CRIMES PASSIONAIS QUALIFICADO X PRIVILEGIADO?

Prévia do material em texto

são jose
2017
 
CRIME PASSIONAL
HOMICÍDIOS
Trabalho apresentado ao Curso de direito da Instituição Anhanguera.
Orientador: Prof(ª). Alexandre Machado Navarro Stotz 
São Jose
2017
SUMÁRIO
1. Introdução
1.1 Problema	
2.2	Objetivos Específicos ou Secundários	
3.	JUSTIFICATIVA	
4.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	
5.	METODOLOGIA	
6.	CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO	
	
1 INTRODUÇÃO
O presente tema tem por objetivo abordar esse crime que e não tem previsão penal, mas se enquadra na figurara privilegiada do artigo 121 parágrafo 1º do CP. 
Algumas indagações nortearão a pesquisa para alcançar nossa finalidade. Na sequência aparecem os objetivos que se pretendem alcançar para a conclusão proveitosa do estudo. A justificativa que revela a importância e a inegável atenção que se dá aos fatos relacionados com o que será descrito, tanto para a sociedade em geral, para a sociedade acadêmica, quanto para a própria instituição pesquisada, quanto para o pesquisador.
 O tema em estudo nos traz alguns questionamentos que nos orientaram no percurso de nossa pesquisa na busca de informações, orientações no sentido de alguma forma contribuir para que medidas eficazes sejam empregadas. 
O PROBLEMA
Utilizou se dados\informações com o intuito de responder ao problema de pesquisa, para tanto, nos questionamos quais seriam as medidas jurídicas adequados para quem comete tal crime? Sobre o objeto de nosso tema em questão a procura de respostas, iniciou-se a pesquisa delimitando a amplitude jurídica da expressão crime passional, resultando à verificação da extensão que alguns sentimentos, podem assumir no íntimo de um indivíduo, a ponto de leva lo a cometer tal crime, a sanção aplicada no ordenamento jurídico atual seria a mais adequada? 
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAL OU PRIMÁRIO
O objetivo geral que pretende se alcançar no presente trabalho é a constatação da necessidade de ações mais ativas, como objetivo principal pesquisar quais os motivos que levam a esse resultado.
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
Comparar os dados do cenário nacional, mundial e regionais, na busca de informações sobre a parcela da sociedade que mais é atingida nesse aspecto criminal. 
Avaliar bibliograficamente os diferentes posicionamentos acerca da punibilidade sua configuração dentro do ordenamento jurídico. 
Apontar a contextualização das medidas adotadas e sua evidência para construção de discussões governamentais, possibilitando garantir os direitos fundamentais, dentro da a liberdade e a segurança instituídos pela constituição federal e possibilitar uma nova perspectiva para o legislador no tocante ao tipo penal e suas causas de diminuição da pena. 
Analisar a medidas adotadas para garantir que pessoas com algum tipo de transtorno de comportamento movido pela paixão que cometeram essa conduta punível, possam ter um tratamento médico (psicológico/psiquiátrico) associada a pena.
 
3 JUSTIFICATIVA
Dentre as várias espécies de homicídio, crime passional, por se tratar de um crime distinto, diferencia-se dos demais pela gama de emoções envolvidas que vai da cogitação até a sua efetivação. A necessidade em comparar dados do cenário nacional se justifica em função dos alarmantes em torno do crime com essa motivação (passional) sendo de suma importância a discussão pois o crime ocorre em todos os segmentos da sociedade.
O posicionamento de alguns doutrinadores em relação à legislação no caso especifica, será abordada, sendo enriquecedor para exploração do tema e discussões das autoridades governamentais, possibilitando garantir os direitos constitucionais e vislumbrar a perspectiva para o código penal.
 O principal ponto a ser abordado será no sentido de garantir que esses indivíduos que cometeram uma conduta punível, devam ter a punição adequada, com intuito de após pagar pelo crime cometido, voltem a viver em sociedade sem oferecer riscos. 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O crime motivado pela paixão, onde sentimentos extremos se sobrepõem a lucidez abarrotado de emoções levado ao mais alto grau de intensidade, extremamente dominador, denomina se crimes praticados sobre essa emoção de crimes passionais, O fundo emocional deve estar envolvido para tal denominação motivação para que o autor cometa o ato é o sentimento envolvido. O homicídio está entre esses crimes e é alarmante o número de casos com esse fundo emocional em nossa sociedade. Baseado em índices elevadíssimos, nos perguntamos quais seriam as medidas eficazes a aplicação da pena para quem comete crimes dessa A Cerca do homicídio Nucci comenta:
Sabe- se que muitos agentes, mormente em delitos passionais, alegando ciúmes, matam suas vítimas. (2015,p.622).
 Dessa forma observamos presente esse sentimento nos crimes dessa eu natureza sendo que o agressor na maioria dos casos é do sexo masculino, o sexo feminino está presente em número muito menor nos casos de homicídios com fundo emocional Sendo o crime passional uma forma de fazer justiça com as próprias mãos, reflexos de uma sociedade, onde a educação é extremamente machista ,onde o homem se sente possuidor daquela que tem sob seu domínio, sua esposa, namorada, noiva etc. os casos registrados de mulheres que mataram seus maridos por se sentirem traídas ou desprezadas são raros. Na maior parte das vezes, o é cometido por homens, pois se acham possuidores de suas mulheres. Para mudanças significativas ocorrerem em primeiro lugar a sociedade tem que mudar seu comportamento machista, para a Gastão da Rosa (2006, p. 73) faz um comentário a cercada conduta criminosa nesse comportamento especifica: A grande tragédia do crime passional é que ninguém sabe o que faria sem ter tido a experiência própria. Remete-nos ao pensamento acerca do criminoso passional, que em tese não é um criminoso “comum”, ele agiu em caso especifico, se não estivesse presente o sentimento em questão (Paixão), teria ele praticado tal conduta?
Sendo assim, a emoção não exclui a imputabilidade, uma vez que o sistema psicológico, no código penal brasileiro em vigor atualmente não é adotado e a ausência da capacidade intelectual na ocasião da ação, não é relevante dessa forma culpabilidade não é afastada. Os crimes passionais compõem circunstâncias de natureza objetiva, em relação a diminuição ou agravo da pena: homicídios privilegiados e qualificado
 Conforme explica Eluf (2003, p. 164):
 O homem que mata a companheira ou ex-companheira, alegando questões de “honra”, quer exercer, por meio da eliminação física, o ilimitado direito de posse que julga ter sobre a mulher e mostrar isso aos outros. Não é por acaso que a maioria dos homicidas passionais confessa o crime. Para eles, não faz sentido matar a esposa supostamente adúltera e a sociedade não ficar sabendo...
 
