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RELAÇÕES DE PARENTESCO

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RELAÇÕES DE PARENTESCO 
São formados por vínculos de consanguinidade e de afinidade, os vínculos de finidade são formados pelo casamento e pela união estável. Então marido e mulher não são parentes mas eles acabam se tornando parentes em razão do casamento, se o casamento deixar de existir o parentesco também vai deixar de existir. Os vínculos de parentesco em linha reta não deixam de existir então não existe ex sogro, ex sogra, ex genro e ex nora. 
O parentesco sofre algumas classificações
Natural e civil = parentesco formado pela adoção 
Biológico = consanguíneo (óvulos e espermas por procedimento, deverá ter protocolo do sim de ambas as partes).
Em linha reta = vinculação da pessoa a partir de um ancestral comum infinito (avós). 
Linha Colateral = não descendem vem de outros. (irmãos, sobrinhos).
Grau = número de gerações que separam os parentes. (não existe parente colateral em 1º grau). 
AFINIDADES
Ele é formado pelo casamento ou pela união estável, então na verdade marido e mulher não são parentes, o parentesco deles vai surgir em razão do casamento ou em razão da união estável. Assim como biológico o parentesco por afinidade também tem em linha reta e também em colateral, em linha reta ele não se extingue nem que haja dissolução da união estável e nem divórcio. Na linha colateral o parentesco por afinidade vai apenas ate o segundo grau poderá extinguir o parentesco junto com divórcio ou dissolução. 
FILIAÇÃO
Ação que busca reconhecimento modificação ou negação são chamadas ações de estado, por essa razão o MP deverá sempre intervir, ações do estado de filiação. 
Então filiação compreende relações entre pais e filhos, relações maternas e paternas e relação a prole. Esta filiação pode decorrer de vínculos biológicos mas também de adoção ou inseminação artificial com consentimento do marido. A inseminação é aquela que é usado material genético de banco de sêmen, a paternidade poderá ser atribuída ao marido desde que ele expresse a sua concordância com o procedimento. 
FILIAÇÃO LEGÍTIMA 
A base da filiação legitima da família é o casamento então antes da CF dizia que os filhos que não fossem concebidos durante o casamento eles eram ilegítimos, hoje não existe mais isso. 
O art. 1597 do CC fala que os filhos concebidos pelo casamento são filhos do casal, essa paternidade ela pode ser afastada somente através de ação negatória de paternidade para desconstituir a paternidade e de preferencia antes da constituição de vínculos afetivos se não ele não consegue mais nem provando que é o pai biológico. 
RECONHECIMENTO E OPOSIÇÃO AO RECONHECIMENTO 
O reconhecimento vai trazer efeitos imediatos a partir da manifestação e do lançamento no registro civil. Esses efeitos imediatos se referem as questões referentes aos direitos e deveres que existem entre pais e filhos. É irretratável e inconstitucional esse reconhecimento, por que tem inúmeros casos de pais que conhecem os filhos sabendo que não são pais biológicos da criança ai depois de um tempo o relacionamento com a mãe da criança não da certo e ele ve que esse reconhecimento passou a pesar no bolso, porque vai ser um caso de alimentos, e ele quer desconstituir essa paternidade que ele reconheceu. Esse reconhecimento ele será irretratável e incondicional. Se a pessoa reconheceu mesmo sabendo que não era o pai biológico ela não pode se arrepender! É possível haver uma ação anulatório de registro? Sim. Mas não é para casos de arrependimento, e sim para casos de vícios de consentimentos ou defeitos formais no registro. Existe um 2º elementos ainda para ser analisado o tempo de convivência e os elos afetivos constituídos, porque hoje os vínculos afetivos eles se sobrepõem sobre os vínculos biológicos, então significa que aquela pessoa que acredita ser o pai e realmente tratava como filho e foi criado vínculos afetivos mesmo que se prove que ele não é o pai biológico a ação cai por terra. 
