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Direito tributário 2

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DIREITO TRIBUTÁRIO
2° BIMESTRE 
Aula Thiago Dansenter.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE - relaciona-se a ideia de justiça {o que busca através do princípio da igualdade é a justiça}.
Artigo 5°, caput da CF.
Artigo 150, II da CF.
Promovendo a igualdade a partir da observância da capacidade contributiva.
	A igualdade tem que observar alguns fatores: o primeiro se há um fator de discriminação {posso justificar um tratamento desigual, se não houver não posso justificar o tratamento desigual}. Por exemplo artigo 150, I da CF, em que a união tem que estabelecer um tratamento uniforme {situação equivalente}, porém após a pontuação do artigo faz um estabelecimento de tratamento de tributação que não seja uniforme {qualquer região que exija um tratamento diferenciado}, tendo isso eu posso avaliar um tratamento diferenciado.
	O segundo fator, tem que verificar uma correlação logica entre o fator de discriminação {nexo entre o fator e o tratamento diferenciado}. Quando não é possível observar isso eu tenho uma quebra de igualdade. Artigo 151 da CF, em que eu concedo a isenção em determinado estado {a reação natural de empresas de se instalar nesses locais}, o meio está atrelado/com correlação logica.
	Terceiro fator, deve estar de acordo com os valores e princípios constitucionais {interesses constitucionais}.
AULA 01 – 30/04/2019
PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
Fator discriminatório 
1º fator discriminatório – questões reais da pessoa física e jurídica. 
Havendo um fator discriminatório ele não sendo neutro e não invidualizando uma única pessoa.
Pois se houver um fator neutro de discriminação – eu não discriminei, eu não diferencie as pessoas. É necessário diferenciar as pessoas a depender do regime jurídico, e a depender do regime jurídico eu não posso diferenciar as pessoas.
Exemplo: vai ter isenção do imposto de renda quem tem áurea roxa, não consigo fazer a análise da regra tributária. 
Exemplo: os taxistas tem a isenção do IPI; as pessoas com deficiência têm isenção do imposto de renda; quem tem renda de 2 mil reais sofre regime diferenciado de quem recebe 20 reais mês.
Todas as regras tributarias é necessário realizar um exame de igualdade, o exame irá começar na análise do fator discriminatório para ver se ele é neutro ou não. 
2º O critério discriminatório tem correlação de pertinência lógica, essa distinção não é vedada. 
Visto isso, é necessário fazer uma análise da correlação de pertinência logica existente neste critério e o regime jurídico diferenciado que se estabeleceu e eu estou analisando.
Por exemplo: existem alguns fatores discriminatórios que são vedados, como por exemplo o artigo 5° da Constituição Federal, sendo vedada qualquer distinção.
Assim, o Celso Antônio Bandeira de Melo – “um edital da polícia militar para preencher os cargos da polícia feminina, prevê que é vedada a participação de homens” – este edital prevê vedada a participação de homens, não deve ser considerado inconstitucional. Pois o fator discriminatório tem correlação de pertinência logica com o regime jurídico diferenciado que se buscou.
Outro exemplo dado no livro – é um estudo para aquelas pessoas que tenham determinada doença que só se manifesta em pessoas de pele branca, e a regra que se estabelece na pesquisa é que seria vedada a participação de pessoas negras – é feita uma discriminação – está segregação não é inconstitucional, porque tem correlação de pertinência lógica.
Outro exemplo: uma das regras para ser preenchido para ser agente da polícia federal, de pelo menos três barras, saltar de pés juntos por 2 metros, é um fator discriminatório, não individualiza em uma determina situação e possui uma correlação de pertinência logica. Mas não pode ser considerado um de correlação de pertinência logica a pessoa estaria excluída por possuir apenas um testículo.
Por exemplo: o bombeiro militar que foi excluído do exame por ter 9 caries. O entendimento do Supremo foi declarado constitucional, porque a saúde bucal dele vai interferir nas habilidades físicas dele, porque o sujeito possui nove caries terá vários afastamentos. Tem correlação de pertinência logica e é razoável.
Também no exército possui um fator discriminatório de que a pessoa se possui mais de 1,90 seria levado diretamente a polícia do exército. Este critério de altura é considerado constitucional ou inconstitucional? O supremo teve entendimento a partir de um critério objetivo, de que a altura cria uma sensação maior de proteção, independentemente das demais caraterísticas.
3º Verificar se há consonância constitucional do regime jurídico diferenciado. 
A Lei 11.196/05, artigo 41 – vedação do crédito de PIS/COFINS sobre “aparas”.[1: Papeis, metais, plásticos. Os aparistas de papel são os coletores de papel.]
Por exemplo: eu fabrico garrafas de água, é feita de plástico e sendo meu principal insumo eu preciso de um fabricante de polietileno. 
Quando o apararista vende para a indústria ela teria um débito anterior, mas foi vedado o crédito de PIS/ COFINS.
Esse regime que se criou ele tem harmonia com a constituição federal – artigo 170, VI da Constituição Federal/1988.
