Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Potiguar Curso de Odontologia Coagulação sangüínea Objetivos de Aprendizagem • Estabelecer diagnóstico clínico de manifestações hematológicas na cavidade oral - Conteúdos Significativos: coagulação sanguínea: hemostasia primária e secundária exames complementares associados ao diagnóstico das doenças relacionadas à coagulação doenças relacionadas à coagulação: Hemofilia A e B, doença de Von Willenbrand, Trombocitopenias Hemostasia • Conjunto de eventos mecânicos e bioquímicos - Permanência do sangue circulando em estado líquido - Formação de coágulo para coibir hemorragias em caso de lesão vascular - Reparo da lesão - Dissolução do coágulo Células do Sangue • Glóbulos Eritrócitos ou hemácias Plaquetas – coagulação sanguínea Glóbulos brancos ou leucócitos • Plasma Composto de proteínas plasmáticas, sais inorgânicos e compostos como glicose, hormônios, vitaminas e aminoácidos. Hemácias • Grande quantidade de Hemoglobina (transporte de O2) • Anemia: baixa concentração de hemoglobina no sangue. • 4 a 5,5 milhões\ microlitro – Mulher • 4,6 a 6 milhões\ microlitro - Homem Leucócitos • Proteger o organismo contra infecções e é a primeira linha de defesa do organismo • Granulócitos: Neutrófilos, eosinófilos e basófilos • Agranulócitos: Linfócitos e monócitos • 4.500 a 11.500 • Leucopenia↓, leucocitose↑ Plaquetas • Corpúsculos anucleados • Derivadas de células da medula óssea (megacariócito) • 150.000 a 450.000 por microlitro de sangue • Permanecem por 10 dias • Atuam na hemostasia estimulando a contração da musculatura lisa pela liberação de serotonina e através da agregação plaquetária • Trombocitose ↑, Trombocitopenia ↓ Hemostasia Espasmo vascular Formação de tampão plaquetário Formação do coágulo sanguíneo Crescimento final de tecido fibroso Fases da hemostasia • Hemostasia primária – formação do tampão plaquetário • Hemostasia secundária – consolidação do tampão pela fibrina • Fibrinólise – limpeza e quebra do colágeno Constricção Vascular Reflexos nervosos, espasmo miogênico local, fatores humorais provenientes dos tecidos e plaquetas Tampão Plaquetário • Lesão vascular – contato das plaquetas com o colágeno subendotelial – mudança nas plaquetas Tampão Plaquetário ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA Adesão, Reação de liberação (secreção) Agregação • Adesão plaquetária ao colágeno – Fator de Von Willebrand • Secreção – liberação de ADP, serotonina ADP – ativam a agregação plaquetária • Agregação - trombina, tromboxano A2, ADP TAMPÃO HEMOSTÁTICO Mecanismo da Coagulação Sanguínea Mecanismo da Coagulação Sanguínea Anti-coagulantes (predominam na corrente sanguínea) Pró-coagulantes (ativados em caso de lesão) Fatores de coagulação (sintetizados pelo fígado). A vitamina K atua na síntese hepática fatores de coagulação. Hepatopatias e carência de vitamina K diminuem os níveis de protrombina – tendência hemorrágica Conversão da Protrombina em Trombina Protrombina Ativador de protrombina (lesão tecidual) Trombina Fibrinogênio Monômero defibrinogênio Ca++ Fibras de fibrina Cascata de Coagulação Fatores de coagulação: enzimas proteolíticas na forma inativa. Quando convertidas suas formas ativadas desencadeiam a cascata de coagulação. Formação de trombina. A trombina é o mais importante fator de coagulação e pode atuar em várias fases do processo. Via Extrínseca • Liberação do fator tecidual ou tromboplastina tecidual iniciando esta via após o trauma tecidual – mais rápida. • Ativação do fator X Via Intrínseca • Desencadeada pelo colágeno da parede do vaso. • Inicia no sangue – mais lenta Retração do coágulo • Expulsão do soro de dentro do coágulo • Plaqueta – proteínas contráteis • Fibroblastos do tecido conjuntivo da área e as células do endotélio fazem o revestimento do vaso • Coágulo retrai e as bordas do vaso tracionam e ocluem a lesão Coágulo sanguíneo Lise do coágulo - Fibrinólise Lise do coágulo - Fibrinólise Exames complementares associados ao diagnóstico das doenças relacionadas à coagulação • Coagulograma : conjunto de testes que visa uma análise geral da hemostasia do paciente muito utilizado e pré-requisito em exames pré-operatórios. Tempo de Sangramento, Tempo de Coagulação, TAP (RNI), TTPA, Contagem de Plaquetas Retração do Coágulo. Tempo de Sangramento, • (TS) - Mede a duração do sangramento após uma incisão de pele. • Indicação: pacientes com histórias pessoais ou familiares de desordem de sangramento, rastreamento pré-operatório • Objetivos: • Avaliar a função hemostática global. • Detectar desordens congênitas e adquiridas de função plaquetária. • Valores de referência conforme método Método de Duke: 1 a 3 minutos; Método de Ivy: 1 a 7 minutos; Método do gabarito: 2 a 8 minutos; Método do gabarito modificado: 2 a 10 minutos. • Achados anormais TS ↑ -trombocitopenia (Doença de