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Resumão cirurgico

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ESTUDO DIRIGIDO AV1 
1- As cirurgias podem ser classificadas quanto a gravidade, finalidade, grau de urgência e potencial de contaminação. Reveja 
cada uma destas classificações: 
Gravidade: 
Cirurgia grande: Envolve reconstrução ou alterações extensas da parte do corpo e acarreta elevado risco para o bem-estar do 
cliente. Ex: revascularização coronariana, ressecção de colón, laringectomia, mastectomia. 
Cirurgia pequena: acarreta alterações mínimas das partes do corpo. Destina-se muitas vezes a corrigir deformidades. Apresenta 
risco mínimo em comparação com a de grande porte. Ex: herniorrafias, plástica de face, reconstrução de mama. 
Finalidade: 
Diagnóstica: exploração cirúrgica para confirmação diagnóstica. Pode incluir retirada de amostra tissular para exames 
histológicos e citológicos. Ex: biópsias; laparotomia exploratória. 
Curativa ou ablativa: retirada de uma parte doente do organismo, como massa, segmento ou órgão, objetivando a cura. Ex: 
retirada de tumor, apendicectomia, colecistectomia. 
Reparadora (Potter classifica como construtiva): Corrigem sequelas, defeitos congênitos. Ex: enxertos de pele, correção de 
retração de queimaduras, rinoplastias por desvio de septo, fissura palatina, fechamento de comunicação interatrial. 
Cosmética: Restabelecer o aspecto externo de tecidos. Ex: mamoplastia, rejuvenescimento. 
Paliativa: Tem o objetivo de aliviar ou diminuir a intensidade dos sintomas da doença, minimizar desconfortos e ou inserir 
equipamentos para compensar incapacidades. Não cura mais melhora qualidade de vida. Ex: gastrostomia, desobstrução do 
tubo digestivo frente a um tumor ou retração (dilatação de esôfago devido a estenose), ressecção parcial de um tumor, 
colostomia, desbridamento, by-pass. 
Transplante: tem o objetivo de substituir órgãos ou estruturas que não funcionam normalmente. Ex: rins, fígado, córnea. 
Grau de Urgência: 
Emergência: a condição exige atenção cirúrgica imediata. Ex: sangramento grave, fratura de crânio, queimaduras extensas... 
Urgência: A condição requer atenção dentro de 24 a 48 horas. Ex: infecção aguda de vesícula, cálculos renais, câncer. 
Requerida/necessária: A condição exige cirurgia dentro de um prazo limitado (semana ou meses). Ex: Catarata, hiperplasia 
prostática sem obstrução, distúrbios da tireóide. 
Eletiva: poderá ser realizada conforme conveniência do cliente. O adiamento da mesma não carreta problemas. Ex: reparação 
de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal, cisto superficial. Na prática se usa mais. 
Opcional: poderá ser realizada ou não, conforme preferência do cliente. Ex: cosmética 
Potencial de contaminação: Considera-se o número de microorganismos presentes no tecido a ser operado. Esta deverá ser feita 
no final do ato cirúrgico. É feita somente no final da cirurgia. 
Limpas: 
 - Realizadas em tecidos estéreis; 
 - Ausência de processo inflamatório/infecção local; 
 - Ausência de falha técnica grosseira; 
- Cirurgias eletivas ou traumáticas com cicatrização por 
primeira intenção e sem drenagem; 
- Cirurgias sem penetração nos tratos digestivos, 
respiratório, genital ou urinário; 
- Apresenta risco de infecção de 1 a 2%; 
 
 
Potencialmente contaminada: 
- Realizada em tecidos colonizados por flora bacteriana 
pouco numerosa ou de difícil descontaminação; 
- Na ausência de processo inflamatório/infecção local; 
- Cirurgias limpas com drenagem, mesmo que seja em tecido 
estéril; 
- Pode haver penetração nos tratos digestivo, respiratório ou 
urinário sem contaminação significativa. 
- Apresenta risco de infecção de 7 a 8%. 
Contaminadas: Tem processo inflamatório já é contaminada.
- Realizada em tecidos traumatizados recentemente (menos 
de 4 a 6 horas) e abertos, colonizados por flora bacteriana 
abundante; 
-Em regiões de difícil descontaminação; 
- Na ocorrência de grande desvio da técnica estéril; 
- Derrame de líquidos gastrintestinal; 
- Na presença de inflamação não purulenta; 
 - Na presença de feridas abertas crônicas. 
- Apresenta risco de infecção de 15 a 20%. 
Infectadas: 
- Realizada em tecidos com supuração (presença de 
pus, proliferação de bactérias fazendo a secreção 
purulenta, exsudato) local, infecção pré-existente, 
tecido desvitalizados (necrose), corpos estranhos 
(traumas); 
- Contaminação fecal; 
- Realizada em lesões traumáticas abertas a mais de 4 
a 6 horas; 
- Apresenta risco de infecção de 50%.
2- O que é infecção do sítio cirúrgico? 
 
São aquelas infecções que ocorrem relacionadas à manipulação na ferida cirúrgica e em órgãos ou espaços abordados durante 
a operação. Ela normalmente se instala durante o ato cirúrgico e ou até 24 horas após a cirurgia. Pode ser na incisão ou tecidos 
e órgãos manipulados. 
 
3- Quais os fatores de risco para que ocorra e infecção do sítio cirúrgico? 
Relacionados ao paciente: 
- Estado clínico - doenças agudas ou crônicas descompensadas e infecção em sítio distante 
- Tempo de internação pré-operatório - relacionado à colonização da pele pela microbiota hospitalar. Normal até 24 
horas, após já não é adequado, pois quanto mais tempo maior a probabilidade de ISC. 
- Estado nutricional - desnutrição ou obesidade 
- Imunodepressão e uso de corticosteroides - menor inóculo e retardamento do processo de cicatrização 
Relacionados ao procedimento cirúrgico: 
Trauma tecidual: 
Imunossupressão - liberação de proteínas - alteração na função de monócitos e macrófagos... 
Rompimento da barreira epitelial - interrupção do aporte de nutrientes 
Alterações na área operatória - hipóxia + acidose + deposição de fibrina 
Duração do procedimento: 
Maior exposição ao ambiente externo 
Maior complexidade 
Pior estado clínico 
Menor experiência da equipe 
Preparo inadequado do paciente Desorganização da sala cirúrgica 
 Potencial de contaminação. 
 
4- Como a infecção do sítio cirúrgico é classificada? Que critérios são utilizados para esta classificação? 
 
I. Tempo de observação: 
- Se desenvolve até 90 dias após a cirurgia; 
- Em implante de prótese a ISC pode ser diagnosticada até 1 ano. 
Considera-se prótese todo corpo estranho implantável não derivado de tecido humano. Ex: válvula cardíaca protético transplante 
vascular não-humano, coração mecânico ou prótese de quadril), exceto drenos cirúrgicos. 
II. Classificação de acordo com sua topografia: 
- ISC incisional superficial – atinge pele e subcutâneo do local da incisão; 
- ISC incisional profunda – Pode envolver ou não tecidos superficiais, mas acomete tecidos moles profundos como fáscia e músculos; 
- ISC órgãos ou espaço - específica – atinge órgãos ou espaços profundos manipulados durante a cirurgia, mas não necessariamente 
a incisão. 
III. Sinais e Sintomas - Deve apresentar pelo menos um desses critérios: 
 
Incisional superficial - pelo menos um dos seguintes: 
Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento; 
Acomete a pele e/ou subcutâneo; 
Pelo menos um dos sinais: 
•Drenagem purulenta da incisão superficial; 
• Cultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisão; 
• Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) exceto se a cultura for negativa. 
Ex: Celulite peri incisional 
 
Incisional profunda - pelo menos um dos seguintes: 
Ocorre entre 30-90 dias após procedimento; 
Pelo menos um dos sinais: 
• Drenagem purulenta da incisão profunda 
• Deiscência espontânea da incisão e pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) 
• Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re-operação, exame 
histopatológico. 
EX: Fasceíte (infecção da fáscia) pós-operatória 
 
Órgão-espaço - pelo menos um dos seguintes:Ocorre entre 30-90 dias; 
Pelo menos um dos sinais: 
• Drenagem purulenta pelo dreno; 
• Cultura positiva de fluídos ou tecido do órgão ou cavidade 
• Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re-operação, exame 
histopatológico ou imagem. 
Ex: peritonite após manipulação do peritônio ou endocardite após troca de válvula cardíaca. 
 
