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História da Arquitetura no Brasil - PORTUGAL E ESPANHA

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HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
PORTUGAL E ESPANHA
O SEMEADOR E O LADRILHADOR
LISBOA SEVILHA
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
CASA TÍPICA DA REGIÃO DE TRÁS-AOS-MONTES
CASA TÍPICA DA REGIÃO DO ALGARVEREGIÕES DE PORTUGAL
Portugal – primeiro lugar na Europa onde se verificou a aliança rei-burguesia.
Governado por D. João I – nascia Portugal - um Estado Nacional Absolutista
independente– primeiro a se formar na Europa.
Portugal – pioneiro nas grandes navegações.
A burguesia – formação de vastos impérios coloniais para os países europeus –
ao se unificarem - originaram os denominados Estados Nacionais.
Portugal e Espanha – os primeiros a completar tal unificação, logo saíram pelo
mundo em busca de novas áreas que pudessem suprir suas necessidades em
terras e riquezas, criando seus próprios impérios.
Antecedentes
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
Caravela - A caravela clássica, considerada
navio essencialmente português, era na
verdade um portento de engenharia naval,
na época do descobrimento do Brasil.
Deslocava de ordinário 50 a 60 toneladas,
Tinha de 20 a 30 metros de comprimento
por 6 a 8 de boca. Possuía 3 mastros,
chamados de traquete, mastro-grande e
mastro-de-mezena. Um dos grandes
melhorias da caravela, todavia, estava no
seu duplo velame, ou seja: além das velas
quadradas para os ventos de popa, tinha
um sistema de pequenas velas triangulares
que permitia facilmente a navegação a
barlavento (bordo do navio da parte de
onde sopra o vento). Era um navio dócil ao
manejo. O pondo pouca resistência à
deriva, tinha, por isto, grande facilidade de
mudar de direção como se fosse um barco
a remo.
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
As cidades como instrumento de 
dominação
• Colonização portuguesa: pouco planejamento, 
investimento na “riqueza fácil, quase ao 
alcance da mão” >> primazia da vida rural.
• Cidade: tipo de ocupação que depende da 
vontade do empreendimento.
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
Colonização espanhola:
• Investimento no domínio militar, econômico e político 
através da criação de núcleos de povoação.
• A aventura do primeiro momento deu lugar à “mão 
forte do Estado”
• “Esforço determinado de vencer e retificar a fantasia 
caprichosa da paisagem agreste” >> traçados de linha 
reta, plano regular.
• Investimento em terras de interior e planaltos.
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
IMPLANTAÇÃO 
A sociedade romana – cosmopolita e urbanizada: casas de vários pavimentos,
jardins e terraços...
Para manter a privacidade – o pav. Térreo das casas não abria janelas para a rua,
mas para o pátio interno. Lojas alinhadas para as vias também protegiam a casa
da vista do público.
Antecedentes
Implantação da casa 
romana, contando com 
pouca testada e aberta 
para um pátio interno.
A cidade romana – território ordenado, traçado regular, proporcionava esquemas
ágeis de circulação de público e mercadorias.
Regularidade do traçado descendia tanto do tabuleiro de xadrez etrusco quanto do
romano, o Castrum – repartia a cidade em quatro seções através da imposição de
dois eixos viários monumentais dispostos em ângulo reto, Cardo e Decumanos.
Antecedentes
Regularidade do traçado 
da cidade romana, com a 
marcação dos eixos 
principais.
as terras situadas até 100 léguas a partir das ilhas de
Cabo Verde seriam de Portugal e as que ficassem além
dessa linha, seriam da Espanha.
Intervenção do Papa Alexandre VII, para medir uma estranha e controvertida
divisão católica do mundo em dois segmentos, através do Tratado de Tordesilhas
(1494).
Antecedentes
HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL
Da ocupação
Pág. 21 e 22 do livro: Arquitetura no Brasil de Cabral a DomJoãoVI
Exploração dos nativos (índios) para extração do pau-brasil em troca de miçangas,
espelhos, facas, que se adentravam na mata e transportavam para os navios.
“A escassa iconografia registra estes assentamentos como um conjunto de
pouquíssimas casas de madeira e palha, protegidas por uma paliçada, também de
madeira, fornecida pela nossa abundante floresta litorânea.”
Entre 1500 e 1530, estima-se a fundação de 10 feitorias entre a faixa litorânea de
Pernambuco e São Vicente.
