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Experimento 3 – Movimento de um corpo em um plano inclinado - Determinação da aceleração da gravidade Integrantes: Jéssica Bayer e Thaís Gonçalves Bancada: 13 Turma: EB3 Horário: 10h-12h -Resumo: A partir do estudo do movimento de um carrinho em um trilho de ar (com átrio desprezível) com três diferentes inclinações e utilizando um sistema de vídeo e o programa ImageJ, levantaremos os dados necessários para obter a aceleração da gravidade. -Introdução: O movimento retilíneo uniformemente variado ocorre quando um corpo se desloca ao longo de uma trajetória retilínea e com uma aceleração constante, o que significa que a velocidade do corpo tem sempre a mesma variação a cada segundo que passa. Por isso, é possível caracteriza-lo também como um movimento acelerado devido ao aumento constante da variação da velocidade do corpo. O corpo neste caso é o carrinho e a trajetória retilínea é o trilho de ar reto. Considerando nulas as forças de atrito, restam apenas a força Peso (P) e a Normal. Percebe-se então que a força responsável pela aceleração corresponde a componente da força peso no eixo x. Assim, temos: ΣF=ma=Px=mgsen θ , a=gsen θ Sabe-se que o valor da gravidade esperado é g = (978,7 +/- 0,1) cm/s², valor este encontrado anteriormente por um modelo mais preciso e exato. Para calcular a aceleração do sistema e a aceleração da gravidade faz-se necessário fazer um ajuste linear, ou seja, a melhor reta entre os pontos do gráfico VxT, onde o coeficiente angular (inclinação) será a aceleração do sistema e A x senθ, onde o coeficiente angular será a aceleração da gravidade. -Procedimento experimental: Para iniciarmos o experimento, nivelamos o trilho de ar com folhas de papel, até o ponto em que o carrinho não se movesse para nenhum dos lados. Posicionamos a câmera digital no tripé e verificamos as recomendações de configuração presentes no apêndice E da apostila de Fisexp I e, em seguida, arrumamos o tripé de forma que todo o trilho aparecesse na imagem. Para diferenciarmos as inclinações utilizamos blocos de madeira nas seguintes quantidades determinadas pelo professor: 4, 8 e 12. Para gravar o experimento, colocamos o carrinho no lado mais alto do trilho e ligamos o equipamento. Enquanto uma pessoa soltava o carrinho, outra controlava a câmera iniciando e finalizando o filme antes de soltar o carrinho e logo após o carrinho colidir com o elástico localizado do outro lado do trilho (parte mais baixa). O mesmo procedimento foi realizado para todas as inclinações. Com os filmes prontos, passamos para o computador e abrimos no programa ImageJ. Iniciamos a análise rotacionando o trilho para remover a inclinação, apenas para facilitar a visualização e adquirir os dados de forma unidimensional. O mesmo foi realizado para todos os vídeos com os seguintes ângulos: 4 blocos=2.5°, 8blocos=4.25° e 12 blocos=6.5°. Em seguida, coletamos variações dos pontos em x para cada 5 quadros do vídeo (dados na Tabela 1). Tabela 1: Pontos com 4, 8 e 12 blocos respectivamente. Quadros (z) Tempo (s) Ponto em X (Pixel) Quadros (z) Tempo (s) Ponto em X (Pixel) Quadros (z) Tempo (s) Ponto em X (Pixel) 37 1,27 571±2 15 0,57 577±2 34 1,17 577±2 42 1,43 571±2 20 0,70 574±2 39 1,33 573±2 47 1,60 563±2 25 0,87 566±2 44 1,50 559±2 52 1,77 556±2 30 1,03 552±3 49 1,67 537±3 57 1,93 545±2 35 1,20 533±3 54 1,83 506±3 62 2,10 532±3 40 1,37 506±3 59 2,00 467±3 67 2,27 561±3 45 1,53 476±4 64 2,17 420±4 72 2,43 497±3 50 1,70 439±4 69 2,33 366±4 77 2,60 475±3 55 1,87 399±4 74 2,50 304±4 82 2,77 453±3 60 2,03 352±5 79 2,67 234±5 87 2,93 422±4 65 2,20 300±5 84 2,83 156±5 92 3,10 392±4 70 2,37 242±5 97 3,27 360±4 75 2,53 180±5 102 3,43 324±4 80 2,70 111±5 