organização do espaço educativo na educação infantil

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 5º PERÍODO
 DALILA DUARTE CARDOSO
 Luci Teixeira de Azevedo Souza
Organização do Espaço Educativo 
na Educação Infantil
VITÓRIA/ES
 2018
DALILA DUARTE CARDOSO
Luci Teixeira de Azevedo Souza
Organização do Espaço Educativo 
na Educação Infantil
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas, Alfabetização e Letramento, Literatura, Infanto Juvenil, Ensino de Matemáticana Educação Infantil, Ensino de Natureza e Sociedade na Educação Infantil, Seminário Interdiciplinar V.I 5º Período
Tutor a distância: Juliana Gomes de Souza.
Tutor presencial: Túlio Marques. 
VITÓRIA/ES
2018
INTRODUÇÃO
 Este trabalho foi organizado a partir das discussões obtidas nas disciplinas do semestre: Alfabetização e Letramento, Literatura Infanto-juvenil, Ensino de Matemática na Educação Infantil, Ensino de Natureza e Sociedade na Educação Infantil e seminário Interdiciplinar V, refere-se a organização dos espaços escolares na educação infantil, a forma como esses espaços são organizados e a interação no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Para realização deste trabalho discutimos como as instituições organizam esses espaços e como se preparam para propocionar momentos de interação com o aluno visando um desenvolvimento e aprendizado prazeroso capaz de desafiar as crianças no campo cognitivo, social e motor.
Sendo assim, o espaço quando bem organizado interfere positivamente no desenvolvimento e aprendizado, visando no coletivo, troca de expêriencias e os saberes diversos. Desta forma, a organização do espaço na educação infantil é essencial por relacionar-se diretamente com aprendizado e desenvolvimento.
 
DESENVOLVIMENTO
É indispensável valorizar a importância que o espaço e sua organização têm para a formação, desenvolvimento e aprendizagem da criança, pois o espaço além de orientar a prática educativa também facilita e limita este processo.O ambiente escolar sem estrutura,sem organização não possibilitará e aprendizagem de qualidade ao aluno. O espaço deve ser fruto da relação estabelecida com as crianças.
Organizar o ambiente escolar faz-se necessário levar em consideração quatro dimensões, que segundo Forneiro (1998) são: Dimensão relacional, que corresponde às relações estabelecidas no ambiente, seja entre criança e adultos, seja entre as crianças; Dimensão física, que se refere aos aspectos físicos, mobiliário, materiais, iluminação, ventilação, etc.; Dimensão temporal, diz respeito à forma como se organiza o tempo; Dimensão funcional, que corresponde às diversas formas de utilização que o ambiente pode adquirir, ou seja, os diferentes tipos de atividades.
A partir desses aspectos, é importante que se organize o espaço da sala de referência da turma, de acordo com as especificidades de cada grupo: valores, medos, emoções, interesses, necessidades, conflitos, dificuldades, etc. O professor deve conhecer o seu grupo e sugerir desafios.De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 69):
O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Pra tanto, é preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua ação, sujeito às modificações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas.
 
