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ARQUITETURA MODERNA Art déco Art déco é um movimento artístico internacional que começa na Europa em 1910, conhece o seu apogeu nos anos de 1920 e 1930, o Art déco declina entre 1935 até 1939 . O Art déco afeta a arquitetura, o design de interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e o cinema. Representou a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo, do exotismo e do princípio da obra de arte total herdado do Art nouveau. Sem abrir mão do requinte, os objetos têm decoração geometrizada nas arquiteturas, esculturas, joias, luminárias e móveis, mesmo quando são feitos com bases simples; o concreto armado pode ser paramentado de madeira e outros ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim, etc. Diferentemente da Art nouveau, a Art déco tem mais simplicidade de estilo. Na art déco não há exigência de funcionalidade, ela pode ser vista como uma tentativa de modernizar a art nouveau. O uso de materiais menos nobres – como o baquelite, concreto (betão) armado, compensado de madeira e aço tubular – e o início da produção em série contribuem para baixar o preço unitário das obras. A origem do termo Art déco O estilo Art déco cujo nome provém da Exposição internacional de Artes decorativas e industriais modernas (em francês: Exposition internationale des Arts décoratifs et industriels modernes) é organizada em Paris em 1925. Também em 1925, o arquiteto francês Le Corbusier escreve uma série de artigos "Expo 1925: Arts déco" sobre as artes decorativas na sua revista L'Esprit Nouveau; Charlotte e Tim Benton consideram que foi certamente uma maneira de desconsiderar este estilo da parte de Le Corbusier ao utilizar esse vocábulo. O nome Art déco foi adotado definitivamente em 1966 após a exposição: Les années '25: Art déco/ Bauhaus/ De Stijl/ Esprit Nouveau organizada no Museu das Artes decorativas de Paris. Prefeitura de Los Angeles (1926-1928) Design industrial art déco de Maurice Ascalon, da Pal-Bell, em 1939-1950 Arquitetura: De forma geral, a arquitetura déco representa uma certa tendência de passagem entre a arquitetura produzida pelos estilo art nouveau e do ecletismo para o modernismo. Assim, observam-se elementos de avanço de estilo, com certos comedimentos em relação aos estilos predecessores. Observa- se, por exemplo, uma tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, ainda que houvesse ornamentações pontuais e com materiais que representassem modernidade e que os volumes seguissem a composição tripartite clássica - embasamento, corpo principal e coroamento. O art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto. Os volumes arquitetônicos são também marcados pelo escalonamento, pela transposição da ideia do zigurate, aproximação de formas aerodinâmicas. Art Decó é uma expressão francesa, abreviação de arts décoratifs (arte decorativa). Características principais: - Linhas circulares ou retas estilizadas - Traços mais sintéticos, mesmo quando a imagem é figurativa - Linhas simples e formas geométricas em vez dos arabescos da art nouveau. - Design abstrato; - A predominância da simetria. - Influência dos movimentos artísticos da época como o Futurismo, Construtivismo e o Modernismo em geral. - Influência de fontes “exóticas” pro mundo ocidental como o Ballet Russe e as culturas egípcia, asiática, grega… - Baquelite, plástico, alumínio e materiais de custo menor em suas origens, na confecção dos objetos. Artistas importantes da Art Déco: - Ernst Ludwig Kirchner (pintor alemão) - Fritz Bleyl (designer alemão) - Paul Poiret (estilista e decorador francês) - Sonia Delaunay (estilista francesa) - René Lalique (escultor francês) - William Van Alen (arquiteto norte-americano) - Maurice Ascalon (designer industrial húngaro) - Erich Heckel (pintor e ilustrador alemão) - Walter Gropius (arquiteto alemão) - Joost Schmidt (designer gráfico alemão) O clássico design do vidro de Chanel No. 5, que foi lançado em 1921, é uma resposta aos frascos