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Classificação dos Bens no Direito Civil

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Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
 
OS BENS 
Bibliografia: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil 1 – Parte Geral, obrigações, contratos. 
Coordenardo Pedro Lenza – 6ª ed. São Paulo: saraiva, 2016 (fichamento) 
 
ü Parte geral do CC – trata das pessoas (naturais e jurídicas) como sujeito de direitos e 
dos bens como objeto das relações jurídicas que se formam entre os referidos sujeitos. 
 
ü Objeto da relação jurídica é tudo o que se pode submeter ao poder dos sujeitos de direito, 
como instrumento de realização de suas finalidades jurídicas. 
 
ü Esses objetos podem consistir, em sentido amplo: 
 
• Em coisas (nas relações reais) 
• Em ações humanas (prestações, nas relações obrigacionais) 
• Em certos atributos da personalidade, como o direito à imagem; e 
• Em determinados direitos, como o usufruto de crédito, a cessão de crédito, o poder 
familiar, a tutela, entre outros. 
 
CONCEITO: 
- Coisa é gênero do qual bem é espécie. É tudo o que existe objetivamente, com exclusão do 
homem. 
- Bens são coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contem valor 
econômico 
- Os bens são, portanto, coisas materiais, concretas, úteis, aos homens e de expressão 
econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente 
apreciáveis (direitos autorais, de invenção, etc) 
- O ar atmosférico, o mar, entre outros, são insuscetíveis de apropriação pelo homem, e, portanto, 
são chamados de coisa comum, e não podem ser objeto de relação jurídica. Se possível a 
apropriação em porção limitada ( gases comprimidos, por exemplo), se tornam objeto do direito. 
- Res nullius - coisas sem dono, nunca apropriadas por ninguém. Podem ser apropriados a 
depender de regulamentação. Ex.: caça solta, peixes. 
- Res derelicta – coisa móvel abandonada, aquela cujo titular lançou fora com a a intenção de 
não mais tê-la para si. Pode ser apropriada por qualquer pessoa. 
 
Os bens podem ser trocados/vendidos numa relação jurídica por causa de seu valor econômico 
ou pelo interesse que despertam. Eles são classificados dentro do Código Civil dentro do 
livro 'Dos Bens'. 
Além de ser apresentado no Código Civil, os bens são objetos de estudo importantes para as 
suas diferentes classificações, pois não se pode aplicar uma mesma regra a todos os bens, mas 
cada divisão possui uma lei específica. 
 
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS 
 
- Classificação existente no direito romano, não incorporada à nossa legislação. 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
- Corpóreo era o bem que têm existência física, material e poderiam ser tangidos pelo homem. 
- Incorpóreo os que possuem existência abstrata ou ideal e valor econômico, como o direito 
autoral, o crédito, a sucessão aberta. São criações da mente reconhecida 
 
 
PATRIMÔNIO 
- É o complexo de relações jurídica de uma pessoa que tiver valor econômico. 
- É integrado pelos elementos ativos (direitos de ordem privada economicamente apreciáveis) e 
passivos (dívidas), constituindo uma universalidade de direito. 
- É a atividade econômica de uma pessoa, sob o seu aspecto jurídico ou a projeção econômica 
da personalidade civil. 
- Se restringe aos bens avaliáveis em dinheiro, não se incluem as qualidades pessoais (como 
capacidade física ou técnica), as relações afetivas, os direitos personalíssimos, familiares e 
públicos não economicamente apreciáveis. 
- Art. 91, CC traz o conceito de patrimônio da teoria clássica do direito civil, como sendo uma 
universalidade de direito, unitário e indivisível, que se apresenta como projeção e continuação 
da personalidade. 
 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
- O conceito de patrimônio é muito importante para o direito das obrigações, já que é ele que 
responde pelas dívidas, pelas obrigações do devedor. 
 