Os critérios da igualdade têm relação com a equivalência, por isso em alguns momentos terei critérios de equivalência que ultrapassem a percepção identidade e criem privilégios para que eu chegue na equivalência. É uma análise sobre outro viés.
Por exemplo, a cota social em universidades trata-se de um privilégio e não um critério odioso. Isso é por correlação fática, e essa ação afirmativa tem como objetivo inserir pessoas negras dentro do âmbito universitário do poder judiciário. 
A igualdade não é igual a identidade, a igualdade é uma relação de equivalência {como sendo um critério de equivalência, eu passo todo o raciocínio}.
As existem casos que eu vou forçar artificialmente a realidade, dar um privilegio para determinada pessoa buscando uma igualdade lá na frente {isso é uma AÇÃO AFIRMATIVA – quando o tratamento jurídico diferenciado tem a consonância constitucional e a tentativa de gerara a equivalência posterior – uma igualdade posterior}.
Alguns privilégios que a legislação previu e ainda prevê, eles não obedecem ao princípio da igualdade, outros obedecem. Como as cotas raciais {enquadram perfeitamente no contexto jurídico e do princípio da igualdade – pois ele serve para inserir artificialmente pessoas negras em ambiente, para que as futuras gerações percebam que o ambiente é igualitário e cresçam com esse ambiente}.
AULA 02 - 07.05.2019
Celso Antônio Bandeira de Melo
PRINCÍPIO DA IGUALDADE EM MATÉRIA DE TRIBUTÁRIO
Por exemplo: concessão de isenção de IPI na aquisição de veículos por pessoas com deficiência – análise da igualdade deste exemplo – é um privilégio. Inicialmente tem um fator discriminatório, depois tem a correlação de pertinência logica {busca-se o maior acesso ao mercado de trabalho, e facilitar}, a crença que a pessoa com automóvel maior mobilidade e tem consonância constitucional {pois tem uma finalidade constitucional de melhorar a qualidade de vida}.
Qual o critério da igualdade em matéria tributária. Quando que elas serão iguais e diferentes com relação a matéria tributária através da capacidade contributiva. 
A CAPACIDADE ECONOMICA é distinta da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. 
Pois pode ter duas pessoas, o sujeito A e o sujeito B: o sujeito A com patrimônio de 1 milhão de reais e a renda mensal de 10 mil. E o sujeito B com patrimônio de 1 milhão de reais e a renda mensal de 10 mil - olhando os dados matemáticos pode ser dito que eles possuem a mesma capacidade econômica. Agora se eu perguntar se eles possuem a mesma capacidade contributiva, aí irá depender, pois será necessário realizar uma análise subjetiva dessas pessoas. Se o sujeito B for uma pessoa com deficiência – automaticamente ele terá uma capacidade contributiva inferior ao sujeito A, apesar de possuir a mesma capacidade econômica.
Tendo em vista que a capacidade econômica é apenas um dado econômico que vai verificar a capacidade depessoa, sendo que a capacidade contributiva é um dado jurídico, levando em consideração circunstâncias pessoais (análise subjetiva, para extrair a aptidão para contribuir com as despesas do estado). 
Sendo assim a pessoa com deficiência possui capacidade contributiva menor, pois tem uma capacidade laborativa menor e se algumas profissões não pode exercer, gastos superiores com saúde que uma pessoa ‘normal’, tem um maior desgaste de tempo em tratamentos {demandas que envolvem a sua saúde}, em razão disso possui uma capacidade contributiva. Além de ser uma ação afirmativa – necessário gastos superiores ainda que possua a isenção do IPI {como a adaptação do veículo}.
Exemplo: a pessoa que possuía a redução da visão em apenas um olho, fez o requerimento de isenção do IPI para igual de pessoas com deficiência 
Exemplo: a isenção de IPI para taxistas na aquisição de veículos, a partir de uma análise da questão da igualdade. Quem poderia pleitear o direito que estaria violado? Apenas o próprio taxista, se o judiciário aceitar a ação de outra pessoa que não seja os taxistas ele estaria atuando como legislador positivo e ele apenas pode atuar como legislador negativo. Não podendo NUNCA estender nenhum benefício.
Não posso também pleitear o prejuízo de terceiro no judiciário, apenas posso pleitear direito MEU, ausência de interesse agir. Quem poderia agir através de uma ADIN, com o ministério público, partidos políticos, confederações nacionais.
A isenção de IPI para os taxistas e para as pessoas com deficiência são totalmente diferentes, inicialmente que o tratamento jurídico diferenciado tenho com a isenção dos taxistas? Não tenho. Também não tenho a correlação de pertinência lógica. Tem algo que diferencia a capacidade contributiva dos taxistas e do motorista de van, tem algo que justifique o tratamento diferenciado? A doutrina é unanime em considerar a isenção de IPI para taxistas inconstitucional, porque não há nada que diferencie em termos da capacidade contributiva entre as atividades. Na análise do princípio da igualdade elas se baseiam em um critério da atividade desenvolvida por aquela pessoa “ser taxista”, e esse critério não tem correlação de pertinência logica com o tratamento jurídico diferenciado que se busca.