O reconhecimento do filho maior depende do consentimento dele, e do filho menor enquanto ele estava incapaz ele pode atingindo a maioridade impugnar o reconhecimento feito, inclusive se for o caso de uma adoção de um capaz ele vai ter que concordar com o procedimento. Existe processo de adoção embasado em vínculos afetivos. 
1. O reconhecimento voluntário também chamado de perfilhação por ocorrer quando o genitor espontaneamente comparece ao cartório e procede registro e pode ser feito por escritura publica submetido também a registro, testamento desde que seja valido, manifestação direta e expressa perante o juiz (ação de investigação de paternidade, chega na primeira audiência o requerido chega lá e reconhece espontaneamente independente de exame de DNA vai ser considerado como um reconhecimento voluntário. Na pratica os efeitos são os mesmo todos os efeitos do reconhecimento voluntário também são presentes no judicial quanto a isso não há diferença. 
2. O judicial é decorrente de ação de investigação de paternidade ou maternidade. Claro que a de maternidade é mais rara e mais difícil de acontecer, em casos de trocas de bebes por exemplo, mas é uma situação que pode ocorrer. Essa ação ela é de direito personalíssimo e é disponível porque é direito de filiação que a pessoa tende a reconhecer a sua origem biológica. Natureza declaratória e imprescritível (efeito ex tunc). A investigação de paternidade sendo imprescritível significa que a qualquer tempo o filho pode entrar com o processo porque é um direito indisponível então não vai prescrever o direito de personalidade também. Agora junto com a investigação de paternidade eu tenho algumas possibilidade por exemplo: eu cumular o pedido de investigação de paternidade com alimentos quando a ação é proposta por uma criança ou um adolescentes ou ainda posso ter uma ação de investigação de paternidade cumulado com petição de herança que seria caso de investigação de paternidade pós morte em que o filho requer além do reconhecimento ele vai querer que seja reconhecido a ele o direito de participar da partilha dos bens deixados do provável pai. Para essa petição de herança porque é um direito patrimonial e não um direito personalíssimo existe prazo prescricional, que é de 10 anos e não corre prazos prescricionais contra incapazes, então se uma criança pede não existe prazo prescricional até ela atingir a maioridade. Os alimentos também não prescreve enquanto não houver a capacidade. Quando se trata de criança e adolescente não prescreve. (retroage a data do nascimento ex tunc). No caso de adulto que entra com investigação de paternidade um dos efeitos seria o direito de ter alimentos mas ele já é capaz então acabou, mas terá outros direitos em razão do reconhecimento.
PROVA CIENTIFICAS DE PATERNIDADE 
O artigo 1597 do CC fala da presunção de paternidade daquele filho concebido durante o casamento, então a mulher pode ir sozinha no cartório fazer o registro, como ela é casada vai ser atribuída a paternidade ao marido se posteriormente o marido descobre que não é o pai biológico da criança ai é um caso que ele pode alegar um vício de consentimento, que por exemplo ele foi enganado e por isso não entrou com o processo anteriormente, mas tudo vai depender da existência ou não de vínculos afetivos. Essa presunção também existe com relação a união estável existem jurisprudências que dizem que podem ser usada a presunção na união estável. Casos de inseminação artificial temos a homóloga e a heteróloga na homóloga não tem dificuldade nenhuma pq o material genético é do casal, o problema so surge com relação a heteróloga que é usado material de banco de sêmen, ai nesse caso a paternidade vai ser atribuída se houver o consentimento expresso de concordância com o procedimento então as pessoas que se submetem a esse tipo de inseminação elas assinam um termo concordando com o procedimento justamente coma razão de depois não poder alegar que não é pai biológico. 
EFEITOS DO RECONHECIMENTO
O reconhecimento tem efeito ex tunc então retroage, poder familiar (de crianças e adolescentes), direito hereditário esse vaiexistir, sempre se diz que não existe herança de pessoa viva, mas a hora que houver a abertura da sucessão essa pessoa que foi reconhecida poderá participar de igualdade com outros irmãos. 