- Tanto a lei como a jurisprudência caminham no sentido de proteger um patrimônio mínimo, 
visando resguardar a dignidade da pessoa humana. Nesse sentido identificamos a existência de 
preservação do bem de família (lei 8009/90, arts. 1711 a 1722), vedação à doação da totalidade 
do patrimônio, sem que se resguarde um mínimo (CC, art. 548); a impenhorabilidade de 
determinados bens (CPC, art. 833 e 834), entre outros. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
- Feita por critérios de importância científica. 
- O legislador classifica os bens sob diversos critérios, levando em consideração suas 
características particulares. Ora considera suas qualidades físicas ou jurídicas, ora as relações 
que guardam entre si, ora a pessoa do titular do domínio. 
- Um bem pode enquadra-se em mais de uma categoria, conforme as características que ostenta, 
por exemplo: pode um determinado bem ser concomitantemente móvel e consumível, como a 
moeda; imóvel e público, como a praça. 
- O CC disciplina os bens em três capítulos diferentes: 
LIVRO II da Parte Geral, em título Único 
I. Dos bens considerados em si mesmos 
II. Dos bens reciprocamente considerados 
III. Dos bens públicos 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
 
 
 
Bens Considerados em Si Mesmos 
O Código Civil classifica os bens como 'Bens Considerados em Si Mesmos', que por sua vez, 
dividem-se em bens móveis e imóveis. 
Esta classificação se funda na natureza dos bens. 
Efeitos práticos desta distinção: 
• Os bens móveis são adquiridos, em regra, por simples tradição, enquanto os imóveis 
dependem de escritura pública e registro no Cartório de Registro de Imóveis (CC, arts. 
108, 1226 e 1227) 
• A propriedade imóvel pode ser adquirida também pela acessão, pela usucapião e pelo 
direito hereditário (CC, arts. 1238 a 1244, 1248 e 1784) e a imobiliária pela usucapião, 
ocupação, achado de tesouro, especificação, confusão, comistão e adjunção (XX, arts. 
1260 a 1274) 
 
Bens Imóveis 
Os bens imóveis são aqueles que não podem ser deslocados, sem que haja danos em sua 
estrutura. Este conceito vale hoje para os imóveis propriamente ditos ou bens de raiz, como o 
solo e suas partes integrantes, mas não abrange os imóveis por determinação legal, nem as 
edificações. 
O Código Civil, assim descreve os bens imóveis: 
 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
Assim, os imóveis em geral podem ser classificados em : 
ü Imóveis por natureza; 
ü Imóveis por acessão natural; 
ü Imóveis por acessão artificial; 
ü Imóveis por determinação legal. 
 
Þ Bens imóveis por natureza – o solo, a superfície e espaço aéreo é imóvel por 
natureza. Tudo mais o que a ele adere, deve ser classificado como imóvel por acessão. 
- Arts. 1229 e 1230, CC colaboram para este entendimento: 
 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo 
correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário 
opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, 
que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. 
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos 
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentosarqueológicos e outros bens 
referidos por leis especiais. 
 
 
Þ Bens imóveis por acessão natural – Incluem-se nessa categoria as árvores e 
os frutos pendentes, bem como todos os acessórios e adjacências naturais. Compreende as 
pedras, fontes e os cursos de água, superficiais e subterrâneos, que corra naturalmente. As 
árvores quando destinadas ao corte são consideradas móveis por antecipação. 
A natureza pode fazer acréscimos ao solo, que a ele aderem, sendo tratados juridicamente como 
acessórios dele. O fenômeno pode dar-se pela formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono 
de álveo, sendo considerado modo originário de aquisição da propriedade (CC, art. 1248, I a IV), 
de modo que tudo que se incorpora a um bem, fica pertencendo ao proprietário. 
 