A construção de um ambiente que adapte boas experiências para a criança é imprescindível, pois este exerce papel fundamental no desenvolvimento das crianças. Deste modo, é preciso pensar sobre o ambiente educativo na Educação infantil, sendo importante refletir sobre a organização desses espaços educativos, porém esta reflexão deve ter por base a perspectiva das crianças. Segundo Tiriba (2008, p.38), “do ponto de vista das crianças, não importa que a escola seja um direito, importa que seja agradável, atraente, instigante, e um lugar onde elas desejem retornar sempre”. Desse modo, discutir essa temática mostra-se relevante, pois busca conhecer o olhar dos professores diante de vários fatores, principalmente, no que se refere ao ambiente escolar.
Facilmente verificamos a existência de muitos espaços destinados à educação Infantil, porém poucos são adequados e organizados a fim de contribuir para o desenvolvimento e a aprendizagem. Sendo assim, a organização dos espaços na educação Infantil precisa estar voltada ao desenvolvimento e aprendizagem da criança, nesse sentido, pode ser vista como uma extensão a ser considerada na construção dos saberes das crianças que frequentam a Educação Infantil.
 O espaço deve ser desafiador, estimulador, aconchegante, que desperte o interesse, participação, proporcionando o brincar, criar, imaginar, construir suas brincadeiras; “viajar” no mundo das fantasias, do significado, permitindo a produção de conhecimento durante a brincadeira, para que a criança supere seus limites e estabeleça suas potencialidades, desenvolvendo diferentes áreas de conhecimento de forma cognitiva e motora, este espaço precisa ser seguro e deve favorecer a ampla circulação das crianças, tanto nas salas de aula, quanto no pátio externo, na sala de refeições, banheiros etc. É essencial que as crianças conheçam o espaço e nele se movimentem livre e organizadamente.” (KRAMER, 1993, p. 74). A criança sente-se segura ao conhecer todo o ambiente escolar, pois frequenta diariamente este espaço, e sua interação com o meio facilita na troca de ambientes para as diferentes atividades realizadas no dia a dia.Portanto faz se necessário organizar esses espaços, com possibilidades de grandes contribuições para o processo de ensino e aprendizagem.
O planejamento e a reflexão sobre o espaço educativo é fundamental no processo de ensino-aprendizagem dos educandos, pois é nele onde são promovidas as interações entre os sujeitos e os objetos de conhecimento.  Por tanto o espaço escolar deve ser organizado de forma a favorecer o desenvolvimento do coletivo propiciando aprendizagem através da socialização e troca de experiências e saberes diversos. O espaço é percebido como algo conjugado ao ambiente e vice-versa. Entretanto, é importante esclarecer que essa semelhança não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado.
O espaço criado para a criança deverá estar organizado de acordo com a faixa etária da criança, isto é, propondo desafios cognitivos e motores que a farão avançar no desenvolvimento de suas potencialidades. O espaço deve estar cheio de objetos que retratem a cultura e o meio social em que a criança está inserida. Gandini (1990, p.150) diz que: “o espaço reflete a cultura das pessoas que nele vivem de muitas formas e, em um exame cuidadoso, revela até mesmo as camadas distintas dessa influência cultura”. A criança é fortemente marcada pelo meio social em que se desenvolve, e que também deixa suas próprias marcas neste meio, que tem a sua família como o principal referencial, apesar de todas as relações que ocorrem em todos os níveis sociais, o espaço infantil deve priorizar remeter a história da criança para o seu contexto e através disto promover a troca de saberes entre as crianças. 
Esses espaços precisam ser organizados de forma a desafiar a criança nos campos: cognitivo, social e motor. Oportunizando a criança de andar, subir, descer e pular, através de várias tentativas, assim a criança estará aprendendo a controlar o próprio corpo, um ambiente que estimule os sentidos das crianças, que permitam a elas receber estimulação do ambiente externo,
como cheiro de flores, de alimentos sendo preparados. Sentindo a brisa do vento, o calor do sol, o ruído da chuva. Experimentando também várias texturas: liso, áspero, duro, macio, quente, frio. Carvalho & Rubiano (2001, p.111) dizem que: “a variação da estimulação deve ser procurada em todos os sentidos: cores e formas; músicas e vozes; aromas e flores e de alimentos sendo feitos; oportunidades para provar diferentes sabores”.
Personalizar o ambiente é muito importante para a construção da identidade pessoal da criança, fazendo isso o educador tornara alunos críticos, emancipados. Ao oferecer um ambiente rico e variado se estimulam os sentidos que são essenciais no desenvolvimento do ser humano. A sensação de segurança e confiança é indispensável visto que mexe com o emocional da criança. Oportunizando as crianças de interagirem e em certos momentos que desejarem ficarem sozinhas brincando.
Os ambientes construídos para crianças devem atender funções relativas ao desenvolvimento infantil, no sentido de promover: identidade pessoal, desenvolvimento de competência, sensação de segurança, contato social e privacidade a sala de aula precisa ser um ambiente propicio para a aprendizagem, unindo o que se está aprendendo com as vivencias dos alunos. De acordo com Carvalho (2008), a escola, além de ensinar, deve conduzir o aluno na busca de descobertas, ou seja, ser um local de estímulo, de incentivo e que deve ofertar condições materiais e humanas para que isso aconteça.
 PROJETO PEDAGÓGICO
	