A maioria se diante de uma educação e posicionamento machista entende que são donos, proprietários de suas parceiras e agem dessa forma levando em consideração acreditar que se elas não ficarem com eles, não fica com mais minguem.
 Conforme Farias Junior (2012, p.100):
Crimes e danos seriam evitados, vidas e sacrifícios seriam poupados se houvesse oportunas e possíveis intervenções na vida e nos destinos das pessoas, pois a criminalidade tem sinais premonitórios, indícios e indicadores do futuro comportamento criminoso. 
Mirabete discorre:
Poderíamos evitar? Que indícios seriam esses? Se eles nos dão sinais, cabe aos envolvidos saber identificar esses sinais dessa forma evitando o desfecho muitas vezes trágico.
Mirabete em seus escritos faz referência a esse poder (posse) ele nos relata sobre esse sentimento de posse tão prejudicial ao relacionamento que causa grandes estragos nas vidas das pessoas envolvidas 
 
Sob a influência do conceito bastante difundido de que quem não defende seu amor, sobre o qual tem genuínos direitos de propriedade, perde a honra e merece a reprovação social, tem-se decidido pela existência de legítima defesa da honra nos casos em que o marido mata a esposa adúltera,mas essa posição vem cedendo, mesmo nos tribunais populares, à orientação de que não há, no caso, a excludente da antijuridicidade. (2011, p.64) 
. Na modalidade de homicídio privilegiado tem como distinção três requisitos: emoção violenta do agente, injusta provocação da vítima e a provocação e a reação. O homicídio cometido sob domínio de violenta emoção não exclui a responsabilidade no entanto, poderá ser considerado privilegiada a como causa de redução de pena prevista no Artigo 121, §1º do Código Penal Brasileiro. 36 Art. 121: “Matar alguém: §1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.
O crime deve ocorrer enquanto perdurar o domínio e violenta emoção caso contrário testaremos nos referindo a vingança ou desforço tardio. Existe o requisito temporal a legislação exige que seja logo em seguida a injusta provocação da vítima.
 Ao tipo penal simples determinadas circunstâncias de natureza objetiva ou subjetiva estão inclusas com função de diminuição da pena. Quanto ao seu aspecto objetivo, podem ser simples, privilegiadas ou qualificadas. Na análise do homicídio passional, interessa o tipo privilegiado, que vai atenuar a pena, e o tipo qualificado, que vai agravar a pena. O privilegiado encontra-se definido no §1º do art. 121 do Código Penal: “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”. O homicídio privilegiado ocorre nos chamados autênticos passionais que, movidos pela violenta emoção, pode levar ao crime mediante injusta provocação da vítima. 
Essa é mentalidade do homem que mata sua companheira, um comportamento extremamente machista, autoritário dominador, uma vez que a companheira o renega, sente se ferido em sua “honra” e resolve a “sua maneira” a questão. “O juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”, temos correntes que tendem pros dois lados, alguns concordam que se enquadre em crime privilegiado e outros discordam Eluf (2003, p. XVI) acrescenta: 
 Se não é possível, ainda, evitar os homicídios decorrentes de relacionamentos amorosos fracassados, pelo menos que se faça justiça, tratando-se os homicidas, passionais ou não, com todo o rigor que eles merecem. Sendo julgados da forma mais coerente possível, sem privilégios decorrentes da emoção. 
Salientamos que essa prática delituosa, em nome da defesa da “honra” era vista como ato de nobreza na antiguidade, sendo que o homem traído poderia “lavar” sua honra matando a traidora.
 Além de todas as teses o réu tem direito à defesa, e temos a causa diminuição da pena, que no homicídio privilegiado, prevista pelo §1º do artigo 121 do Código, devemos destacar que, em muitos casos, reconhecido pelo tribunal do júri, cabendo ao juiz na fixação da pena, definir o quantum a ser aplicado, pois estamos falando de crime Contra a vida, será julgado pelo tribunal do júri e cabe aos jurados e ao juiz a definição baseada nos fatos e provas apresentados ao veredito. Nesse tipo de crime cabe salientar o questionamento a respeito da pena, sendo qualificado ou privilegiado, tendo fundo emocional, não seria o caso de submete lo a um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, sendo que o que motivou o ato está baseado num certo descontrole emocional 
5 METODOLOGIA