de perfume rebuscados da época - e um exemplo de art déco. Alguns dizem que foi inspirado em um decanter de uísque Cenário do filme "Broadway Melody of 1940", que foi lançado nesse mesmo ano - pra mostrar que o art déco avançou por décadas O edifício Chrysler, em NY, é um dos exemplos mais lembrados da arquitetura art déco. Ele foi construído entre 1928 e 1930, e é de criação de William Van Alen Empire State Building, Conjunto de taças de Desny Tecido de F. Gregory Brown de 1922 O filme "Fig Leaves", de 1926, traz um desfile de moda. Cenário bem art déco! Espelho de Jacques- Emile Ruhlmann Vitrais com esses desenhos art déco Janela de Raymond Subes De Stijl - um novo olhar sobre a arquitetura - Contexto O De Stijl nasce em plena Primeira Guerra Mundial, na Holanda, que embora tenha se mantido neutra, foi fortemente envolvida na guerra sendo essencial para a sobrevivência alemã até o bloqueio integrado pelos EUA e Grã-Bretanha. O movimento nasce como a tentativa de criar uma arte nova e internacional, em um espírito de paz e harmonia. Os membros do De Stijl procuravam expressar um novo ideal de harmonia espiritual e ordem. Movimento em revista, revista em movimento Não se pode afirmar se o De Stijl foi um movimento que gerou uma revista ou uma revista que gerou um movimento completo, forte e inovador; Embora suas origens estejam nas artes decorativas, o movimento De Stijl desenvolveu uma ornamentação que refletia a influência do cubismo e rejeitava o artesanato em favor de um anti- naturalismo geométrico. O movimento em si não durou mais que 14 anos e teve por centro a obra de 3 homens: Piet Mondrian (pintor), Theo van Doesburg (pintor, decorador e arquiteto) e Guerret Rietveld (arquiteto). No entanto, a identidade do grupo promovia a arte moderna. Em 1917, Doesburg publicou o primeiro número da De Stijl e já em sua primeira edição trazia a configuração que teria até seu término: expunha obras de arte, artistas, ensaios e aquilo que mais influenciaria as artes da época: os manifestos. De Stijl chegou a ser um órgão importante da vanguarda internacional até que deixou de ser publicada em 1932. Nada melhor para introduzir e exemplificar os assuntos abordados do que a introdução da primeira revista feita por ele mesmo: Capa da revista de 1921 Theo van Doesburg, introdução ao Volume II de "De Stijl", 1919* O objeto da natureza é o homem O objeto do homem é o estilo Se examinarmos os números [de De Stijl] do ano passado, ficaremos admirados de ver que artistas produtivos conseguiram formular de maneira clara as idéias que adquiriram no curso de seu trabalho, contribuindo muito para a elucidação da nova consciência artística. Esta última é suficientemente confirmada pelo crescente interesse - inclusive no exterior - pelo conteúdo desta revista mensal, que não deixou de influenciar tanto a nova quanto a velha geração. Esse conteúdo, portanto, atende à necessidade do homem que adquiriu um conhecimento estético mais profundo. Que isto seja um estímulo para continuarmos com a mesma segurança nosso trabalho estético em prol da civilização, a despeitodas dificuldades que, por razões temporais, opõem-se consideravelmente à publicação de periódicos. De Stijl Afetou diferentes áreas artísticas (desenho gráfico, arquitetura, desenho industrial, pintura) Plastica – linhas mais simples e puras Em 1920 – as pinturas se convertem em tramas com linhas ortogonais, marcacao de planos com cores primarias e em formas de quadrados e retangulos. Características • Simplificacao/ Racionalizacao • Linhas e Angulos retos • Formas planas, retas e simples • Cores puras • Ritmos assimetricos equilibrados • Cores saturadas e primarias (amarelo, azul e vermelho), branco, preto e cinza • Fundos claros CIAM - Congresso Internacional da Arquitetura Moderna Os Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna (do francês Congrès Internationaux d'Architecture Moderne) constituíram uma organização e uma série de eventos organizados pelos principais arquitetos modernos