POSSE DE ESTADO DE FILHO
É o que o filho de criação precisa provar no processo que existiu convivência existiu laços de afetividade porque é com base nisso que vai ser reconhecida ou não a paternidade afetiva, os vínculos afetivos se sobrepõem sobre os biológicos. Se no processo ficar comprovado que o investigante possuía laços afetivos com outrem isso é caso de extinção do direito do autor, tipo quantos pais de criação a pessoa tinha, mas também pode mudar, do jeito como esta flexibilizado não há de se duvidar de futuramente pessoas terem um ou dois ou três pais de criação. Mas a principio é caso de extinção. 
ADOÇÃO
Quando envolver adoção de criança e adolescente nos vamos ter a chamada adoção plena e dai ela é disciplinada pelo estatuto da criança e do adolescente, o cc vai tratar da adoção de adultos que não é muito comum mas que é perfeitamente possível. 
A adoção é uma modalidade artificial de filiação constitui a filiação civil criando vínculos entre pais e filhos adotivos = exclusivamente jurídica, uma vez que ela substitui a filiação biológica. Após a CF/88 não existe mais discriminações entre filiações inclusive não é possível que na certidão de nascimento ou casamento haja alguma observação indicando que a pessoa é adotada. No caso da adoção os pais biológicos precisam ser intimados para que deem o consentimento com a adoção, então a adoção depende desta liberação dos pais biológicos, esse consentimento pode ser revogado até o momento da sentença de adoção, após a adoção ser deferida ela se torna irrevogável. Não existe arrependimento. Até por isso que existe hoje um período de adaptação para que após o juiz conceda a adoção. Então uma vez concedida a adoção não é mais possível voltar atrás. O cc vai trata da adoção de maiores de 18 anos. Em ambas as situações a adoção rompe os vínculos com a família biológica então é simplesmente feita uma nova certidão de nascimento modificada os pais e avós. A única consequência que permanece é referente aos impedimentos matrimoniais, então na certidão de nascimento não vai aparecer qualquer observação de que aquela pessoa foi adotado, mas o cartório vai ter um controle dessa filiação biológica porque o dia que for entrar com pedido de habilitação do casamento o cartório vai verificar se não existe impedimentos em razão da adoção, porque de repente a pessoa não sabe que foi adotada e do nada esta casando com um parente e pode acontecer um impedimento matrimonial, então para fins de impedimentos matrimonial, é conservado o documento no cartório porque permanece esses efeitos, com relação aos outros efeitos por exemplo alimentos, herança dos pais biológicos, isso não é possível pois foi rompido um vinculo definitivamente. No procedimento dos maiores é simples: ele entra requerendo o juiz vai verificar se não existe impedimentos para deferir a adoção e se não tiver ele defere. Suspenção do poder familiar é revogável mas a destituição do poder não é revogável. 
PODER FAMILIAR
O poder familiar é tratado tanto pelo cc como pelo eca então ele se refere ao conjunto de direitos e obrigações existentes entre pais e filhos, a titularidade do poder familiar compete a ambos os genitores independentemente do relacionamento que existe entre eles, então se os pais forem casados ou conviverem eles vão exercer o poder familiar em conjunto e terão a guarda conjunta também da criança mas caso esse relacionamento não exista ou deixe de existir a titularidade dos pais não sofre alteração então o pai e a mãe podem se divorciar e o exercício do poder familiar permanece por ambos os genitores, o que pode modificar é a guarda, porque quando ocorre o divórcio o juiz terá que estabelecer quem vai exercer a guarda da criança que seria um desdobramento do poder familiar, porque o poder familiar não se resume apenas a guarda ele é muito mais amplo que isso.