 
 
Þ Bens imóveis por acessão artificial ou industrial 
Acessão significa justaposição ou aderência de uma coisa à outra. O homem também pode 
incorporar bens móveis, como materiais de construção e sementes, ao solo, dando origem às 
acessões artificiais ou industriais. 
As construções e plantações são assim denominadas porque derivam de um comportamento 
ativo do homem, isto é, do seu trabalho ou indústria. 
Também constituem modo originário de aquisição da propriedade. 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
Toda construção existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até 
que se prove o contrário (CC, art. 1253). 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
O que se considera é a finalidade da separação, a destinação dos materiais. Assim, o que se tira 
de um prédio para novamente nele incorporar, pertencerá ao imóvel e será imóvel. 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio. 
O inciso I do artigo 81, trata de hipótese muito comum em países como os Estados Unidos, por 
exemplo, em que a pessoa muda de cidade ou de bairro e transporta a casa pré-fabricada para 
assentarem-na na nova localidade. A finalidade do dispositivo ;e destacar que mesmo no 
transporte, a casa ou edifício continuará sendo imóvel para efeitos legais. 
 
Þ Bens imóveis por determinação legal – 
O artigo 80 do CC, assim os considera: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
Trata-se de bens incorpóreos, imateriais(direitos), que não são em si, móveis ou imóveis. O 
legislador, no entanto, para fins de segurança jurídica, o considera imóvel. Trata-se de uma 
ficção da lei. 
• Direitos reais sobre imóveis, de gozo (servidão, usufruto) ou de garantia (penhor, 
hipoteca) são considerados imóveis pela lei, bem como as ações que os asseguram. 
Toda e qualquer transação que a eles se refira, exige o registro competente (art. 1227, 
CC), bem como a autorização do cônjuge (CC, art. 1747, I) 
• Direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens 
deixados pelo de cujus sejam todos móveis. Nesse caso, o que se considera imóvel não 
é o direito aos bens componentes da herança, mas o direito a esta como uma unidade. 
A lei não cogita das coisas que estão na herança, mas do direito a esta. A renuncia à 
herança é, portanto, renuncia à imóvel e deve ser feita por escritura pública ou termo 
nos autos (CC, art. 1806), mediante autorização do cônjuge se for casado. Pelo mesmo 
motivo a cessão de direitos hereditários deve ser feita por escritura pública, com 
autorização do cônjuge, se casado o cedente. 
 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
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Bens Móveis 
Os bens móveis são aqueles que podem ser deslocados, sem prejuízos em sua estrutura, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social . Eles podem ser adquiridos por 
herança, comprados. Ex.: livros, eletrodomésticos, celular, etc. Podem ser classificados em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Bens móveis por natureza (art. 82) – são bens que podem ser transportados 
naturalmente ou por uma pessoa. 
Ex.: Uma casa pré-fabricada, enquanto exposta a venda ou transportada, não pode ser 
considerada imóvel, nos termos do artigo 81,I, posto que destinada a comercialização sem nunca 
antes ter sido assentada sobre as fundações construídas pelo adquirente. Quando isto 
acontecer, será imóvel, em face da nova destinação econômico-social. 
 
Esta categoria se subdivide em semoventes e móveis propriamente ditos, sendo que a 
doutrina ainda menciona a existência de móveis por antecipação. 
 
Semoventes – São suscetíveis de movimento próprio, como os animais. Movem-se de um local 
para outro por força própria. Recebem o mesmo tratamento jurídico dispensado aos bens móveis 
propriamente ditos. 
Móveis propriamente ditos – São aqueles que admitem remoção por força alheia, sem dano, 
como objetos inanimados, não imobilizados por sua destinação econômico-social. Ex.: moedas, 
títulos da dívida pública e de dívida particular, mercadorias, ações de companhias, objetos de 
uso, etre outros. 
 
Art. 84, CC - Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio. 
Estes últimos, não perdem a qualidade de imóveis, se houver a intenção de reemprega-los ma 
reconstrução do prédio demolido. 
 