PROJETO PEDAGÓGICO – OS CLÁSSICOS DA LITERATURA INFANTIL
ESCOLA : CMEI ABILIO LUIZ FAGUMDES
PROFESSORA : ANDRÉIA MOREIRA
PEDAGOGA : ROSA EMÌLIA
TURMA: 3 a 5 ANOS
	APRESENTAÇÂO
	A leitura é um ato de abertura para o mundo. O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, em consequência a formação de escritores, porque para se produzir bons textos, é necessário ter a pratica de leitura. 
Logo, esse projeto tem inicio em Marco e vai ate dezembro, possibilitando aos alunos desenvolverem o gosto pela leitura, valorizando os livros, e saber utiliza-los nas diversas situações.
A atividade envolve todos os alunos da seguinte: frequência a mini biblioteca, uma vez por semana; selecionar um livrinho para fazer leitura em casa, acompanhado dos familiares, e reconta aos colegas na próxima aula.
	JUSTIFICATIVA
	Este projeto surgiu com o propósito de revermos contos que levaram tantas crianças no passado a se embalarem com sua criatividade e vida, que na atualidade estão sendo esquecido, contos que fizeram muitas pessoas sonhar, e que hoje com tanta tecnologia, a nossa sociedade prefere ignorar a fantasia que esses contos clássicos fizeram na historia. Baseado nisso, que este projeto foi elaborado para resgatar uma cidadania infantil que a muito esta esquecida.
O projeto visa levar para nossas crianças uma educação baseada na alegria dos contos, pois o que mais se vê na televisão são desenhos sem nenhum tipo de fundamento educacional.
Fazendo assim uma interação com os personagens das historias, seus costumes, suas tradições, trazendo os para o cotidiano de cada um de nossos alunos.
	OBJETIVO GERAL
	Aproveitar as características dos personagens para analisar as diferenças de cada um, valorizando suas virtudes aceitando suas debilidades. Levando a aprender a ler e gostar, e ampliar seus conhecimentos, tornando os cidadãos de boa índole.
	OBJETIVOS EXPECÍFICOS
	Propiciar aos alunos oportunidades para manusear livros, revistas informativas e recreativas, jornais e outros portadores de texto.
Possibilitar s vivência de emoções e o exercício da fantasia. 
Estimular a leitura e a imaginação.
Desenvolver a expressão verbal, escrita e artística, utilizando a diversidade dos textos.
Leva a criança aprender a gostar de ler.
Fazer com que as crianças aprendam a sonhar e a crê em seus ideais, sonhos e valores que podem mudar uma realidade no qual estão inseridas.
Envolver todos os aspectos ambientais das historias, comparando – os com a vida atual, e o meio ambiente em que vivemos.
	DESENVOLVIMENTO
	Levantamento do acervo da escola e sala de aula.
Cartinha a famílias com orientações claras, para que a criança possa aproveitar os textos em casa.
Conversa informal com a turma sobre a maneira de utilizar e cuidar do livro.
Trocas e intercâmbio entre salas e turmas.
Praticas de leitura.
Apreciação da leitura, recursos para melhorar a oralidade.
Relatos de historias, ilustrações das mesmas.
Confecção de murais, dramatizações;
Pesquisas em casa.
Família, algo importante e vital para nosso crescimento de forma sadia.
Higiene como forma de vida.
Como trato os meus colegas.
O que é verdade é mentira.
Preciso ajudar aqueles que precisam de mim.
Reciclagem de caráter.
	
METODOLOGIAS A SEREM USADAS
	Aulas expositivas e em vídeos, DVD;
Debates e trocas de ideias;
Aulas ao ar livre na escola;
Leitura dos contos;
Músicas;
Brincadeiras Educativas;
Fantoches;
Produção de texto feito pelas crianças;
Álbuns da versão dos alunos;
Confecção de mural, maquetes; 
 
 
	MATERIAIS/RECURSOS
	Cartazes 
Instrumentos musicais.
Leitura.
Recorte de papéis.
Reconhecimento de sons.
Tintas.
	AVALIAÇÃO
	A avaliação será feita no decorrer do projeto, com os trabalhos realizados, relatos e nas exposições realizadas pelos alunos. 
Avaliando o trabalho final que será descrito e a sua apresentação.
	
	
 Considerações finais
No decorrer de nossas pesquisas sobre a educação infantil refletimos sobre o verdadeiro conceito do lúdico na Educação Infantil e seus modelos, ao mostrar da importância em se transformar o brincar da criança em um momento de aprendizagem prazerosa. Assim este estudo pode vir possibilitar que o educador possa refletir, compreender e se conscientizar sobre as vantagens do lúdico. 
Nossa pesquisa nos permitiu compreender o quanto o lúdico pode contribuir na educação, levando a criança a compreender e construir seus próprios conhecimentos, dando a oportunidade de ser cidadã do mundo ao adquirir diferentes conhecimentos e habilidades. 
Entendemos que é papel do educador e da escola buscar novas maneiras de ensinar, criando e elaborando novas condutas na área educacional por meio do lúdico na educação infantil, e só assim poderemos ter uma educação de qualidade e que realmente possa ir de encontro com as necessidades da criança e da sociedade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil Brasília: MEC, 1998.
 
CARVALHO, Maria Campos de; RUBIANO, Márcia R. Bonagamba. Organização dos Espaços em Instituições Pré-Escolares. In: OLIVEIRA, Zilma Morais. (org.) Educação Infantil: muitos olhares. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001
FORNEIRO, L. I. A organização dos espaços na Educação Infantil. In: ZABALZA, M. A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 229-281.
GANDINI, Lella. Espaços Educacionais e de Envolvimento Pessoal. In: EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a abordagem de Réggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda.,1999. 
KRAMER, Sonia (Org.). Com a Pré-Escola nas mãos: Um alternativa curricular para a Educação Infantil. São Paulo: Ática, 1993.
 
TIRIBA, Léa. Diálogos entre a arquitetura e a pedagogia: educação e vivência do espaço. Organização: Zóia Prestes. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais ISSN: 1808- 6535 Publicada em junho de 2008. P.27-43.