Então enquanto os filhos forem menores não emancipados eles ficam sujeitos ao poder familiar do pai e da mãe. A questão da emancipação sessa a incapacidade e também sessa o poder familiar. Uma situação que é bem recorrente é a questão dos alimentos devidos a aquele que já atingiu a maioridade civil os alimentos tem natureza distinta, tem alguns que são devidos em razão do poder familiar este sim deixam de existir quando o poder for extinto, mas existe outras origens como por exemplo a solidariedade familiar, e ainda a prática de atos ilícitos, então não porque o filho atingiu a maioridade que automaticamente os pais deixam de dever os alimentos, terminou o poder familiar, terminou em razão da maioridade ter sido atingida, mas os alimentos podem continuar sendo devidos não mais em razão do poder familiar mas sim em razão a solidariedade familiar, então é bem comum que obrigação permaneça existindo ate o filho conseguir uma colocação no mercado de trabalho ou ate concluir a faculdade então a extinção do poder familiar por si so não é motivo para gerar a exoneração de alimentos. Para parar de pagar o pai ou mãe deve entrar com uma ação de exoneração de alimentos para que o juiz verifique se realmente aquele filho não tem mais necessidade de sobreviver sem o auxilio dos genitores. Então deverá aguardar a sentença do juiz. Não pode simplesmente parar de pagar. O pedido pode ser feito a qualquer tempo desde que provado. 
EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR
Compreende direitos e obrigações:
Dirigir a educação e a criação
Ter direito de companhia e guarda
Dar consentimento para casar
Nomear tutor
Representar e assistir os filhos nos atos da vida civil
Retomar o filho contra quem o detenha 
Exigir obediência, respeito e “serviços próprios de sua idade e condição”.
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR
Impede temporariamente o exercício do poder familiar, superação das causas: reestabelece o exercício. 
Hipóteses: a) descumprimento dos deveres; b) reúna dos bens dos filhos; c) condenação em virtude de crime cuja pena não exceda 2 anos de prisão. 
EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR 
Interrupções definitiva: a) mortes dos pais; b) emancipação dos filhos; c) maioridade dos filhos; d) adoção do filho por 3ºs; e) decisão judicial quando: castigo imoderado, abandono do filho, reiteradas falhas aos deveres inerentes ao poder familiar e prática de atos contrários aos bons costumes. 
ALIENAÇÃO PARENTAL
Previsto na lei 12.318/10, interferência na formação psicológica provocada por um dos genitores, avós ou por quem tiver a criança sob sua guarda. Destruição de vínculos afetivos, poder judiciário =adoção de medidas preventivas em busca da verdade real. Verificada convivência:
Declaração do sap 
Ampliar o regime de convivência familiar do genitor alienado 
Estipular multa art 6º 12.318/10
Determinar acompanhamento psicológico 
Determinar alteração da guarda 
Suspensão da autoridade parental. 
ALIMENTOS
Os alimentos no direito de família ele significa algo além da alimentação, ele significa, roupa saúde, educação, então é um conceito bem amplo de tudo aquilo que uma pessoa precisa para que ela possa viver dignamente. A natureza jurídica dos alimentos vai variar conforme a origem da obrigação, nos vamos ter alimentos que eles serão oriundos do direito de familia mas também temos alimentos oriundo da prática de atos ilícitos: ex um pai de familia que acaba falencendo em virtude de um acidente de transito a familia pode entrar com uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo que o juiz fixe uma pensão mensal a títulos de alimentos em razão da pessoa que mantinha a familia ter falecido em razão do acidente então existe sim a possibilidade de se obter alimentos oriundo da pratica de um ato ilícito. 
Alimentos pela solidariedade conforme já visto anteriormente e alimentos pela mutua assistência decorrido de um divórcio ou de uma dissolução de união estável. E tem também a possibilidade de os pais pedirem alimentos ao filhos. 