- Gás – via tubulaçãoo ou embutijamento – bem móvel 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
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- Navios e aeronaves são móveis propriamente ditos. Poderão ser imobilizados para fins de 
hipoteca (direito real de garantia sobre imóvel – CC, art. 1473, VI e VII; Código Brasileiro de 
Aeronáutica – lei 1565/86, art. 138) 
 
• Bens móveis por determinação legal – (art. 83, CC) 
 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Móveis com fins legais, como as energias com valor econômico, direitos pessoais patrimoniais e 
suas ações, direitos reais sobre os objetos móveis e suas ações. 
Ex.: o direito autorial sobre um objeto móvel, ou seja, todos a produção intelectual, como 
patentes, desenho industrial, obras artísticas, corrente elétrica – Bem móvel (CC, art. 83, I) 
 
São bens imateriais, que adquirem esta qualidade jurídica por disposição legal. Incluem-se neste 
rol o fundo de comércio, as quotas de sociedade empresária, os direitos do autor (lei 9610/98, 
art. 3º), os créditos em geral. 
Os direitos reais mencionados no inciso II compreendem o gozo e a fruição sobre os objetos 
móveis (propriedade, usufruto), como os de garantia (penhor, hipoteca) e as ações a eles 
correspondentes. 
O inciso III refere-se aos direitos pessoais ou direitos de obrigação , de caráter patrimonial, que 
são suscetíveis de circulação jurídica e as respectivas ações. 
 
• Bens por antecipação – aqueles incorporados ao solo, mas com a intenção de separa-
los oportunamente e converte-los em móveis, como por exemplo, as árvores cortadas 
para a produção de um determinado produto, os frutos ainda não colhidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
 
 
Bens Fungíveis e Infungíveis 
- Os bens fungíveis são aquelesque podem ser trocados por outros semelhantes, conforme a 
qualidade e a quantidade. (art. 85, CC) Ex.: dinheiro, roupa, gado, etc. 
- Os bens infungíveis não podem ser trocados, pois são únicos. Ex.: uma escultura, um quadro 
famoso, etc. 
É importante destacar que um bem fungível poderá rapidamente se tornar infungível em 
determinada situação. Por exemplo, como foi dito, o dinheiro é um bem fungível, mas se o 
indivíduo for um colecionador ele se tornará infungível, pois esse indivíduo irá considerá-lo único. 
A fungibilidade é característica dos bens móveis (art. 85, CC). No entanto, pode acontecer, em 
certos negócios, a fungibilidade venha a alcançar imóveis, por exemplo, no ajuste entre sócios 
de um loteamento sobre eventual partilha em caso de desfazimento da sociedade, quando se 
retira certa quantidade de lotes. Enquanto não lavrada a escritura, será ele credor de coisas 
fungíveis, determinadas apenas pela espécie, qualidade e quantidade. 
A fungibilidade é o resultado da comparação entre duas coisas que se consideram equivalentes. 
Os bens fungíveis são substituíveis porque são idênticos, econômica, social e juridicamente. 
Pode resultar, também, da vontade das partes. Ex.: a moeda é um bem fungível, mas 
determinada moeda pode tornar-se infungível para um colecionador. 
Esta conceituação tem importância prática por exemplo, na distinção entre mútuo, que só recai 
sobre bens fungíveis (CC, art. 586) e comodato, que tem por objeto bens infungíveis (CC, art. 
579). 
 
Bens Consumíveis e Inconsumíveis 
- Os bens consumíveis são aqueles são rapidamente eliminados ou consumidos. Ex.: 
alimentos, bebidas, etc. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. 
• Consumíveis de fato – aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância da coisa, como os gêneros alimentícios. Exaurindo-se em um só ato. 
• Consumíveis de direito – os que se destinam à alienação, como as mercadorias de um 
supermercado. 
Tais qualidades levam em consideração o sentido econômico dos bens. 
- Os bens inconsumíveis são aqueles que podem ser usados por um longo período, sem 
destruição da substância, não se destroem rapidamente. Ex.: roupas, etc. 
 
Precisamos sempre observar a destinação econômica: 
Ex.: livros – em uma livraria, são consumíveis. Nas prateleiras de uma biblioteca, inconsumíveis. 
 