107 3,60 286±4 112 3,77 245±5 117 3,93 201±5 122 4,10 154±5 127 4,27 105±5 O valor do sen(θ) foi obtido indiretamente através dos dados recolhidos diretamente, sendo H1 a altura próxima ao pé de apoio do trilho na parte mais baixa e H2 na parte mais alta. As alturas foram recolhidas em todos os três ângulos, já L é a distância entre essas alturas, que é de 110,0 cm. Calculado o sen(β), sua incerteza também foi calculada indiretamente, através do cálculo da propagação de incerteza (Dados na Tabela 2 e no apêndice). Tabela 2 Medidas de sen(θ) e aceleração. Inclinação H1(cm) H2(cm) L(cm) sen(θ) Aceleração (cm/s²) 4 blocos 13,7 ± 0,1 17,7 ± 0,1 110,0 ± 0,1 0,036 ± 0,002 -35 ± 2 8 blocos 13,3 ± 0,1 21,4 ± 0,1 110,0 ± 0,1 0,074 ± 0,002 -72 ± 2 12 blocos 13,0 ± 0,1 25,0 ± 0,1 110,0 ± 0,1 0,109 ± 0,003 -107 ± 3 A constante de calibração foi determinada para transformar as medidas de pixel para cm a partir de uma distância conhecida. Seu valor é de 0,429 cm/px. Com o valor da constante em mão, podemos calcular o valor da posição X, já que X=k.p e da velocidade instantânea V . (Dados na tabela 3). Tabela 3 Medidas de posição e velocidade instantânea em função do tempo para 4, 8 e 12 blocos respectivamente. X (cm) δX V (cm/s) δV X (cm) δX V (cm/s) δV X X (cm) δX V (cm/s) δV 244,95 0,86 * * 247,53 0,86 * * 247,53 0,86 * * 244,95 0,86 -10,39 3,68 246,24 0,86 -15,73 3,68 245,81 0,86 -23,39 3,68 241,52 0,86 -18,91 3,58 242,81 0,86 -28,60 4,7 239,81 0,86 -43,94 4,7 238,52 0,86 -25,73 3,68 236,80 1,29 -42,90 4,7 230,37 1,29 -68,90 4,7 233,80 0,86 -31,21 4,7 228,65 1,29 -58,02 5,52 217,07 1,29 -90,84 5,52 228,22 1,29 -36,58 4,56 217,07 1,29 -74,09 6,51 200,39 1,29 -108,50 6,51 221,36 1,29 -45,48 5,52 204,20 1,72 -87,09 6,51 180,18 1,72 -131,45 6,51 213,21 1,29 -53,30 5,52 188,33 1,72 -97,14 7,37 157,18 1,72 -150,81 7,37 203,77 1,29 -55,52 5,52 171,17 1,72 -113,12 8,31 130,41 1,72 -166,55 8,31 194,33 1,29 -68,90 6,51 151,00 2,14 -128,69 8,31 100,38 2,14 -192,39 8,31 181,03 1,72 -79,42 6,51 128,7 2,14 -138,79 9,17 66,92 2,14 * * 168,16 1,72 -78,20 7,37 103,81 2,14 -156,00 9,17 154,44 1,72 -88,39 7,37 77,22 2,14 -179,39 9,17 138,99 1,72 -96,21 7,37 47,61 2,14 * * 122,69 1,72 -99,67 8,31 105,10 2,14 -110,51 8,31 86,22 2,14 -118,30 9,17 66,06 2,14 -121,11 9,17 45,04 2,14 * * Obs: (*) por definição esses valores são impossíveis de se obter. -Gráficos: *4 blocos *8 blocos *12 blocos Com o coeficiente angular dado pelo QtiPlot, podemos calcular a aceleração de cada bloco, levando em consideração uma incerteza relativa de 6% (Dados na tabela 2) Juntando dados de todos.... Sendo a 1 coluna os valores de seno, a 2 os valores da incerteza de seno, a 3 os valores da aceleração e a 4 os valores da incerteza da aceleração: 0,039 0,002 33,7 0,6 0,065 0,003 59,4 0,5 0,103 0,003 98 2 0,036 0,002 35 2 0,074 0,002 72 2 0,109 0,003 107 3 0,03 0,001 29 0,1 0,060,002 57,6 0,9 0,095 0,002 87 1 0,053 0,001 54 2 0,082 0,003 80 3 - Conclusões A partir da observação dos três gráficos, pode-se dizer que o experimento pôde comprovar de forma satisfatória o movimento do móvel como sendo MRUV, já que todos são retas. O valor da aceleração da gravidade obtido pela turma não é compatível com o valor pré-estabelecido (mais preciso). O que justifica isso fisicamente é a força de atrito, já que ela não é tão desprezível assim. Não considera-la acabou causando erro sistemático na medida. Logo, este método não seria o melhor método para obter a aceleração da gravidade. -Apêndice: *Propagação de incerteza: sen(θ): posição=X(cm): const. De conversão(k): pixel(px): aceleração: * Equações: Aceleração: Velocidade: Ângulo de rotação: sen(θ): Constate de conversão:
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