Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Pauta de Correção da 1a Avaliação de Cálculo I - 29 de julho de 2016 1. Calcule os limites, caso existam: (a) (1 ponto) lim t→−3 t2 − 9 2t2 + 7t+ 3 ; (b) (1 ponto) lim x→0 x2f(x), onde f(x) = { 1, se x ∈ Q −1, se x ∈ R \Q . Resolução: (a) A priori, o domínio da função é definido pelo conjunto D(f) = {t ∈ R; t 6= −3} Note que, não podemos substituir x = −3, pois isso resulta em um numerador igual a zero, assim como o denominador. Deste modo, podemos simplificar tal função, através do cancelamento de um fator comum, haja vista que t2 − 9 2t2 + 7t+ 3 = (t+ 3)(t− 3) (t+ 3)(2t+ 1) = t− 3 2t+ 1 , Logo, lim t→−3 t2 − 9 2t2 + 7t+ 3 = lim t→−3 t− 3 2t+ 1 = 6 5 . (b) Analisando a função f, nota-se que: −1 ≤ f(x) ≤ 1 ∀x ∈ R. Como x2 ≥ 0 segue que: −x2 ≤ x2f(x) ≤ x2 Pelo fato de lim x→0 (−x2) = lim x→0 (x2) = 0, decorre do Teorema do Confronto que lim x→0 x2f(x) = 0 Pauta: (a) Verificar o existência do fator comum - 0,3 ponto. Concluir tudo corretamente - 1 ponto. Penalizar em 0,3 ponto caso esqueça do símbolo de limx→x0 . Penalizar em 0,2 ponto por cada erro de conta. Pauta: (b) Analisar que a função f é limitada em [−1, 1] para todo número real - 0,3 ponto. Concluir tudo corretamente - 1 ponto. Penalizar em 0,3 ponto caso esqueça do símbolo de limx→x0 . Penalizar em 0,2 ponto por cada erro de conta. Penalizar em 0,2 ponto, caso não informem que esão utilizando o Teorema do confronto. 2. (2 pontos) Calcule p de modo que a função f(x) = { x+ 4p, se x ≤ −4 p2, se x > −4 seja contínua. Resolução: Independente da escolha do valor de p, para x < −4 a função f(x) é contínua, pois é uma função polinomial, e para x > −4 a função f(x) é contínua por ser constante. Resta escolher p de modo que f(x) seja contínua para x = −4. Note que x = −4 faz parte do domínio de f(x) (neste caso f(−4) = −4 + 4p); além disso, desde que lim x←−4+ f(x) = lim x←−4+ (p2) = p2 e lim x←−4− f(x) = lim x←−4− [x+ 4p] = −4 + 4p temos que se escolhermos p tal que p2 = −4 + 4p teremos lim x←2 f(x) = −4 + 4p = f(−4) e portanto f(x) seria contínua em x = −4. Resolvendo a equação do segundo grau p2 = −4 + 4p temos que p = 2 é o valor procurado. Pauta: i) 2 pontos se justificar devidamente que f(x) é contínua para todo x ∈ R se escolhermos p = 2; ii) 1 ponto de justificar devidamente que f(x) é contínua para todo x 6= −4; iii) 1 ponto se justificar devidamente que f(x) é contínua para x = −4 se escolhermos p = 2; iv) 1 ponto se obter p = 2, mas não justificar devidamente a continuidade da função f(x); v) Descontar 0,2 pontos por erros de conta. 3. (2 pontos) Determine as assíntotas horizontais e verticais, caso existam, do gráfico da função f(x) = √ 2x2 + 1 3x− 5 . Resolução: (a) Para determinar, caso existam, assíntotas horizontais determina-se: lim x→−∞ f(x) e limx→+∞ f(x). Observação:podemos fazer mudança na variável independente de modo a não necessitar análise de sinal de f(x) a saber: se x = −h2 então x→ −∞⇔ h→∞ Vejamos: L− = lim x→−∞ f(x) = lim x→−∞ √ 2x2 + 1 3x− 5 = lim h→∞ √ 2(−h2)2 + 1 3(−h2)− 5 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 −3h2 − 5 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 h2 −3h2 − 5 h2 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 h4 −3h2 − 5 h2 = lim h→∞ √ 2 + 1 h4 −3− 5 1 h2 L− = √ 2 + lim h→∞ 1 h4 −3− 5 lim h→∞ 1 h2 Como lim h→∞ 1 h2 = 0 temos: L− = √ 2 + 0 −3− 5× 0 = √ 2 −3 = − √ 2 3 Logo temos y = − √ 2 3 como uma assíntota horizontal. Podemos fazer outra mudança na variável independente a saber: se x = +h2 então x → +∞⇔ h→∞ Vejamos: L+ = lim x→+∞ f(x) = lim x→+∞ √ 2x2 + 1 3x− 5 = lim h→∞ √ 2(+h2)2 + 1 3(+h2)− 5 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 3h2 − 5 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 h2 3h2 − 5 h2 = lim h→∞ √ 2h4 + 1 h4 3h2 − 5 h2 = lim h→∞ √ 2 + 1 h4 3− 5 1 h2 L+ = √ 2 + lim h→∞ 1 h4 3− 5 lim h→∞ 1 h2 Como lim h→∞ 1 h2 = 0 temos: L− = √ 2 + 0 3− 5× 0 = √ 2 3 Logo temos y = √ 2 3 como outra assíntota horizontal. b) Para determinar assíntotas verticais, procuraremos pontos a ∈ dom(f) tais que lim x→a∓ f(x) = ∓∞ ou lim x→a∓ f(x) = ±∞. Para a nossa função o candidato