A doutrina classificaainda em alimentos naturais e civis, os naturais seria aqueles indispensáveis para a sobrevivência como alimentos, remédios, vestuários, civis: são aqueles fixados para basicamente manter o padrão de vida então ai quando ocorrer a fixação de alimentos principalmente em casos de divórcio e dissolução de união estável, o juiz deve verificar qual era o padrão de vida que a prole tinha quando o casal ainda vivia junto. E ai tentar manter o mesmo padrão que a criança tinha. Quando o juiz fixar ele já coloca os naturais e o civis em um único valor, as características dos alimentos: ele é um direito personalíssimo então o alimentado ele entra com processo representado pela mae quando for, tem como característica a solidariedade, reciprocidade, tudo vai girar em torno da necessidade e possibilidade, os alimentos são inalienáveis não pode usar para negociar, por ex: eu deixo imóvel para a pessoa para que eu não precise dar alimentos para a criança, isso não pode, eles são irrepetíveis ou seja uma vez pago não são mais devolvidos, esse é o grande problema dos alimentos gravídicos, por esse motivo que muitas vezes o juiz indefere o mesmo, e so depois que tenham provas inequívocas para a presunção da paternidade. Ações negatórias de paternidade que sejam procedentes da mesma forma os alimentos não serão devolvidos. Irrenunciabilidade a mãe não pode renunciar os alimentos. Periodicidade deve ser pago em datas periódicas e somente em dinheiro. O desconto será sobre o valor da folha de pagamento independe se o valor mensal for variado. 
Os alimentos também se estendem aos parentes distantes, abrindo possibilidade para os avós pagarem alimentos também, mas claro que a obrigação imediata é sempre dos pais, caso os pais não tenham capacidade econômica para arcar com o valor integral ai sim os avos podem ser chamados no processo formando um litisconsórcio passivo facultativo, essa obrigação dos avós é complementar e esta condicionado a comprovação de que os pais não tem a capacidade econômica para arcar com o encargo. Não se pode entrar pedindo alimentos primeiramente para os avós sem ates pedir a citação dos pais para que comprovem a capacidade econômica. 
Na fixação de alimentos o juiz deve analisar a possibilidade de quem paga a necessidade de quem recebe, então as vezes a criança por exemplo tem problemas de saúde e ela precisa de um valor mais alto em razão de tratamentos médicos e o pai ou a mae tem uma renda apenas de um salário mínimo então normalmente o juiz fixa 30% não é suficiente para pagar as despesas por conta dos tratamentos médicos então a forma que se encontra é chamar os avós para que entrem em litisconsórcio passivo com os pais para que complementem o valor que falta tanto materno quanto paterno. 
TRANSMISSÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Os alimentos transmitem aos herdeiros no limite da herança, os herdeiros devem pagar as dividas do autor da herança, mas é apenas no limite daquilo que os herdeiros forem recebendo então vamos imaginar que o patrimônio deixado totaliza em cem mil reais a transmissão da obrigação pode ocorrer ate o limite de cem mil reais por que os herdeiros não precisarão tirar do bolso dele vamos dizer assim o valor para pagar o alimentos, o limite é o valor da partilha de bens. Tem varias formas de se pedir a fixação de alimentos em processos autônomos, que seria a própria ação de alimentos, e também pode ser pedida fixação em ação de separação, divórcio, dissolução de união estável, investigação de paternidade, nesses casos serão pedidos cumulados de alimentos, nesse caso o pedido principal será a decretação do divórcio e um pedido subsidiário é a fixação de alimentos para a prole ou ate mesmo para o cônjuge. 