A finalidade desse estudo é realizar uma pesquisa aplicada, utilizará informação da pesquisa básica para chegar a uma solução do problema ou ao não, uma vez que alguns questionamentos serão lançados. Para melhor apreciação pesquisa, está dentro da classificação: pesquisa exploratória. A pesquisa bibliográfica está presente utilizou se materiais já elaborados: livros, artigos científicos, revistas, documentos eletrônicos e enciclopédias e entrevistas na busca de dados, informações sobre o tema: crimes passionais-Homicídios. Confrontando tal conhecimento com abordagens já divulgadas por outros autores.
A pesquisa bibliográfica, exploratória, nos apresenta o problema, tornando-o esclarecedor, hipóteses através de levantamento bibliográfico entre outros meios de pesquisa. Sendo um tipo de pesquisa muito peculiar, ela assume a forma de um estudo de caso na maioria das vezes. Como procedimentos, a importância de pesquisa Bibliográfica, sendo que utilizaremos material já publicado, composto de livros, também entendemos como um procedimento admirável a pesquisa bibliográfica como procedimento técnico. O enfoque do tratamento da coleta de dados no que diz respeito à pesquisa, será bibliográfica, uma vez que, esse tipo de pesquisa implica em dados e informações importantes para sua realização foram alcançados a partir do conhecimento de autores renomados através livros, artigos científicos e revistas especializadas, entre outras fontes. O problema foi direcionando a pesquisa para as áreas de utilizar técnicas ajustadas à aplicabilidade da medida de segurança, a fim de garantir os preceitos constitucionais. E ainda a pesquisa como pesquisa bibliográfica, sendo este com a aplicação da medida de segurança como um recurso jurídico que o estado impõe aos sujeitos com transtorno mental para cumprir uma finalidade de assistência terapêutica e social, e não deve ser uma pena perpétua, impetuoso e excludente. Uma análise geral de alguns casos reais será feita, ao analisar dados do cenário nacional chegamos a alguns números alarmantes, os dados coletados nos mostram a realidade machista que ainda hoje nossa sociedade é submetida. Levantaremos algumas perspectivas em relação ao tema analisar bibliograficamente os diferentes posicionamentos da forma como deve ser julgado, a respeito da tipificação, suas qualificadoras, causas de aumento e diminuição da. Pena. .
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2017
	2018
	2018
	
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	X
	X
	X
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição dos objetivos, justificativa.
	X
	X
	X
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição da metodologia.
	
	
	
	X
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	
	
	X
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	
	
	X
	
	
	
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
	x X
	X
	Xxxxxxx
	x
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
	X X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
	X
	X X
	X
	X
	X
	X
	X
	
X
	X
	X
	X
	X
	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
	X
	X X
	X
	X
	X
	X
	X
	
X
	X
	X
	X
	X
	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
	X
	X X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X X 
	X
	X
	X
	X
	
X
	X
	X
	X
	X
	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X X
	X
	X
	X
	X
	
X
	X
	X
	X
	X
	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	Xx X 
	XX
	X
	X
	X
	X
 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848. 1940. In: BRASIL [Leis etc.]. Vade mecum. Obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 16. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2016. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. V. 2. 
DIP, Ricardo; MORAES JUNIOR; Volney Correa Leite de. Crime e castigo: Reflexões politicamente incorretas Campinas, Ed. Millennium, 2002 
ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus: casos passionais célebres: de Pontes Vesgueiro a Pimenta Neves. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
FARIAS JUNIOR. Manual de criminologia. 4, Curitiba, Ed Jurúa, 4 reimpressão, 2012
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal. Parte Especial. Arts. 121 a 234 do CP. São Paulo: Atlas, 2003. V. 2. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal: 11. ed. ver. e atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense,2015
ROSA FILHO, Cláudio Gastão da. Crime passional. 2, Florianópolis: ed. Habitus, 2006.