5- CITE os cuidados pré-operatórios específicos para pessoas que possuem DM. 
DIABETES: 
Hipoglicemia pode resultar do estado de dieta zero e da anestesia; 
A hiperglicemia crônica resulta em má cicatrização de feridas e suscetibilidade a infecção. 
CONDUTA: 
-Identificar os sinais e sintomas de cetoacidose e de hipoglicemia que podem complicar o procedimento cirúrgico; 
-Monitorizar a glicose sanguínea administrando insulina, caso prescrito, ou tratar hipoglicemia, corrigir com insulina; 
-Tranquilizar o paciente no sentido de que quando a glicemia está controlada, o risco cirúrgico não é maior do que para os da 
pessoa não diabética. 
-Hipoglicemiante oral: Suspender com antecedência de oito a 12 horas. Devem ser suspensos para impedir que haja hipoglicemia 
durante o ato cirúrgico e consequente aumento do catabolismo proteico e lipídico. 
- Entre 200 e 250 não contraindica cirurgia. 
-Colocar no mapa, a cirurgia desta pessoa em primeiro horário. 
 
6- Cite os cuidados pré-operatórios específicos para pessoas que possuem HAS. 
 
- Paciente com PAS > 170 mmHg e/ou PAD > 110mmHg: receber avaliação clínica e preparo farmacológico antes da cirurgia; 
- Paciente com PAS até 169 mmHg e/ou PAD até 109 mmHg sem fatores de risco e com exames pré-operatórios normais 
podem ser anestesiados; 
 - Três medidas com equipamento adequado são necessárias para a confirmação da hipertensão. Após a medicação ansiolítica 
pré-anestésica, realiza-se outra aferição que então poderá contraindicar o procedimento; 
- Considerar que pacientes em terapia anti-hipertensiva apresentam resposta terapêutica somente 14 dias após o uso regular 
da medicação. 
 
• Anti-hipertensivos: Podem interagir com anestésicos podendo provocar bradicardia e hipertensão. 
 
7- Cite os cuidados de enfermagem no pré-operatório imediato. 
Abrange as 24 horas que antecedem a cirurgia. Tem como objetivo: preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os 
seguintes procedimentos 
 
Apoio psicológico ao cliente e a família: 
Estar atento as ansiedades, respondendo aos questionamentos; 
Demonstrar segurança, resgatando as orientações pré-operatórias já trabalhadas; 
Aliviar medos, respeitar as crenças individuais. 
 
Jejum: 
Normalmente estimado em 6 a 12 horas antes da cirurgia. 
Este tempo pode ser definido levando-se em consideração as condições clinicas do cliente (Ex: distúrbios no esvaziamento 
gástrico, obstrução intestinal...) 
Objetivo: evitar complicações como: vômito e aspiração de resíduos alimentares decorrente dos procedimentos e efeitos 
anestésicos. - A aspiração é um problema grave e tem uma elevada taxa de mortalidade. 
Em muitos casos é indicado a instalação de fluidoterapia para assegurar um adequado volume de líquidos: leva-se em 
consideração a idade, condição pulmonar e estado clínico. 
 
Preparo do intestino (Nível de evidência A, classe IIA): 
Está condicionado ao tipo de cirurgia. 
É realizada através de prescrição médica ou rotina escrita na instituição. Mais comumente usada em intervenções que 
envolvem o trato gastrintestinal. 
Objetivo: Diminuir o risco de eliminação do conteúdo intestinal durante a cirurgia, provocado pelo manuseio abdominal e uso 
de relaxantes musculares, e proporcionar maior conforto no pós-operatório (principalmente em clientes que estão a muitos 
dias sem evacuar), assim como para diminuir a flora bacteriana. 
Pode ser realizado através de: uso de laxantes e uso de manitol via oral (quando envolve a abertura do intestino); 
Lavagem intestinal (enema medicamentoso ou laxativo); a lavagem intestinal normalmente é realizada de 8 a 12 horas antes 
da cirurgia. 
O uso de manitol e laxantes inicia com mais antecedência (18 a 24 horas antes da cirurgia). Pode promover náuseas e vômito, 
além de distúrbios hidroeletrolíticos e baixa da PA. 
Em cirurgias de intestino pode haver a prescrição de lavagens até que seja eliminado líquido claro. Atentar a este procedimento 
pois pode levar a desequilíbrio hidroeletrolítico; 
 
Preparo de pele: 
Objetivo: Diminuir a flora bacteriana e o risco de infecção; facilitar o manuseio e visualização da área a ser trabalhada. 
Banho pré-operatório: Recomenda o banho com antisséptico na noite anterior ou no dia da cirurgia. 
A tricotomia: Deve ser realizada somente em situações específicas, somente se necessário caso haja interferência). 
• Recomenda-se a manutenção dos pêlos em pacientes submetidos a qualquer tipo de cirurgia e, se absolutamente necessária, 
deve ser realizada com tricotomizador elétrico. 
• Deve ser realizada somente se os pelos interferirem no procedimento cirúrgico; 
• Deve ser realizada no máximo, 2 horas antes da cirurgia 
Utilizar aparelho de tricotomia elétrico para evitar lesões. 
Deve-se esticar a pele e fazer a raspagem no sentido do pêlo, utilizando um degermante. 
Na presença de pêlos longos, podá-los primeiramente para facilitar a raspagem. 
Após a tricotomia o cliente deve ser encaminhado ao banho (quando possível), e orientado para lavar vigorosamente a área 
operatória com antisséptico degermante. Caso não tenha condições a degermação da área deve ser realizada pela 
enfermagem. 
Vestir a túnica limpa, com abertura para as costas. 
 
Esvaziamento vesical: 
Objetivo: Facilitar a manipulação do local cirúrgico, evitar acidentes, propiciar espaço para armazenamento da drenagem 
urinária durante o ato cirúrgico. 
Recomendado antes da administração do pré-anestésico; 
Em cirurgias em que seja necessário que a bexiga permaneça vazia, ou nas de longa duração, faz-se necessário passar sonda 
vesical de demora. Este procedimento normalmente é realizado no centro cirúrgico (CC). 
 
Administração de medicação pré-anestésica: 
É administrado 45 a 60 min. antes da cirurgia; 
Orientar esvaziamento vesical antes da administração. 
Deve ser verificado os sinais vitais antes e após a administração. 
Medicação via oral deve ser administrada com o mínimo de água; 
Neste momento o paciente deve estar deitado, protegido com grades elevadas na cama, o ambiente deve estar tranquilo e 
deve-se evitar no máximo possível o manuseio. 
Objetivo: Reduzir ansiedade, secreções brônquicas, e espasmos da musculatura faríngea, facilitar a indução e a manutenção 
da anestesia e diminuindo a dosagem dos agentes anestésicos e produzir relaxamento muscular. 
A medicação é prescrita pelo anestesista no momento da visita pré-anestésica (na maioria das vezes, em cirurgias 
programadas, acontece no dia anterior). 
Na noite anterior normalmente é prescrito um tranquilizante. 
 
8- Relacione os cuidados de enfermagem no pós-operatório imediato. 
 