A ação de alimentos irá tramitar conforme a lei 5478/68 é possível a ação diante de provas inequívocas ou seja para entrar direito com a ação de alimentos o parentesco já precisa ter sido reconhecido então deverá ser apresentado a certidão de nascimento que aparece o nome do genitor ou genitora se não, não existe possibilidade de entrar com este pedido. Ai eu terei que entrar primeiro com ação de investigação de paternidade ou maternidade conforme for o caso e ai pedir a fixação de alimentos se reconhecida, retroage até a data da citação dos alimentos, da citação e não do nascimentos. Então quanto mais cedo houver o ajuizamento do processo é melhor. A lei 11804/08 prevê a ação de alimentos gravídicos e essa sim é bem complicada, porque é necessária as provas inequívocas da paternidade porque os alimentos não são devolvidos e o juiz poderá estar fixando os alimentos para uma pessoa que não é o pai e dai essa pessoa irá sofrer um dano irreparável porque teve a perda financeira e não vai poder reaver a perca, então seria para casos que haja indícios bem fortes da paternidade, casos por exemplo de uma mulher casada que ficou casada e logo em seguida houve a separação do casal. Então existe a possibilidade pois conforme o cc presume-se filho o filho da mulher casada. Em casos que não haja casamento, ou união estável, já é mais difícil existe exame ultrauterino mas é um risco grande de vida para o bebe. O valor de alimentos gravídicos conforme essa lei deverá incluir a alimentação especial da gestante assistência medica psicológicas entre outros, porém não é um rol taxativo ele é exemplificativo, então se surgir outras necessidades além dessas pode ser inserido no valor. Caso ocorra de o filho não ser da pessoa que esta pagando os alimentos, ele pode sim entrar com uma ação de indenização contra a gestante alegando que ela imputou falsamente a paternidade a ele e isso trouxe a ele prejuízos e danos. 
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
Alimentos tem critérios para serem definidos, so que podem ser fixados em sentença ou em decisão interlocutória, então a partir do momento que eles forem fixados nos vamos ter um titulo executivo judicial e portanto eu posso ter um cumprimento de sentença. Então convencionou-se em classificar as prestações em pretéritas e recentes.
Pretéritas: são aquelas mais antigas aquelas que venceu do quarto mês p/ trás.
Recentes: são as dos três últimos meses antes do ajuizamento do processo, eu posso entrar com processo cobrando os 3 últimos meses, vamos imaginar que hoje eu entrei com esse processo cobrando fev, março e abril (antes do ajuizamento que foi em maio) e o devedor ele foi citado em agosto (porque ele não foi encontrado em maio), maio junho e julho entram no pedido, significa que todas as prestações que forem vencendo ao longo do processo ficam incluídas no valor do pedido, então essa historia de: ah vou me esconder do oficial d justiça, não adianta, porque o juro só vai aumentando no caso da quantidade de prestações e no valor, então lá em agosto ele vai ter que pagar 6 meses se não será decretada a prisão preventiva dele. 
Então, se eu tiver um titulo executivo de uma decisão interlocutória ou de uma sentença, e ocorrer o inadimplemento dessa obrigação eu posso entrar um inadimplemento de sentença requerendo a penhora de bens se faltar o pagamento de prestações pretéritas, e se forem prestações recentes eu posso requerer que caso o pagamento não seja feito no prazo de 3 dias que ocorra a decretação da prisão civil do devedor. 
Se eu tiver prestação pretéritas e recentes? Desmembra e faz dois pedidos de cumprimento 1 das prestações pretéritas e outro das recentes, porque os procedimentos são diferentes, então não se pode cumular, em 1 se pede a prisão civil caso não ocorra o pagamento no prazo de 3 dias e no outro vou pedir a penhora dos bens caso não ocorra pagamento em 3 dias. 
Ocorre que geralmente quando tem muitas prestações para trás de uma prestação pretérita, acaba que a pessoa que não pagou os alimentos não tem bens para penhorar se tornando assim uma execução frustrada. 
Os alimentos não fazem coisa julgada, assim como a de guarda assim como a de visitas, porque tanto os alimentos como a guarda e o direito de visitas, são situações que se modificam ao longo do tempo então se houver essa formação de coisa julgada e houvesse alteraçãona condição econômica das partes, eu não poderia majorar e nem reduzir o valor dos alimentos, pq formando coisa julgada não se mexe mais na sentença, então para esses casos que são relações chamadas de continuativas nos não vamos ter a formação de coisa julgada, de maneira que ocorrendo a modificação econômica, eu posso fazer uma revisão de alimentos requerendo a majoração ou a redução deles conforme for á situação. 