natural é a = 5/3. Senão ve- jamos: Limite à esquerda. Fazemos x = 5/3− h2 e temos x→ (5/3)− ⇔ h→ 0. l− = lim x→(5/3)− f(x) = lim x→(5/3)− √ 2x2 + 1 3x− 5 = lim h→0 √ 2((5/3− h2)2 + 1 3(5/3− h2)− 5 = lim h→0 √ 2((5/3− h2)2 + 1 −3h2 = lim h→0 (√ 2((5/3− h2)2 + 1 −3h2 √ 2((5/3− h2)2 + 1√ 2((5/3− h2)2 + 1 ) = lim h→0 2((5/3− h2)2 + 1 −3h2√2((5/3− h2)2 + 1 = lim h→0 2(25/9− 10h2/3 + h4) + 1 −3h2√2((5/3− h2)2 + 1 = lim h→0 50/9− 20h2/3 + 2h4 + 1 −3h2√2((5/3− h2)2 + 1 = lim h→0 59/9− 20h2/3 + 2h4 −3h2√2((5/3− h2)2 + 1 = lim h→0 − 59 27h2 + 20 9 − 2h 2 3√ 2((5/3− h2)2 + 1 Como lim h→0 1 h2 = +∞ e para o denominador lim h→0 √ 2((5/3− h2)2 + 1 = √ 59 3 > 0 temos que: l− = −∞ Limite à direita. Fazemos x = 5/3 + h2 e temos x→ (5/3)+ ⇔ h→ 0. Para h próximo de zero temos |2 + h2 = 2 + h2 e temos: l+ = lim x→(5/3)+ f(x) = lim x→(5/3)+ √ 2x2 + 1 3x− 5 = lim h→0 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 3(5/3− h2)− 5 = lim h→0 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 −3h2 = lim h→0 (√ 2((5/3− h2)2 + 1 3h2 √ 2((5/3 + h2)2 + 1√ 2((5/3 + h2)2 + 1 ) = lim h→0 2((5/3 + h2)2 + 1 3h2 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 = lim h→0 2(25/9 + 10h2/3 + h4) + 1 3h2 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 = lim h→0 50/9 + 20h2/3 + 2h4 + 1 3h2 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 = lim h→0 59/9 + 20h2/3 + 2h4 3h2 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 = lim h→0 59 27h2 + 20 9 + 2h2 3√ 2((5/3 + h2)2 + 1 Como lim h→0 1 h2 = +∞ e para o denominador lim h→0 √ 2((5/3 + h2)2 + 1 = √ 59 3 > 0 temos que: l+ = +∞ Portanto x = 5/3 é uma assíntota vertical (a única). Pauta: (a) i) Se o aluno sabe como determinar assíntotas verticais e horizontais 0,5 pontos; ii) Se o aluno escreveu corretamente os limites necessários para determinar as assíntotas 0,5; iii) Se o aluno calculou corretamente os limites 0,5 pontos; iv) Se o aluno concluiu corretamente as assíntotas 0,5 pontos. 4. (2 pontos) Use o Teorema do Valor Intermediário para mostrar que existe solução para a equação ex = 3− 2x. Resolução: Considere a função g(x) = ex − (3− 2x). Para x = 0 tem-se g(0) = 1 − 3 = −2 < 0 e para x = 1, g(1) = e − 1 > 0. Sabemos que g(x) é contínua no intervalo fechado [0, 1]. Desde que g(0) e g(1) tem sinais contrários e g é contínua em [0, 1] segue, pelo teorema do valor intermediário, que g assume todos os valores entre -2 e e − 1 no intervalo [0, 1]. Em particular, existe x0 ∈ [0, 1] tal que g(x0) = e x0 − (3 − 2x0) = 0 ∈ [−2, e − 1]. Logo, a equação ex = 3 − 2x tem solução em [0, 1]. � Pauta: i) Considerar qualquer variação textual e valores nos termos da solução acima; ii) Conside- rar 1,0 para o aluno que enunciar o teorema do valor intermediário; iii) Considerar 0,5 ao aluno que considerar a função g(x); iv) Considerar 1,5 ao aluno que mostrar a existência da solução por meio do gráfico das funções. 5. (a) (1 ponto) Encontre a inclinação da reta tangente à curva y = 1/x2 no ponto onde x = a. (b) (1 ponto) Encontre a equação da reta tangente à curva y = 1/x2 no ponto (1, 1). Resolução: (a) A inclinação solicitada corresponde à derivada da função f(x) = 1/x2 no ponto x = a. Calculando a derivada temos, f ′(a) = limx→a 1/x2−1/a2 x−a = limx→a (a2−x2)/x2a2 x−a = limx→a (a−x)(a+x) x2a2(x−a) = limx→a− a+xx2a2 = −2/a3. Notar que a 6= 0. (b) Assuma que a equação da retatangente em (1, 1) é y = mx + k. Pelo item anterior m = f ′(1) = −2, desde que 1 = m× 1 + k, segue que k = 1 + 2 = 3. Portanto, a equação da reta solicitada é y = −2x+ 3. Pauta: (a) Entender que a inclinação da reta tangente corresponde à derivada e começar o cálculo corretamente pela definição de derivada - 0,5 ponto. Concluir tudo corretamente - 1 ponto. Penalizar em 0,2 ponto caso esqueça de enfatizar a 6= 0. Penalizar em 0,2 ponto por cada erro de conta. 6. (1 ponto) Encontre a equação da reta tangente à curva y = 1/x2 no ponto (1, 1). (b) Saber que a equação de uma reta é da forma y = mx + k - 0,4 ponto. Saber que o coeficiente angular da reta tangente é f ′(1) - 0,5 ponto. Concluir tudo corretamente - 1 ponto. Penalizar em 0,2 ponto por cada erro de conta. BOA PROVA!
Compartilhar