ETNOMATEMÁTICA 3

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ETNOMATEMÁTICA
	O termo etnomatemática, enquanto conceito em si já seja discutido desde a década de 70, ele ainda é uma novidade para muitos educadores. Conforme Milton e Daniel: A etnomatemática não é simplismente o estudo da matemática ou das etinias, pois trata-se de um programa mais geral e abrangente, que utiliza os diversos meios que as culturas utilizaram e utilizam para encontrar explicações para melhor entender e compreender suas realidades, com o objetivo de vencer as dificuldades que surgem em suas vidas diárias. (Rosa; Orey,2004, não paginado).
	Para sistematizar sua proposta, D. Ambrosio parte do pressuposto de que as ações sobre a realidade e que conduzem ao saber (reflexões) são feitas sobre uma realidade continuamente acrescida de fatos e eventos, e exigem igual atenção às coisas naturais e aos artefatos (representações) e mentefatos (mitos e símbolos). Assim, para ele, uma das manifestações das reflexões é a modelagem, que é a aproximação da complexidade de um sistema natural por um sistema artificial, no qual se destacam somente alguns parâmetros (algumas qualidades) e se ignoram suas interações com o todo. Nesse sentido, a modelagem sempre faz um apelo à realidade fora de um contexto holístico.
	 Dessa forma, a modelagem é eficiente na medida em que faz uma aproximação da situação real, sendo uma metodologia de ensino muito útil e que se enquadra no Programa Etnomatemática. Em resumo, pode ser entendida como uma maneira pela qual culturas especificas (etno) desenvolveram ao longo da história as técnicas e as idéias (ticas) para aprender a trabalhar com medidas, cálculos, inferências, comparações, classificações e modos diferentes de modelar o ambiente social e natural no qual estão inseridas para explicar e compreender os fenômenos que neles ocorrem (matema).