É importante no processo que for fixado os alimentos, ficar expressamente qual é o valor a titulo de rendimento que o alimentante tem. 
Os alimentos também podem ser objeto de exoneração, porém ela não ocorre automaticamente. Pois mesmo sessando a incapacidade o filho ainda pode precisar dos alimentos, e ai permanece o dever de pagar os alimentos. 
Tem casos que a lei prevê que estingue os alimentos do alimentado:
Constituir união estável, casamento, concubinato;
Inserção no mercado de trabalho; 
DIREITO DE VISITAS
Direito recíproco entre pais e filhos, dever oriundo do poder familiar, obrigação de fazer infungível = cumprimento pessoal. 
TUTELA
A tutela permite que uma terceira pessoa venha desempenhar as funções dos pais, então o tutor tem a obrigação de reger a vida da criança e administrar os bens do tutelado e também de prestar alimentos a ele, então basicamente as obrigações dos pais passam ao tutor, bom, os pais podem indicar quem eles querem que exerça a tutela no caso de sua ausência, então eles podem fazer isso desde que eles estejam no exercício do poder familiar. Nos temos como fonte da tutela a fonte testamentária, a legitima e a dativa. 
A testamentaria é aquela que o genitor vai deixar previsto em testamento uma pessoa para exercer a tutela no momento em que ele se ausentar. Então abrindo-se a sucessão, vai ser feito a abertura do testamento, abrindo –se a testamento vai ser feita a intimação da pessoa indicada p/ ela se manifestar, no sentindo de estar possibilidade ou não de exercer a tutela, tem situações que o código civil prevê que o tutor ele pode se recusar conforme art 1.736, mulheres casadas, maiores de sessenta anos, aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos, os impossibilitados por enfermidades, aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja a exercer a tutela, aqueles que já exercerem tutela ou curatela; militares em serviço. Então com base nisso poderá haver a reusa. 
A legitima ela vai ocorrer se não houver a indicação em testamento de nenhuma das pessoas então ai vai ser aplicada a ordem estabelecida no artigo 1731 do cc essa ordem ela vai dar prioridade aos parentes mais próximos.
A dativa é exercida por terceiro que não tem vinculo consanguíneo com a criança é uma pessoa estranha e pode se recusar ao encargo se houver algum parente que tenha condições de exercer a tutela. A pessoa não tem a liberdade de dizer sim ou não a não ser que exista aquelas situações previstas para escusa da tutela. 
INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA 
Absoluta idoneidade, o juiz vai pedir uma certidão de antecedentes criminais algo assim é uma questão bastante subjetiva, é necessário também que não exista conflito entre o tutor e o tutelado, ou ainda com relação ao patrimônio. O cc ar 1735 e 1739, fala sobre os incapazes de exercer a tutela: ex. aquele que não tenha a livre administração dos seus bens.
O exercício da tutela compreende a questão da educação a questão dos alimentos e administração dos bens, com relação aos castigos por mal comportamento, deve sempre recorrer ao judiciário o tutor não pode intervir nesta parte. Quando houver a nomeação do tutor vai ser entregue um termo especificado com os valores dos bens submetidos a administração dele, essa administração não significa que o tutor terá usufruto dos bens, não, ele so vai administrar não tem usufruto, com tudo ele pode ser ressarcido daquelas despesas que ele precisou fazer para o exercício da tutela, de acordo com a sentença que deferir essa tutela terá também a previsão da periodicidade da prestação de contas do tutor, geralmente é a cada 6 meses ou 1 ano então ali é o momento que o tutor tem para apresentar as despesas que ele teve em razão da tutela e inclusive para requerer a restituição dos valores. Então como é uma administração de bens de 3ª pessoa essa prestação de contas ela é necessária. 