A atividade a função das pessoas justifica uma tributação diferenciada?
Um instituições financeiras tem uma incidência de contribuição social sobre o lucro líquido de 20%, todas as demais pessoas jurídicas são de 9%. Tem uma diferencia brutal, mais do que o dobro, fazendo uma análise da capacidade contributiva e do princípio da igualdade. 
Inicialmente deve ser realizada a distinção entre instituição financeira, que são os bancos de varejo, os bancos de atendimento, pequenas empresas de capital, todas as seguradoras de capital de giro. Essa discussão está no supremo e não se pronunciou ainda, nesse caso pode ser um problema resolvido pelo legislador (porque não está estendendo o benefício a alguém). Nesse caso, sendo instituição financeira não tem possibilidade de realizar qualquer distinção em relação a ocupação profissional ou função por eles exercida (150, II, CF).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;[2: Porque o advogado não pode ser tributado de maneira diferente de que um médico. Iguais ou diferentes a partir da sua capacidade contributiva, não em relação ao exercício de sua atividade.]
Exemplo: Existia no regime da constituição anterior que previa a isenção de imposto de renda para magistrados e militares. O critério do direito tributário é a capacidade contributiva, e qual seria o critério? Não é justificável.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.[3: É facultada a administração conhecer o seu patrimônio, conhecer os seus rendimentos, respeitar os direitos individuais do contribuinte. Não precisa especificar onde que foi gasto.]
Nesse artigo temos a junção do elemento jurídico e com a econômica. Essas duas pessoas possuem a mesma capacidade econômica, mas ao olhar o sujeito, eu vou enxergar que é uma pessoa com deficiência que por consequência possuir menor capacidade contributiva. é isso que a constituição busca, através de um caráter pessoal, com as condições subjetivas para que possa fazer uma análise econômica do sujeito também uma análise jurídica.
A análise sistemática realizada nesses dois artigos é o da capacidade contributiva da pessoa, que diante das questões pessoais que posso extrair sua capacidade, mas, jamais através da sua profissão.
A constituição elege critérios: características pessoais e capacidade econômica serão os critérios da igualdade. Ao mesmo tempo que a constituição estabelece alguns critérios de matéria tributária, é exposto que alguns critérios serão vedados, entre eles o da profissão (150, II, CF); o da raça, cor, sexo, religião (30, CF); procedência e destino de produtos (não pode justificar a diferenciação tributária, por exemplo: se o produto vem do Rio de Janeiro, ou produto vem do Paraná eu não posso tributar de maneira diferenciada).
Questão de prova: discrimine os cinco critérios vedados pela constituição federal de tratamento diferenciado e cinco que não são vedados? 
Questão de prova: análise a constitucionalidade da isenção de IPI para taxistas e de pessoas com deficiência a luz do princípio da igualdade e da capacidade contributiva?
AULA 03 - 14.05.2019
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Existe um debate doutrinário em que a nomenclatura necessária seria tributos e não impostos.
Sempre que possível eu tenho que olhar a capacidade contributiva subjetiva do sujeito passivo {fazer uma análise do sujeito e a sua aptidão para contribuir no estado}.
Se a constituição utilizou a nomenclatura ´sempre que possível´ é porque existem casos que de acordo com as caraterísticas pessoais NÃO é possível fazer, por exemplo a alfaiataria.
Quando não for possível é necessário adotar outra técnica – a análise objetiva {tem relação com a própria estrutura dos tributos existem no Brasil}. 
Por exemplo: no imposto sobre a renda, me permite adaptar a incidência sobre as condições pessoais, a capacidade pessoal? Sim, eu consigo analisar o sujeito no máximo detalhe, se tem mais gastos terá mais abatimento e mais dedução por conta dos seus gastos. O mesmo acontece com a pessoa que tem 5 filhos e para aquele que tem 1 filhos, ainda que eles tenham a mesma capacidade econômica, a capacidade contributiva deles é menor.
O mesmo acontece quando realizamos um apadrinhamento de criança, em que tem um abatimento no valor do imposto de renda.
O fisco realiza um controle no momento da análise da declaração no ajuste máximo da capacidade contributiva, isso não é possível nos demais tributos, como por exemplo no IPI, que não está ajustado para a indústria ou para o comprador (não é possível uma análise de capacidade subjetiva).
O mesmo acontece com o ISMS – não está ajustado para o consumidor, sendo impossível o ajuste, não vou conseguir realizar uma análise subjetiva (se é este é um critério da igualdade, aquele que não tem essa análise subjetiva ele não é totalmente justo).
Em países desenvolvidos, tem uma tributação indireta {aqueles sobre o consumo} praticamente inexistente – é uma tributação que não afere uma justiça fiscal (quandomais você tem menos representa a capacidade tributária que a pessoa comprou).
O conceito de solidariedade – do artigo 3° da constituição federal, eu vou chegar no conceito da capacidade contributiva.
A tributação direta – é a que permite a análise contributiva.