Hodgkin), leucemia aguda, coagulação intravascular disseminada (CID), doença hepática grave ou deficiência grave dos fatores I, II, V, VII, VIII, IX e XI. • Em uma pessoa com uma contagem normal de plaquetas sugere uma alteração de função e necessita investigação adicional, com outros testes de função plaquetária. Tempo de Coagulação e Retração do coágulo • TC - Determina o tempo, que o sangue recém extraído, demora em coagular. • Avalia a via intrínseca da coagulação e, de forma superficial: o fibrinogênio e o número e a qualidade das plaquetas. • Acompanha os pacientes em uso de heparina. • Retração do coágulo - Avalia indiretamente o número e a atividade plaquetária. Está diminuída quando o número de plaquetas for inferior a 100.000/mm nas alterações qualitativas das plaquetas (alteração da adesividade e/ou do mecanismo contrátil), e nível diminuído do fibrinogênia : Resultados: • Valores normais: Tempo de coagulação 5 a 15 minutos. Retração: inicia 1 hora após haver coagulado, observando se uma retração de 50 %. • Tempo de coagulação prolongado: deficiência de fatores da coagulação, presença de anticoagulantes. Retração lenta ou incompleta do coágulo: Trombocitopenia. TAP tempo de atividade da protrombina (RNI) índice internacional normalizado, • Determina a tendência de coagulação do sangue. • O tempo de protrombina normal é de cerca de 11 a 14,6 segundos. • TAP↑ - menor concentração de protrombina no sangue. O TAP mede os fatores II, V, VII, X e o fibrinogênio. • Como quatro fatores da via extrínseca são vitamina K dependentes (fatores II, VII, IX e X) o teste é também muito usado para monitoramento do uso de anticoagulantes orais. INR • Coagulação de um paciente. • É prescrito para pacientes que realizam tratamento com anticoagulantes por antivitamina K para ajustes do tratamento • INR normal sem medicação - 1 • INR entre 2 e 3 - pacientes fazendo tratamento anticoagulante para prevenção da trombose venosa profunda, em pacientes que farão cirurgia com alto risco trombótico ou em tratamento de trombose venosa ou embolia pulmonar. • INR entre 3 e 4,5 - pacientes com prótese valvular mecânica ou que já tenham sofrido embolias recorrentes devem ter INR alto • INR acima de 5 - risco hemorrágico do paciente medidas devem ser tomadas para estabilizar o valor do INR em níveis mais baixos. TTPA - tempo de tromboplastina parcial ativada • Detecta as deficiências dos fatores VIII, IX, XI e XII, precalicreína e cininogênio de alto peso molecular. • Avalia os fatores das vias intrínseca e comum da coagulação. • Indicação: Teste de triagem para deficiências de fator, presença deinibidores e para monitorar o uso de heparina não fracionada. • Interpretação clínica: - TTPA é prolongado com tempo de protrombina (TP) é possível que haja deficiência dos fatores VIII, IX, XI, XII, cininogênio de alto peso molecular, precalicreína ou a presença de um inibidor da via intrínseca. Contagem de Plaquetas • Valores de referência: Em adultos e em crianças o número varia entre 150.000 a 400.000 plaquetas a cada mm3 do sangue. • Alterações quantitativas podem indicar patologias hemorrágicas • Elas podem ser estudadas tanto quantitativamente quanto morfologicamente. Resultado e como interpretar • plaquetas↑ - disfunção no baço, doenças inflamatórias, artrite reumatoide, mielofibrose, carcinomas e colite ulcerativa. • plaquetas↓ - púrpura trombocitopênica idiopática secundária, baço em hiper atividade, anemias, dengue, malária. • Alterações morfológicas - Plaquetas com tamanhos variados - síndromes mieloproliferativas. - Plaquetas disformes - púrpura trombocitopênica idiopática crônica. - - Plaquetas com tamanho aumentado – tumores - - Plaquetas reduzidas em tamanho - síndromes mieloproliferativas DOENÇAS ASSOCIADAS A DEFICIÊNCIA NA HEMOSTASIA 1. HEMOFILIA Distúrbio hemorrágico associado a uma deficiência genética ligado ao cromossoma X e que se expressa principalmente em HOMENS. CARACTERISTICAS CLÍNICAS • Lacerações orais, equimose • Hemorragia profunda – músculos, tecidos moles e articulações HEMOFILIA A – Deficiência do fator VIII HEMOFILIA B – Deficiência do fator IX Doença de CHRISTMAS 2. DOENÇA DE von WILLEBRAND Deficiência genética de uma glicoproteína plasmática – FATOR DE von WILLEBRAND GLICOPROTEÍNA • Auxilia a adesão plaquetária • Acopla-se ao fator VIII 3. TROMBOCITOPENIA Número diminuído de plaquetas Causas: *Redução de plaquetas -Infiltração da medula óssea por células malignas -Quimioterapia *Destruição aumentada Reação imunológica Drogas Auto anticorpos Lupus eritematoso sistêmico HIV Púrpura trombocitopênica trombótica PTT • Sequestro no baço Condições que causam esplenomegalia. CARACTERISTICAS CLÍNICAS Petéquias Equimose Hematoma Hemorragia gengival TROMBOCITOPENIA SEVERA • Hemoptise • Hematêmese • Hemorragia craniana • Hemorragia das vias urinárias
Compartilhar