europeus a fim de discutir os rumos da arquitetura, do urbanismo e do design para difundir os princípios do Movimento Moderno, com foco em todos os domínios, como a paisagem, desenho industrial, etc. Os CIAM foram fundados em 1928, na Suíça, por um grupo de 28 arquitetos organizados por Le Corbusier, Hélène de Mandrot e Sigfried Giedion. O CIAM foi um dos muitos manifestos do século 20 que pretendeu avançar a causa da "arquitetura como arte social". Os CIAM foram responsáveis por discussões e pesquisas inéditas até então, como a busca da residência mínima e o design para as massas, que revolucionaram o pensamento estético, cultural e social do período, além da definição daquilo que costuma ser chamado international style: introduziram e ajudaram a difundir uma arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional. A Declaração de La Sarraz, por exemplo, afirmou que a arquitetura não podia mais existir em um estado isolado separado da política e que as condições econômicas e sociais afetavam fundamentalmente os edifícios do futuro. A declaração também afirma que a sociedade se tornou mais industrializada, que era vital que os arquitetos e a indústria da construção racionalizassem seus métodos, abraçassem novas tecnologias e lutassem por uma maior eficiência. (Le Corbusier gostava de comparar a eficiência padronizada da indústria automóvel com a ineficiência do setor da construção: o caos das ruas, lojas e casas que existiam nas cidades européias versus uma cidade zoneada, composta por moradias padronizadas e diferentes áreas de trabalho, casa e lazer.). O 4º CIAM, de 1933 foi realizado a bordo do navio, o SS Patris II, que partiu de Marselha para Atenas e consistiu em uma análise de 34 cidades para propor que seus problemas sociais poderiam ser resolvidos pela segregação estritamente funcional, bem como a distribuição da população em prédios altos em intervalos espaçados com cinturões verdes que separam cada zona da cidade. Aqui, o grupo discutiu concentrado em princípios de "A cidade funcional", que alargou o âmbito da CIAM da arquitetura no planejamento urbano. Os resultados foram publicados de 1933 até 1942, quando Le Corbusier escreveu "A Carta de Atenas". Sua influência seria profunda sobre as autoridades públicas na Europa pós- guerra. Este documento é um dos mais controversos já produzidos pela CIAM. A Carta praticamente definiu o que é o urbanismo moderno, traçando diretrizes e fórmulas que, segundo seus autores, são aplicáveis internacionalmente. A Carta considerava a cidade como um organismo a ser planejado de modo funcional e central, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. Entre outras propostas revolucionárias da Carta está o de que todo a propriedade de todo o solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto, público. * A cidade de Brasília, cujo plano piloto é de autoria do arquiteto e urbanista Lúcio Costa é considerada como o mais avançado experimento urbano no mundo que tenha aplicado integralmente todos os princípios da Carta. Com a revisão do movimento moderno empreendido a partir dos anos 70, os CIAM e todo o seu ideário passaram a ser duramente criticados, seja pela dita "monotonia" das paisagens urbanas por ele criadas, seja pelo fato de a Carta alegadamente exagerar na quantificação das necessidades dos indivíduos. Experiências diversas ao redor do mundo que adotaram os ideais modernos em geral tenderam a criar "espaços-de- ninguém", nos quais a definição entre o espaço público e o espaço privado não fica clara, fazendo com que todo o espaço que teoricamente é de todos, passe a não ser de ninguém. Os críticos dos CIAM alegam que seus autores foram ingênuos ao confiar exageradamente nas possibilidades do estado de bem- estar social. Ainda segundo eles, os CIAM, acreditando no poder mediador do Estado, ignoravam o aspecto conflitivo essencial à sociedade, propondo um mundo que não se encaixa nem no capitalismo nem no socialismo. A última reunião do CIAM foi realizada em 1956. Em