Pós-operatório imediato (POI): Desde a recuperação pós anestésica até 24-48 horas após a cirurgia. 
 
Geral: 
Ajuda contínua para a recuperação dos efeitos da anestesia (funções motoras e sensoriais); 
Avaliação do estado fisiológico; 
Implementação de medidas que levem ao autocuidado, o gerenciamento do regime terapêutico, visando a alta e a recuperação. 
Monitorização quanto as complicações; 
Tratamento da dor;
Cuidados pós-operatório na admissão do cliente na clínica: 
Oferecer apoio psicológico para o cliente e família, 
propiciando as informações necessárias; 
Transferir o cliente da maca para o leito com cuidado, 
sem movimentos bruscos; 
Monitorara respiração e instalar O2, quando prescrito; 
Avaliar o nível de consciência, a orientação no tempo e 
espaço; 
Avaliar a capacidade para movimentar as extremidades; 
Avaliar o local da cirurgia e os sistemas de drenagem da 
ferida; 
Conectar todos os tubos de drenagem por gravidade ou 
por aspiração, e monitorar o sistema de drenagem; 
Posicionar o cliente de forma a promover conforto, 
segurança (cabeça lateralizada, grades) e expansão 
pulmonar; 
Avaliar as linhas de infusão venosa observando 
permeabilidade, gotejamento e tipo de solução; 
Monitorar os sinais vitais - controlar pulso, PA e 
respiração: 
na 1° hora: de 15 em 15 minutos; 
na 2° e 3° hora: de 30 em 30 minutos; 
Seguindo o controle conforme estabilidade. 
Controlar temperatura de 4 em 4 horas após estabilidade. 
Observar a pele quanto a calor, umidade e coloração; 
avaliar intensidade e características da dor (verificar 
última 
administração de analgésico); 
Posicionar a campainha ao alcance do cliente; 
Disponibilizar cuba-rim, comadre ou papagaio; 
Avaliar débito urinário no sistema de drenagem fechada; 
Estimular a micção espontânea e verificar presença de 
globo vesical; 
Reforçar a necessidade de iniciar exercícios de respiração 
profunda, mobilização no leito, exercícios com membros 
inferiores. 
Avaliar intensidade e características da dor (verificar 
última administração de analgésico: 
a dor, a sua intensidade e o nível de tolerância do cliente 
dependem: 
- Local da incisão; 
- Natureza do procedimento cirúrgico; 
- Extensão do trauma; 
- Anestésico utilizado (cefaleia pós raquianestesia que 
pode aparecer até o 7° dia); 
- Posicionamento/imobilidade; 
- Tipo de incisão e compressão pelo curativo; 
- Retenção urinária; 
- A dor intensa estimula a resposta ao estresse afetando 
o sistema cardíaco e imunológico.
 
9- Quais os benefícios da deambulação precoce? 
 
✓ Aumenta a ventilação e reduz a estase de secreções brônquicas prevenindo atelectasia e pneumonias; 
✓ Reduz a distensão abdominal pelo aumento do tônus do trato gastrintestinal e da parede abdominal que estimula a peristalse; 
✓ Reduz a possibilidade de trombose, tromboflebite e de embolia, pois previne estase sanguínea e aumenta a velocidade de 
circulação nas extremidades; 
✓ Melhora do TGI; 
 
Cuidados: 
 
✓ Pode ter uma hipotensão postural (ortostática). 
✓ Posicionar gradativamente (elevar) o cliente ajuda o sistema circulatório a se adaptar, primeiro senta, aguarda, e faça aos 
poucos pequenas caminhadas. 
✓ Precisa estar sem dor. 
 
10- Como a incisão cirúrgica deve ser avaliada e tratada? 
 
Como avaliar: 
 
✓ Complicações como deiscência de sutura, evisceração, podem ocorrer com clientes obesos, desnutridos, e ou que promovam 
esforços extremos de tosse. 
✓ A hemorragia é uma grave complicação cirúrgica por isso a importância de monitorar o local da incisão e os sinais vitais. 
✓ Deve-se atentar a sinais de choque hipovolêmico: Pele fria, úmida e pálida, frequência cardíaca aumentada, respiração rápida 
e profunda, temperatura baixa, PA baixa, oliguria e agitação. Importante: manter acesso venoso e MMII elevados a 20° 
(quando não for contra-indicado). 
✓ É importante monitorar as drenagens na incisão e drenos, os aspectos da incisão e periincisionais. Drenos com pressão 
negativa deve-se atentar para a sua efetividade, observar presença de abaulamento, drenagem de sangue vivo atentando para 
a características da mesma, tipo de escoamento (borbulha, jato...) 
Como tratar: 
• Se as margens estão aproximadas, a circulação ocorreu por 1 intenção, curativo já pode ficar aberto, tomar banho, pois já criou a 
fibrina. 
• Se estiver aberta, com bordas afastadas manter curativo fechado, será feito curativo com irrigação, com soro e seringa. 
 
11- Como o equilíbrio hidroeletrolítico pode ser avaliado? 
 
A manutenção hidroeletrolítica após a cirurgia requer avaliação e intervenção do enfermeiro, evitando a sobrecarga hídrica 
conservando-se a pressão arterial e o débito cardíaco e urinário adequados. As intervenções de enfermagem incluem: avaliação 
de infusão, ingestão e eliminação adequadas de líquidos, verificação da pressão arterial, coloração da pele, pulsação, eletrólitos 
séricos e registro de ganhos e perdas (balanço hídrico). 
 
12- Qual a importância da avaliação da função pulmonar? 
 
A importância refere-se a avaliação e a prevenção de complicações cirúrgicas como atelectasia, sendo a mais comum no PO e 
pneumonias, tornando o caso do cliente mais grave. Pois as complicações são muito frequentes no poi e podem ser muitos graves, 
levando a transferência para a UTI e até a morte. Hipoventilação é uma das principais complicações do PO. 
 
13- Analise as principais complicações pós-operatórias com a ferida cirúrgica? 
 
Seroma - Coleção de gordura, soro e líquido linfático sob a incisão, geralmente fica na camada subcutânea. Ex: pós mastectomia, 
esvaziamento ganglionar. 
Tratamento: Podemos só esperar o próprio corpo absorver ou fazer a aspiração em condições estéreis pelo médico, mas evitar, 
pois, a punção é um risco de infecção, com isso pode-se fazer antibioticoterapia. 
Hematoma - É uma coleção anormal de sangue, geralmente na camada subcutânea de uma incisão recente. São mais 
preocupantes que os seromas, por causa do potencial para infecções secundárias. 
Deiscência da ferida - Separação das camadas faciais no início do curso do pós-operatório. Tem maior significado clínico em 
pacientes com incisão abdominal. Pode ocorrer evisceração. 
Causas: Pontos muito próximos da borda; Pontos muito afastados; Pontos submetidos à pressão excessiva. 
Tratamento: Se a condição da pele tá ruim - Precisara ficar com uma tela, ficara aberto, para fazer curativo e irrigar, pode precisar 
ir pro CC novamente. 
Se a condição da pele está boa – pode fazer os pontos de novo. 
Infecção da ferida – incisional, profunda ou órgão-espaço 
Prevenção: reduzir fatores de risco, cuidar os fatores de risco do paciente, antibioticoprofilaxia, banho com antisséptico no dia 
ou um dia antes da cirurgia. 
 
*Fazer antissepsia na hora de retirar os pontos, não fazer pode causar micro abcessos. 
 
14- Conceitue fístulas. 
 
Consiste numa comunicação anormal entre um órgão oco epitelizado e outra superfície epitelizada. Podem ocorrer: 
 
Entre dois órgãos 
Entre um órgão oco e a pele; 
Entre um órgão oco e a bexiga; 
 
A maioria acontece após uma cirurgia abdominal. 
 