A consuntiblidade decorre: 
a) Da natureza do bem ou 
 
b) Da vontade das partes 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
- Resulta da destinação econômica dada ao bem. Um bem consumível pode se tornar 
inconsumível pela vontade do dono. Ex.: uma garrafa de bebida rara emprestada para uma 
exposição, que deve ser devolvida. 
Bens Divisíveis e Indivisíveis 
 
- Os bens divisíveis são aqueles que podem ser repartidos, sendo que após essa fragmentação 
será possível, apenas ter a parte econômica do todo. Ex.: terreno, barra de ouro, etc. (art. 87, 
CC) 
 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 
São divisíveis os bens que podem ser partidos em porções reais e distintas, formando cada qual 
um todos perfeito. 
O CC introduziu, ainda, o critério da diminuição do valor. Logo o bem que pode ser 
aparentemente divisível, deixará de sê-lo se houver perda significativa de valor. 
Ex.: 10 pessoas herdam um brilhante de 50 quilates. O que vale muito mais que 10 brilhantes de 
5 quilates. 
 
- Os bens indivisíveis são aqueles que não podem ser repartidos, caso contrário, o bem perderá 
o seu valor econômico. Ex.: animal, navio (deverá ser hipotecado), relógio, etc. (art. 88) 
 
 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei 
ou por vontade das partes. 
 
- Podem ser: 
• Indivisíveis por natureza (indivisibilidade física ou material) – os que não podem ser 
fracionados sem alteração da sua substância, diminuição do valor ou prejuízo do uso. 
As obrigações também são divisíveis ou indivisíveis conforme o objeto da prestação (CC, 
art. 257 e 258) 
• Indivisíveis por determinação legal (indivisibilidade jurídica) : quando a lei 
expressamente impede seu fracionamento , como no caso das servidões prediais (CC, 
art, 1386), da hipoteca (art. 1421) e do direito dos coerdeiros quanto à propriedade e 
posse da herança até a partilha (art. 1791). 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
• Indivisíveis por vontade das partes (indivisibilidade convencional): neste caso, o acordo 
tornará a coisa comum indivisa por prazo não maior que cinco anos, suscetível de 
prorrogação ulterior (CC, art. 1320,§1º) Se a indivisão for estabelecida pelo testador, não 
poderá exceder de cinco anos (§2º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A aplicação pratica destes conceitos influencia em várias áreas do direito, 
especialmente no que concerne aos condomínios, pois conforme a divisibilidade ou 
indivisibilidade, diferente será o procedimento para sua extinção. (CC, art. 1320 e 
1322) 
 
 
Bens Singulares e Coletivos 
- Bens singulares são bens, que mesmo reunidos, são considerados individuais e 
independentes. (art. 89, CC) Ex.: um boi, um carro, mesmo fazendo parte de outra coisa maior 
(boiada, concessionária), podem ser vendidos separadamente. 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. 
 
Espécies de bens singulares: 
• Simples – quando suas partes, da mesma espécie, estão ligadas pela própria natureza, 
como um cavalo, uma árvore. 
• Compostos – quando as suas partes se acham ligadas pela indústria humana, como um 
edifício. As coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua identidade, 
chamam-se partes integrantes. Se perdem a identidade, chama-se partes componentes. 
As partes integrantes, como as peças das maquinas, podem ser separadas do todo, as 
componentes, como o cimento de uma parede, não. 
 
 
- Bens coletivos são bens considerados universais de fato (rebanho) ou de direito (patrimônio). 
São aqueles que, sendo compostos de várias coisas singulares, se considera em conjunto, 
formando uma unidade, que passa a ter uma individualidade própria, distinta da dos seus objetos 
componentes, como um rebanho, uma floresta. 
Espécies de bens coletivos: 
• Universalidade de fato - art. 90, CC 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações 
jurídicas próprias. 
- Determinados bens só tem valor econômico e jurídico quando agregados: um par de sapatos 
ou de brincos, por exemplo. 
 