No Brasil o que supera é a tributação indireta, tendo em vista que a tributação direta (imposto sobre a renda) é bem menor do que é pago diariamente.
Como que eu resolvo o problema da tributação indireta, que é aquela que não me permite dar a ela um caráter pessoa e adequar a capacidade econômica de cada pessoa. Eu necessito realizar uma análise objetiva da capacidade contributiva.
Vejam, se eu não consigo olhar o sujeito eu vou ter que olhar o objeto.
Por exemplo: se uma pessoa consome joia, ou embarcações náuticas e balões, elas demonstram pelo objeto MAIS capacidade contributiva. Objetivamente se eu compro um balão eu estou demonstrando uma maior capacidade contributiva, eu não consigo concretizar este mandamento constitucional, porque não é possível saber quem compra um balão e adaptar o ICMS a quem compra um balão. Pois quando o sujeito compra o balão o ICMS já incidiu ao longo do ciclo produtivo do balão, toda a cadeia que antecedeu a produção do balão já foi tributada, e na hora do consumo eu não consigo medir a capacidade contributiva subjetiva do sujeito.
Assim como os artigos de peleteria – alguém que compra isso demonstra objetivamente uma maior capacidade contributiva, pois é um artigo extremamente supérfluo. 
Diferente de quem compra alimentos, isso também irá depender do alimento que é comprado. Por exemplo: se a pessoa compra um saco de arroz e feijão, demonstra POUCA capacidade contributiva objetivamente. Mas esta análise é falha, porque a pessoa abastarda com uma capacidade contributiva monstruosa ela come o mesmo arroz e feijão que uma pessoa pobre come. Então se uma pessoa POBRE e uma pessoa RICA comprar o arroz e feijão elas estão sofrendo a mesma incidência tributária, só que não é possível resolver através de uma análise da capacidade contributiva subjetiva. 
Como a TRIBUTAÇÃO É INDIRETA, eu vou ter que graduar este objeto de acordo com a ESSENCIALIDADE, a partir de uma análise objetiva. Isso vai levar a duas coisas: 1º PROGRESSIVIDADE e 2° SELETIVIDADE (são essas técnicas de tributação que alguns autores elevam isso ao nível de princípios constitucionais).
Por exemplo: IPTU – você tem uma pessoa com imóvel de 1 milhão de reais, e tem uma pessoa com imóvel de 100 mil reais. Vamos imaginar que o IPTU é de 4%, quem tem mais capacidade contributiva subjetiva? não é possível analisar, tendo em vista que possui apenas esses dados. Quem tem mais capacidade contributiva objetiva? Olhando o objeto e o imóvel a pessoa que tem o terreno de 1 milhão de reais, demonstra mais capacidade contributiva. A tributação sobre a propriedade é direta, eu sei quem é a pessoa, eu faço uma análise do imóvel e a área do imóvel, todas as características do imóvel, mas ele não permite a análise contributiva subjetiva.
Ainda que eu consiga analisar as características pessoais de cada contribuinte eu preciso criar uma alíquota. Se eu crio uma alíquota única, ela será sempre proporcional – então o sujeito que ganha 100 ele irá pagar 20%; o que ganha 1.000 vai pagar 200 e o sujeito que ganha 10.000, vai pagar 2.000 e o sujeito que ganha 100.000 vai pagar 20.000. 
Existe uma proporção matemática de que quem mais ganha mais paga, NÃO É UMA IGUALDADE JURÍDICA. Os financistas desenvolveram a Teoria do Sacrífico – ainda que exista uma proporção seja inquestionável, o sacrifício que o primeiro tem para pagar 20 é muito maior do que tem que pagar 20 mil. Os 20% do primeiro na realidade é muito mais que, é um sistema brutalmente injusto estaria totalmente destorcido.
Em razão disso surgiu a progressividade, que será aplicado sobre o IR, IPTU e ITR.
Progressividade – é um sistema progressivo de alíquotas, não proporcional pois vai além da proporção e aumentando a alíquota à medida que eu tenho acréscimos no caso de renda. 
Eu vou ter um sistema com mais alíquotas, que acrescerão a medida do crescimento da base de cálculo.
	0 - 2000
	0%[4: Essa pessoa não tem capacidade contributiva, ou seja, não irá contribuir com nada para o Estado e ainda receberá de volta os tributos indiretos. Ele paga 0% e recebe de volta os tributos indiretos. Esse tipo de tributo foi criado na Inglaterra na década de 1972, reconhecido como tributos negativos, em que a pessoa que não possui capacidade para contribuir ainda recebe de volta os tributos indiretos. O mesmo acontece com o bolsa família – não tem capacidade contributiva.]
	2.000 – 7.000
	10%[5: Essa pessoa já possui uma capacidade contributiva, não é uma capacidade contributiva muito grande. ]
	7.000 – 12.000
	20%
	12.000 – 20.000
	30%
	Acima de 20.000
	40%
A progressividade não pode ser considerado um princípio, pois apenas se aplica ao Imposto de Renda (IR), ITR, IPTU. Além disso, não tem a possibilidade de ser aplicada ao direito civil ao direito penal, que para ser considerada principio necessitaria ter essa aplicação.