Tratamento 
 
Fístulas enterocutâneas de baixo debito: (Menos que 200ml/24hs) 
Pode ser considerada a alimentação enteral se esta não aumenta o debito da fístula; 
Proteção da pele ao redor da fístula. 
 
Fístulas enterocutâneas de alto debito: (Mais que 200ml/24hs) 
Líquidos endovenosos 
ATB endovenoso 
Proteção da pele e colocação de uma bolsa de colostomia ao redor da ferida 
Dieta zero e suplementação nutricional com NPT 
 
Fístulas enterocutâneas com debito extremamente alto: (Superiores 1-2l/24hs) 
Necessitam de reposição de eletrólitos (Ringer lactato) 
 
15- Quais são as principais complicações pulmonares pós-operatórias. Como preveni-las e trata-las? 
 
ATELECTASIA - é o colapso dos alvéolos periféricos. 
Provocado por: 
-Ação dos anestésicos; pois age dificultando a produção 
de surfactante, um revestimento liquido que age contra o 
colabamento alveolar. 
-Incisão abdominal e; 
-Efeito dos narcóticos, que fazem adormecer e reduzem 
ou eliminam a sensibilidade. 
É a complicação respiratória mais comum no pós-
operatório. 
Sintomas: 
 
Febre (a causa mais comum de febre nas primeiras 48 
horas após o procedimento cirúrgico) 
Mal-estar, diminuiçãodos sons respiratórios. 
Tratamento: 
-Espirometria 
-Respiração profunda e tosse 
Prevenção: 
Estimulo a tosse 
Deambulação precoce 
Manutenção da umidificação das vias aéreas. 
 
PNEUMONIA - Infecção que inflama os alvéolos e os deixa cheio de fluidos. 
Sintomas: 
-Febre alta 
-Tosse com secreção espessa 
-Leucocitose 
-RX de tórax com infiltrados 
Tratamento: 
Para a Pneumonia o tratamento consiste em ATB 
(antibiograma) e se NÃO prontamente diagnosticado e 
tratado 
pode evoluir para insuficiência respiratória e necessitar 
entubação. 
Prevenção: 
Controle da dor (que permite ao paciente respirar 
profundamente e tossir). 
 
PNEUMONITE POR ASPIRAÇÃO - Consiste na lesão da mucosa pulmonar pelo contato com o conteúdo gástrico de PH baixo. 
Quanto mais baixo for o PH, maior a lesão da mucosa. 
Tratamento: 
-Vigilância intensa (FR, Oximetria, gasometria) 
-Oxigenioterapia 
-ATB (é controverso, mas quase sempre utilizado) 
-Entubação em casos mais graves. 
Prevenção: 
Identificação do paciente de alto risco; 
Jejum pré-operatório apropriado; 
Encorajar o paciente a deambular no pós-operatório. 
 
EMBOLIA PULMONAR - Embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de 
seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local 
de formação e emboliza para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões. 
Sintomas: 
Dificuldade de respiração, dor torácica na inspiração e 
palpitações. 
Sinais clínicos: 
Baixa saturação de oxigênio sanguíneo, taquipneia e 
taquicardia. Casos graves de embolia pulmonar não tratada 
podem levar a instabilidade circulatória e morte súbita. 
 
Tratamento: 
É realizado com medicação anticoagulante, incluindo 
heparina e warfarina. Casos graves podem necessitar de 
trombólise com drogas como o ativador de plasminogênio 
tecidual (APt) ou podem necessitar de intervenção 
cirúrgica através de trombectomia pulmonar. 
Prevenção: Prevenir TVP
 
16- O que é TVP/ Como prevenir e tratar. 
Trombose venosa profunda (TVP), é a formação de um 
trombo em uma veia profunda. Geralmente afeta as veias 
dos membros inferiores, como a veia femoral, poplítea ou 
veias profundas da pelve. 
Causas: 
-Hemoconcentração. 
-Cirurgias de longa duração. 
-Depressão da circulação após a cirurgia. 
-Imobilidade. 
Manifestações clínicas: 
-DOR 
-EDEMA 
-FEBRE LEVE 
-CALAFRIOS E SUDORESE 
-Edema (inchaço), cor mais escura da pele, endurecimento 
do tecido subcutâneo, eczemas, úlceras são sintomas 
característicos da síndrome pós-flebítica. 
Tratamento: 
O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é 
evitar a formação de coágulos ou, se eles já se instalaram, 
promover sua reabsorção pelo organismo. Para tanto, 
pode-se contar com os medicamentos anticoagulantes 
(heparina e warfarina), e os fibrinolíticos que ajudam a 
dissolver os trombos. Alguns casos requerem intervenção 
cirúrgica. 
Prevenção: 
-Meias compressivas; 
-Mobilização precoce; 
 
17- Relembre os principais tipos de drenos utilizados em cirurgias e os cuidados específicos a eles relacionados. 
Curativos com drenos: Considerado um curativo complexo. 
Utilizar técnica asséptica. 
Manter o curativo passivo até que o dreno seja retirado – 
após a retirada deve-se avaliar a melhor cobertura a se 
utilizar. 
 
O Dreno tem como objetivo: Proporcionar a drenagem de 
secreções como sangue, bile, evitando o acumulo destes nas 
cavidades; 
Facilitar a drenagem de coleção purulenta em feridas 
infectadas; 
Monitorar a cavidade quanto a possibilidade de formação de 
fistulas e/ou hemorragias; 
Eliminar espaço morto; 
Evitar infecção. 
 
Tipos de drenagens, pode ser em: 
 
Ativas: Por sucção, por exemplo, portovac (tipo sanfona) 
 
Passivo: Gravitacional. A sucção acontece 
espontaneamente, por ação da própria gravidade. 
 
Abertas: Quando a drenagem é feita com bolsas coletoras 
aderidas à epiderme ou em curativos oclusivos (na própria 
gaze de curativo, por exemplo, dreno de Penrose). 
 
Fechados: Consistem de dreno – tubo conector- coletor, 
hermeticamente conectados. 
Normalmente são inseridos através de um corte que 
muitas vezes é adjacente à uma incisão. 
A drenagem corre para um frasco coletor por drenagem ou 
sucção, por exemplo, drenagem de tórax - portovac ou 
drenagem de bile – kher). 
 
 
Sistema de drenagem torácica: Indicação 
I. Remover ar ou fluido da cavidade torácica II. Reestabelecer a pressão negativa, facilitando a 
reexpansão pulmonar. 
 
Cuidados a serem observados: 
1. Localização do dreno; 
2. Fixação do dreno torácico; 
3. Alerta para os sons respiratórios, velocidade da 
respiração, profundidade, característica, ritmo, 
temperatura, gasometria e tipo de drenagem; 
4. Posicionamento no leito e mobilidade do paciente 
(evitar imobilidade); 
5. Acompanhar por meio da ausculta a reexpansão 
pulmonar; 
6. Manutenção do sistema fechado (ocluído totalmente); 
7. Conectar o dreno ao tubo de controle e manter a haste 
submersa 2cm abaixo do nível do liquido; 
8. O nível do liquido deve ser anotado rigorosamente no 
frasco – selo de água (20 cm ou 1 litro). 
9. O sistema de drenagem do paciente sempre deverá 
estar submerso. 
10. Ao proceder a troca do sistema, proceder com o 
pinçamento do dreno para oclusão, após troca, liberar. 
11. Observar borbulhamento da água, se houver poderá 
haver vazamento. 
12. Monitorar e marcar q quantidade de drenagem. 
13. Monitorar o curativo do dreno e características de 
secreção drenada bem como sua quantidade. 
14. Monitorar sinais vitais e temperatura (sinais de 
infecção, hemorragia). 
15. Observar se a drenagem diminui subitamente 
(obstrução por coágulos ou dobraduras). 
16. Observar se a drenagem aumenta subitamente 
(hemorragias). 
Tipos de drenos: 
 
Dreno tubular simples (passiva): 
Material flexível, ode ser de borracha ou polietileno. 
Apresenta fenestra na porção interna. 
Normalmente utilizado para drenar cavidade abdominal/torácica. 
 
