Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SDE3939 – MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS Intoxicação alimentar Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Intoxicação Clostridium botulinum Bacillus cereus Staphylococcus aureus Infecção alimentar Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Bacilo gram- positivo Anaeróbios estritos Formadores de esporos Flagelado Produzem toxinas Peritríquios Toxinas: A, B, C1, C2, D, E, F, G Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Características Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Toxinas A, B e F E, B e F D G Temperatura 10 - 50 3,5 – 45 - - pH 4,6 - 9 5 - 9 Aa (NaCl) 0,94 0,97 - - Aa (Glicerol) 0,91 0,94 - - As cepas são classificadas de acordo com a produção de toxinas: Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Alimentar – clássico Infantil Lesões Por inalação Iatrogênico Característica da doença Botulismo do latim Botulus = Salsicha Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Botulismo de origem alimentar (clássica): • Incubação: 12h – 36h* • Sintomas: Náuseas, vômitos e diarreia – constipação intestinal • Tratamento: soroterapia*, lavagens, medicamentos (substâncias eméticas e catárticas) Fadiga e fraqueza muscular Queda das pálpebras Resposta alterada da pupila à luz Visão dupla Secura da boca Dificuldade de deglutição Falta de controle da língua Respiração alterada Neurotoxina Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Botulismo de lesões: • É raro • Clostridium botulinum proliferando em lesões e liberando toxinas • Causa: Uso de drogas injetáveis - Heroína • Incubação: até 2 semanas • Sintomas semelhante ao botulismo de origem alimentar Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Clostridium botulinum Botulismo infantil: 1. Ingestão de esporos de C. Botulinum 2. Germinação 3. Multiplicação e toxigênese no intestino de crianças com menos de um ano de idade • Baixa resposta imune • Origem: mel contaminado por esporos • Sintomas: Constipação, perda de apetite, fraqueza, choro alterado e perda do controle da cabeça Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Toxinas neurotóxicas (todas, exceto C2) bloqueiam a liberação de neurotransmissores nas junções neuromusculares Efeito da Neurotoxina: 1. Ligação da toxina aos receptores do neurônio 2. Internalização 3. Bloqueio da liberação de neurotransmissores • C2: efeito citotóxico: perda de proteínas plasmáticas e acúmulo do fluido intestinal Clostridium botulinum Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos • Uma cepa de Clostridium botulinum, geralmente, só produz um tipo de toxina. • A produção de toxina ocorre em massa durante a replicação bacteriana[ ↓ Liberação de toxinas • A liberação ocorre após a lise celular – Algumas toxinas requerem ativação por proteases (Pepsina – estômago) Clostridium botulinum Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Epidemiologia: • Clostridium botulinum está presente no solo e no ambiente aquático (E) Medidas de controle: • Impedir a formação de toxinas • Microbiota competitiva (bactérias lácteas) • Nitrito • Elevada temperatura – destruição do m.o e da toxina (80∘C por 30 min) • O congelamento não é eficiente Clostridium botulinum Dicas • Antes de abrir um alimento (comprado ou em conserva caseira), inspecione-o e suspeite de contaminação se o recipiente... Está vazando Tem protuberâncias ou está inchado Parece danificado ou rachado O recipiente jorra líquido ou espuma quando você o abre A comida no interior é descolorida Mofada ou cheira mal • Se você acha que o alimento pode estar contaminado, não abra o recipiente e jogue-o fora! Botox • C. botulinum é a mesma bactéria usada para produzir Botox • Produto farmacêutico predominantemente injetado para uso clínico e cosmético. • Os tratamentos de Botox empregam a neurotoxina botulínica tipo A purificada e fortemente diluída. • Injetado em músculos específicos - atua como um bloqueio da musculatura subjacente (3m – 6m). • O tratamento é administrado no ambiente médico, adaptado de acordo com as necessidades do paciente e é geralmente bem tolerado, embora efeitos colaterais ocasionais sejam observados. Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacilo gram- positivo Aeróbio Mesófilo Flagelado Esporos Catalase + Bacillus cereus Mínimo Ótimo Máximo Temperatura 10∘C 28∘C – 35∘C 48∘C Aa 0,95 pH 4,9 6 - 7 9,3 NaCl 7,5% ↓ Crescimento Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Característica da doença Síndrome diarreica Síndrome emética Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Característica da doença Síndrome diarreica: • Incubação: 8h – 16h • Sintomas: diarreia intensa, dores abdominais, tenesmos retais, vômito*, náuseas* • Duração: 12h – 24h • Alimentos: vegetais crus e cozidos, carnes, pescados, massas, leite, sorvete, pudim, *Raro Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Característica da doença Síndrome emética • Incubação: 1h – 5h • Sintomas: diarreia (6h – 24), vômito, náuseas, mal-estar geral • Alimentos: Cereais – arroz à moda Chinesa Arroz feito no vapor, mantido à temperatura ambiente O vapor não é capaz de eliminar os esporos Ocorrendo a rápida multiplicação Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Toxina diarreica • Destruída à 55∘C por 20 min • É inativada pela pepsina ↓ Instável a pH 4,0 • Estimula o acúmulo de sais e eletrólitos (Na e Cl ), interferindo na absorção de glicose e aminoácidos • É necrótica Toxina emética • Falta de um modelo biológico • Induz vômito rapidamente • É resistente à pepsina, ao pH ácido, a altas temperaturas (126∘C por 90 min) • Atuação biológica ainda não é conhecida Patogenicidade: Toxinas Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Epidemiologia: • Amplamente distribuído, o solo é o reservatório natural Contamina: vegetais, cereais (arroz) * Isolamento em arroz cru 40 -100% Carne bovina, suína e de frango -> contaminação com solo contendo B. cereus Laticínios -> leite em pó Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Bacillus cereus Medidas de controle • Esporos: 95∘C por 24 min • Cozimento a vapor sobre pressão, fritura e assar, destroem as células e os esporos • Cozimento em temperatura inferior a 100 ∘C pode não ser eficiente em eliminar todos os esporos Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Staphylococcus aureus Características Coco gram- positivo Anaeróbio facultativo Catalase + Mesófilo Características Mínimo Ótimo Máximo Temperatura 45∘C Temperatura toxinas 10∘C 40∘C - 45∘C 46∘C pH 4 6 - 7 9,8 Aa 0,86 (0,83) Em condições ótimas as enterotoxinas são produzidas 4h – 6h Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Staphylococcus aureus Características da doença A B C1 C2 C3 D E Enterotoxinas Período de incubação: 30 min – 8h (2h – 4h) Sintomas: • Náuseas • Vômitos • Cãibras abdominais • Calafrios • Queda de pressão • Febre* Os sintomas variam de acordo com o sistema imune e a quantidade de toxina ingerida Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Staphylococcus aureus Patogenicidade: • Toxinas – enterotoxinas e outras • Solúveis em água, são resistentesa pepsina, termorresistentes • Pasteurização (afeta o m.o mas não inativará a toxina) • Enlatamento – costuma desnaturar as toxinas • Dose 0,015 – 0,375𝜇g de enterotoxina por kg peso – Além de outras características do indivíduo Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Staphylococcus aureus Ação das enterotoxinas 1. Ação emética: • Reação frequente • Estímulo transferido através de nervos induzindo os centros de vômito – Promovendo a retroperistalsia do estômago e intestino delgado, levando ao vômito (neurotoxina?) 2. Ação diarreica: • Segundo sintoma mais comum • Mecanismo ainda não está elucidado • Envolve o mecanismo secretor de Na e Cl, a inflamação e irritação da mucosa do intestino delgado e estômago. Enterite e estímulo de células T Intoxicação Alimentar Microbiologia dos alimentos Staphylococcus aureus Medidas de controle • Aquecimento – controle da manipulação • Refrigeração • Normalmente esse m.o é encontrado em baixa frequência no alimento – Promovendo a baixa produção de toxinas – Dose infectante 105 – 106 • Competição
Compartilhar