Para o imposto de renda, conforme dispõe o artigo 153, III, §2° da Constituição Federal 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - Será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;[6: O termo SERÁ do inciso traz a obrigatoriedade de ter um acréscimo na alíquota à medida que a renda aumenta.]
No sistema progressivo eu vou ter que criar faixas que vai definir as rendas, e eu vou ter alíquotas que vão acrescer a medida que eu tenho um aumento desta renda.
Exemplos no quadro:
A conta não pode ser considerada a partir do cálculo inteiro, pois se a pessoa ganha 2 mil, irá pagar zero do imposto de renda. Mas se outro sujeito ganhar 2.001 quanto ele vai pagar? Ele entraria na outra faixa e pagaria inteiro? Não estaria nada lógico.
Como faz a conta no sistema progressivo: eu início na primeira etapa e o intervalo de renda, e aquilo que sobejar a primeira etapa será tributado na etapa subsequente. Nesse caso eu tenho os 2.000 reais – a pessoa sendo tributada a 0 reais, quanto supera e vai para etapa seguinte? APENAS 1 REAL – e esse 1 real será tributado pela alíquota subsequente.
AULA 04 - 15.05.2019
PROGRESSIVIDADE
A progressividade vem corrigir, se feita uma análise a partir do imposto de renda – ele vem corrigir a injustiça da proporcionalidade, da incidência proporcional em que leva uma proporcionalidade matemática, mas não uma igualdade jurídica {porque tem sacrifícios diferentes das pessoas que vão sofrer a incidência}.
A capacidade contributiva subjetiva – vai levar à progressividade.
A progressividade é um sistema catalizador de imposto de renda, algo que distribui muito mais rapidamente a renda. Sendo extremamente importante para países pobres, como o Brasil, que tem uma distinção de classes sociais muito grande.
É um sistema muito criticado fora do Brasil, principalmente pelos países que tem uma igualdade muito próxima de ser alcançada. Por exemplo: tem um autor que critica muito o princípio da progressividade, e da o seguinte exemplo – a média do menor salário na França é só cinco vezes menor que o maior salário médio {tem uma igualdade social}.
Exemplo 1: 
	0 – 2.000[7: Se você tem uma renda de 2 mil, deve ser aplicado o rendimento em cima da progressão das alíquotas, só que decompondo a sua renda a cada um dos patamares. Iniciando pela primeira faixa, até o limite do valor máximo aplicando a alíquota correspondente, aquilo que sobejar o valor máximo é para a próxima etapa aplicando proporcionalmente.]
	0% 
	2.000 – 7.000
	10%
	7.000 – 12.000[8: A pessoa que ganha 15 mil ultrapassa essa alíquota, e será tributado pela próxima etapa, mas o que transborda a etapa subsequente é apenas 3 mil reais (entre 12 a 15), sendo esses três milreais tributados a 30% = 900 reais.]
	20%
	12.000 – 20.000
	30%
	Acima de 20.000
	40%
a) 15.000 – R$ 2.400,00 
b) 30.000 – R$ 7.900,00[9: Tenho uma renda de 30 mil, os primeiros 2 mil reais serão tributados a zero porcento, o que ultrapassa a primeira fase e completa por inteiro, ou seja, ele completa todas as fases completamente, e acima de 20 mil reais tem 10 mil reais que ultrapassa, então 10 mil reais tributados à 40%.]
- Professor mostrou a tabela que não é corrigida/ atualizada. Ou seja, a pessoa tem o mesmo salário que foi corrigido de acordo com a inflação, mas a renda da pessoa não aumentou.
Exemplo 2:
	0 - 3.000
	0%
	3.000 – 8.000
	10%
	8.000 – 16.000
	15%
	16.000 – 25.000
	20%
	Acima de 25.000
	30%
a) 32.000 – R$ 5.600,00
b) 22.000 – R$ 2.900,00
O imposto de renda é um fato gerador periódico – eu valorar os fatos ocorridos ao longo deste período e não vou analisar instantaneamente, sim fazer uma análise das despesas sazonais. 
A segunda premissa é que a União receber o imposto de renda das pessoas apenas uma vez por ano é uma situação muito complicada.
A PROGRESSIVIDADE É UMA TECNICA QUE SE APLICA AO IMPOSTO DE RENDA, IPTU E ITR.
ITR: Artigo 153, VI, §4° - O princípio que mais se vincula é a função social da propriedade. A Constituição prevê que esta mesma técnica de tributação só que com forma de desestimular a manutenção de propriedades produtivas.
ITR é mais simples é uma progressividade de natureza extrafiscal em busca do desestímulo na manutenção da propriedade produtiva. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VI - Propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003.
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento)
IPTU – 156
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - Ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - Ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) -ATUALMENTE temos quatro tipos de progressividade para o IPTU a que é originária da Constituição Federal, e está no texto é a progressividade no tempo prevista no artigo 182, §4°, inciso II da CF.
