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RECURSO ESPECIAL - TRABALHO EM GRUPO

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RECURSO ESPECIAL
Breve síntese
O Recurso Especial (RESP) tem a função de manter a unidade e autoridade da legislação federal, haja vista a existência de inúmeros órgãos judiciais que podem ter diferentes interpretações das normas emanadas da união.
O mero inconformismo da parte com determinada decisão não é suficiente para interpor Recurso Especial, mas sim, a uma questão política que vise a discussão sobre uma questão federal controvertida.
Da mesma forma, o Resp não visa reaver questões de fato, ou de direito, mas sim relativas à aplicação de efeitos jurídicos decorrentes das normas, se revelando questões de direito.
Vale dizer, que o recorrente tem que trabalhar com o caso em seu recurso partindo da narrativa fática estabelecida pela decisão recorrida. Dito de outro modo, o recorrente não poderia fundar o seu recurso especial na necessidade de outorgar adequada interpretação à determinada cláusula negocial.
Tomada como uma corte de interpretação e de precedentes, o Superior Tribunal de Justiça em recurso especial pode e deve se pronunciar sobre cláusulas negociais típicas, notadamente quando se revelem de vasta utilização no tráfego jurídico. Exemplo: fixação da abusividade ou não de uma cláusula inserida em contratos de adesão. 
Em qualquer caso, porém, o recorrente tem o ônus de demonstrar nas suas razões recursais a causa constitucional ou a causa federal que pretende ver examinada pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça. Na prática, esse requisito é chamado de prequestionamento, prequestionar seja na verdade uma atividade voltada ao enfrentamento pelo órgão que prolatou a decisão recorrida de determinada questão.
Assim, nos termos do art. 1035, § 3°, haverá repercussão geral sempre que o recurso: I – impugnar decisão contrária aa súmula ou precedente do Supremo Tribunal Federal; e III - questionar decisão que tenhaa reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição. Originariamente, o Código também previa a existência de repercussão geral no recurso que impugnasse acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos (art. 1035, II).
Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de quinze dias.
Refere o legislador ainda que da decisão de inadmissibilidade fundada no inciso V do art. 1030 caberá, conforme o caso, agravo em recurso extraordinário ou em recurso especial (art. 1042). Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno (art. 1021). O órgão colegiado que tem o dever de conhecer o recurso de agravo interno é o plenário ou a corte especial do tribunal de origem. Como se vê, o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário e do recurso especial permanece sendo em um primeiro momento tarefa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. Negada a admissibilidade, esse juízo sucessivamente é outorgado ao colegiado do tribunal recorrido (agravo interno).
No que tange aos processos em primeiro grau de jurisdição, refere o art. 1040, III, que caberá ao juiz o prosseguimento do processo, com a aplicação da tese consagrada pela Corte Superior. Querendo, a parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso repetitivo. Ocorrendo antes do oferecimento da contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários advocatícios (art. 1040, § 2°). Em qualquer caso, a desistência independe do consentimento do réu (art. 1040, § 3°).
Cabe o Recurso Especial, quando:
De acordo com o art. 105, III da CR/88, o recurso especial somente será cabível quando o acórdão recorrido:
- contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
- julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
- der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O Resp, diferentemente do Rext, só é cabível contra acórdão dos tribunais. Não se admite sua interposição contra decisão de primeira instância, ainda que seja proferido em causas de alçada (em única instância).
Além disso, convém destacar que não cabe Resp contra decisão das turmas recursais, ou seja, órgãos de segundo grau dos juizados especiais, nos termos da súmula 203 do STJ:
STJ - SÚMULA Nº 203 - Não cabe recurso especial contra decisão proferida, nos limites de sua competência, por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.
O referido recurso somente será cabível quando tiverem se esgotado os recursos ordinários previstos na legislação processual vigente.
Para interpor um Recurso Especial a parte deve, anteriormente, prequestionar a matéria, ou seja, há necessidade de ter havido um debate anterior sobre às alegações do recurso.
Nos termos do art. 1029 do CPC, nos casos previstos na Constituição Federal (arts. 102, III e 105, III), poderão ser interpostos conjuntamente RESP e REXT, perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, quando detectada lesão à matéria constitucional e à legislação federal:
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
Importante salientar que o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário são recursos com fundamentação restrita, ou seja, fundamentação inerente apenas à ofensa e a matéria constitucional ou à legislação federal.
Além disso, a interposição de tais recursos depende de prequestionamento, ou seja, uma alegação levantada anteriormente pela parte recorrente sobre a eventual lesão para que o recurso seja admitido.
Cabe salientar, que o uso indiscriminado destes recursos poderia sobrecarregar o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
Vale destacar que a interposição conjunta de RESP e REXT não fere os princípios da unirrecorribilidade e nem da singularidade, já que cada um destes tem fundamentos e objetos distintos. 
No caso, se trata de recursos de espécies distintas, e o que veda o princípio da unirrecorribilidade é a interposição de dois recursos de mesma espécie contra o mesmo ato decisório.
As petições dos recursos deverão conter:
exposição do fato e do direito: deve o recorrente descrever os fatos ocorridos e correlacionar com a norma jurídica;
demonstração do cabimento do recurso interposto; neste ponto, deve o recorrente demonstrar que preencheu os requisitos gerais de interposição do recurso (por exemplo: cabimento, tempestividade, preparo, etc), além da observância dos requisitos especiais (prequestionamento, repercussão geral, etc). Não é facultativa a demonstração do cabimento, mas obrigatória.
Às razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida: o recorrente deve demonstrar de forma cabal ao tribunal as razões pelas quais acredita que o recurso deva ser provido, de forma a reformar ou invalidar a decisão recorrida.
Prazo para interposição de Recurso Especial
O prazo para interposição de recurso especial é de 15 dias, conforme art. 508 do CPC. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias.
Agravo de Instrumento em Recurso Especial
Agravo de instrumento é o recurso interposto, em regra, contra decisões interlocutórias. Só caberá agravo de instrumento, "quando se tratar de decisão susceptível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida".
Recurso Ordinário
Recurso ordinário é o meio impugnativo de motivação livre queserve para atacar resoluções judiciais heterogêneas, acórdãos denegatórios de writs constitucionais (tais como "habeas corpus" e mandado de segurança) e sentenças proferidas nas causas constitucionais, bem como decisões interlocutórias originárias.
Interposição de recurso
É geralmente usada no meio jurídico, e quer dizer: INTER: COLOCAR: POSIÇÃO. Então: COLOCAR ENTRE POSIÇÃO. Exemplo: Sua empresa poderá entrar com pedido de INTERPOSIÇÃO DE RECURSO quanto à decisão judicial.

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