• Universalidade de direito - art. 91, CC 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
- Herança, patrimônio, fundo de comércio, massa falida. 
- Enquanto a universalidade de fato se apresenta como um conjunto ligado ao 
entendimento particular (decorre da vontade do titular), a universalidade de direito, 
decorre da lei, da pluralidade de bens corpóreos e incorpóreos que a lei, para certos efeitos 
atribuiu o caráter de unidade. 
 
 
Bens Reciprocamente Considerados 
 
- Leva e consideração a relação entre os bens. E os classifica em principais e 
acessórios 
Bens Principais e Acessórios 
• Bem principal é o que tem existência própria, autônoma, que existe por si. São bens quesão independentes de outros. Ex.: um terreno. 
• Bem acessório é aquele cuja existência depende do principal. Assim, o solo é o bem 
principal, porque existe por si, concretamente, sem qualquer dependência. A árvore, por 
sua vez, acessório, porque sua existência supõe a do solo onde foi plantada. 
 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele 
cuja existência supõe a do principal. 
A acessoriedade pode existir entre coisas e direitos, pessoais ou reais. Os contratos de locação 
e de compra e venda, por exemplo, são principais. A fiança e a cláusula penas neles estipulada, 
acessórios. 
• O bem acessório segue o destino do principal. Para que não seja assim, precisa haver 
pactuação em sentido contrário, ou disposição legal (art. 1284, CC). Assim, extinta a 
obrigação principal, extingue-se, também a obrigação acessória(CC, art. 233; 287; 
1392); 
• A natureza do acessório é a mesma do principal: se o solo é imóvel, a árvore a ele 
anexada também o é. 
• O proprietário do principal é proprietário do acessório. Predomina o princípio segundo o 
qual tudo o que se incorpora a um bem, fica pertencendo ao seu proprietário, podendo 
o fato ocorrer por formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo, plantações e 
construção. (CC, art, 237; 1209, 1248) 
 
 
 
Direito Civil – 2019.1 – 2º semestre 
Profª Cristhiane Bessas Juscelino 
- Classes de bens acessórios: 
ü Produtos – aqueles que são extraídos de algo diminuindo a sua quantidade, porque não 
se reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais, que se extraem das pedreiras e 
das minas. 
 
 
ü Frutos – são utilidades que uma coisa periodicamente produz. Aqueles produzidos em 
um período, sendo que se retirados não irão afetar o valor da coisa. Caracterizam-se por três 
elementos: 
 
a) Periodicidade 
b) Inalterabilidade da substancia da coisa principal 
c) Separabilidade desta 
 
- Espécie de frutos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto à origem: 
• Naturais – se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica 
da própria natureza, como os frutos das árvores, as crias dos animais; 
• Industriais – os que aparecem pela mão do homem, isto é, surgem em razão da atuação 
humana sobre a natureza, como a produção de uma fábrica 
• Civis – são os rendimentos produzidos pela coisa em virtude de sua utilização por outrem 
que não o proprietário, como os juros e os alugueis. 
Quanto ao estado: 
• Pendentes – enquanto unidos à coisa que os produziu 
• Percebidos ou colhidos – depois de separados 
• Estantes, os separados e armazenados ou acondicionados para venda; 
• Percipiendos – os que deveria, ser, mas não foram, colhidos ou percebidos e 
• Consumidos – os que não existem mais porque foram utilizados 
 
Importante saber que o possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos, não aos pendentes, nem aos colhidos por antecipação (CC, art. 1214). O possuidor 
de má-fé não tem direito aos frutos, devendo restituir os colhidos e percebidos (art. 1216). 
 