Progressividade no tempo – artigo 182, §4°, II da CF
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. (Regulamento) (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de 2016)
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:[10: Está lei federal é reconhecida como ESTATUTO DAS CIDADES.]
II - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
O constituinte quis dizer que: quem não edifica o imóvel urbano, subutiliza ou não utiliza de forma alguma – não está cumprindo a função da sociedade urbana. Não tem uma propriedade, sem destinação – o que demonstra maior capacidade contributiva e não atende a função social da propriedade. Então o poder público pode exigir que essa pessoa que promova o adequado aproveitamento, sob pena de ter edificado compulsoriamente {uma intervenção estatal muito grande}, bem como IPTU progressivo no tempo {enquanto estiver com essa condição de subutilização, será o IPTU progressivo no tempo. 
É LIMITADO PELO ESTATUTO DAS CIDADES A 10%.
Artigo 156, §1°, I – que poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel: vou ter uma alíquota que vai crescendo à medida que for crescendo o valor do imóvel. Essa progressividade tem que ser aplicada com cuidado, pois analisando a seguinte situação pode ser observado que pode ter a pena de violar a capacidade contributiva.
Exemplo: sujeito tem um imóvel de 1 milhão de reais, e o outro tem um imóvel de 100 mil eu poderia se aplicado literalmente o que diz a constituição federal eu poderia ter uma alíquota progressivas em razão do imóvel. Mas eu tenho que considerar a capacidade contributiva desta pessoa como um todo.
AULA 05 - 21.05.2019
Aos legisladores ordinários da união, estados e municípios ela é limitada muitas vezes quando a própria constituição define qual é a hipótese de incidência de tributo (quando por exemplo a união dispõe compete a união dispor sobre tributo sobre a renda, não pode legislar sobre a receita).
Também tem a limitação pela finalidade – também tem uma limitação. Por exemplo: compete a união instituir empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias de natureza externa (natureza esta limitada em razão da sua finalidade).
Nos casos das contribuições temos as duas coisas – as contribuições para a seguridade social e faturamento (em que a constituição definiu a hipótese de incidência sobre o faturamento para custeio da seguridade social).
Agregada a esta limitação eu tenho várias outras como a legalidade, anterioridade, igualdade. Assim a progressividade é uma limitação ao poder de tributar, sendo uma exceção a regra que vem estabelecer que imposto sobre renda ITR e IPTU tem que ser progressivo de acordo com as suas finalidades.
Além disso, temos outra regra que é a seletividade. 
SELETIVIDADE
IPI
ICMS
Ela é uma decorrência da capacidade contributiva objetiva – sempre que possível você tem que dar aos tributos um termo de caráter pessoal. Quando não for possível, eu tenho que fazer uma análise objetiva da capacidade contributiva (o objeto que está sendo tributado).
Nos tributos indiretos apenas posso fazer uma análise objetiva, e extrair do objeto.
Seletividade é um mandamento constitucional aplicado aos principais tributos indiretos, que vai dizer que os tributos indiretos, tem que que ser graduado de acordo com a essencialidade das categorias.
Artigo 155, §2°, II da Constituição Federal.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - A isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
Artigo 155, 2°, III da Constituição Federal – a seletividade para o ICMS {uma regra que a incidência tem que ser graduada de acordo com a essencialidade da mercadoria} – mais essencial menor a tributação. Não deve ser considerada um princípio, mas sim uma regra.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;Artigo 153, IV, §3° da Constituição Federal – os produtos industrializados terão as suas alíquotas graduadas em função da sua essencialidade. Porque, já que eu apenas consigo realizar uma análise objetiva da capacidade contributiva {não consigo saber se quem está comprando um saco de feijão é uma pessoa extremamente pobre}, eu faço para produtos industrializados uma alíquota bem baixa. 
Sendo a seletividade como a graduação da capacidade contributiva.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - Produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - Será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Artigo 155, §2°, III – No IPI SERÁ seletivo – a interpretação extraída, em termos de IPI é uma imposição obrigatória que exige uma relação de alíquotas graduadas em relação aos produtos essenciais, não essenciais e intermediários.
Artigo 155, §2°, III da Constituição Federal – impõe que PODERÁ ser seletivo ao ICMS na essencialidade das mercadorias e dos serviços. Não pode ser considerada como uma simples faculdade, assim, o supremo entendeu que a única forma de não violar a capacidade contributiva é escolher uma única alíquota de mercadorias, que será graduada de acordo com a essencialidade.
A DISTINÇÃO REALIZADA ENTRE O IPI E O ICMS, É QUE O IPI OBRIGATORIAMENTE TEM QUE TER VÁRIAS ALIQUOTAS E ELAS SERÃO GRADUADAS EM FUNÇÃO DA ESSENCIALIDADE DOS PRODUTOS (TEM QUE TER VÁRIAS ALIQUOTAS). E O ICMS, FOI USADO O TERMO PODE SER SELETIVO, E O ENTENDIMENTO DO SUPREMO É NO SENTIDO DE QUE O TERMO PODE SER USADO E NÃO VIOLAR A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA É QUE O ICMS PODE TER UMA ÚNICA ALIQUOTA.