Dreno em “T” ou de Kher: 
Um tubo em T pode ser colocado no ducto biliar comum depois da colecictectomia ou coledococistecmia, ele drena a bile até que 
ocorra a cura. 
Utilizado em colecistectomia quando existe a necessidade de abertura do colédoco – fica inserido no colédoco. 
Atenção redobrada para fixação, na chance de uma retração do mesmo. 
A-F – técnicas não cirúrgicas para a remoção de cálculos biliares.
 
18- Discuta os principais aspectos que envolvem a realização de uma cirurgia segura. 
 
A OMS (2009) apresenta DEZ OBJETIVOS ESSENCIAIS PARA A CIRURGIA SEGURA - revisão das evidências e recomendações: 
Objetivo 1: A equipe operará o paciente certo e o local cirúrgico certo. 
Objetivo 2: A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto protege o 
paciente da dor. 
Objetivo 3: A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que 
ameacem a vida. 
Objetivo 4: A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas. 
Objetivo 5: A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente. 
Objetivo 6: A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico. 
Objetivo 7: A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas. 
Objetivo 8: A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos. 
Objetivo 9: A equipe se comunicará efetivamentee trocará informações críticas para a condução segura da operação. 
Objetivo 10: Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e 
resultados cirúrgicos. 
 
19- Relembre a sistematização da assistência de enfermagem (cuidados no pré e /ou no pós operatório) ao paciente com 
problemas cirúrgicos gastroenterológicos (colecistite, hérnias abdominais, cirurgias do esôfago), problemas ginecológicos 
(doenças do assoalho pélvico), problemas cardíacos e respiratórios. 
Colecistite 
✓ De pequeno porte. 
✓ Curativa ou ablativa. 
✓ Urgência/eletiva. 
✓ Potencialmente contaminada. 
Com presença de leucocitose, colecistite - Urgência 
Colelitíase, somente cálculos – Eletiva. 
Estudo de caso - Colecistectomia 
Quando o tratamento farmacológico, as alterações dietéticas e as medidas terapêuticas de suporte não conseguem controlar a 
doença da vesícula ou do ducto biliar do cliente, pode ser necessário retirar-lhe a vesícula biliar. Conhecida como colecistectomia, 
essa operação ajuda a recuperar o fluxo biliar do fígado para o intestino delgado. A colecistectomia tem atualmente como padrão-
ouro a técnica laparoscópica, também denominada videolaparoscopia, com a chamada colecistectomia convencional ou aberta 
sendo feita em situações de exceção. 
 
Bilirrubina indireta - (indica problemas hepáticos), antes de somar bile + hepatócitos. 
Bilirrubina direta – (indica problemas biliares), ligação entre bile + hepatócitos 
Bilirrubina Total – soma de tudo. Direta + indireta 
 
 
Calculosa – Pedra formada por saturação de colesterol. 
Acalculosa – Pedra formada por pigmentos. 
Indicações: 
Colecistite - A vesícula biliar desenvolve inflamação aguda ou crônica, geralmente porque um cálculo ficou alojado no ducto 
cístico, causando distensão dolorosa da vesícula, podendo irradiar para a área medioesternal ou para o ombro direito, estando 
associado a náuseas e vômitos. Noventa por cento da colecistite aguda são caracterizados pela colecistite calculosa. Na colecistite 
calculosa, o cálculo presente obstrui o efluxo biliar e comprime os vasos sanguíneos, comprometendo o suprimento vascular e a 
bile remanescente desencadeia uma reação química, ocorrendo autólise e edema. Pode surgir gangrena com perfuração da 
vesícula biliar. A colecistite aguda também pode ser devida a distúrbios que alteram a capacidade de a vesícula biliar encher ou 
esvaziar. Essas condições são traumatismo, redução da irrigação sanguínea da vesícula biliar, imobilidade prolongada, uso crônico 
de dietas, aderências, anestesia prolongada e consumo de narcóticos. A colecistite pode causar todos os distúrbios associados à 
formação de cálculos biliares: colangite, coledocolitíase e íleo biliar, podendo evoluir para complicações da vesícula biliar, tais 
como empiema, hidropisia ou mucocele, ou gangrena. A gangrena pode causar perfuração, resultando em peritonite, formação 
de fistulas, pancreatite ou vesícula biliar de porcelana. Outras complicações são colecistite crônica e colangite. 
Colelitíase - Doença mais comum do trato biliar. Caracterizada pela formação de cálculos na vesícula biliar. Em geral, o prognóstico 
é bom quando o cliente for tratado, a menos que haja infecção. Nesse caso, o prognóstico depende da gravidade da infecção e 
da resposta aos antibióticos. Existem dois tipos principais de cálculos biliares: aqueles compostos predominantemente do 
pigmento e aqueles compostos principalmente de colesterol. Os cálculos de pigmento se formam quando pigmentos não 
conjugados na bile precipitam se para formar os cálculos. O risco de desenvolver esses cálculos mostra se aumentado nos 
pacientes com cirrose, hemólise e infecções do trato biliar. E são removidos por meio cirúrgicos somente. O colesterol, 
constituinte normal da bile depende dos ácidos biliares e da lecitina presentes também na bile para se dissolver. Pacientes 
propensos a cálculos biliares, a síntese de ácido biliar é diminuída e em contrapartida, a o aumento da síntese de colesterol no 
fígado, resultado em bile supersaturada, o qual se precipita para fora da bile para formar os cálculos que pode produzir alterações 
inflamatórias na vesícula biliar. 
Causas 
Todo esse distúrbio correlatado tem uma causa comum: formação de cálculos. 
Fatores de risco que predispõem à formação de cálculos: 
a. Dieta rica em calorias e colesterol, associada à obesidade; 
b. Níveis elevados de estrogênio devidos ao uso de anticoncepcionais orais, à terapia de reposição hormonal pós-menopausa, ou 
à gravidez; 
c. Uso de clofibrato; 
d. DM, doença ileal, distúrbios hemolíticos, doença hepática ou pancreatite. 
Exames laboratoriais: 
Hemograma Os valores médios são diferentes segundo sexo e idade, e variam entre Hb:14-18g/dl e Ht:42%-52% 
nos homens e Hb:12-16g/dl e Ht:36%-48% nas mulheres. 
Leucograma 4.500 a 11.000/mm² 
Transaminases Normal: AST= Até 40 unidades de Karmen e ALT= Até 30 UK 
Billirrubinas Total – 1,2 mg/dL 
Direta – 0,4 mg/dL 
Indireta – 0,8 mg/dL 
Fosfatase alcalina 50 a 250 u/l 
Função 
pancreática 
Amilase – Até 125 ul/l (pessoas <60 anos) 
Lipase – Até 151 ul/l (pessoas >60 anos) 
 