Porque as cidades no Brasil são tão diferentes e tão semelhantes a outras cidades
do mundo?
Da ocupação
As terra brasileiras (em 1534) – divididas em 14 capitanias hereditárias –
totalizando 15 glebas.
O Maranhão contava com dois lotes denominados Primeira Capitania do
Maranhão e Segunda Capitania do Maranhão.
Capitanias – dividir as terras conquistadas em grandes lotes, doando-as a
fidalgos.
Da ocupação
https://www.google.com.br/search.capitaniashereditarias
No Brasil, a mais extensa das colônias portuguesas, definiram-se práticas de
regularidade para os traçados e construção das novas vilas e cidades.
Ocupação
Os dois principais modelos adotados nos núcleos luso-brasileiros: a ocupação irregular, Olinda (à direita) e
o traçado planejado em Mogi-Mirim, S.P. (à esquerda).
Mapa de Olinda e Recife (c. 1582-1585) por Luís Teixeira.
Mapa de Salvador 1631.
Da ocupação
Ouro Preto (Brasil) e Monchique (Portugal): as semelhanças entre as cidades podem ser identificadas
tanto na implantação como na adoção de alguns partidos arquitetônicos.
O urbanismo colonial no Brasil se caracterizou 
frequentemente pela adaptação do traçado das 
ruas, largos e muralhas ao relevo do terreno e 
posição de edifícios importantes, como conventos e 
igrejas. Apesar de não seguirem o rígido padrão de 
tabuleiro de xadrez das fundações espanholas no 
Novo Mundo, atualmente se considera que muitas 
cidades coloniais, começando por Olinda e 
Salvador, tiveram suas ruas traçadas com relativa 
regularidade.[6][7] Durante o período da União 
Ibérica (1580-1640), as cidades fundadas no Brasil 
tiveram maior regularidade, como é o caso de 
Felipeia da Paraíba (atual João Pessoa), fundada em 
1585, e São Luís do Maranhão, traçada em 1615 
por Francisco Frias de Mesquita, sendo que a 
tendência à regularidade dos traçados de centros 
urbanos aumentou ao longo do século XVII.[5] 
Destacam-se também as grandes obras urbanísticas 
realizadas no Recife durante o governo do Conde 
João Maurício de Nassau (1637-1643), que com o 
aterramento e construção de pontes, canais e 
fortes transformou o antigo porto de Olinda em 
cidade.
• O primeiro engenho de açúcar 
registrado em território português 
pertenceu a Diogo Vaz de Teive, 
escudeiro do Infante D. Henrique, 
com contrato de construção datado 
de 5 de dezembro de 1452. 
Localizava-se na Ilha da Madeira, no 
então lugar da Ribeira Brava, 
Capitania do Funchal. A força motriz 
deste engenho era a água da 
ribeira.[3]
• Os primeiros engenhos da ilha eram 
todos movidos a água ou pela força 
de bois, sendo os cilindros 
construídos algumas vezes com 
madeira de til, nessa época muito 
frequente. Além dos engenhos, 
existiam também as alçapremas ou 
prensas manuais.
A arquitetura : Engenhos de Açucar
Pão de Açucar
Um engenho de cana-de-açúcar em Pernambuco colonial, pelo pintor holandês 
Frans Post (século XVII).
Os primeiros engenhos foram criados no Brasil para atender à demanda europeia. 
Eram os locais destinados à fabricação de açúcar, propriamente a moenda, a 
casa das caldeiras e a casa de purgar. Todo o conjunto, chamado engenho 
banguê (ü), passou com o tempo a ser assim denominado, incluindo as 
plantações, a casa de engenho ou moita (a fábrica), a casa-grande (casa do 
proprietário), a senzala (lugar onde ficavam os escravos) e tudo quanto pertencia 
à propriedade
• Em 1516, foi construído no litoral pernambucano o primeiroengenho de açúcar de 
que se tem notícia no Brasil, mais precisamente na Feitoria de Itamaracá, confiada ao 
administrador colonial Pero Capico — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". 
Em 1526 já figuravam direitos sobre o açúcar de Pernambuco na Alfândega de Lisboa. 
Na década de 1530, os primeiros donatários portugueses iniciaram 
empreendimentos nas terras da América Portuguesa, especialmente nas capitanias 
de Pernambuco e São Vicente, implementando engenhos de açúcar. Assim, surgem, 
na nova colônia portuguesa, os primeiros núcleos de povoamento e agricultura.