CURATELA
A curatela é similar a tutela porque assim como na tutela vai ser nomeado uma pessoa que vai ficar responsável por cuidar e administrar os bens do incapaz, a diferença é que a tutela é para incapazes em razão da idade para criança e adolescente, e a curatela é para outros tipos de incapacidade para pessoas maiores que não tenham possibilidade de pessoalmente praticar atos da vida civil, então tudo que foi tratado sobre a tutela sobre bens e prestação de contas também se aplica a curatela, então não temos nada de diferente quanto a isso, para que seja feita a interdição então primeiro o juiz faz um interrogatório da parte para ver o discernimento da pessoa, depois é marcado uma pericia com medico psiquiatra para que faça uma avaliação da pessoa para ver se realmente ela não tem condições de exercer os atos da vida civil, feito isso, então o laudo medico sendo no sentido que realmente a pessoa não tem condições, vai ser julgado procedente o pedido de curatela e vai ser nomeado um curador, deve ser uma pessoa idônea sem conflitos com o curatelado. 
BEM DE FAMILIA
O bem de família esta previsto no cc no art 1711 e ss, mas ele também é abordado no cpc na parte em que se refere ao processo de execução, então o bem de família ele pode ser o único bem ou então ele pode ser uma porção de bens que tenha característica de inalienabilidade e impenhorabilidade, não podem ser negociado e nem mesmo penhorados em processos de execução, o objeto do bem de família é o prédio que pode ser urbano ou rural, não existe delimitação de valores, o que se refere o cc é a questão que o bem não pode ultrapassar 1/3 do patrimônio liquido do casal esse bem que tiver essa característica de impenhorabilidade ele precisa ter a fixação da residência da família, hoje não protege somente onde a família mora, o cpc indica vários casos que são impenhoráveis, então a pequena propriedade rural, assim definida pela lei, ela também tem a característica de impenhorabilidade, lei 8009/90 ela também trata do bem de família e trás uma serie de exceções a proteção do bem como por exemplo: se a execução sessar sob uma divida concernente ao próprio bem, (minha casa minha vida). 
O bem de família sofre proteção mas o cc estabelece formas para constituir o bem, pode ser por escritura publica, independente de escritura se voce provar que o imóvel serve de residência para a familia num primeiro momento ele tem a sua impenhorabilidade agora se for alguns casos da lei 8009/90 nem que você prove que seja bem de família ele vai continua sendo a exceção a regra. 
Em decorrência da isonomia constitucional, qualquer um dos cônjuges pode por escritura publica fazer a constituição do bem de família, também pode haver essa constituição por testamento, tem essas duas formas de ser constituída. 
REQUISITOS DO BEM DE FAMILIA
Para que um bem de família seja constituído, é necessário que essa constituição seja feita pelo chefe da família depois de cf 88 pode ser feito pela esposa ou esposo, o prédio deve ser de propriedade daquele que esta constituindo o bem, tem situações em testamento que colocam que esta destinando determinado bem e que o mesmo terá característica do bem de família, isso é possível, e já fica com a garantia. No momento da constituição do bem não pode existir dividas que acabem por prejudicar o credor. O prédio deve ser destinado ao domicilio familiar, pode ser urbano ou rural, e deve ficar evidente que o bem serve de moradia para a entidade familiar. Esse bem assim que constituído ficara fora do comercio, pois tem o sentido de beneficiar a entidade família, e ficara resguardado de eventuais penhoras, apesar das exceções até que se comprove esse bem fica resguardado, a impenhorabilidade também cai por terra se for constituídocom intuito de fraude contra credores. 
As exceções estão previstas na lei 8009/90. 
Quando se trata de alimentos não existe a impenhorabilidade, iptu ou itr desde que seja do próprio bem de família, execução de hipoteca oferecida como garantia real, quando adquirido como produto de crime ou execução de sentença penal. 
O processo de constituição é pela lei 6015/73 que deve ser feita por escritura publica e por edital tendo os interessados 30 dias para reclamar e suspender o processo de constituição. Pode também solicitar por medida judicial a autorização para a constituição do bem. 
A escritura não é indispensável.

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