Exames de imagem solicitados 
Ultrassonografia: 
Resultado: imagem ultrassonográfica evidenciando espessamento da parede da vesícula biliar em 6mm, apresenta imagens 
esféricas, hipercongênicas, sugestivo de litíase. 
Tem alta sensibilidade para a detecção de cálculos e o espaçamento da parede que é considerado anormal quando maior que 
4mm. Também pode haver visualização de liquido perivesicular, distensão da vesícula e cálculos impactados. 
Na colecistite alitiásica a ultrassonografia é o método de escolha 
Colangiografia é um exame de diagnóstico de imagem da vesícula biliar e das vias biliares usando RX. 
Visualização da vesícula biliar, de pedras, da via pancreática e do duodeno. 
Colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM): Método NÃO invasivo, com alta resolução e que não usa radiação 
ionizante, podendo ser usado em grávidas e crianças com segurança. 
Colangiopancreatografia retrógada endoscópica (CPRE): Um duodenoscópio de fibra óptica, com aparelho de visualização lateral, 
é introduzido no duodeno. A ampola de Vater é cateterizada, e injeta-se um agente de contraste na arvore biliar. O sistema de 
ductos pancreáticos também é avaliado, quando indicado. Este procedimento é de valor especial na visualização de neoplasias 
da área da ampola e na extração de uma amostra de biopsia. 
Manifestações clínicas: 
Podem ser assintomáticos, todavia a colelitíase aguda, a colecistite aguda produzem sintomas clássicos de uma crise de vesícula 
- início súbito de dor persistente ou incomoda e grave no QSD do abdome, podendo irradiar para as costas ou ombro. Esse tipo 
de dor é conhecido como cólica biliar e é o sintoma mais característico da doença da vesícula biliar. A cólica biliar é ocasionada 
pela contração da vesícula biliar, que por causa da obstrução pelo cálculo não consegue liberar a bile. Quando o cálculo obstrui o 
ducto cístico, a vesícula biliar torna-se distendida, inflamada e, mais adiante, infectada, podendo o paciente desenvolver febre e 
apresentar massa palpável. Em muitos casos, o cliente relata que a crise começou depois da ingestão de uma refeição gordurosa 
ou volumosa depois de um período de jejum prolongado. Além disso, pode relatar náuseas, vômitos, calafrios e febre baixa. A 
obstrução do ducto biliar impede que a bile seja transportada para o duodeno. Esta passa a ser absorvida pelo sangue e confere 
a pele e mucosas uma coloração amarelada- icterícia, com frequência, sendo acompanhada de prurido. A urina apresenta 
coloração escurecida devido à excreção de pigmentos biliares pelos rins. E as fezes se tornam acinzentadas,sendo usualmente 
descritas como de cor de argila. Quando a obstrução do fluxo da bile é prolongada há interferência na absorção de vitaminas 
lipossolúveis A, D, E e K. 
Exame físico: 
Inspeção: pode evidenciar dor, palidez, sudorese e exaustão. Se ele tiver colecistite crônica, colangite ou história de 
coledocolitíase a inspeção da pele, das escleróticas e das mucosas orais pode confirmar a icterícia; a inspeção das amostras de 
urina e fezes pode mostrar urina escura e fezes claras. Além disso, o cliente também pode ter picos febris com calafrios. No íleo 
biliar, o cliente pode queixar-se de dor espasmódica, que em alguns casos persiste por vários dias, às vezes com náuseas e vômitos. 
A inspeção pode-se detectar distensão abdominal. (BOUNDY,2004) 
Ausculta: pode comprovar redução dos ruídos peristálticos, se o cliente tiver colecistite aguda. No íleo biliar, a ausculta pode 
mostrar ausência dos ruídos peristálticos, se o cliente tiver obstrução intestinal completa. 
Palpação: pode-se detectar taquicardia. A palpação suave do abdome pode mostrar hipersensibilidade sobre a vesícula biliar, que 
se acentua na inspiração. Se for possível palpar uma vesícula biliar cheia de cálculos, mas sem obstrução ductal, pode-se perceber 
uma massa indolor semelhante a uma salsicha. 
Principais diagnósticos de enfermagem pós-operatórios para o paciente que se submete à cirurgia para a doença da vesícula 
biliar podem incluir os seguintes: 
• Dor aguda e desconforto relacionados com a incisão cirúrgica; 
• Troca gasosa prejudicada relacionada com a incisão cirúrgica abdominal alta (quando foi feita a colecistectomia cirúrgica 
tradicional); 
• Integridade da pele comprometida relacionada com a drenagem biliar alterada depois a intervenção cirúrgica (quando um tubo 
T foi inserido por causa de cálculos retidos no ducto biliar comum ou foi empregado outro dispositivo de drenagem); 
• Nutrição alterada, menor que as demandas corporais, relacionada com a secreção inadequada da bile; e. Déficit de 
conhecimento sobre as atividades de autocuidado relacionado com o cuidado da incisão, modificações da dieta (quando 
necessário), medicamentos e sinais ou queixas de sintomas (por exemplo: febre, sangramento, vômitos). 
Diagnósticos de enfermagem do período pós-operatório imediato de colecistectomia laparoscópica podem incluir os seguintes: 
I. Integridade tissular prejudicada, com o fator relacionado mecânico (cirurgia de colecistectomia), e a característica 
definidora encontrada foi tecido subcutâneo e pele destruídos; 
II. Percepção sensorial perturbada, que pode ser justificado pelo uso de anestesia geral no período intra-operatório. Devido 
à utilização de drogas anestésicas, os pacientes chegam ao centro de recuperação pós-anestésica ainda muito sonolentos e 
apresentando dificuldade para manter padrões de comunicação adequados com a equipe que o assiste nesse momento. Os sinais 
de anestesia podem ser observados pela depressão do sistema circulatório e respiratório, diminuição do diâmetro pupilar (miose) 
e os globos oculares podem encontrar-se fixos e centralizados. A dificuldade para apresentar abertura ocular espontânea e a 
diminuição do diâmetro pupilar foram observadas nos pacientes, no pós-operatório imediato de colecistectomia, assim que foram 
admitidos no centro de recuperação pós anestésicas, permanecendo nessa mesma condição por até uma hora. 
III. Hipotermia, os fatores relacionados identificados para esse diagnóstico foram: medicamentos que causam vasodilatação, 
exposição a ambiente frio e incapacidade para tremer. As características definidoras encontradas foram redução da temperatura 
corporal abaixo dos parâmetros normais, tremor e piloereção. A hipotermia pós-operatória é definida como temperatura = 35,5 
Cº e é um problema crescente nos centros de recuperação pós-anestésica. A utilização de determinados anestésicos pode 
interferir na regulação da temperatura, uma vez que o centro regulador da temperatura no cérebro, o hipotálamo, é deprimido 
por algumas drogas utilizadas na anestesia geral, provocando a perda da capacidade de vasoconstrição. A vasodilatação resultante 
possibilita um fluxo maior de sangue para a periferia, o que aumenta a perda de calor. Além disso, a utilização de relaxantes 
musculares e narcóticos contribui para a perda da capacidade de o organismo produzir tremores e, consequentemente, ocasionar 
a piloereção. Essa situação associada ao ambiente frio da sala de cirurgia e do centro de recuperação pós-anestésica, 
administração de infusões frias durante a cirurgia e à criação e manutenção do pneumoperitônio na cirurgia de colecistectomia, 
com a introdução de dióxido de carbono na cavidade abdominal, pelo fato de ser um gás frio, podem contribuir para o 
estabelecimento da condição de hipotermia; 
IV. Risco para infecção, a colecistectomia laparoscópica possui tempo operatório menor quando comparada à laparotomia, 
possibilitando um menor tempo de exposição do paciente e diminuição do seu tempo de permanência no hospital, no período 
pós-operatório, reduzindo, assim, complicações relacionadas à cicatrização da ferida cirúrgica como, por exemplo, a infecção. A 
cirurgia de colecistectomia laparoscópica é, na maioria das vezes, classificada como uma cirurgia limpa. Neste estudo, apenas um 
paciente apresentou presença de pus no interior da vesícula biliar, necessitando de medidas mais complexas para o tratamento 
de uma possível infecção. Precisou permanecer internado no hospital para uso de antibiótico endovenoso, permaneceu com 
dreno de Penrose em uma das feridas cirúrgicas, a fim de drenar o exsudato presente na cavidade abdominal, e o abdômen foi 
lavado com quantidade maior de soro fisiológico 0.9% antes do fechamento das incisões cirúrgicas. Outros fatores de risco podem 
estar relacionados a esse diagnóstico de enfermagem como: invasão do local da incisão por microrganismos, procedimentos 
invasivos, uso de prótese, comprometimento das defesas hospedeiras, secundário a doenças crônicas, tabagismo, etilismo e 
obesidade. Outro aspecto importante em relação ao risco para infecção está relacionado aos procedimentos invasivos de punções 
venosas, por meio de cateteres plásticos para a administração de fluidos. A inserção do tubo endotraqueal durante o período 
transoperatório é outro procedimento que merece ser destacado. O tubo endotraqueal atua como corpo estranho, 
traumatizando o epitélio, induzindo a resposta inflamatória, diminuindo a capacidade de transporte de muco, além de modificar 
a flora da cavidade oral, prejudicando a limpeza ciliar e o reflexo da tosse. A presença de doenças crônicas associadas ao ato 
cirúrgico favorece o risco de infecção, ficando prejudicada a cicatrização da ferida cirúrgica em todas as fases. O paciente obeso 
também está mais susceptível à infecção, pois a baixa irrigação do local do tecido adiposo, associada ao trauma da parede 
abdominal e presença de maior área exposta à contaminação favorecem o desenvolvimento de infecção. 
V. Risco para aspiração, o uso de determinadas drogas na anestesia pode causar náusea e vômito, fato que aumenta o risco 
para aspiração. Esses agentes anestésicos atuam em nível de sistema nervoso central e podem provocam estimulação do centro 
do vômito na formação reticular lateral do bulbo. A manipulação indelicada do paciente durante o transporte do centro cirúrgico 
para o Centro de recuperação pós-anestésica e alterações na sua posição durante o período de recuperação imediato também 
podem desencadear episódios de náusea e vômitos, pelo fato de as drogas anestésicas sensibilizarem o aparelho vestibular e o 
órgão do equilíbrio. Outros possíveis fatores desencadeantes da ocorrência de náusea e vômito no pós-operatório de 
colecistectomia podem estar associados à presença doCO2 na cavidade abdominal que aumenta o fluxo de sangue cerebral 
desencadeando a sua ocorrência. 
VI. Risco para função respiratória alterada, a utilização de anestésico é o possível fator que pode alterar a função respiratória 
nos pacientes submetidos à colecistectomia, pois provoca, na maioria das vezes, efeitos depressores do sistema respiratório. 
Dependendo da droga e da dosagem utilizada na anestesia, as alterações respiratórias podem ocorrer com maior ou menor 
intensidade a partir do momento em que a droga foi administrada até vários dias após a intervenção cirúrgica. 
Cuidados de enfermagem - Pré-operatório 
✓ Esclarecer possíveis duvidas do paciente, referente ao procedimento cirúrgico. 
✓ Verificar sinais vitais. 
✓ Colher material para exames conforme solicitação medica. 
✓ Manter o paciente em jejum, conforme rotina. 
✓ Orientar o paciente a esvaziar a bexiga 30 min antes da cirurgia. 
✓ Retirada de prótese dentária e adornos e identifica-los 
✓ Encaminhar paciente ao CC. 
Cuidados de enfermagem - Pós-operatório 
● Repouso relativo. 
● Dieta zero por 24h. 
● Solução fisiológica 1000ml e glicosada 1500ml. 
● Cefazolina 2g EV 4/4h. 
● Plasil 1 ampola, 8/8h se náusea e Dipirona 1 ampola, 6/6h se dor, ambas EV. 
● Sinais vitais a cada 6h. 
De acordo com Bruuner e Suddarth (2009): 
a. Aliviar a dor - A localização da incisão subcostal na cirurgia não laparoscópica da vesícula biliar frequentemente faz com que o 
paciente evite mudar de decúbito e mover-se. Como a expansão plena dos pulmões e o aumento gradual da atividade são 
necessários para evitar as complicações pós-operatórias, a enfermeira administra os agentes analgésicos conforme a prescrição, 
a fim de aliviar a dor e promover o bem-estar, além de ajudar o paciente a mudar de decúbito, tossir, respirar profundamente e 
deambular, quando indicado. O uso de um travesseiro ou cinta sobre a incisão pode reduzir a dor durante essas manobras. 
 