Se eu criar uma outra alíquota para outro produto, aí obrigatoriamente para não violar a capacidade contributiva eu vou ter que graduar as alíquotas.
	Alimentos – 2% 
	15%
	Água – 0% 
	15%
	Roupas – 10% 
	18%
	Combustíveis – 15% 
	29%
	Álcool – 30% 
	312%
	Tabaco – 70% 
	312%
	Veículos – 12% 
	20%
	Aparelhos eletrônicos – 20% 
	15%
	Serviços de comunicação – 12% 
	29%
	Energia elétrica – 15% 
	29%
	Remédios – 0,4% 
	 10%
	Joias – 50% 
	 5%
	Armas/ munições – 70% 
	18%
	Mobiliário – 20% 
	18%
	Material escolar – 10% 
	18%
	Produto de higiene – 5% 
	18%
	Cosméticos – 25% 
	30%
O maior problema dessa graduação sobre a essencialidade, é ter o reconhecimento do que seria essencial para uma pessoa, pode não ser essencial para outra.
AULA 06 - 22.05.2019
CONTINUAÇÃO DA SELETIVIDADE 
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO EFEITO DE CONFISCO – é um princípio constitucional, vem previsto no artigo 150 da Constituição Federal, no inciso IV “é vedada as políticas públicas com efeito de confisco”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - Utilizar tributo com efeito de confisco;
Qual é o efeito de confisco? É a perda da propriedade.
Na legislação não é muito utilizada, e sim como a perda de perdimento (como um sansão), por conta da prática de um crime. 
Exemplo: tráfico de drogas com um veículo, eu tenho a pena de perdimento com o veículo; mesma coisa quando na alfandega que não declara o bem, e a fiscalização que ultrapassa o valor tem a perda do perdimento do bem.
O tributo não pode ter esse efeito, não constitui sansão para ato ilícito – artigo 3° do CTN. Não pode ser com efeito de inibir a propriedade da atividade econômica, a ponto de inviabilizar a propriedade.
Diferente do que acontece com o IPTU, pois este tributo é sobre parte da propriedade e não tem como objetivo a sansão. É razoável, não tem a pena de perdimento.
Na vedação do efeito de confisco eu tenho dois limites bem definidos – a primeira vedação é sobre o mínimo existencial (proteção, quem não tem o mínimo existencial não sofre a incidência tributária). Na outra ponta temos uma outra vedação, a vedação ao efeito de confisco (proteção). Entre eles eu tenho a capacidade contributiva (é manifestada, que é tributada).
Ou seja, eu não tributo abaixo do mínimo existencial e eu não tributo a ponto de tomar a propriedade, inviabilizar a propriedade. Sendo que a capacidade contributiva está no meio.
Mínimo existencial -----------------capacidade contributiva que é tributada-------------- vedação ao efeito de confisco.
Por exemplo: a incidência de 312% para o cigarro tem efeito confiscatório? Tem a sua atividade econômica tolhida pela incidência tributária? Não. Mas o que justifica uma incidência tão alta? A extra fiscalidade, que tem uma alta incidência tributária para desestimular o consumo do cigarro, porque tem substâncias nocivas. No caso do cigarro, o custo de produção é muito baixo.
ITCMD – no Brasil se tiver um imposto de transmissão causa mortis de 40%, seria entendido como um caráter confiscatório. 
Assim como o imposto sobre a renda de 60% no Brasil, teria efeito confiscatório, inviabilizaria a atividade econômica.
Uma incidência muito agravada para a compra de veículo, poderia ter efeito confiscatório.
Assim como uma alíquota de 1% pode ser confiscatória, e outra de 500% não pode ser confiscatória.
Artigo 150, IV – não se refere a multas, apenas os tributos (é uma limitação constitucional do poder de tributar).
O questionamento é sobre se as multas poderiam ter o efeito confiscatório? ADI 1075/DF – o Supremo entendeu de nada adiantaria que o tributo não ter efeito confiscatório e a multa ter um efeito confiscatório, em que o estado estaria tolhendo a propriedade da pessoa por meio de multa.
Na multa de 225% não viola o inciso IV do artigo 150 da Constituição porque estaria de acordo com o seu objetivo, que é no caso de pessoa que reiteradamente realiza a sonegação fiscal, esta multa teria o efeito confiscatório sim da propriedade como forma de punir.
Dependendo do valor do produto, até 1% de incidência do tributo estaria com caráter de confiscatório. Exemplo: no caso de um produto de 8 milhões, uma multa de 800 mil seria confiscatória em razão de um suposto erro.
	- Ultrapassa 100% a multa tem caráter confiscatório, se for menor vai depender do caso concreto.
	- Assim como uma de 500% não ser confiscatória.
	- Por isso, tem que ser analisado o caso concreto.
Multa moratória de 20% por atraso, existe um caso em que o supremo julgou inconstitucional a multa de 40%. O supremo não fixa um limite para considerar como confiscatória.
Quando tem seletividade, temos os estados fixando as alíquotas de ICMS, com liberdade para fazer não tendo limites para isso.