 
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ü Pertenças – bens móveis que não constituindo partes integrantes (como são os frutos e 
produtos e benfeitorias), estão afetados de forma duradoura ao serviço ou ornamentação de 
outro, como os tratores destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola e os 
objetos de decoração de uma residência. Não são fundamentais para a utilizaç˜åo do bem 
principal. 
 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 
 
ü Benfeitorias – são bens acessórios qualquer que seja seu valor (CC, art. 96). 
 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
 
• necessárias, quando feitas para conservação (obras, pagamento de impostos, etc.); 
Duplo ponto de vista: 
- quando se destina à conservação da coisa, seja para impedir que pereça, seja para conserva-
la juridicamente; 
- quando visa permitir sua normal exploração (despesas realizadas com adubação, esgotamento 
de pântanos, culturas de toda espécie, máquinas e instalações) 
 
• úteis, o conceito é negativo: não se enquadram na categoria de necessárias, mas 
aumentam objetivamente o valor do bem. Elas facilitam ou aumentam o uso do bem. 
Ex.: acréscimo de um banheiro, de uma garagem na casa. 
 
• voluptuárias, só consistem em objetos de luxo e recreio como jardins, mirantes, fontes, 
cascatas artificiais, bem como aqueles que não aumentam o valor venal da coisa no mercado 
em geral ou só aumentam em proporção insignificante, como preceitua o §2º do art. 967, CC 
 
A importância da distinção revela-se nos efeitos da posse e no direito de retenção (CC, art, 
1219), no usufruto (art. 1392 e 1404,§2º), na extinção de condomínio (CC, ar. 1322), no direito 
de família (art. 1660, IV), no direito das obrigações (art. 453 e 878) e no direito das sucessões 
(art. 2004, §2º) 
 
 
Bens quanto ao titular do domínio 
Bens Públicos e Particulares 
- Os bens públicos são aqueles que pertencem a órgãos públicos, ou seja, da União, dos 
Estados e Municípios. 
 
 
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Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. 
- Os bens particulares são definidos por exclusão. Todos os outros, seja a qual for a pessoa 
que pertençam. 
 
Os bens públicos são classificados em: 
Bem de uso comum – é aberto e é de livre acesso a todas as pessoas. Ex.: praia, ruas, praças, 
etc. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
 
- não perdem essa característica se o Poder Público regulamentar o uso ou torna-lo oneroso, 
cobrando pedágio, por exemplo. 
- o povo tem direito de usar, mas não tem o domínio do bem. 
 
 
Bem de uso especial – se destinam à execução dos serviços públicos, inclusive os das 
autarquias, dos órgão da administração. São utilizados exclusivamente pelo Poder Público. 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Ex.: escolas públicas, quarteis, etc. 
 
Bens dominicais – ou do patrimônio disponível são os que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma das entidades. 
Art. 99. São bens públicos: 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Ex.: terras devolutas, estradas de ferro, oficinas e fazendas pertencentes ao Estado. 
Podem ser alienados, se não estiverem afetados a uma finalidade específica, observados as 
exigências da lei (CC, art. 101) 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.- Bens públicos de uso comum do povo e de uso especial são inalienáveis e, por consequência, 
também possuem as características da imprescritibilidade, da impenhorabilidade e da 
impossibilidade de oneração. 
- A inalienabilidade não é absoluta, salvo para aqueles que por sua própria natureza, são 
insuscetíveis de valoração patrimonial (mares, prais, rios). Os demais, poderão ser alienados 
desde que sofram DESAFETAÇÃO. 
 
 
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- DESAFETAÇÃO é a alteração da destinação dos bem visando incluir bens de uso comum do 
povo ou bens de uso especial, na categoria de bens dominicais, para possibilitar a alienação. 
Isto deve ser feito por lei ou ato administrativo . 
- Por sua vez, os bens dominicais, que possuem a característica da alienabilidade, podem perde-
la pela afetação, que é o ato ou fato pelo qual um bem passa da categoria de bem do domínio 
privado do Estado para a categoria de bem do domínio público. 
 
A afetação e desafetação podem ser: 
a) expressas: decorrem de ato administrativo ou lei 
b) tácitas: resultam de atuação direta da administração, sem manifestação expressa de sua 
vontade, ou de fato da natureza. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
- Nem mesmo os bens dominicais podem ser usucapidos, Nenhum bem público se sujeita ao 
usucapião. 
 
 
 
 
 
 
 
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