b. Melhorar o estado respiratório - Os pacientes que se submetem à cirurgia do trato biliar estão particularmente propensos às 
complicações pulmonares, assim como todos os pacientes com incisões abdominais superiores. Portanto, o enfermeiro lembra o 
paciente que ele deve realizar respirações profundas e tossir a cada hora, para expandir totalmente os pulmões e evitar a 
atelectasia. O uso precoce e consistente da espirometria de incentivo também ajuda a melhorar a função respiratória. A 
deambulação precoce evita as complicações pulmonares, bem como outras complicações como a tromboflebite. As complicações 
pulmonares são mais prováveis de acontecer nos pacientes idosos, pacientes obesos e naqueles com doença pulmonar 
preexistente. 
 
c. Promover o cuidado com a pele e a drenagem biliar - Nos pacientes que foram submetidos a uma colecistostomia, um dreno deve 
ser imediatamente conectado a um recipiente de drenagem. A enfermeira deve proceder o equipo às roupas ou ao avental do 
paciente, com folga suficiente para que o paciente se movimente sem descolá-lo ou dobrá-lo. Como um sistema de drenagem 
permanece acoplado quando o paciente está deambulando, a bolsa de drenagem pode ser colocada no bolso de um roupão ou 
presa de modo que fique abaixo da cintura ou do nível do ducto comum. Quando se utiliza um dreno de penrose, o enfermeiro 
troca os curativos quando necessário. Depois desses procedimentos cirúrgicos, o paciente é observado quanto às indicações da 
infecção, extravasamento da bile na cavidade peritoneal e obstrução da drenagem da bile. Quando a bile não está drenando de 
maneira apropriada, uma obstrução está provavelmente fazendo com que ela seja forçada de volta para o fígado e para a corrente 
sanguínea. Como a icterícia pode sobrevir, o enfermeiro deve observar particularmente a coloração das escleras. O enfermeiro 
também deve observar e relatar a do abdominal no quadrante superior direito, náuseas e vômitos, drenagem biliar ao redor de 
qualquer dreno, fezes com cor de argila e uma alteração nos sinais vitais. A bile pode continuar a drenar do trato de drenagem 
em quantidades consideráveis por algum tempo, exigindo frequentes trocas dos curativos externos e proteção da pele contra a 
irritação (a bile é corrosiva para a pele). Para evitar a perda total da bile, o médico pode desejar que dreno ou recipiente de coleta 
seja elevado acima do nível do abdome, de tal modo que a bile drene externamente apenas quando a pressão se desenvolve no 
sistema de ducto. A cada 24 horas, o enfermeiro mede a bile coletada e registra a quantidade, coloração e característica da 
drenagem. Depois de vários dias de drenagem, o dreno pode ser clampeado por 1 hora antes e depois de cada refeição para 
liberar a bile para o duodeno, visando auxiliar na digestão. Dentro de 7 a 14 dias, o dreno é removido. O paciente que vai para 
casa com um dreno em posição requer instrução e tranquilização a respeito da função e cuidado com o dreno. Em todos os 
pacientes com drenagem biliar, o enfermeiro (ou paciente, quando em casa) observa diariamente as fezes e anota sua coloração. 
As amostras de urina e fezes podem ser enviadas ao laboratório para exame de pigmentos biliares. Dessa maneira, é possível 
determinar se o pigmento biliar está desaparecendo do sangue e drenando novamente no duodeno. É importante manter um 
registro cuidadoso da ingestão e débito de líquidos. 
 
