente antes de 
aumentar sua atividade física e/ou fazer uma avaliação de 
condicionamento. Diga a seu médico a que perguntas você respondeu sim 
no PAR-Q ou apresente sua cópia do PAR-Q 
- Não, para todas as perguntas: se você respondeu o PAR-Q 
precisamente, você possui razoável garantia de sua adaptação para um 
programa de exercícios progressivos e uma avaliação de condicionamento. 
	INTRODUÇÃO
	AVALIAÇÃO FUNCIONAL
	Objetivos de uma avaliação funcional
	Unidades metabólicas
	O Consumo máximo de oxigênio (VO2MAX)
	Métodos utilizados para mensuração da capacidade aeróbica
	Testes máximos e submáximos
	Testes utilizados na mensuração da capacidade aeróbica
	Testes ergométricos
	Considerações gerais
	AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIO
	Declaração de consentimento
	Histórico de saúde
	Avaliação médica
	Exame médico
	Exames complementares
	Medidas de repouso
	Aplicação de testes submáximos
	Recomendações antes do teste
	Pré-requisitos para realização do teste
	Equipamentos de urgência
	Condições em que são indicações os testes de esforço
	Condições onde são contra-indicações os testes de esforço
	Critérios para interrupção de um teste de esforço
	Variáveis a serem controlados durante o teste
	Índice de percepção de esforço (IPE)
	Freqüência cardíaca
	Pressão arterial (PA)
	Parâmetros de controle
	Prescrição de atividades
	Encaminhamento médico
	Programa supervisionado
	Programas normais de condicionamento
	PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NA FC
	Protocolo de RUFFIER
	Protocolo de FRED & KASH
	Protocolo de TECHUMSEH
	Protocolo de CONCONI
	Limitações do teste de CONCONI
	PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊN
	TESTES DE CAMPO
	Teste de BALKE de 15 minutos
	Teste de COOPER (corrida de 12 minutos)
	Teste de 2400m (ou 1,5 milha)
	Teste de corrida de 8 min. para crianças
	Teste de corrida de 1000 metros (MATSUDO, 1983)
	Teste de caminhada de uma milha (1609m)
	TESTES ERGOMÉTRICOS
	Protocolos de banco ou testes de degraus
	Protocolo de NAGLE et al
	Protocolo do QUEENS COLLEGE
	Teste de banco de BALKE
	Teste de banco de ASTRAND
	Protocolos de bicicleta ergométrica
	Protocolo de ASTRAND sub-máximo
	Protocolo de ASTRAND máximo
	Protocolo de FOX
	Protocolo de BALKE
	Protocolo de ROCHA
	Protocolo de VON DOBELN
	Protocolo de JONES
	Protocolo do Colégio Americano de Medicina Esportiva
	Protocolo de BRUCE
	Protocolos de Esteira
	Protocolo de BRUCE
	Protocolo de BALKE
	Protocolo de NAUGHTON
	Protocolo de ELLESTAD
	PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA O CONDICIONAMENTO CARDIORRESPI
	Intensidade
	Metodologia de trabalho
	Determinação da FC basal
	Determinação do nível inicial de condicionamento físico
	Estimar a freqüência cardíaca máxima
	Determinação da zona sensível do treinamento
	Prescrição de treinamento pela freqüência cardíaca (FC)
	Prescrição de treinamento pelo VO2Máx
	Prescrição de treinamento pelo sistema de pontos de Cooper
	Prescrição de treinamento utilizando a bicicleta ergométrica
	Orientações gerais
	Freqüência
	Duração
	Tipo de atividade
	REFERÊNCIAS
	ANEXO-1 EXEMPLO DE FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO PARA REALIZAÇ
	ANEXO - 2 QUESTIONÁRIO PAR-Q

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