meados da década de 1950 ficou claro que a aceitação oficial do Modernismo foi mais forte do que nunca, e ainda as preocupações manifestadas pelo Smithsons e seus aliados de que o movimento estava em perigo de criar uma paisagem urbana que era hostil a harmonia social, aumentaria a um crescendo nas décadas por vir. A organização CIAM dissolvida em 1959, pois os pontos de vista dos membros divergiram. Para uma reforma do CIAM, o grupo Team 10 foi ativo a partir de 1953, e dois diferentes movimentos surgiram a partir dele: o Novo Brutalismo dos membros ingleses (Alison e Peter Smithson) e do estruturalismo dos membros holandeses (Aldo van Eyck e Jacob B. Bakema) A demolição do conjunto residencial de Pruitt-Igoe em St. Louis, Missouri, nos EUA é considerada por muitos como o golpe fatal ao modernismo dos CIAM. O conjunto foi um premiado projeto residencial da década de 1950 que testemunhou elevações preocupantes na taxa de violência interna e durante 20 anos passou por um grave processo de degradação. Na década de 1970 o conjunto foi demolido por ordem judicial, em um processo apoiado pela comunidade que ali vivia. Este episódio é também considerado como o ponto de início do Pós-Modernismo. Os CIAM foram: 1928-I CIAM, La Sarraz, Suíça - Fundação dos CIAM 1929-II CIAM, Frankfurt am Main, Alemanha - A habitação mínima 1930-III CIAM, em Bruxelas, na Bélgica - Uso racional do solo para o Desenvolvimento 1933-IV CIAM, Atenas, na Grécia - A Cidade Funcional 1937-V CIAM, Paris, França - Habitação e Recuperação 1947-VI CIAM, Bridgwater, Inglaterra - A reconstrução das cidades 1949-VII CIAM, Bergamo, Itália - Arte e arquitetura 1951-VIII CIAM, Hoddesdon, Inglaterra - O Coração da Cidade 1953-IX CIAM, Aix-en-Provence, França - Habitat 1956-X CIAM, Dubrovnik, na Iugoslávia - Habitat 1959-Otterlo, Países Baixos - Dissolução do CIAM organizado pelo Team X CONEXÕES BRUTALISTAS Brutalismo é um nome habitualmente utilizado para indicar a tendência arquitetônica que se manifesta a partir de meados do século 20, e cujo lugar-comum é o uso de superfícies de concreto aparente. BRUTALISMO COMO TENDÊNCIA ARQUITETÔNICA INTERNACIONAL A arquitetura brutalista é uma das mais marcantes tendências do panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional, do período pós 2ª Guerra Mundial até pelo menosfins da década de 1970. As obras com ela identificadas caracterizam-se principalmente pela a utilização do concreto armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de madeira natural, técnica que passou a ser empregada com mais frequência na arquitetura civil naquele momento, tanto como recurso tecnológico como em busca de maior expressividade plástica. Tem como paradigma fundacional as obras do arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965) a partir do projeto da Unité d´Habitation de Marselha (1945-1949) e suas obras seguintes, que ajudaram a conformar uma determinada linguagem arquitetônica que influenciou arquitetos e obras no mundo inteiro. Ginásio do Clube Atlético Paulistano / Paulo Mendes da Rocha Tricorn Center – Le Corbusier Paul Rudolph, 1967 Prêmio Pritzker É um prémio internacional de arquitetura. Foi criado em 1979 pela Fundação Hyatt, gerida pela família Pritzker, sendo muitas vezes chamado de "o Nobel da arquitetura". É atribuído anualmente ao arquiteto, ainda em vida, que melhor cumpra os princípios enunciados por Vitrúvio: solidez, beleza e funcionalidade. O pós-modernismo pode ser definido como as características de natureza sócio-cultural e estética, que marcam o capitalismo da era contemporânea, portanto esta expressão pode designar todas as profundas modificações que se desenrolam nas esferas científica, artística e social, dos anos 50 até os dias atuais. Este movimento, que também pode ser chamado de pós- industrial ou financeiro, predomina mundialmente desde o fim do Modernismo. Ele é, sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem pós-moderno..
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