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA: artigo 150, §5° da Constituição Federal.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
É um princípio que demorou muito para ser regulamentado, que fixe uma forma nas quais os consumidores sobre os tributos que incidirão ao longo do ciclo econômico vão repercutir no preço.
Em 2012 – que vem disciplinar as medidas informativas de incidência tributária indireta aos consumidores, considerando que a Constituição Federal de 1988.
A regulamentação estabeleceu que esta informação conste na nota fiscal a informação sobre a carga tributária.
Outra dificuldade sobre esse tributo é que mais de 60% das pessoas são analfabetas funcionais, porque a maioria das pessoas não entende o conteúdo lido.
NÃO – CUMULATIVIDADE: artigo 155, §2°, inciso I da Constituição Federal: é o tributo que compensa o que for devido em cada operação do ciclo econômico com o montante cobrado nas operaçõesanteriores.
Então o que eu tenho que pagar na minha operação, eu vou colocar crédito por aquilo que foi pago na etapa anterior para abater meu débito.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
1. IPI
2. ICMS
3. PIS/COFINS (lucro real): as empresas que possuem o regime contábil de lucro real, sejam sobre a incidência não cumulativa de PIS e COFINS.
A empresa que apura lucro presumido, arbitrário ou simples são técnicas contábeis irá pagar o PIS/COFINS cumulativo.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
Tributos diretos – que a pessoa é tributada de maneira direta, e o sujeito passivo que sofre o encargo. 
- Imposto sobre a renda – a pessoa é quem sofre o peso econômico.
- IPTU – sobre a propriedade daquela pessoa. 
- IPVA – incidem diretamente sobre a pessoa.
Tributos indiretos – não tem identidade entre o sujeito passivo e o suporte de quem é o encargo. Porque o tributo vai sendo repassado por um preço e muda ao longo do processo produtivo.
- Monofásicos – são exigidos em uma única fase.
- Plurifásicos – podendo ser cumulativa e não cumulativa.
A constituição exige a limitação ao poder de tributar para o ICMS, IPI, PIS/COFINS (lucro real). 
A constituição também exige os impostos e as contribuições residuais, do artigo 154, inciso I e artigo 195, §4°.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Exemplo cadeia cumulativa:
Valor agregado – 100
Alíquota – 20%
A	B	C	D	E
100	200	300	400	500
20%	20%	20%	20%	20%
_________________________________
20	40	60	80	100
Carga tributária total (igual à soma) = 300.
Por que é um sistema cumulativo? Porque quando eu vou tributar o 200, esse é composto por 100 da etapa anterior que já foi tributado, mais de 100 da etapa própria. Ou seja, eu terei uma incidência conhecida como em cascata, quando eu chegar em 500, eu vou tributar pela 5ª vez o primeiro 100 e evidentemente quando maior a cadeia maior a intendência tributária.
Isso leva a verticalização da econômica.
Exemplo cadeia não – cumulativa: compensando-se o que for devido em cada etapa, e o montante cobrado nas operações anteriores. Nesse eu não tenho operação anterior.
Compensando-se que for devido na etapa anterior com o montante cobrado nas anteriores. 
A	B	C	D	E	
AULA 07 - 28.05.2019
Exemplo de Cumulatividade:
Alíquota – 10%
Valor agregado – 50,00
A	B	C	D	E - Consumidor final 
100	150	200	250	300
10%	10%	10%	10%	10%
_____________________________
10	15	20	25	30	
					R$: 100,00
O sistema de culatividade ele induz a verticalização do sistema – em que passa a produzir dentro dele mesmo, que o fornecedor fazia e o cliente, e se manter o valor de venda dele- de 100 passará para 65.
Quando maior a cadeia, maior a incidência tributária. O inverso também é verdadeiro (menor o número de etapas, menor a incidência).
Exemplo de Não-cumulatividade:	IPI
					ICMS
					PIS/COFINS (L. Real)
A	B	C	D	E
100	150	200	250	300
10%	10%	10%	10%	10%	
					
					RS 30,00 
Exemplo de não cumulatividade:
6 etapas 
IPI – tem que saber que o IPI é não cumulativo
Valor agregado = 150
Alíquota = 20%
Preço inicial = 200
1	2	3	4	5	6
200	350	500	650	800	950
20%	20%	20%	20%	20%	20%
____________________________________________
40	30	30	30	30	30 R$ 190,00
Poderia ser calculada apenas a última fase.
ISENÇÃO
Artigo 155, II, §2º, II, a, b da Constituição Federal.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
II - A isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
Com a isenção de tributo: isenção intercalar (no meio da cadeia produtiva, não implica crédito para as operações e acarretará a anulação do crédito referente as operações anteriores)
1	2	3	4	5	6	
200	350	500	650	800	950	
		*Isenção		
______________________________________
		
40	30	0 	130	30	30	R$ 260,00
Lei 9.779/99 – artigo 11 – crédito presumido – IPI e uma cadeia de material de embalagem, produtos intermediários e matéria prima (é uma exceção do efeito previsto na Constituição Federal).

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