d. Melhorar o estado nutricional - O enfermeiro incentiva o paciente a ingerir uma dieta hipolipídica, hiperprotéica e rica em 
carboidratos imediatamente após a cirurgia. No momento da ata hospitalar, comumente não existem orientações nutricionais 
especiais diferentes para manter uma dieta nutritiva e evitar o excesso de gorduras. Em geral, a restrição de gorduras é suspensa 
em 4 a 6 semanas, quando os ductos biliares se dilatam para acomodar o volume de bile outrora sustentado pela vesícula biliar, 
e quando a ampola de Vater novamente funciona de forma efetiva. Depois desse período, quando o paciente ingere gordura, a 
bile adequada será liberada dentro do trato digestivo para emulsificar as gorduras e permitir sua digestão. Isso se opõe à condição 
anterior à cirurgia, quando as gorduras podem não ser digeridas por completo ou de maneira adequada, podendo ocorrer a 
flatulência. No entanto, uma finalidade da cirurgia da vesícula biliar consiste em permitir uma dieta normal. 
 
e. Monitorar e tratar as complicações potenciais - O sangramento pode ocorrer em consequência da punção ou corte inadvertido 
de um vaso sanguíneo importante. No período pós-operatório, o enfermeiro monitora rigorosamente os sinais vitais e inspecionar 
as incisões e drenos cirúrgicos, quando algum está aplicado, para a evidência de sangramentos. O enfermeiro também avalia 
periodicamente o paciente quanto ao aumento da sensibilidade dolorosa e rigidez o abdome. Quando esses sinais e sintomas 
acontecem, eles são relatados ao cirurgião. O enfermeiro orienta o paciente e a família no sentido de relatar ao cirurgião qualquer 
alteração na coloração das fezes, o que pode indicar complicações. Os sintomas gastrointestinais, embora incomuns, podem 
ocorrer com a manipulação dos intestinos durante a cirurgia. Depois da colecistectomia laparoscópica, o enfermeiro avalia o 
paciente quanto à perda do apetite, vômitos, dor, distensão abdominal e elevação da temperatura. Esses sintomas podem indicar 
infecção ou ruptura do trato gastrointestinal e devem ser relatados de imediato ao cirurgião. Como o paciente recebe alta logo 
depois da cirurgia laparoscópica, o paciente e a família são instruídos verbalmente e por escrito a respeito da importância de 
relatar de imediato esses sintomas. 
 
f. Ensinar o autocuidado aos pacientes - O enfermeiro instrui o paciente sobre os medicamentos que são prescritos (vitaminas,anticolinérgicos e antiespasmódicos) e suas ações. Também é importante informar ao paciente e à família os sintomas que devem 
ser relatados ao médico, inclusive icterícia, urina escura, fezes cor de argila, prurido e sinais de inflamação e infecção, como a dor 
ou febre. Alguns pacientes relatam uma a três defecações por dia. Isso resulta do gotejamento contínuo de bile pela junção 
coledocoduodenal depois da colecistectomia. Comumente, essa frequência diminui durante um período de algumas semanas a 
vários meses. Quando um paciente recebe alta do hospital com um dreno ainda em posição, o paciente e a família precisam de 
orientações sobre seu tratamento. O enfermeiro os instrui quanto ao cuidado adequado do dreno e sobre a importância de relatar 
de imediato ao cirurgião quaisquer alterações na quantidade ou características da drenagem. A assistência na fixação do curativo 
adequado reduz a ansiedade do paciente sobre sua volta ao lar com o dreno ou tubo ainda em posição. 
Atividades que podem cair na prova para a colecistite/colecistectomia: 
A Portaria no 2616/MS, de 12 de maio de 1998 determina a Classificação das cirurgias pelo potencial de contaminação da ferida 
cirúrgica. Considera-se o número de microorganismo presentes no tecido a ser operado. 
A) Baseado nos dados apresentados no relato de caso, classifique o potencial de contaminação da ferida cirúrgica do caso acima. 
Explique. 
B) Apresente os dados do relato de caso que basearam a sua classificação. 
C) Baseado nessa classificação qual o risco de infecção da ferida cirúrgica? 
Classifique a cirurgia de X quanto a finalidade e grau de urgência. 
Cite os fatores de risco para ISC relacionados à paciente. 
Quais os principais cuidados em relação ao Diabetes? 
A enfermeira da unidade de clínica cirúrgica em questão deverá através de uma anamnese e exame físico e elaborar um plano de 
enfermagem para o pré-operatório. Cite e explique pelo menos cinco ações de enfermagem fundamentais específicas para o 
período pré-operatório imediato. 
Atividades SUFIXOS 
As frases abaixo apresentam alguns conceitos de termos utilizados na nomenclatura cirúrgica. Complete as frases a seguir 
segundo o exemplo: 
PREFIXOS 
1- Complete seguindo o exemplo: 
Relativo a estômago: Gástrico 
Relativo ao fígado: Hepato 
Relativo ao baço: Espleno 
Relativo a intestino delgado: Êntero 
Relativo a intestino grosso: Cólon 
 
2- Agora o contrário: 
Oto - ouvido 
Oftalmo - olho 
Rino - nariz 
Bléfaro - pálpebras 
Adeno - glândulas 
Tráqueo - traqueia 
Cárdia - esfíncter esôfago-gástrico 
Cole - vias biliares 
Procto – reto e ânus 
Laparo – parede abdominal 
Nefro - rins 
Pielo – pelve renal 
Cisto - bexiga 
Hístero - útero 
Salpingo – tuba uterina 
Colpo - vagina 
Oóforo - ovário 
Orquio - testículo 
Ósteo - osso 
Angio – vasos sanguíneos 
3- Agora explique os termos abaixo: 
Mastoplastia: reparação plástica da mama. 
Toracocentese: punção/aspiração do espaço intrapleural para remover líquidos anômalos, como é o caso dos hidrotórax, 
hemotórax ou empiema. 
Perineorrafia: sutura do períneo; 
Esplenectomia: remoção do baço; 
Nefrostomia: formação de uma abertura na pelve renal e colocação de uma sonda exteriorizada na região lombar. 
Ureterostomia: é a criação de uma ostomia para um ureter ou rim. 
Toracotomia: abertura da cavidade torácica; 
Laparotomia: abertura da cavidade abdominal; 
Mastectomia: retirada da mama 
Apendicectomia: ablação, extirpação do apêndice cecal. 
Flebotomia: incisão na veia para introdução de cateter. 
 
Amarildo: 
 
 
 
 
Preparo do material no CME: Área suja > Área limpa > área estéril: 
Expurgo > preparo do material e carga da autoclave(esterilização) > retirada de material da autoclave e guarda do 
material estéril no arsenal. 
 
Questões ditas pela SAMARA: 
Sobre fisiopatologia 
Sobre exames laboratoriais. 
cirurgia limpa, contaminada? 
Qual a finalidade da cirurgia colecistectomia 
Riscos para infecções de sitio cirúrgico 
Aberta- complicações (poi), cirúrgicas que ele teve. Após 
4 dias outras complicações 
Diagnósticos de enfermagem do (poi). Estão todos 
certos, averiguar o que ela pedir, é do pós, o que bate 
Elaborar intervenções de enfermagem, para aqueles 
diagnósticos da questão anterior. 
Objetivos da cirurgia segura (Amarildo) 
CME- preparo do material (Amarildo) 
 
	Colecistite
	Com presença de leucocitose, colecistite - Urgência
	Colelitíase, somente cálculos – Eletiva.
	Estudo de caso - Colecistectomia
	Causas
	Exames de imagem solicitados
	Cuidados de enfermagem - Pré-operatório
	Cuidados de enfermagem - Pós-operatório
	Atividades que podem cair na prova para a colecistite/colecistectomia:
	Cole - vias biliares

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